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sábado, 7 de abril de 2018

Ética Cristã e Ideologia de Gênero

“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” Gn 1.27

Ética cristã e Ideologia de Gênero

O que é?

Em primeiro lugar, a ideia de “gênero” como construção histórica e social, segundo a consultora cultural, Marguerite A. Peeters, remonta uma fabricação intelectual, sem fundamento na realidade. O gênero proposto pelos ideólogos não é uma realidade identificável. É uma abstração da realidade, mera teoria sem lastro no dia a dia da vida. Aqui está o perigo, na verdade a sordidez de um plano “diabólico”: Forçar a “crença” numa teoria social a fim de usar, principalmente, crianças e adolescentes como cobaias humanas é de uma perversidade sem limites.

Um falso fundamento

O jornal Gazeta do Povo, do Estado do Paraná, publicou um estudo (o mais importante sobre o tema) — Ideologia de Gênero: estudo do American College of Pediatricians — em que a teoria de que o gênero é uma construção social não tem base científca e que a sua aplicação na educação de crianças e de adolescentes traz danos muitas vezes irreversíveis à saúde. Ter esta consciência é importantíssimo para os que se sentem atacados por essa teoria social. Assim, a ideologia de gênero não tem base científica e, por isso, como afirmamos, este é um de muitos aspectos que confirmam sua distorção da realidade.

A trincheira da ideologia de gênero

Como toda teoria que visa alterar o comportamento social, a trincheira da ideologia de gênero é a educação de crianças e de adolescentes. Na escola é que os pais se depararão com a agressividade dessa teoria. Trata-se, sim, de uma guerra cultural e ideológica. Querem tomar a mente das crianças e dos adolescentes a fim de pôr em prática uma agenda hegemônica cultural. E a trincheira para esse plano é a Escola. Não por acaso que toda iniciativa do avanço da ideologia de gênero visou aprovar leis que obriguem a inserção do tema no Plano Nacional de Educação e nos currículos locais de educação (municípios).

O papel da igreja e da família

Na igreja e na família é onde se encontra a resistência de imposições hegemônicas. Por isso que estas duas instituições, ao longo dos séculos, sempre foram, e continuarão a ser, atacadas. A igreja e a família são instituições que devem resistir em Deus ao avanço dessa agenda. O ministério de ensino da igreja, por meio do discipulado cristão, e a vivência da família segundo os preceitos das Sagradas Escrituras são o antídoto para proteger a nossa geração.  Revista Ensinador Cristão nº 73

A doutrina da criação do ser humano revelada nas Escrituras Sagradas, em que a distinção dos sexos é o padrão, não pode ser relativizada.

Leitura Bíblica em classe - Isaías 5.18-24

Muitos em nome da diversidade ou do direito à opinião solapam a ideia de verdade objetiva das coisas. A estratégia é dar ênfase a um fato que não se pode negar, mas ignorar a obviedade de tantos outros. Por exemplo, quem pode negar a diversidade cultural? Quem pode negar o direito à opinião? Entretanto, também é verdade que existem culturas que degradam o ser humano, bem como opiniões que são desqualificadas e completamente absurdas. Outrossim, a história mostra que pessoas que pautaram-se pela Palavra de Deus tiveram valores éticos-espirituais muito claros.



As Ciências Sociais ensinam que as desigualdades sociais entre os sexos são o resultado de relações históricas de opressão e preconceito. A esse entendimento dá-se o nome de “questão de gênero”. Essa concepção não reconhece que as características físicas e biológicas de alguém devam ser usadas como parâmetro comportamental. Nessa perspectiva, refutam a ideia de que o “sexo masculino” deva se comportar como menino e de que o “sexo feminino” deva se comportar como menina. Alegam que o comportamento social esperado de homens e mulheres é estabelecido pela cultura e não pelas questões físicas e biológicas.

I. O QUE É A IDEOLOGIA DE GÊNERO

A ideologia de gênero pretende desconstruir os papéis dos sexos masculino e feminino. A ideologia de gênero, também conhecida como “ausência de sexo”, é um mal presente na sociedade pós-moderna e indica o grau da corrupção da espécie humana.

A palavra “ideologia” é composta pelos vocábulos gregos eidos, que indica “ideia”, e logos, com o sentido de “raciocínio”. Assim, ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja individualmente, seja em sociedade. Em um sentido amplo, a ideologia se apresenta como aquilo que seria ou é ideal para um determinado grupo.

