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sábado, 23 de junho de 2018

Ética Cristã e Redes Sociais

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” 1Co 6.12

Ética Cristã e Redes Sociais

Uma constatação
O fenômeno da rede social é evidente. Muitos movimentos políticos, sociais e religiosos têm sua origem nas redes sociais. De fato, as redes sociais quebraram a hegemonia da mídia. Hoje não há mais a possibilidade de uma pessoa ter apenas uma versão dos fatos de acordo com a linha editorial de determinado grupo de comunicação. Isso quebrou. A consequência desses fenômenos é a preocupação de muitos especialistas no assunto, como o sociólogo Manuel Castells, em sua obra “Sociedade em Rede”, em que ele propõe “a cultura da virtualidade real”, onde não há a separação entre a realidade e os signos virtuais. Nesse contexto, o sociólogo prevê que as relações humanas se darão cada vez mais nesses ambientes multimídias em que ainda não é possível antever os impactos que elas trarão na sociedade.

O perigo da relação descartável
Embora não seja possível verificar o impacto real do crescimento do uso das redes sociais, empiricamente sentimos alguns impactos em nossas experiências pastorais. Em nossas igrejas são comuns queixas de esposas que reclamam dos esposos que passam horas no ambiente virtual; dos esposos que reclamam o mesmo de suas esposas; dos filhos adolescentes que não saem do mundo virtual. Algumas consequências: desentendimentos, mágoas, perda do convívio familiar. Ora, o nosso Deus nos fez pessoas de “carne e osso” que se comunicam, nos fez seres sociais (Gn 2.18). A identidade do seguidor de Jesus passa obrigatoriamente na relação próxima e de bem estar com a outra pessoa (Jo 13.35). Nossas relações não podem ser descartáveis nem depender de um bloqueio ou não para sermos aceitos (Rm 2.11).

A rede social a serviço do Reino de Deus
A Palavra de Deus diz que nós temos a mente de Cristo (1Co 2.16). Tudo o que fazemos é para a glória de Deus (1Co 10.31). Então, tudo o que postamos, comentamos, curtimos e compartilhamos precisa ter como pano de fundo as virtudes do Reino de Deus. Há um livro cujo título é “Em seus Passos o que faria Jesus?”. É a pergunta sincera que nós devemos fazer em tudo que agirmos. Procure meditar em Mateus cinco, seis e sete. Esses capítulos são denominados de “Sermão do Monte”. Aqui, está toda a ética do Reino de Deus. Quando aprendermos a viver essa ética, então, tudo o que fizermos nas redes sociais estará a serviço do Reino de Deus. Revista Ensinador Cristão nº 73

As redes sociais são um fenômeno que integra a sociedade, porém, os relacionamentos virtuais não podem substituir a relação interpessoal, principalmente, a comunhão cristã.

O que é a rede social? A expressão é usada para uma aplicação da rede mundial de computadores (Web), cuja finalidade é conectar e integrar pessoas. Os que aderem a um site de relacionamentos podem conectar-se entre si, criar um perfil, adicionar amigos e conhecidos, enviar mensagens, fazer depoimentos, trocar informações, fotos e vídeos, além de estabelecer vínculos. A rede social moderna surgiu no início do século XXI e viabilizou aos usuários o encontro de amigos do passado e a ampliação do círculo social.

Leitura Bíblica em classe - Provérbios 4.10-15

Devido ao avanço tecnológico, várias mudanças foram inseridas na sociedade. A rede mundial de computadores, conhecida como Internet, conecta o mundo todo. Com o surgimento das redes sociais, tudo o que acontece é comentado e divulgado de modo instantâneo. Informações são transmitidas com rapidez surpreendente. Em contrapartida, vivemos um estágio em que as pessoas se relacionam mais virtualmente do que presencialmente.

O desenvolvimento das tecnologias digitais favoreceu o estabelecimento de novas formas de interação social e, a partir destas, novos paradigmas de relacionamentos. Nesse novo paradigma, as relações sociais tornaram-se virtuais, o contato e o diálogo foram se distanciando de seu conceito original e as relações sociais tornaram-se efêmeras. As publicações nas redes sociais apresentam distorções da felicidade, criam ilusões e padrões utópicos de vida perfeita. A falsa ideia de privacidade e anonimato permite extravasar sentimentos e paixões culminando em relações sociais descartáveis e desastrosas. Estatísticas indicam que mais de um terço da população mundial está conectada à web e interage por meio de redes sociais. Dados indicam que as redes sociais transformaram-se em um importante meio para a divulgação de informações e a propagação de ideologias e todo o tipo de ativismo.

Diante desses fatos, a igreja precisa instruir seus membros no uso das novas tecnologias e buscar métodos da evangelização por meio das redes sociais. O cristão precisa estar consciente de suas responsabilidades e deveres no mundo virtual. A igreja não pode viver alienada diante dessa realidade cada vez mais presente na vida dos fiéis. Neste capítulo, veremos a gênese da comunicação virtual, o conceito, o perigo e o mau uso das redes sociais, bem como o desafio da igreja hodierna em evangelizar por meio dessas novas tecnologias. Para tanto, dizem as Escrituras, “rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2 Co 4.2).

I. O CONCEITO DE REDE SOCIAL

As redes sociais podem ser consideradas de modo genérico como sites de relacionamentos. Como fator positivo, possibilitam às pessoas se relacionarem virtualmente; todavia, também oferecem riscos aos seus usuários.

O termo é utilizado para indicar uma aplicação da rede mundial de computadores (web) cuja finalidade é relacionar as pessoas. Os que aderem a um site de relacionamentos podem conectar-se entre si, criar um perfil, adicionar amigos e conhecidos, enviar mensagens, fazer depoimentos, trocar informações, fotos e vídeos, além de estabelecer vínculos. A rede social moderna surgiu no início do século XXI e viabilizou aos usuários encontrar amigos do passado, reencontrar pessoas e ampliar o círculo social.

As redes sociais não são satisfatoriamente seguras. Os dados e informações pessoais podem ser invadidos por terceiros. Entre os principais riscos associados às redes sociais está a invasão de privacidade, danos à imagem e à reputação, vazamento de informações e contato com pessoas malintencionadas. Além disso, existem muitos perfis falsos (fakes), comunidades polêmicas, discriminatórias, conteúdos com imoralidade e preconceitos em geral. Como tudo na Internet e nas tecnologias da informação, as redes sociais apresentam danos para seus usuários.

II. O PERIGO DA RELAÇÃO DESCARTÁVEL E AS NOVAS TECNOLOGIAS

A velocidade da informação e a efemeridade nos relacionamentos virtuais têm provocado sérios danos nas relações sociais. Quando as novas tecnologias são utilizadas como fuga de problemas ou como substitutas das relações humanas, o chamado avanço tecnológico se torna um verdadeiro retrocesso.

