Membros / Amigos

Conheça mais de nossas Postagens

Research - Digite uma palavra ou assunto e Pesquise aqui no Blog

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

O Sustento da Igreja

Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa [...]” Ml 3.10

“Embora o Novo Testamento não prescreva o dízimo como uma obrigação legal para os seguidores de Cristo, ainda assim ele é ensinado no sentido de uma contribuição a ser feita de forma sistemática, liberal, abundante e alegre (1Co 16.2; 2Co 9.6,7). Os cristãos devem pregar o Evangelho e praticar atos de caridade sem exigir qualquer pagamento, porque eles próprios receberam gratuitamente do Senhor (Mt 10.7,8).

Por outro lado, o princípio de que o trabalhador é digno de seu alimento foi extraído do Antigo Testamento e aplicado aos servos do Senhor (Mt 10.10; Lc 10.7; 1Tm 5.17,18). Como o dízimo era praticado desde antes de Moisés receber a lei de Deus, muitos têm argumentado que para o cristão ele possui um padrão atemporal, ao invés de ser meramente uma parte da lei cerimonial do Antigo Testamento que já foi cumprida.

O crente do Novo Testamento, assim como o israelita, deve reconhecer que ele é apenas um mordomo e que Deus é o dono de tudo” (Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006, p.573).


Para saber mais sobre:

O Dízimo era praticado antes de Moises receber a lei de Deus acesse a postagem:



A igreja é o Corpo de Cristo neste mundo que aguarda o grande Dia da Vinda do Senhor para encontrá-lo nos ares. Entretanto a igreja não é constituída somente na esfera espiritual, mas também na esfera material. E enquanto está neste mundo, a igreja é também uma instituição organizada sem fins econômicos. E como toda instituição, possui seus direitos e obrigações legais a responder perante a sociedade. A igreja não recebe ajuda financeira do governo. Por este motivo, como instituição, é importante que os seus membros compreendam que são responsáveis pelo sustento da obra de Deus com seus dízimos e ofertas. A igreja precisa arcar com despesas para que funcione regularmente perante a sociedade. Professores: Aproveite a aula de hoje para esclarecer seus alunos acerca do que a Palavra de Deus afirma a respeito dos dízimos e ofertas e com relação à gestão financeira da igreja.

“Antes do dia de Pentecostes, a liderança dos seguidores de Jesus estava investida nos doze discípulos que estiveram próximos do Senhor e tinham sido escolhidos por Ele como seus mensageiros e companheiros íntimos (Lc 6.12-18). A deserção de Judas deixou uma lacuna em suas fileiras, a qual foi preenchida por Matias, escolhido por sorteio (At 1.15-26). A função exata dos Doze no período pós-ressurreição não está claramente definida, mas suas ações indicam que eles assumiram a responsabilidade pela pregação (2.14), pela instrução dos novos convertidos (v.42), pela administração de fundos (4.35), pela disciplina (5.1-11), e pelo início das atividades da igreja (6.2).

A administração da igreja era simples e informal, repousando nas mãos dos pregadores originais que haviam recebido sua incumbência de Cristo. A administração de suprimentos para os pobres necessitava de uma mudança no sistema organizacional da igreja. O trabalho minucioso de distribuição do dinheiro e dos bens exigia dos apóstolos uma grande parcela de tempo, a qual deveria ser usada para a pregação. Desse modo, ficou patente que eles precisavam de ajuda. [...] Em lugar de se envolverem em uma longa discussão e em um detalhe insignificante, os apóstolos propuseram que fosse designado um comitê para cuidar da questão (6.2,3). As qualificações dos membros do comitê indicam que tanto a excelência espiritual quanto a administrativa era requerida. O método de nomeação era essencialmente democrático, pois a eleição ficava a critério da igreja como um todo” (TENNEY, Merrill C. Tempos do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.214).


O sustento da Igreja é nossa responsabilidade, e Deus espera que demonstremos gratidão a Ele com nossas ofertas e dízimos.