Na busca da hegemonia política, o filósofo e político italiano Antônio Gramsci (1891-1937) Gramsci recomenda a reforma intelectual e moral da sociedade por meio de pessoas influentes como políticos, músicos, artistas, famosos, jornalistas e por todos os meios disponíveis que possam manipular a opinião pública. Mediante essas ações, é possível modificar o senso comum do “certo” e do “errado”. Com o uso intenso da mídia, das artes da literatura, das escolas, universidades e por via de palavras de ordem e a massificação de uma “nova cultura”, cria-se o “homem coletivo”, que passivamente assimila a “filosofia nova” e passa a pensar como todo o mundo. A partir desse momento, quem ousar discordar do “senso comum modificado” sofrerá o patrulhamento ideológico.

Esse patrulhamento tem como objetivo desqualificar quem faz oposição e pensa diferente. O propósito é desprestigiar quem se manifesta contrário à ideologia. As pessoas que oferecem resistência são estigmatizadas e são acusadas com termos pejorativos tais como “fundamentalista”, “homofóbico”, “preconceituoso”, “machista”, “racista” e “reacionário” dentre outros. Desse modo são construídas muralhas invisíveis que amordaçam o cidadão temeroso da censura. Assim, a liberdade de expressão é controlada pelas grades do “politicamente correto”.

2. Ideologia de Gênero

A palavra “gênero” tem origem no grego genos e significa “raça”. Na concepção da Lógica, o termo indica “espécie”. Usualmente, deveria indicar o “masculino” e o “feminino”. Nesse sentido, a expressão é inofensiva, porém, na sociedade pós-moderna, tal significado é relativizado e desvirtuado em “ideologia de gênero”. Essa ideologia também é conhecida como “ausência de sexo”. Esse conceito ignora a natureza e os fatos biológicos, e alega que o ser humano nasce sexualmente neutro. Afirmam que os gêneros — masculino e feminino — são construções culturais impostas pela sociedade.

Quanto à sexualidade, a ideologia ensina que o gênero e a orientação do desejo sexual não são determinados pela constituição anatômica do corpo humano. Nesse caso, consideram que a atração pelo sexo oposto corresponde a determinados estereótipos e papéis sociais previamente estabelecidos pelo contexto histórico, político e cultural da sociedade.

A ideologia de gênero e sua propagação
Como acontece com toda a ideologia, a identidade de gênero vem sendo amplamente divulgada pela grande mídia em busca da construção do “homem coletivo”. Na tentativa de desqualificar seus oponentes, imprime-se, por exemplo, a ideia de que o relacionamento afetivo entre pessoas de mesmo sexo é objeto de discriminação e preconceito homofóbico. Desse modo, instituiu-se a denominada “mordaça gay”, em que, por meio do “patrulhamento ideológico”, cidadãos de bem convivem com o cerceamento de sua liberdade de expressão, nada podendo dizer em contrário à ideologia de gênero sob pena de ser considerado preconceituoso.

3. Marxismo e Feminismo como Fonte dessa Ideologia

O marxismo exerceu forte influência no feminismo, especialmente o livro A Origem da Família, a Propriedade Privada e o Estado (1884), em que a família patriarcal é tratada como sistema opressor do homem para com a mulher. Desse modo, a ideia central do conceito de gênero nasceu com a feminista e marxista Simone de Beauvoir, autora da obra “O Segundo Sexo” (1949), em que é afirmado que “não se nasce mulher, torna-se mulher”. Assim, do contexto social marxista que deu origem à “luta de classes” surgiu na pós-modernidade a ideologia culturalista como sendo “luta de gêneros”, ou seja, uma fantasiosa “luta de classes entre homens e mulheres”.

O conceito marxista de família
O conceito marxista acerca da família patriarcal está desenvolvido no livro A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado (1884), elaborado pelo sociólogo alemão Karl Marx, porém organizado e assinado por Friedrich Engels, dado à morte de Marx antes da publicação da obra (ENGELS, 2014, p. 1-3). Nesse livro, ele pretende explicar a gênese da realidade familiar por meio de um viés de liberdade sexual desraigada e casamento dissolúvel. Marx dividiu os tipos familiares de quatro maneiras, quais sejam: família consanguínea, família punaluana, família sindiásmica e família monogâmica. Sua veraz crítica e seu conceito de patriarcado é com a família monogâmica, pois em seu entendimento ela “baseia-se no triunfo do homem” e “os laços conjugais não podem ser rompidos por qualquer uma das partes” (ENGELS, 2014, p. 67). Na visão marxista, esse modelo de matrimônio escraviza o cônjuge a ter relações sexuais apenas com o seu cônjuge, e, na opinião do sociólogo, isso é uma discrepância, tendo em vista que a liberdade sexual é necessária para a sociedade (ENGELS, 2014, p. 70-72). Desse modo, a intenção de Marx é desconstruir o sistema patriarcal e promover a liberdade sexual. Por isso, afirma-se que a ideologia de gênero é desdobramento do marxismo que também pretende eliminar o modelo familiar monogâmico, patriarcal e heterossexual.