1. A Distorção da Felicidade

Nas redes sociais em geral, as pessoas publicam uma vida perfeita e um mundo repleto de felicidade. As redes estimulam a prática do narcisismo, ou seja, o indivíduo que admira exageradamente a sua própria imagem e nutre uma paixão excessiva por si mesmo. Essas pessoas tendem a buscar uma felicidade fútil, em meio a fotos montadas e a sorrisos falsos. Os usuários editam a própria vida apresentando a si mesmos como vencedores e vendem a ilusão de que vivem em plena paz e harmonia. As Escrituras condenam os que se ufanam e vivem em hipocrisia (Is 5.20,21).

A verdadeira felicidade

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define felicidade como “completo bem-estar físico, mental e social”. O “Relatório Mundial sobre a Felicidade” publicado pela Universidade de Columbia, em 2012, apontou multiplicidade no conceito:

A felicidade inclui avaliações sobre a vida de maneira geral e aspectos positivos e negativos de emoções que afetam o dia a dia de cada um. Alguns fatores são externos como emprego, renda e saúde. Outros são pessoais, como gênero, educação, saúde mental e idade. Outros são interrelacionados: com maior renda é possível ter melhor educação e sendo mais feliz, a saúde também melhora. (KAHN, Jan. 2013)

O problema desses conceitos é que eles estão condicionados a algo, a alguém ou a alguma coisa. Quando esses quesitos não são preenchidos, a felicidade acaba ou não acontece, e se instala a frustração e, em consequência, a tristeza e o sofrimento. A Bíblia Sagrada apresenta a felicidade como sendo a alegria que não depende de nenhuma circunstância (Lc 12.15). Ela é fruto do Espírito, caracterizado por um deleite e regozijo permanente na vida do cristão (Gl 5.22, Fp 4.4). A tentação de buscar a felicidade nos bens efêmeros é insensatez e resulta em desgosto (1 Tm 6.8,9). A verdadeira alegria só pode ser encontrada no temor e na obediência ao Criador: “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem” (Sl 128.1,2).

2. O Isolamento e a Solidão

Na década de 1990, pesquisadores chamaram atenção para o mal social chamado de “paradoxo da Internet”. Trata-se da contradição de alguém ter vários relacionamentos virtuais e, ao mesmo tempo, ausência real de contato humano. Estudos recentes demonstram que o aumento no uso da Internet coincide com o aumento da solidão, problema acentuado pelas redes sociais. O ser humano está sendo integrado à tecnologia e tratado como se fosse também uma máquina. Essa falta de equilíbrio tem desencadeado crises emocionais, ansiedade e isolamento (Jr 6.14).

Dependência virtual

Reconhecemos a importância, a contribuição e os benefícios proporcionados pela Internet e as redes sociais. No entanto, não podemos fechar os olhos diante de seus efeitos colaterais, como, por exemplo, a dependência virtual. Estudos psicológicos detectaram oito sinais de uso patológico da rede:
(I) incapacidade de controlar o uso da internet;
(II) necessidade de se conectar mais vezes;
(III) acessar a rede para fugir dos problemas ou para melhorar o estado de ânimo;
(IV) pensar na internet quando se está off-line;
(V) sentir agitação ou irritação ao tentar restringir o uso;
(VI) descuidar do trabalho, dos estudos ou até mesmo dos relacionamentos pessoais por causa da rede;
(VII) sofrer pela abstinência;
(VIII) mentir sobre a quantidade de horas que passa conectado e/ou permanecer muito mais tempo do que o previsto (SAYEG, 2000, p. 153).

O usuário enquadrado em alguns dos itens acima pode estar usando a Internet como fuga para problemas psicológicos. O não tratamento desses sintomas resulta em dependência e isolamento cada vez maior.

3. Relações Sociais Efêmeras

Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017), a sociedade vive um momento de frouxidão nas relações sociais. Bauman chama esse fenômeno social de “modernidade líquida”. Os tempos são “líquidos” porque tudo muda tão rapidamente. Nada é feito para durar, para ser “sólido”. Nas redes sociais, com apenas um clique é possível bloquear, deletar e excluir pessoas. E com outro clique pode aceitar, comentar e curtir outras pessoas. Essa situação representa um declínio das sólidas relações humanas, uma vez que, por meio das tecnologias, a amizade, o amor e o respeito entre as pessoas são facilmente descartáveis (Ec 1.2).

O efeito paradoxal

A maior parte das pessoas busca nas redes sociais aproximação com outras pessoas. Mas, em total paradoxo, os relacionamentos virtuais tendem a ter maior importância que os relacionamentos reais. É comum, por exemplo, pessoas caminharem “conectadas” absortas e cabisbaixas pelas ruas, alienadas do mundo real. Quase ninguém mais conversa sem o uso da Internet. Nos restaurantes, famílias inteiras ou grupo de amigos, acessam a Internet e não dialogam entre si, exceto por monólogos ou sobre o que estão vendo nas redes sociais. Esse fenômeno também é observado nas escolas, no âmbito do trabalho e até de maneira insana e irresponsável no trânsito urbano. Tal comportamento é um retrocesso, pois torna as relações humanas superficiais, transitórias e irrelevantes. Faz-se necessário e imprescindível corrigir essas distorções, especialmente em nossa vida privada, junto de nossa família e de nossos amigos. A sensatez é primordial, uma vez que todo excesso é extremamente danoso ao ser humano.

4. A Falsa Sensação de Privacidade

Diversos usuários das redes sociais iludem-se com a sensação de privacidade e ficam expostos a toda espécie de constrangimentos. Comentários pessoais, sentimentos de foro íntimo, fotos e vídeos comprometedores saem da área do privado e se tornam públicos. Essa sensação de privacidade também favorece a prática do pecado viral (algo que se espalha rápido como um vírus). Pode ser desde a reprodução e retransmissão de pornografia até a divulgação de notícias falsas e difamatórias (2 Tm 2.22; Pv 16.28).

A indecorosa prática do “nudes”

A possibilidade de manter a identidade real oculta é um dos fatores que impulsionam o uso equivocado da Internet. Algumas pessoas sentem-se à vontade para extravasar seus impulsos sexuais ilícitos sem medo de repercussão. A fantasia do anonimato e a falta de inibição estimulam a prática da imoralidade. Uma conduta deplorável tem sido a postagem de “nudes” (imagens da pessoa nua).

Segundo pesquisas divulgadas por sites especializados, mais de 50% das mulheres com acesso a redes sociais já enviaram, ao menos, uma foto de nudes e mais de 42% dos homens já realizaram tal prática (TRIBUNA DO CEARÁ, out. 2016). A postagem da imagem de “nudes” acontece no âmbito privado, mas, em vários casos, quem recebe as imagens salva as fotos e as compartilha nas redes sociais, tornando-as de domínio público. Tal atitude pode ser responsabilizada criminalmente; no entanto, nenhuma condenação poderá reparar o dano moral causado. Os que tiveram suas fotos divulgadas passaram e passam por diversos infortúnios, tais como o bullying, automartírio, abalos psicológicos e alguns chegam inclusive ao extremo de cometer o suicídio. O ideal mesmo é não compartilhar nenhuma imagem íntima nem sua e nem de terceiros, primeiro por ser uma prática imoral (Gl 5.19) e segundo por ser uma conduta antiética.