Texto Bíblico: 2 Coríntios 9.6-14

“E digo isto: Que o que semeia pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra, conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se deem graças a Deus. Porque a administração desse serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também redunda em muitas graças, que se dão a Deus, visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles e para com todos, e pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há.”


INTRODUÇÃO

Dinheiro é um assunto espiritual. Saber lidar com ele exige sabedoria, e não são poucos os filhos de Deus que têm dificuldades na área financeira. Contribuição financeira na igreja, seja dízimo, seja ofertas, sempre traz questionamentos, ainda mais em nossos dias, quando vemos algumas igrejas fazendo apelos, quase que extorsivos, para que as pessoas entreguem tudo o que têm a fim de serem abençoadas por Deus.

O que a Bíblia diz sobre o assunto?

É o que veremos nesta lição. Lembre-se de que dinheiro e finanças são assuntos espirituais, pois mostram a quem realmente servimos: se a Deus, ou a Mamom.

Leia também: Quem seria o deus Mamom?


I. O QUE NOS MOVE A CONTRIBUIR

1. Gratidão a Deus e generosidade para com sua casa.
A primeira motivação deve ser a gratidão a Deus. Tudo o que temos veio dEle, e dEle são todas as coisas. O Salmista disse que “do Senhor é a Terra, e toda a sua plenitude” (Sl 24.1), reconhecendo que todas as coisas pertencem ao Senhor. Da mesma forma que cremos que Ele é generoso para conosco, suprindo nossas necessidades, devemos ser gratos demonstrando a mesma generosidade para com sua casa.

2. Uma questão de fé.
Qualquer contribuição feita à obra do Senhor deve ser vista como parte da adoração cristã, do culto a Deus e da demonstração pública de fé.

De acordo com o apóstolo Paulo, devemos contribuir com alegria, de forma proporcional ao que recebemos, e não criticando o ato de apresentar ao altar nossas contribuições. Se não temos fé para trazer nossos dízimos e ofertas, é melhor não trazê-los, pois o que não fazemos por fé não deve ser feito (Rm 14.23). Por fé, queremos dizer que nos referimos à convicção, ou seja, entregamos ofertas e dízimos porque entendemos que Deus se agrada de atos de generosidade de seu povo para com sua obra, e isso deve nos motivar a sempre ter um coração disposto a contribuir.

3. Consciência da nossa responsabilidade na manutenção da igreja local.
A igreja evangélica não recebe subsídios dos governos. A responsabilidade do sustento e manutenção do santuário é dos santos que nela congregam. E a igreja local, como instituição, tem despesas que precisam ser cobertas pelos dízimos e ofertas do povo de Deus. Isso torna a igreja isenta de alianças com pessoas ou grupos que não possuem o temor a Deus.

Além disso, como membros da Igreja de Cristo, representada pela igreja local, usufruímos do espaço do templo, das salas de escola dominical, da iluminação e da eletricidade que são utilizadas, dos móveis que utilizamos quando nos sentamos para assistir ao culto com comodidade. Todas essas coisas têm um custo, e precisam ser adquiridas com recursos financeiros trazidos para a igreja. O dinheiro que Deus destinou à essa manutenção está no bolso dos filhos de Deus, justamente para essa finalidade.

Uma das verdades mais claras nas Escrituras é a lei natural da semeadura e da colheita. Essa lei nos ensina que a semeadura é opcional, ou seja, eu semeio se quiser. Não sou obrigado a plantar grãos na terra e esperar que com o tempo aquele grão se transforme em uma planta que virá a produzir outros grãos. Mas essa mesma lei deixa claro que se eu semear, colherei, e isso é obrigatório. Quem semeia colhe (Gl 6.7): “E digo isto: Que o que semeia pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará” (2Co 9.6).

Contribuir financeiramente para a Casa do Senhor é um ato de fé.