A francesa Simone de Beauvoir (1908-1986), considerada uma das mais importantes feministas da história, escreveu, como já afirmado, uma polêmica obra a respeito do feminismo, o livro O Segundo Sexo (1949). Filósofos afirmam que as mais de 800 páginas de seu livro podem ser sintetizadas pela frase já imortalizada pelos adeptos da ideologia de gênero: “Não se nasce mulher, torna-se mulher”. Beauvoir afirma em sua obra que “todo ser humano do sexo feminino não é, portanto, necessariamente mulher; cumpre-lhe participar dessa realidade misteriosa e ameaçada que é a feminilidade.” (BEAUVOIR, 2009, p. 13). Diante de tal construção teórica e filosófica, surgiu o conceito feminista de gênero, isto é, que a pessoa do sexo feminino não nasce mulher, sendo a construção social da sociedade machista que a transforma em mulher. A partir daí nasceu a expressão “empoderamento”, para sinalizar a luta pela igualdade de gêneros e a busca da libertação sexual, em que todos podem fazer opção de querer ser homem ou mulher.

II. CONSEQUÊNCIAS

A ideologia de gênero pretende desconstruir os papéis de homens e mulheres e assim descontinuar o casamento e a família tradicional. As Escrituras Sagradas ensinam que o pecado provoca graves consequências e o ser humano recebe em si mesmo o resultado de seus erros (Rm 1.27).

1. Troca de Papéis entre Homens e Mulheres

A ideologia de gênero ensina que os papéis dos homens e das mulheres foram socialmente construídos e que tais padrões devem ser desconstruídos. Essa posição não aceita o sexo biológico (macho e fêmea) como fator determinante para os papéis masculino e feminino. Sob esse aspecto, alguém pode ser biologicamente homem e desejar desenvolver comportamento típico de mulher e vice-versa. Faz-se ainda apologia à prática do homossexualismo e do lesbianismo. Tal posição despreza os papéis biblicamente constituídos (Rm 1.25-32; Ef 5.22-33).

O perigo da inversão de valores
Na época do profeta Isaías, a ordem social, o estado moral, ético e espiritual do povo de Judá era lamentável e em muito se assemelha aos dias que vivemos. O mal era caracterizado pela inversão dos valores. O profeta fora enviado a uma nação que se recusava ouvir a palavra de Deus (Is 1.2-6,10-17; 6.9-13). Nesse cenário de podridão moral e espiritual, Deus levantou um atalaia para profetizar contra a nação. Dentre as reprimendas, o profeta vaticinou “seis ais” que confrontavam o comportamento inadequado daquele povo.

O primeiro “ai” era contra o materialismo desenfreado e o enriquecimento ilícito (Is 5.8-10). O segundo “ai” duplamente anunciado condenava a bebedeira e a embriaguez que conduzia à ociosidade (Is 5.11,12,22). O terceiro “ai” repreendia os que zombavam da verdade e duvidavam do juízo divino apostando no ceticismo (Is 5.18,19). O quarto “ai” era um alerta acerca da perversão dos valores. Tratava-se de uma dura advertência acerca do extremo perigo do relativismo cultural (Is 5.20). O quinto “ai” era uma condenação aos presunçosos que se julgavam sábios e únicos donos da verdade (Is 5.21). E o sexto e último “ai” repreendia a corrupção, o suborno e a perversão do direito (Is 5.23). Essas atitudes reprováveis e imorais causaram a derrocada daquela nação (Is 5.24,25).

Em nosso tempo, a situação não é diferente; a sociedade está em estágio de putrefação moral e ética, pois a verdade vem sendo modificada por intensa manipulação do pensamento. Homens inescrupulosos afrontam a verdade de Deus e a sua Palavra promovendo ideologias contrárias à revelação divina. A ideologia de gênero, com a sua inversão de valores, tem invadido, inclusive, diversos setores da igreja que se autodenomina cristã. O farisaísmo — como dissimulação da verdade — tem adentrado em nosso meio. A reprimenda de Cristo os classificando como “Condutores cegos! Coais um mosquito e engolis um camelo” (Mt 23.24) vem sendo ignorada por um número considerável da igreja e de sua liderança. Contudo, as Escrituras são categóricas em revelar que não haverá escape para os transgressores. Aos que relativizam a verdade, a Palavra de Deus vaticina: “não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (2 Pe 2.1-3). A igreja não pode fechar os olhos para a inversão dos papéis de homens e mulheres divinamente revelados nas Escrituras (Ef 5.22-33).