III. A REDE SOCIAL A SERVIÇO DO REINO DE DEUS

A igreja de Cristo precisa ser consciente quanto ao potencial das redes sociais e deve usá-la na propagação do Reino de Deus. Mas para evangelizar nas mídias não basta postar mensagens de cunho cristão; é indispensável o bom testemunho do usuário na rede de computadores.

1. O Bom Testemunho nas Redes Sociais

Cristo ensinou que o cristão é a luz do mundo (Mt 5.14) e que essa luz deve resplandecer por meio das boas obras a fim de glorificar o nosso Pai que está nos céus (Mt 5.16). Desse modo, para o bom testemunho nas redes sociais, o cristão não deve postar comentários negativos ou fazer pré-julgamento das pessoas. Deve tomar todo cuidado e precaução com fotos e vídeos que publicar, sejam pessoais, sejam de terceiros. Avaliar o conteúdo, a coerência, o vocabulário e a ética cristã das mensagens antes de postar, comentar ou curtir. Paulo nos ensina a fazer de tudo para ganhar as pessoas para Cristo (1 Co 9.22)

Importância da boa reputação

O requisito de boa reputação é fator preponderante na evangelização, tanto a pessoal (corpo a corpo) quanto a virtual (Internet). O bom caráter e a idoneidade daquele que evangeliza deve ser testemunhado pelos não crentes. Espera-se dos cristãos que desfrutem de um viver reto e íntegro, por meio da oração e santificação no Espírito Santo. Se isso não for observado, a evangelização será inócua, quem evangeliza será difamado e envergonhado, a igreja colocada em descrédito e o evangelho de Jesus vilipendiado:

Um viver incoerente, contraditório com os valores morais e éticos do evangelho, certamente inviabilizaria toda e qualquer possibilidade de ser reconhecido como um líder cristão, como um instrumento de bênção nas mãos de Deus. Um viver incompatível com o evangelho apenas revela o profundo abismo existente entre o homem e Deus. (EMAD, 2005, p. 241)

Somos servos de Deus e estamos sendo observados. Se quisermos testemunhar de Cristo e seu evangelho, precisamos vigiar nossa conduta. Portanto, é inadmissível que aqueles que usam as redes sociais para provocar constrangimentos, estimular o preconceito e a discriminação, enviar ou receber “nudes”, curtir e compartilhar imagens, vídeos e mensagens com conteúdo lascivo ou duvidoso possam ter autoridade moral ou espiritual para evangelizar alguém. Quanto à necessidade de evangelizar corretamente, Paulo nos alertou: “se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada” (1 Co 9.17)

2. O Uso Correto da Evangelização Digital

A Internet é uma grande aliada na divulgação do evangelho, porém alguns cuidados são necessários para não tornar a mensagem inócua. As postagens não podem ser grandes e os vídeos não podem ser demorados. A mensagem precisa ser clara, concisa e objetiva. Antes de compartilhar as imagens, deve-se verificar a veracidade bíblica daquela mensagem e o seu teor teológico.

Em lugar de postagens com frases de efeito ou de autoajuda, devem-se priorizar os versículos bíblicos. Ao reproduzir áudios e vídeos, deve-se verificar se não existe algo que possa causar escândalos ou intolerância religiosa. Também não se deve atacar a ninguém, apenas anunciar e confessar a Cristo (1 Co 1.23,24).

Evangelizar é comunicar

No decorrer da história da humanidade, Deus tem se revelado e se comunicado com o ser humano. O escritor aos Hebreus assevera que Deus falou antigamente aos pais, pelos profetas, e a nós falou-nos nestes últimos dias pelo seu Filho (Hb 1.1). Desse modo, o ápice da comunicação divina acontece na Encarnação do Verbo Divino: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória” (Jo 1.14). Jesus Cristo é o encontro mais pleno alcançado entre Deus e o homem. Ao revelar sua mensagem aos escolhidos, Deus desejou que ela fosse compartilhada com todos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mt 28.19, ARA). Portanto, evangelizar não é simplesmente anunciar uma doutrina, mas é comunicar-se com o outro, isto é, “entrar em diálogo, relacionar-se, viver em comunhão com Deus para poder testemunhar com autenticidade Àquele em quem se crê e entrar em comunhão com outras pessoas” (SILVA, 2015, p. 12). Sob essa perspectiva, as redes sociais tornam-se um campo fértil para a comunicação do evangelho.

Resultados promissores

Em 2011, a Global Media Outreach (Alcance Global pela Mídia) divulgou que mais da metade das pessoas que se decidem por Cristo na Internet posteriormente compartilham sua fé com outros internautas. Desses convertidos on-line, 34% afirmam ler a Bíblia Sagrada diariamente. O estudo denominado de “Índice do Crescimento Cristão” ouviu mais de 100 mil pessoas ao redor do mundo. Segundo Walt Wilson, presidente da instituição, desde a sua fundação, em 2004, mais de 15 milhões de pessoas já se decidiram por Cristo.

A eficácia da evangelização pode ser resumida em três processos bem simples:
(I) levá-los ao Salvador — páginas web que ajudem a encontrar Jesus;
(II) alimentá-los na fé — websites de discipulado e guias para recém-conversos; e,
(III) conectá-los à Igreja — conduzir o convertido a frequentar uma igreja local. Para isso, explica Wilson, não basta ter uma página na internet, transmitir cultos e comunicar-se pelas web rádios. O resultado se obtém por meio do discipulado e a comunicação com o novo convertido; essas ações são tão imprescindíveis quanto o evangelismo (ARAGÃO, Dez. 2011).

As redes sociais são um fenômeno do nosso tempo, mas precisam ser utilizadas com sabedoria.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Você consegue imaginar, na atualidade, uma pessoa que não esteja conectada ao WhatsApp, Facebook, Twitter ou Instagram? Não conseguimos nem idealizar, pois nunca o acesso às redes sociais foi tão amplo. Entretanto quando o assunto é redes sociais, em geral os crentes ficam preocupados e es opiniões se dividem quanto ao seu uso. Alguns até creem que é pecado. Outros questionam: O cristão pode utilizar as redes sociais? Você não vai encontrar na Bíblia nenhum texto bíblico que fale a respeito deste assunto, pois é uma atividade da vida moderna. Por não conhecerem o universo online, muitas pessoas acabam tendo um excesso de zelo, preocupação e enxergam somente os aspectos negativos do mundo virtual. Houve um tempo que o rádio também foi muito criticado, e algumas igrejas, proibiam seus membros de ouvi-lo. Tudo que é novo assusta, contudo como cristãos devemos evitar todo e qualquer radicalismo, pois o crente deve ser prudente, equilibrado em suas atitudes, palavras e até ponto de vista em relação ao uso das redes sociais não é diferente; precisamos utilizá-las com sabedoria, prudência e equilíbrio. A cada dia o número de brasileiros online vem aumentado e grande parte deste número é de crentes e que frequentam a Escola Dominical. A questão a ser discutida hoje pelos professores e alunos da Escola Dominical é mais ampla: Como as pessoas estão se comportando nas redes sociais? Como você se comporta? O problema não são as redes sociais, mas como as pessoas se comportam nelas.
Para o cristão, todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante (1Co 10.23; 16.12). Devemos fazer uso do universo online com prudência e discernimento; sejamos cuidadosos e tenhamos limites. Michael Palmer, no livro Panorama do Pensamento Cristão, diz que ‘os cristãos que veem a cultura de mídia de entretenimento têm de aprender a ler essas imagens e rejeitar as que são incompatíveis com os padrões cristãos e a Escritura’. Esse é o problema. Muitos crentes não conseguem fazer essa leitura. Precisam ser ensinados a fazer isso. Será que você faz essa leitura? Ou você ingere tudo sem questionamento?” (BUENO, Telma. Adolescentes Vencedores: Vivendo em Sociedade. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015, p.45).