Nossos recursos financeiros nos são dados para suprir nossas necessidades e as da Casa do Senhor.

II. OS DÍZIMOS

1. No Antigo Testamento.
A palavra hebraica asar significa dizimar, e essa palavra vem de outra, que significa dez. Os dízimos faziam parte da cultura do povo de Deus. Antes de haver a lei de Moisés, Abraão deu o dízimo (Gn 14.20), e Jacó se comprometeu com Deus a fazer o mesmo (Gn 28.22). Quando o povo de Israel chegou à Terra Prometida, já sabia sobre o compromisso das ofertas e dízimos para a manutenção da obra de Deus e dos sacerdotes e levitas. O dízimo representava literalmente um décimo da colheita e dos animais, apurados no período de um ano (Lv 27.30-33). Esses dízimos eram entregues para sustento dos sacerdotes e levitas, que não receberam de Deus terras para plantar ou criar seu gado. Na prática, além de um ato de obediência a Deus, era uma forma de equilibrar as relações entre as tribos, pois se por um lado a tribo de Levi deveria conduzir a adoração e o culto a Deus, por outro lado, as demais tribos deveriam zelar pelo sustento daqueles seus irmãos que haviam sido escolhidos por Deus para funções sacerdotais.

Ainda no Antigo Testamento, que faz parte da Palavra de Deus tanto quanto o Novo Testamento, vemos que Deus repreende seu povo por ser infiel nos dízimos. A Casa de Deus estava em situação precária, pois os israelitas haviam desprezado a manutenção do santuário. Então o Altíssimo diz que os dízimos deveriam ser trazidos ao santuário para que houvesse mantimento na Casa de Deus, e essa ordem não foi revogada. E Deus ainda diz: “[...] e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança” (Ml 3.10). Deus manda os israelitas fazerem prova dEle se Ele não abrisse as janelas dos céus e recompensasse os fiéis.

2. No Novo Testamento.
O Novo Testamento menciona o dízimo entre os judeus como uma realidade daqueles dias. Jesus fala do dízimo dos fariseus e os critica, não por darem o dízimo, mas por acharem que por cumprirem suas obrigações financeiras, que davam a décima parte do que tinham, mas não exerciam a justiça e a misericórdia (Mt 23.23). Jesus não condena o dízimo, e sim a atitude daqueles homens de manifestar uma fé formal até em seus recursos financeiros, mas esquecer-se de serem pessoas mais humanas e praticarem uma vida que agradasse a Deus, visto que o Senhor não é comprado por dinheiro.

3. Deus ama ao que dá com alegria.
É curioso saber que Deus observa o sentimento com que nos dirigimos ao seu altar para entregar nossos dízimos. Ele não apenas observa como também ama quem contribui com sentimento de prazer por estar participando das coisas de Deus na esfera financeira. Isso deve nos fazer pensar sobre a forma com que contribuímos para a Casa do Senhor. Nossos dízimos devem ser entregues por fé, não por acharmos que estamos fazendo uma troca com Deus. “Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; e outros, que retêm mais do que é justo, mas é para a sua perda. A alma generosa engordará, e o que regar também será regado” (Pv 11.24,25).

O prazer em contribuir, denominado alegria, deve ser um sentimento constante para os que contribuem com seus dízimos.

Veja também: Dízimo um Ato de Fé


III. AS OFERTAS

1. As ofertas.
Se por um lado a tradição bíblica apresenta os dízimos como sendo representado pela décima parte daquilo que se tinha recebido do Senhor, por outro lado permitia que os israelitas manifestassem sua generosidade com outros valores não limitados pelos dízimos. Aqui entravam as ofertas. Elas não tinham um valor estipulado, como os dízimos, mas era igualmente fruto da generosidade, e deveriam ser entregues levando em conta a gratidão por bênçãos recebidas.