2. Confusão de Identidade para o Ser Humano

Os adeptos dessa ideologia fazem questão de criar conceitos relativistas. Afirmam que a sexualidade (desejo sexual) e o gênero (homem e mulher) não estão relacionados com o sexo (órgãos genitais). Desse modo, a identidade de gênero e a orientação sexual passam a ser moldadas ao longo da vida. Por exemplo, a criança passa a decidir depois de crescida se quer ser menino ou menina. No entanto, essa indefinição acerca da própria identidade produz efeito dramático no ser humano por causa da confusão de papéis, e provoca sérios problemas de ordem espiritual e psicossocial. Tal ideologia induz, inclusive, à insolência de a criatura questionar o seu Criador (Rm 9.20).

Identidade de gênero
Biblicamente, a orientação e o desejo sexual estão direta e intrinsecamente relacionados às características físicas do sexo (masculino e feminino), e não com o construto cultural da sociedade. O conceito de “identidade de gênero” não aceita o sexo biológico (masculino e feminino) como fator determinante da sexualidade. Ensinam que os indivíduos desenvolvem sua “identidade de gênero” durante o processo de socialização com a cultura na qual estão inseridos. Assim, o propósito dessa ideologia na área da moralidade é desassociar o sexo da sexualidade e com isso provocar a inversão dos valores também do casamento e da família.

3. Desvalorização do Casamento e da Família

A ideia é de que o desaparecimento dos papéis ligado ao sexo provoque um destruidor impacto sobre a família. A ideologia considera que a atração pelo sexo oposto, o casamento e a família correspondem a determinados estereótipos e papéis sociais previamente estabelecidos pela sociedade. Tudo passa a ser relativizado e permitido, isto é, ninguém poderá afirmar que algum modo de relações entre os sexos possa ser mau ou antinatural. O casamento heterossexual e a família tradicional são totalmente desconsiderados. Esses e outros males são resultados da depravação humana e sinais da iminente volta de Cristo (2 Tm 3.1-5).

A depravação da sexualidade
Quando se adota a identidade de gênero como parâmetro ou medida, os valores e os conceitos morais tornam-se relativos. Caso fosse verdadeiro que o ser humano tenha capacidade para “autoconstruir” seu próprio gênero “nenhum modo de relação sexual poderá ser considerado puro ou impuro, certo ou errado” (SCALA, 2011, p. 65). Assim, instala-se o relativismo e a resultante inversão/alteração de valores (Is 5.20). A partir disso, não se poderá restringir a liberdade sexual de ninguém. A começar pelo postulado básico da “identidade de gênero” de que não existe uma identidade biológica em relação à sexualidade e que todas as relações sexuais são apenas o construto da sociedade, então toda relação sexual consentida será considerada moralmente boa e, portanto, lícita e aceitável, não sendo passível de crítica ou condenação por parte da sociedade e das autoridades públicas.

Em vista disso, serão desconstruídas as relações familiares, o casamento, a reprodução, a educação, a religião, a sexualidade, dentre outros. Práticas que hoje são moralmente condenadas passarão a ser consideradas igualmente lícitas tanto do ponto de vista moral, legal e jurídico. Depravações sexuais como zoofilia (sexo do homem com animais); necrofilia (atividade sexual com cadáver) e até a pedofilia (sexo de adultos com criança) serão toleradas como resultado da aceitação da “ideologia de gênero”. Convém aqui registrar que a prática da zoofilia é tipificada como crime (Art. 32, Lei 9.605/1998), a necrofilia (Art. 212, Código Penal Brasileiro), bem como a pedofilia, é considerada crime contra vulnerável previsto no Código Penal Brasileiro (Art. 217-A), além de ser tipificada como doença na categoria “Transtornos da preferência sexual” listada na Classificação Internacional de Doenças (CID-10, Código F65.4).