Fonte:
Livro de Apoio – Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo - Douglas Baptista
Lições Bíblicas 2º Trim.2018 - Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo - Comentarista: Douglas Baptista


Aqui eu Aprendi!

sábado, 16 de junho de 2018

Uma vida exemplar diante de Deus e dos homens

“Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que andar desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu” 2Ts 3.6

“Aquilo que estava errado no meio dos Tessalonicenses, que é expresso:

1. De maneira mais geral. Havia alguns que andavam desordenadamente e não segundo a tradição que receberam do apóstolo (2Ts 3.6). Alguns irmãos eram culpados desse caminhar desordenado. Eles não viviam da maneira certa, nem dirigiam sua vida de acordo com as regras do cristianismo, nem estavam em conformidade com sua profissão de fé; não andavam de acordo com os preceitos passados pelo apóstolo, nem davam a devida atenção. Observe: As pessoas que receberam o evangelho e que professam sujeitar-se a ele devem viver de acordo com esse evangelho. Se não o fizerem, são consideradas pessoas desregradas.

2. Em particular. Havia entre eles algumas pessoas ociosas e que faziam coisas vãs (2Ts 3.11). O apóstolo foi informado a esse respeito de fontes tão seguras que tinha razão suficiente para dar ordens e orientações com relação a essas pessoas, como deveriam se comportar, e como a igreja deveria agir em relação a eles. (1) Havia algumas pessoas no meio deles que eram ociosas, não trabalhando, ou fazendo coisa alguma. Não parece que eram glutões ou beberrões, mas ociosos, e, portanto, pessoas desregradas” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento. 2ª Edição. Atos a Apocalipse. RJ: CPAD, 2010. p.680).

Texto Bíblico - 2 Tessalonicenses 3.6-15

INTRODUÇÃO

Ao final de sua Segunda Epístola aos Tessalonicenses, assim como fez na Primeira Carta, no capítulo 4, Paulo faz uma série de orientações práticas àqueles irmãos, centradas especialmente na questão da conduta pública do cristão: sua postura diante da sociedade decadente em que estavam inseridos.

I. EXISTE UM MODELO A SER IMITADO

1. Cristo é nosso supremo exemplo.
Antes mesmo de falar do ministério de Paulo e sua influência entre os Tessalonicenses, é necessário deixar bem claro: nosso modelo é Cristo! Ele é o homem perfeito em quem somos aperfeiçoados até a medida completa de nossa espiritualidade (Hb 7.28; Ef 4.13). Qualquer decepção com instituições, líderes, ou mesmo pessoas próximas a nós deve ser deixada de lado pela compreensão de que Ele é o nosso modelo vivificador. O mais sobrenatural nesse esforço de seguir a Cristo é que, quanto mais parecidos com Cristo tornamo-nos, mais plenos nos acharemos. O Senhor não rouba nossa identidade, não usurpa o que nós somos; pelo contrário, a plenitude de Deus em nosso ser aperfeiçoa o que Deus nos tem feito ser.

2. Os heróis da fé devem ser nosso modelo.
Há um conjunto de cristãos exemplares que palmilharam essa terra, os quais são dignos de nosso respeito e consideração (Hb 11.1-40). Nenhum deles salva, nenhum será capaz de transformar nossas vidas, entretanto, eles viveram como salvos e demonstraram que é possível permitir-se ser tocado por Deus de tal maneira que se possa testemunhar verdadeiras revoluções pessoais de vida. Certamente há um grupo de pessoas que ainda hoje, refletem a glória de Cristo nesta geração. Escândalos e desastres morais acontecem na humanidade desde o princípio, contudo, devemos nos espelhar na vida daqueles que, em meio a tanta corrupção, optaram por viver a beleza da pureza do Evangelho. A vantagem de olhar para vida destes santos é perceber que o Reino de Deus já está entre nós. Que o mal nunca nos inspire.

3. Ainda existem líderes inspiradores (v.7).
Paulo é um desses homens tão íntegros que não teme afirmar: “Vocês em Tessalônica querem um modelo? Olhem para mim!”. Em tempos de escândalos, em dias de discursos demagógicos e hipócritas, carecemos de líderes assim; entretanto, louvado seja Deus, porque ainda existem muitos. Certamente cada um de nós pode nomear, homens e mulheres, que foram responsáveis por nosso crescimento espiritual; pessoas de testemunho e caráter, verdadeiros líderes espirituais, que muitas vezes, sequer são reconhecidos institucionalmente. Aproximemo-nos dessas pessoas, e sejamos, num futuro bem próximo, estes líderes inspiradores para nossas igrejas. Lembre-se: não se torne, amanhã, um tipo de cristão/líder que você reprova hoje. Que nossa trajetória seja como a da luz da aurora (Pv 4.18).

II. COMO SE PORTAR NUMA SOCIEDADE DESORDENADA?

1. Um distanciamento precisa ser notório (v.6).
É impossível que os princípios de um cristão genuíno o aproximem, sem qualquer tipo de conflito, com o padrão do mundo. Jesus deixou bastante claro que o modelo de sociedade vigente nos rejeitaria (Jo 15.18; 17.14). Na verdade não é uma questão pessoal, mas a respeito do Deus a quem amamos. Por isso, a existência de um distanciamento (moral e espiritual) é inevitável. O que nos surpreende é perceber que existem cristãos que, de maneira hipócrita e anticristã, criam muros para separarem-se das demais pessoas. Como estas serão evangelizadas e impactadas pelo testemunho? Nosso distanciamento não é social (somos ovelhas enviadas para viver entre lobos Mt 10.16), deve ser com relação a nossos valores, princípios e modelos. A igreja não pode tornar-se uma “Sodoma e Gomorra Gospel”. Nós não apenas fazemos, mas somos a diferença neste mundo.