2. Ofertas e sobras e bênçãos a receber.
A oferta que trazemos a Deus não deve ser aquilo que temos sobrando. Jesus, ao contemplar certa vez a oferta de uma mulher pobre, declarou aos seus discípulos que ela havia trazido ao Templo a maior oferta de todos os que ali estavam, pois dera o que tinha, e não o que estava sobrando, como os demais (Lc 21.1-4).

Há grupos que motivam seus fiéis a contribuírem financeiramente para receberem determinadas bênçãos, condicionando a recepção dessas bênçãos à entrega de determinados valores de ofertas. Entendemos que isso não deve ser feito, pois a oferta não é um meio de negociar bênçãos com Deus. As ofertas devem demonstrar nossa gratidão pelo que já recebemos, e não uma tentativa de pressionar Deus a nos abençoar.

3. Uma recomendação paulina.
Um ocorrido na Igreja em Corinto nos dá orientações sobre o recolhimento de ofertas. Para que houvesse organização quando fossem recolhidas ofertas para os santos em Jerusalém, Paulo orientou que os crentes guardassem suas ofertas para serem entregues no primeiro dia da semana, e que contribuíssem conforme sua prosperidade, proporcionalmente (1Co 16.2).

Contribuir conforme a sua prosperidade nos traz a ideia de contribuir, conforme já recebemos do próprio Deus. Se uma pessoa, com a graça de Deus, consegue obter recursos de acordo com a sua profissão, e esses recursos são acrescidos constantemente, suas contribuições devem seguir o mesmo patamar. Um servo de Deus não recebe bênçãos de Deus apenas para si mesmo, mas para poder auxiliar seus irmãos e à igreja local, onde congrega.

Ofertar é um privilégio que temos em contribuir proporcionalmente ao que recebemos de Deus.

CONCLUSÃO

O ato de contribuir com dízimos e ofertas não é apenas uma demonstração de fé e de respeito para com a manutenção da igreja à que pertencemos, mas acima de tudo, um ato de obediência a Deus e de generosidade para com as coisas sagradas.


ESTUDANDO
1. O que deve mover a nossa contribuição?
A gratidão a Deus, a adoração e a consciência da responsabilidade com o sustento e a manutenção da igreja.

2. Quem é o responsável pela manutenção da igreja local?
Os santos que nela congregam.

3. Qual o significado da palavra dizimar?
A palavra hebraica “asar” significa dizimar, e essa palavra vem de outra, que significa dez.

4. No Antigo Testamento os dízimos tinham qual finalidade?
Era para o sustento dos sacerdotes e levitas, que não receberam de Deus terras para plantar ou criar seu gado.

5. Jesus condenou o dízimo?
Jesus não condena o dízimo, e sim a atitude dos fariseus que manifestavam uma fé formal com seus recursos financeiros, mas se esqueciam de serem pessoas mais humanas e praticarem uma vida que agradasse a Deus, visto que o Senhor não é comprado por dinheiro.

Fonte:
Lições Bíblicas - 1º trim.2017 - A Igreja de Jesus Cristo - Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno - Comentarista: Alexandre Coelho - CPAD 


Sugestão de leitura:
Aqui eu Aprendi!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O comentário será postado assim que o autor der a aprovação.

Respeitando a liberdade de expressão e a valorização de quem expressa o seu pensamento, todas as participações no espaço reservado aos comentários deverão conter a identificação do autor do comentário.

Não serão liberados comentários, mesmo identificados, que contenham palavrões, calunias, digitações ofensivas e pejorativas, com falsidade ideológica e os que agridam a privacidade familiar.

Comentários anônimos:
Embora haja a aceitação de digitação do comentário anônimo, isso não significa que será publicado.
O administrador do blog prioriza os comentários identificados.
Os comentários anônimos passarão por criteriosa analise e, poderão ou não serem publicados.

Comentários suspeitos e/ou "spam" serão excluídos automaticamente.

Obrigado!
" Aqui eu Aprendi! "

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...