Apesar de estarmos conscientes desses fatos, sabemos que a cultura se modifica e seus conceitos e valores podem ser relativizados. Entretanto, as Escrituras Sagradas ensinam que as verdades divinamente reveladas independem da cultura, e, portanto, não são passíveis de alteração. Para o cristão, a autoridade e a inspiração divina das Escrituras são fatos inquestionáveis.

O reformador alemão Martinho Lutero (14831546) compreendia que o sentido de “Sola Scriptura” era literal, ou seja, somente a Escritura – e não a Escritura somada à interpretação dos homens ou a cultura dos povos – é a fonte de revelação cristã. Sua defesa era pela centralidade da palavra de Deus. (LUTERO, v. 2, 2010. p. 403). O reformador holandês Jacó Armínio (1560-1609) igualmente defendeu a centralidade das Escrituras e ensinou que todas as doutrinas necessárias para o cristão já nos foram transmitidas pela revelação da Palavra de Deus (ARMÍNIO, v. 1, 2015, p. 377). Portanto, para o cristão as doutrinas bíblicas se constituem em única autoridade infalível de fé e prática.

III. O IDEAL DIVINO QUANTO AOS SEXOS

A Palavra de Deus revela que o homem foi criado macho e fêmea (Gn 1.27). Entre outros propósitos divinos estava a união heterossexual entre um homem e uma mulher. Portanto, a revelação divina contida na Bíblia Sagrada está acima da ideologia de gênero e transcende a cultura pós-moderna relativizada de nossa época.

1. Criação de Dois Sexos

Deus criou dois sexos anatomicamente distintos: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea oscriou” (Gn 1.27). Portanto, biologicamente, o sexo está relacionado às formas do corpo humano e aos órgãos genitais. Assim sendo, os seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou ao sexo feminino. O homem é designado como macho e a mulher como fêmea. Por conseguinte, não podemos alterar a verdade bíblica para acomodar a ideologia de gênero, pois a cultura permanece sob o julgamento de Deus (1 Pe 4.17)

Não podemos mudar a verdade
Paulo alerta a igreja de Corinto: “nada podemos contra a verdade, senão pela verdade” (2 Co 13.8). No contexto dessa passagem, tanto o “evangelho” quanto a “retidão moral” é apresentado como conceito da verdade. Essa expressão paulina indica que rejeitar a verdade, seja ela no campo da ética, seja da moral, implica combater contra aquEle que é a verdade — Cristo e seu evangelho. Portanto, não é possível anular a verdade, ainda que alguma ideologia o queira fazer. Aqui está evidenciado um princípio geral: não importa o que o homem faça para torcer a verdade, no final, quer queira quer não, a verdade triunfará sobre a falsidade e o engano. Pode até ser que a verdade fique oculta ou subjugada por um determinado espaço de tempo, mas por fim ela ressurgirá triunfante.

Por conseguinte, diante da exortação paulina, não podemos alterar a verdade bíblica para acomodar a fé cristã aos valores da cultura secular. Nem tampouco devemos ceder ao conformismo e assistir passivamente à deturpação da verdade. Não estamos autorizados a acrescentar ou retirar algo da verdade revelada por Deus (Ap 22.18,19). As Escrituras são enfáticas ao revelar que Deus criou apenas dois sexos: macho e fêmea (Gn 1.27). Portanto, enquanto a Igreja estiver na terra, temos que oferecer resistência à tentativa de deturpação da verdade.

2. Casamento Monogâmico e Heterossexual

Ao instituir o casamento, Deus ordenou: “o homemdeixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn2.24, NVI). Isso significa que a união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual (um macho e uma fêmea) sempre fez parte da criação original de Deus. A diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão” (1 Co 11.11). Assim, mudam-se as culturas e os costumes, mas a palavra do nosso Deus permanece inalterável (Mt 24.35).

O modelo da família cristã
A Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil crê, professa e ensina que a família é “instituição criada por Deus, que tem por princípios reguladores e estruturantes a monogamia [...] e a heterossexualidade” (SOARES, 2017, p. 205). Por essas razões, nossa confissão de fé rejeita a homossexualidade (1 Co 6.10) e qualquer configuração social que se denomina família cuja existência é fundamentada em prática, união ou qualquer conduta que atenta contra a monogamia e a heterossexualidade, consoante ao modelo instituído pelo Criador e ensinado pelo Senhor Jesus (Mt 19.4-6). Esse tema será discutido novamente com maior profundidade no capítulo 9, que abordará o planejamento familiar.