2. Não é possível íntima comunhão (v.14).
A exortação de Paulo é clara: “[...] não vos mistureis com ele [...]”. É inevitável estar entre pessoas que não são cristãs — no ônibus, na faculdade, no trabalho. Logo a exortação de Paulo é para evitar aqueles que se dizem crentes e querem andar segundo o mundo, os desobedientes. A ilusão de um bairro só de cristãos, uma empresa só de salvos, um colégio exclusivamente de santos, não deve ser alimentada pelo crente. A mistura aqui é interior, de alma, posturas, opiniões. Cristãos defendendo liberação de aborto, legalização de drogas pesadas, sexo antes do casamento, isso é a mistura que temos que evitar e condenar. Mais preocupante do que viver entre os ímpios é viver entre ímpios pensamentos (Pv 17.20). Não há acordo entre o Senhor e Belial, não há mistura que seja benéfica ao coração daquele que é inconstante (Tg 1.8).

3. O amor deve ser o tema de qualquer relacionamento.
Paulo afirma no versículo 15: “Todavia, não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão”. Viver como um irmão é viver perto, junto, próximo. Dos inimigos é que as pessoas tendem a se afastar, mas nós somos dos que se aproximam, pois a finalidade última de todas as nossas ações, até mesmo quando somos duros com os outros, deve ser o amor. O desobediente precisa viver com o obediente para testemunhar o milagre de uma vida transformada e crer que para ele isso também é possível. Já o salvo em Cristo não deve ter medo de conviver com quem ainda não está liberto, ou será que este na verdade é um hipócrita, travestido de cristão, que sabe da fragilidade de seu caráter, e por isso teme o tempo todo que sua máscara caia?

III. SOMOS CHAMADOS PARA VIVER DE QUE MANEIRA?

1. Como filhos de Deus, não como fardos para a sociedade (v.8).
Nós como cristãos não somos chamados para ser motivo de enfado para ninguém. Por isso sejamos sempre proativos, lutemos por nossos sonhos, acreditemos que o Senhor nos capacitará, inclusive para o mercado de trabalho. Tenhamos Paulo, e não os “preguiçosos na fé”, como exemplo.

2. Sossegadamente.
Não existe fórmula mágica para ser bem-sucedido; tudo passa por muito trabalho e dedicação. Fortunas que aparecem repentinamente, de um modo geral, também somem de modo súbito. Os ideais que a mídia constrói, de jovens famosos e ricos, na maioria dos casos escondem profundas tristezas, relacionamentos opressores e uma escravidão no pecado. Acreditemos que o contentar-se é muito melhor do que o desesperadamente desejar mais.

3. Em paz (v.16).
É claro que existem múltiplas maneiras de se ter paz; para alguns é no silêncio; para outros na harmoniosa melodia do céu. Há aqueles que experimentam a paz enquanto caminham em uma jornada, entretanto alguns vivem a experiência da satisfação ao ficar onde estão. Mas de onde procede a concórdia que enche os nossos corações? É claro que somente do Pai. Numa igreja repleta de dúvidas, incertezas, e conflitos pessoais, somente Deus poderia juntar os pedaços dessa comunidade e fazer com que aqueles irmãos experimentassem a verdadeira paz que deriva de um relacionamento genuíno com o Senhor. Aquilo que o Pai faz por nós, transcende a nossa vida, influencia até mesmo aqueles que estão à nossa volta (Pv 16.7). Confiemos então naquEle que é apresentado nas Escrituras como o que governa firmado sobre o fundamento da paz (Is 9.6; 2Co 13.11; Fp 4.9).


CONCLUSÃO

O Cristianismo não é um conjunto de teorias a respeito da realidade as quais declaramos simplesmente nossa adesão intelectual. Servir a Cristo é uma experiência radical de mudança de vida, uma corajosa escolha de viver profundamente diferente do mundo, segundo princípios que evidenciam o caráter de Deus em nós.


SUBSÍDIO
“Os missionários tinham o cuidado de evitar a acusação de serem parasitas ou aproveitadores. Mas, sobre este assunto, Paulo sempre salvaguardava o direito apostólico de sustento, embora, para o bem do evangelho, ele renunciasse o direito conscienciosamente. Não porque não tivéssemos autoridade — ‘não porque não tivéssemos esse direito’, AEC, RA; cf. BJ, BV, CH, NTLH, NVI), mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes (‘mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado por vocês’ — NVI; quanto a exemplo [typos], ver comentários em 1 Tessalonicenses 1.7; quanto à questão do trabalho do apóstolo em Tessalônica e os motivos envolvidos a esse respeito, ver comentários em 1 Tessalonicenses 2.6,9. A força do argumento é que Paulo, o Apóstolo, tinha o direito de receber sustento. Mesmo assim, enquanto esteve entre eles, ele vivia à custa do fruto do seu trabalho. Muito mais deveriam os irmãos desordeiros trabalhar para ganhar a vida, já que eles não tinham o direito de receber sustento!” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 9. Gálatas a Filemom. Comentário Bíblico Beacon.RJ: CPAD, 2006. p.429).

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 2º Trimestre de 2018 - Título: A Igreja do Arrebatamento — O padrão dos Tessalonicenses para estes últimos dias - Comentarista: Thiago Brazil

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quarta-feira, 6 de junho de 2018

Firmes na Verdade e na Graça de Deus

“E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, e nosso Deus e Pai, que nos amou e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança” 2Ts 2.16


“Paulo sabia que os tessalonicenses iriam enfrentar pressões das perseguições, dos falsos pregadores ou ensinadores, do materialismo, e da apatia. Eles se sentiriam tentados a se afastar da verdade e até mesmo a deixar a fé. Com tudo isto em mente, Paulo insistiu para que eles estivessem firmes e retivessem as tradições que lhes tinham sido ensinadas por ele e por seus cooperadores. Os tessalonicenses tinham recebido muito ensino pessoalmente, e tinham também as cartas de Paulo. Eles precisariam se agarrar à verdade que lhes tinha sido ensinada.

Por intermédio da sua graça. Deus e Cristo deram aos crentes uma eterna consolação e boa esperança. O cristianismo não é uma crença de perguntas e preocupações, nem uma crença na qual os crentes precisem esperar até o final para ver se conseguirão alcançar o objetivo maior. Na verdade, os crentes recebem esperança e incentivo com a certeza das promessas de Deus. Entretanto, orar pelos crentes de todas as partes é algo que sempre será útil, especialmente por aqueles que enfrentam perseguições por causa da sua fé, para que Deus os console e lhes dê conforto para que continuem fazendo a boa obra” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Volume 2. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2010. p.468).

Em tempos de crise a melhor mensagem que pode ser anunciada a uma comunidade é a de consolação.

Texto Bíblico - 2 Tessalonicenses 2.13-17

INTRODUÇÃO

A parte final do segundo capítulo de 2 Tessalonicenses trata a respeito do destino que Deus tem para os santos, em comparação com o que vinha sendo tratado anteriormente a respeito do estado final dos desobedientes (2Ts 2.10-12). Os santos serão alcançados pelo amor eterno do Pai. Paulo discorre por que os santos devem permanecer em paz e tranquilidade. Nesse esforço de fundamentar o consolo sempiterno de Deus para o justo, o apóstolo constrói uma magnífica referência à Trindade. Nos versículos 13 e 14, Paulo demonstra que o penhor da salvação é constituído por meio de uma obra realizada pelas três pessoas da trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.