3. Educação dos Filhos com Distinção dos Sexos

Educar não consiste apenas em suprir os meios de subsistência e proporcionar o bem-estar necessário. Cabe também aos pais educar os filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4), promover o diálogo e o amor mútuo (Ef 6.1,2). A família cristã não pode perder a referência bíblica na educação de seus filhos. Explicar e orientar que homens e mulheres, por exemplo, possuem órgãos sexuais distintos que os diferenciam sexualmente é responsabilidade dos pais. Deve-se ensinar, ainda, o respeito e a não discriminação, mas também a diferenciação entre os sexos a fim de coibir a inoportuna “luta de gêneros” (Gn 1.27; 1 Co 11.11,12; Ef 5.22-25).

A ideologia de gênero na educação secular
Nesse aspecto, os pais ou os responsáveis pelos estudantes devem redobrar a atenção. Ativistas labutam para implantar a “ideologia de gênero” nas escolas por meio de material didático e uma nova pedagogia voltada para a desconstrução sexual e o doutrinamento das crianças e alunos em geral. No Brasil, em 2014, durante a tramitação no Congresso Nacional do PNE (Plano Nacional de Educação), que dita as diretrizes e metas da educação para os próximos dez anos, após diversas pressões de parlamentares cristãos, a ideologia de gênero foi retirada do texto. Após uma série de debates, o Ministério da Educação manteve a ideologia de gênero na Base Nacional Comum Curricular, porém, agora na disciplina de ensino religioso. A Base Nacional se limita, por enquanto, ao ensino infantil e fundamental (basenacionalcomum.mec.gov.br).

Por fim, o que se pode afirmar é que a ideologia de gênero pretende relativizar a verdade bíblica e impor ao cidadão aquilo que deve ser considerado como ideal. Acuada pelo “patrulhamento ideológico”, parcela da sociedade não esboça reação, faz concessões em nome do “politicamente correto”, e o mal vem sendo propagado. No entanto, os cristãos possuem o dever de reagir e “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).


Fonte:
Livro de Apoio – Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo - Douglas Baptista
Lições Bíblicas 2º Trim.2018 - Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo - Comentarista: Douglas Baptista


Aqui eu Aprendi!

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

A Salvação e o advento do Salvador

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” Jo 1.14

A salvação e o advento do Salvador

Não há nada mais significativo nos Evangelhos do que a narrativa do advento de Jesus. Com advento nos referimos ao processo de encarnação do Deus Filho. Jesus é achado Filho de Deus em que sua concepção foi obra do Espírito Santo. As Escrituras afirmam que Maria, sua mãe, o concebeu virginalmente (Lc 1.26-35). Sobre esse milagre, diz o importante documento dos primeiros cristãos: “Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria” (Credo Apostólico). O Deus Trino operou na encarnação do verbo divino!

Diferentemente dos deuses pagãos, o Deus da Bíblia buscou se revelar à humanidade como igual com ela. Sem deixar de ser divino e, igualmente, sem deixar de ser humano, pois as suas duas naturezas, humanas e divinas, não se misturam nem se separam; mas antes, se mostram como duas entidades que comungam da mesma natureza, propósito e missão. Foi pelo Filho que o Pai se deu a conhecer de uma vez por todas (Hb 1.1). Em Jesus, Ele se relaciona com os seres humanos de maneira amorosa, misericordiosa e justa (Mt 9.13). Logo, por meio de Cristo, o Pai chamou um povo e revelou-se a ele. Esse povo agora não tem mais características étnicas, geográficas ou culturais, pois em Jesus toda a parede que fazia separação entre judeus e gentios foi derrubada (Ef 2.14-16). A salvação anunciada pelo advento do nosso Salvador e experimentada por milhares de pessoas ao longo da história continua disponível hoje. É a tão bela e graciosa salvação provida por Cristo! Por isso amamos Jesus; vivemos em Jesus; devemos estar sempre em Cristo, o autor e consumador da nossa fé!

Igreja Cristã, ao longo desses 21 séculos de história, crê no evento de Cristo no mundo. Tendo no advento, crucificação, morte e ressurreição de Jesus a certeza de que é possível o ser humano ter uma nova vida com Deus mesmo num mundo decaído, onde habita pessoas de natureza decaída. A Palavra de Deus revela que fomos alcançados pela graça de Deus, um favor imerecido, uma provisão salvífIca maravilhosa e graciosa para nós. Tudo isso ocorreu a partir da obra salvífica de Jesus prenunciada em seu advento. Assim, a partir do que em teologia denominamos de “evento Cristo”, como o apóstolo Paulo, podemos dizer: “Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1Co 15.54,55). Cristo, o advento glorioso!  Revista Ensinador Cristão nº72

O nascimento de Jesus Cristo se deu dentro do plano divino para salvar a humanidade.