I. A AÇÃO DA TRINDADE NA VIDA DO SALVO

1. Eleitos pelo Pai (v.13)
A obra da salvação não é uma realização desprovida de sentido, como se fosse uma saída de improviso realizada por um Deus que teria sido pego de surpresa diante do pecado do primeiro casal. O Pai em sua bondade nos elegeu por meio de seu Filho Unigênito Jesus Cristo desde antes da fundação do mundo (Ef 1.4). O fato de o Cordeiro ter sido morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8), nos mostra o propósito eterno de Deus em prover salvação à humanidade. Somos eleitos pelo sacrifício do Filho e não há outro caminho para nós. Nunca possuiríamos méritos suficientes para fazermo-nos dignos da salvação, pois esta é uma obra exclusiva de Deus. Portanto, uma vez conscientes disso, devemos operosamente desenvolver nossa salvação (Fp 2.12). Não desprezemos a obra de Cristo por nós e já manifesta em nós, antes; vivamos como filhos da luz, nascidos do alto, restaurados em Cristo.

2. Santificados pelo Espírito (v.13b)
Uma vez chamados à salvação pelo Pai, é o Espírito Santo, que numa obra de transformação contínua, faz Cristo manifesto em nós (Cl 1.27,28). Como prometido por Jesus, não estamos órfãos neste mundo, temos a presença acalentadora do Santo Espírito que, numa relação simultânea de consolação e orientação, guia nossa trajetória no curso de nossa jornada ao céu (Jo 14.18; 16.7-11). Nossa luta cotidiana contra as astutas ciladas do inimigo somente pode ser superada por meio da ação do Espírito em favor de nós, o qual constantemente aperfeiçoa-nos o caráter de modo a tornarmo-nos, progressivamente, imitadores de Deus manifestando cada vez mais nossa condição de filiação (Ef 5.1). A ação do Espírito é incessante em nossa vida, pois enquanto estivermos no caminho para o céu temos muito o que nos aperfeiçoar (2Co 7.1).

3. Vocacionado para a glória do Filho.
A promessa feita por Jesus a nós é que onde Ele estiver (na eternidade) nós estaremos com Ele (Jo 14.3). A oração do Mestre ao Pai em nosso favor era para que nós fôssemos participantes da glória que Ele vivenciara antes da fundação do mundo (Jo 17.24). Não possuímos uma vocação para uma vida imortal aqui na terra; ao contrário, somos convidados a abandonar todas as coisas que aqui são perecíveis e passageiras em nome de uma chamada para aquilo que é eterno. O ponto áureo da salvação não é a isenção de sofrimentos terrenos ou a promessa de galardões celestiais; o ápice da redenção é a certeza de que experimentaremos uma eternidade na presença de Jesus, em comunhão com Ele. Nosso maior bem é o Senhor, e todas as demais coisas, na presença dEle, constituem-se em nada.

II. A FIRMEZA DO CRISTÃO

1. Persistência no ensino dos apóstolos.
Diante de um quadro de falsas profecias no seio da igreja local e charlatões da fé, é necessário fixar um ponto de segurança. Tal ponto, sem dúvida alguma, é a Bíblia Sagrada. Essa foi uma exortação paulina à Igreja em Tessalônica (vv.15,17). Para evitar a propagação de heresias e falsos ensinos, Paulo recomendou àquela comunidade que persistisse no modelo de cristianismo que havia recebido, tanto por meio do testemunho vivo dos pregadores do genuíno Evangelho, como por meio das orientações escritas que já circulavam pelas igrejas. Nossa fé, para ser madura, precisa ter alicerces sólidos, e a Palavra é o melhor e mais confiável de todos (Lc 6.46-49).

2. Convicção nas tradições.
Para além da doutrina — infalível, imutável e fundamentada exclusivamente nas Escrituras — cada igreja local possui uma série de costumes e tradições que garante o bem-estar dos relacionamentos locais. A orientação do apóstolo é que os tessalonicenses também se mantenham firmes nessas práticas (v.15). Há em nossa geração um “culto ao novo”, de tal maneira que alguns líderes de jovens procuram incessantemente a fórmula para o culto perfeito. Nesta busca desenfreada o culto virou “balada” e muitos jovens estão se perdendo. Precisamos de novidade de vida (Rm 6.4), e não apenas de coisas novas. Não devemos ter vergonha de nossas tradições, pois foram elas que nos trouxeram até onde estamos. Não precisamos de novos costumes, basta nos revestirmos de significado para este tempo.

3. Confirmados em boas obras.
A salvação de Deus em nossa vida produz um impulso positivo para a prática de boas obras (Ef 2.10). A fé dos tessalonicenses seria comprovada por meio da adoção de um estilo de vida que espelhasse o testemunho de Cristo. Para usar uma metáfora paulina podemos dizer que demonstrar nossa comunhão com Jesus na sociedade atual é similar a exalar uma excelente fragrância (2Co 2.15). O mundo ao nosso redor não conhece a Cristo e de muitos modos rejeita sua Palavra, cabe-nos então, por meio de uma vida piedosa e edificante, pregar o Evangelho sempre, inclusive quando estivermos em silêncio. Não se pode esconder uma cidade construída sobre uma montanha, os sinais de sua existência manifestam-se de modo natural (Mt 5.14). Assim, aquilo que somos espontaneamente se revela em nosso falar e proceder.

III. O CONSOLO DE DEUS AOS SANTOS

1. Confortados em amor e graça.
Tendo refletido anteriormente a respeito do final dos injustos (2Ts 2.10-12) e sobre a bênção eterna da salvação, Paulo fala a respeito do consolo dos cristãos. A fonte do conforto anunciado pelo apóstolo não são as circunstâncias humanas favoráveis ou os bens materiais que aqueles irmãos poderiam possuir, mas a maravilhosa graça e o grande amor de Deus.

2. Eternamente consolados.
Deus deseja construir algo de eterno em nós. Por isso, o Espírito que nos consola é eterno (Hb 9.14). O Reino para onde somos chamados é eterno (2Pe 1.11), o propósito dEle para conosco é eterno (Ef 3.11). Mas não apenas isso, o consolo que o Senhor oferece-nos é sem fim (2Ts 2.16). Por isso, não devemos nos angustiar se, por alguma circunstância aleatória, as coisas não estão conforme nossos planos. Devemos crer que o amanhã que nos está preparado é sem lágrimas, desesperos ou medos (Rm 8.18). Se é para a eternidade que somos vocacionados, não devemos nos iludir com os efêmeros encantos que este mundo pode nos oferecer.

3. Intimamente aliviado.
O alívio que Paulo anuncia a Igreja em Tessalônica é algo profundo, manifesto no interior dos irmãos; é consolo para o coração (2Ts 2.17). Vivemos em tempos difíceis. De uma maneira geral, as pessoas teatralizam suas vidas: fingem ser felizes, mascaram seus medos, fazem de suas vidas uma patética representação. Não foi para exterioridades que o Senhor nos vocacionou. Deus nos chamou para uma restauração interior. Chega de superficialidade! O Evangelho é algo mais profundo. Está diretamente relacionado com o nosso ser, nosso interior, nosso coração.

CONCLUSÃO

As palavras de Paulo àquela comunidade tinham como objetivo o desenvolvimento sadio dos crentes. Eles nem deveriam angustiar-se quanto às coisas futuras, muito menos estarem aflitos com relação ao seu estado eterno. Consolo é a palavra-chave para entender este momento da escrita apostólica aos irmãos em Tessalônica. Que a certeza de consolo para aqueles irmãos fortaleça também nossos corações.

SUBSÍDIO
“Algumas pessoas questionam a conclusão de que Tomás de Aquino considerava a Bíblia como única revelação de Deus à Igreja apelando para o seu comentário sobre 2 Tessalonicenses 2.15, no qual ele diz que ‘muita coisa não foi escrita pelos apóstolos e que, portanto, também devem ser observadas’. Entretanto, esta interpretação despreza o contexto e o restante da sua citação (de 1Co 11.34), na qual Paulo diz: ‘Quanto às demais coisas, ordená-las-ei quando for ter convosco’. No contexto dos apóstolos vivos, sim, havia ainda autoridade apostólica não-escrita. Entretanto, depois da morte deles, Tomás de Aquino jamais parece se referir a qualquer tipo de autoridade apostólica ou revelatória que excedesse a Bíblia. A sua única referência isolada (em Jó) à queda do Diabo como sendo parte da ‘tradição da igreja’ pode facilmente ser compreendida como ‘ensino’ da igreja baseado nas Sagradas Escrituras. Afinal de contas, Tomás de Aquino cria que muitas passagens bíblicas claramente ensinam a queda de Satanás tanto antes (cf. Gn 3) quanto depois de Jó (cf. Ap 12), e ele próprio as cita” (GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2010. p.272).

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 2º Trimestre de 2018 - Título: A Igreja do Arrebatamento — O padrão dos Tessalonicenses para estes últimos dias - Comentarista: Thiago Brazil


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quarta-feira, 16 de maio de 2018

A Vida Cristã e a Estima pela Liderança

“Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui, sempre, o bem, tanto uns para com os outros como para com todos” 1Ts 5.15

Nesta lição trataremos a respeito do valor das lideranças biblicamente constituídas, assim como sobre as características de uma igreja local espiritualmente relevante. Faça de sua aula um maravilhoso momento de reflexão sobre a urgente necessidade de novas lideranças constituírem-se no interior da igreja local. Indague a seus alunos se eles estão conscientes de que sairão do meio deles as futuras lideranças que conduzirão a obra de Deus daqui a poucos anos.

Reflita com seus educandos a respeito dos desafios que se impõe diante de um líder que de maneira séria e dedicada compromete-se com o bem-estar da obra de Deus.

Caro professor(a) da Escola Dominical, nunca se esqueça, você também tem uma grande honra e uma grande responsabilidade de liderar e encaminhar as futuras gerações de líderes da igreja.

Somente uma igreja autêntica reconhecerá a vocação de seus líderes e servirá ao Pai e a sua geração com o objetivo de glorificar o santo nome do Senhor.

Texto Bíblico - 1 Tessalonicenses 5.12-22

INTRODUÇÃO

No momento final desta carta o apóstolo Paulo concentra-se em uma série de prescrições práticas para o desenvolvimento da obra de Deus naquela comunidade. As orientações concentram-se basicamente em duas grandes temáticas: a necessidade de apreço pelas lideranças constituídas e ações práticas para o desenvolvimento da espiritualidade. Paulo, num destacável exercício de síntese de conceitos, passa a apontar algumas ações que não poderiam deixar de ser realizadas para a manutenção da saúde espiritual daquela comunidade.

I. A IGREJA COMO ESPAÇO DE CONCRETIZAÇÃO DA VERDADEIRA LIDERANÇA CRISTÃ

1. Uma liderança constituída para a Igreja.
Não foi a Igreja que nasceu para a liderança, mas a liderança que foi constituída em função da Igreja (At 6.3-5). É a Igreja quem confirma o ministério frutífero de um líder. É por isso que Paulo roga aos irmãos em Tessalônica que reconheçam o serviço daqueles irmãos (1Ts 5.12,13), pois, se não for a Igreja que fizer isso, instituições humanas não poderão fazê-lo. Deste modo, repousa sobre a comunidade local a responsabilidade de discernir, por meio da ação do Espírito de Deus, que se torna evidente em frutos perceptíveis, a chamada para liderança de determinada pessoa. O líder precisa ter o reconhecimento de sua comunidade local. No mundo secular, governa-se por direitos legalmente constituídos, por nepotismo e até mesmo por usurpação do poder. Todavia, na Igreja só há uma maneira: por meio da vocação de Cristo que é referendada pela igreja local.

2. Liderando no Senhor.
Os líderes são levantados para serem ministros em suas comunidades, ou seja, servos. Liderar no Senhor implica utilizar-se de princípios extraídos da Palavra, que espelhem a vontade de Deus. Não se deve dirigir para uma instituição, muito menos para uma pessoa específica; lideramos para a glória de Deus, a fim de que o nome do Senhor seja exaltado em tudo o que realizarmos. Assim sendo, liderar no Senhor significa, em muitos casos, abrir mão das opiniões pessoais em nome de cumprir-se a vontade de Deus. Todo líder deve ter a convicção de que nunca terá a equipe ideal; lembremo-nos de que nem mesmo Jesus a teve, por isso o líder não deve desmotivar-se diante de adversidades.

3. Reconhecendo a liderança como uma grande obra.
Como nos aponta a orientação paulina, o chamado para servir a Igreja como líder é, ao mesmo tempo, um honroso e árduo ofício (1Ts 5.12,13) e cabe-nos reconhecer os verdadeiramente vocacionados. Devemos publicamente, e em particular, atestar a existência de pessoas escolhidas por Deus para o governo, liderança e presidência (Rm 12.8; 1Co 12.28). Assim não falamos apenas de pastores, mas também de líderes em outros níveis, por meio dos quais a obra de Deus se desenvolve.

II. O QUE É SER IGREJA?

1. É ser um ambiente onde há espaço para acolher todos.
Uma Igreja não pode ter um “público-alvo” específico; nosso campo de evangelização é o mundo. Uma igreja não pode ser apenas para jovens, ou só para adolescentes, ou exclusivamente para adultos. É um absurdo existirem igrejas voltadas para o público intelectualizado, outras para o “povão”. Igrejas para ricos, igrejas para pobres. É intrínseco a Igreja ser composta por indivíduos de todas as classes, grupos e culturas. Somos um espaço de acolhimento onde o problemático, o fraco e o desacreditado devem ter o mesmo espaço que o saudável, o forte e o fervoroso. Somos vocacionados para dar suporte uns aos outros (Ef 4.1-6), isto é, nossa responsabilidade é auxiliar aqueles que ainda não são capazes de seguir suas jornadas sozinhos, e por isso precisam de amigos, abraços e orações.