Prezado(a) professor(a), na lição de hoje estudaremos a respeito do nascimento de Jesus, o Filho Unigênito de Deus que veio ao mundo por amor e com a infalível missão de salvar a humanidade pecadora. O ministério terreno de Jesus teve início com o seu nascimento na cidade de Belém, cumprindo as profecias do Antigo Testamento. Depois de retornarem do Egito seus pais se estabeleceram na cidade de Nazaré, na Galileia, onde Jesus cresceu.

Jesus se fez homem, deixou parte da sua glória, se humilhou e se fez maldição por nós para que pudéssemos ter comunhão com o Pai e ter então direito legal à vida eterna. Como homem perfeito, Jesus é o nosso exemplo em todas as esferas da vida, por isso, precisamos olhar para Ele e seguir sempre os seus passos. Olhe firmemente para o Salvador e não permita que as dificuldades e tribulações da vida embacem os seus olhos e o leve a perder o alvo da vida cristã: Jesus, o Salvador.

Leitura Bíblica: João 1.1-14



A salvação é um ato divinamente iniciado na fundação do mundo e humanamente realizado por Cristo ao nascer em Belém. O verbo divino precisou tomar a forma humana e passar por todas as vicissitudes pertinentes a ela para satisfazer as exigências da redenção, tomando sobre si o pecado de toda humanidade. O nascimento de Jesus marca o início de uma nova era para a humanidade onde a promessa de perdão e salvação é efetuada por Cristo. Deus tomou a iniciativa da salvação antes mesmo que houvesse necessidade dela; assim, Deus pai decreta a salvação, o Filho efetua-a, e o Espírito Santo aplica-a.

O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DO SALVADOR

O Antigo Testamento está repleto de profecias e vaticínios que apontam para o nascimento de Jesus, o Messias, como o Redentor. A própria vida de alguns profetas do A.T é um antítipo de Cristo como, por exemplo, Moisés e Elias, cujas vidas e obras apontam para a vida abnegada e sacrificial de Cristo, especialmente Moisés como o libertador nacional. Alguns reis de Israel também servem de figura para o Rei dos reis, cujas lideranças promoveram a união nacional e a expansão do povo de Deus. Davi pode ser colocado nesse grupo como um homem segundo o coração de Deus e pelas promessas que Deus fez-lhe como iniciador de uma dinastia de reis, apontando para Cristo, que nunca terminariam seu reinado (2 Sm 7.16; Sl 45.6). Até mesmo Ciro (Is 45.1), um rei pagão a quem Deus chama de “meu ungido”, tendo em vista seu trabalho de restauração da nação de Israel, pode ser uma figura profética de Cristo porque permitiu a restauração de Israel após o cativeiro. Dessa forma, vê-se, como em vários textos do A.T, que Cristo está presente (Lc 24.45; Gn 3.15; 22.18; 26.4; 49.10; Nm 21.9; Dt 18.15; Sl 16.9-10; Jr 23.5; Ez 34.23; Dn 9.24; Mq 7.20; Ml 3.1; Jo 1.45), como afirma o evangelista: “E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escritura” (Lc 24.27).

João Crisóstomo afirmou que “ler todos os livros proféticos sem enxergar Cristo neles seria extremamente insípido e sem graça. Ver Cristo neles revela sua fragrância”. Portanto, toda beleza poética e profética do A.T remete, aponta e prefigura o nascimento e obra de Cristo. A vinda do salvador é profetizada na Queda do homem (Gn 3.15); no sacrifício de Isaque; no simbolismo do êxodo na saída do Egito e no sangue de animais no umbral das portas na noite da páscoa; nos 26 salmos messiânicos, como veremos adiante; na volta do exílio babilônico e nos profetas, especialmente os messiânicos e, especificamente, em Isaías, num bloco dedicado ao Messias (Is 7.1-12.6), chamado “O livro do Emanuel”.

Do A.T, Isaías foi um dos profetas mais específicos, profícuos e profundos sobre o Messias. Suas predições estão repletas de poesia arrebatadora que fluem da inspiração divina de um profeta culto que se colocou inteiramente à disposição do Senhor para, com detalhes, vaticinar o nascimento e a vida de Cristo. Suas profecias são tão abrangentes que o livro de Isaías é chamado de “O evangelho do Antigo Testamento”, pois descortina diante do leitor a Cristo e seu evangelho 700 anos antes de Ele nascer.