2. É ter a palavra certa para cada indivíduo.
A Igreja deve ser capaz de dialogar com todos os indivíduos de tal forma a ter a palavra adequada para cada perfil de indivíduo. É por isso que os sermões não devem ser “enlatados”, copiados de um pregador estrangeiro, ou padronizados, reproduzido irrefletidamente como uma “fórmula mágica” copiada de um “megaevangelista”, sem respeitar as especificidades e singularidade de cada comunidade de fé e sujeito. A responsabilidade de sermos Igreja nos leva ao compromisso de falar com austeridade com os que não levam o Reino de Deus a sério (Hb 3.13). Fomos chamados a expressar amorosamente a graça e a misericórdia do Pai àqueles que estão fragilizados (Rm 14.11; 1Co 9.22,23) e apresentar as promessas do Reino para os que estão desesperançados (2Co 1.18-20).

3. É eleger o bem como estilo de vida.
Somos vocacionados para fazer o bem e servir uns aos outros (Jo 13.13-15). Já fomos libertos da prática do mal, por isso este não pode sequer tornar-se uma reação nossa (1Ts 5.15). Rancor, mágoa, ressentimento, fúria, inveja, etc., não devem fazer sentido algum para nós. Não utilizamos as armas do Maligno; se rejeitamos suas ações não devemos nos apropriar de suas metodologias. Como o próprio Paulo afirma, somos espirituais, deste modo, nossas estratégias precisam ser diferentes das utilizadas por aqueles que não conhecem o Pai (Gl 6.1,2; 2Co 10.4). Todo e qualquer discurso de ódio, a quem quer que seja, não nos é conveniente. Somos o povo da misericórdia, da graça e do perdão. Não que de nós mesmos derivem tais princípios, na verdade eles são todos oriundos do amor do Pai para conosco.


III. TRÊS ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA UMA VIDA CRISTÃ AUTÊNTICA

1. Fervor devocional.
Sendo a vida cristã comparada à rotina de treinamento de um atleta (1Co 9.24-27), é necessário compreender que existem algumas práticas que devemos realizar cotidianamente; isto é, assim como um atleta possui disciplina corporal e alimentar, até mesmo de sono, como cristãos devemos ser capazes de continuar orando, mesmo quando aparentemente parece que não somos ouvidos (1Ts 5.17). Nossa vida não deve ser encarada como um fardo, mas como um maravilhoso privilégio. A gratidão deve ser a marca de nosso relacionamento com o Pai (1Ts 5.18), pois quando reconhecemos o poder e a soberania do Senhor somos capazes de acreditar naturalmente que tudo o que Ele faz é carregado de bondade e perfeição, tornando assim nossa vida cheia de leveza.

2. Vigilância moral.
Há um princípio de conduta apresentado por Jesus nos Evangelhos que fundamenta de maneira bem relevante a orientação paulina em 1 Tessalonicenses 5.22. Escrevendo aos tessalonicenses, Paulo orienta-os a não só fazerem a coisa certa, mas a se absterem da “aparência do mal”. Ou seja, devemos evitar toda e qualquer prática que escandalize o Evangelho. Assim, mesmo sabendo que determinadas ações não incorrem em pecado, devemos evitá-las se elas produzem confusão e alvoroço na mente e coração dos fracos na fé (1Co 8.9; 10.32; 2Co 6.3).

3. Discernimento espiritual.
Uma das características mais marcantes deste nosso tempo é a variedade de discursos, ações e manifestações. São várias igrejas, inumeráveis pregadores e cantores, e os meios de propagação de suas ideias nunca foram tão numerosos como hoje — televisão, rádio, internet, redes sociais etc. Nessa selva de informações como devemos nos portar? Paulo orienta-nos a sermos criteriosos com TODAS as coisas (1Ts 5.21), isto é, examiná-las minuciosamente para conferir sua autenticidade, assim como um ourives faz com os objetos que lhes são trazidos. Sabemos que inerrante só a Palavra de Deus, entretanto, as interpretações humanas, os usos (e abusos) que se faz da Palavra, tudo precisa ser examinado.


CONCLUSÃO

Nunca se fez tão necessário tomar cuidado com os charlatões da fé e, ao mesmo tempo, dar suporte à vocação dos santos que foram chamados por Deus para abençoar nossas vidas por meio da liderança.


SUBSÍDIO I
“O culto de adoração pentecostal é conhecido pelas manifestações do Espírito Santo, como o falar em línguas, a interpretação das línguas e a profecia (expressão vocal inspirada pelo Espírito no idioma da própria pessoa). Já em pleno século XXI, observamos que esses fenômenos estão se difundindo em mais igrejas, países e povos do que estavam no começo deste século, quando o movimento pentecostal teve seu início. Contanto que obedeçamos à Palavra de Deus e fiquemos abertos ao mover do Espírito Santo, desfrutaremos da manifestação ou dons do Espírito Santo em nossos cultos de adoração. Que nunca deixemos de manter diante de nós as palavras de 1 Tessalonicenses 5: ‘Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem’ (vv.19-21). [...] Em última instância, a igreja pentecostal deve julgar sua adoração pelo que está acontecendo interiormente, e não pelo que ocorre exteriormente. Jesus nos falou que a vinda do Espírito Santo significaria que aquEle que tinha estado conosco agora estaria em nós (Jo 14.17). É o grandioso poder pentecostal em ação em nós que tornará nossa adoração significativa e eficaz” (CARLSON, Raymond et al. Pastor Pentecostal. Teologias e práticas pastorais. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008. pp.592,593).

SUBSÍDIO II
“Não obstante, ele também se refere ‘os que têm dons de administração’ (1Co 12.28 — NVI) e diz que se alguém tiver o dom de ‘exercer liderança, que a exerça com zelo’ (Rm 12.8 — NVI). Ele também incita os tessalonicenses ‘que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam’ (1Ts 5.12). O verbo na expressão ‘presidem sobre vós’ é proistêmi traduzido por ‘liderança’ em Romanos 12.8 (NVI). Portanto, alguns exerciam responsabilidades administrativas e de liderança na igreja. Mas não se determina o grau da autoridade que suas responsabilidades acarretavam. É provável que essas lideranças cumpriam principalmente as decisões da congregação.
Nessas epístolas, uma voz de autoridade pertence ao próprio apóstolo. Ele comunica aos tessalonicenses: ‘Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos’ (1Ts 5.27). E que ‘se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal’ (2Ts 3.14). Ele, ao advertir os coríntios de que falar de modo arrogante não substitui o poder, pergunta-lhes: ‘Irei ter convosco com vara ou com amor e espírito de mansidão?’ (1Co 4.21)” (ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008. p.317).


Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 2º Trimestre de 2018 - Título: A Igreja do Arrebatamento — O padrão dos Tessalonicenses para estes últimos dias - Comentarista: Thiago Brazil

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