Dentre os profetas, ele é o mais celebrado do Antigo Testamento, com muita profundidade teológica, especialmente na Soteriologia, na Cristologia e na Escatologia, tendo em vista sua grande capacidade literária em ser poeta e orador, um artista de palavras, um grande estadista, reformador e teólogo.29 Isso tudo torna seu livro extremamente gratificante de ler, mas também nos deparamos com a complexidade de seus vaticínios, cujo fio condutor aponta para o nascimento e vida do Salvador.

O tema central de Isaías é o amor de Deus demonstrado no socorro ao seu povo através do sacrifício do Servo Sofredor, ou seja, a grande salvação de Deus, apesar da situação calamitosa do povo de Israel. Por isso, um dos principais objetivos de Isaías ao escrever era, dentre outros, anunciar a vinda do Messias, o único que seria capaz de tirar o povo do pecado e trazer completa libertação. Em Isaías 6.13, Deus alerta o profeta para que não fique frustrado, pois sua mensagem não seria ouvida até que tudo ficasse desolado e desabitado, mas, depois, ela produziria resultados, e suas profecias seriam cumpridas. Foram 40 anos de ministério e grandes mensagens rejeitadas até que, finalmente, o tronco começaria a brotar na volta do exílio. Paradoxalmente, a frutificação a partir de troncos feios e queimados é um contraste humilhante diante da grandeza e glória do Deus que se revelou a Isaías. Sobraria uma floresta de troncos decepados, mas, desses troncos, brotaria uma semente que faria toda a diferença: Cristo, que salvaria não somente o povo de Israel, como também todo o mundo (Jo 3.16).

Além do profeta messiânico Isaías, temos outras profecias específicas que se cumpriram em Cristo, especialmente nos salmos messiânicos, os quais enumeramos abaixo, sendo a primeira referência a profecia, e a segunda, seu cumprimento:
o Messias, Jesus, seria Filho de Deus e declarado pelo Pai como tal (Sl 2.7 > Mt 3.17);
todas as coisas seriam postas debaixo dos pés do Messias (Sl 8.6 > Hb 2.8);
Jesus ressuscitaria da morte (Sl 16.10 > Mc 16.67);
Deus iria desampará-lo na hora da necessidade (Sl 22.1 > Mt 27.46);
seria zombado e insultado (Sl 22.7-8 > Lc 23.35);
suas mãos e seus pés seriam perfurados (Sl 22.16 > Jo 20.25,27);
lançariam sorte sobre suas vestes (Sl 22.18 > Mt 27.35-36);
não lhe seria quebrado nenhum osso (Sl 34.20 > Jo 19.32-33, 36);
seria acusado por testemunhas mentirosas e iníquas (Sl 35.11 > Mc 14.57);
seria odiado sem motivo (Sl 35.19 > Jo 15.25);
viria para fazer a vontade de Deus (Sl 40.7-8 > Hb 10.7);
seria traído por um amigo (Sl 41.9 > Lc 22.47-48);
seu trono seria eterno (Sl 45.6 > Hb 1.8);
assentar-se-ia à destra de Deus (Sl 68.18 > Mc 16.19);
o zelo pela casa de Deus consumi-lo-ia (Sl 69.9 > Jo 2.17);
receberia fel e vinagre para beber (Sl 69.21 > Mt 27.34);
teria um reino eterno (Sl 72.1-5, 17 > Lc 1.32-33) e mundial (Sl 72.8-11, 19 > Jo 1.5-9; At 13.47-48);
julgaria o povo e os pobres com justiça e equidade (Sl 72.2-4 > Lc 4.17-19);
falaria em parábolas (Sl 78.2 > Mt 13.34);
oraria em favor dos seus inimigos (Sl 109.4 > Lc 23.34);
o lugar do seu traidor seria tomado por outro discípulo (Sl 109.8 > At 1.20);
os seus inimigos seriam subjugados debaixo dos seus pés (Sl 110.1 > Mt 22.44);
seria um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110.4 > Hb 5.6);
seria a pedra angular (Sl 118.22 > Mt 21.42) e
viria em nome do Senhor (Sl 118.26 > Mt 21.9).

O Novo Testamento diversas vezes afirma que Jesus reivindicou para si o título de Salvador (Jo 4.26; 6.35; 8.12,18,23; 11.25; 13.13,19; 14.6), como havia sido prometido no Antigo Testamento. Embora algumas profecias fizessem referência a Cristo como o Rei Vindouro, Jesus permaneceu longe das tentações do poder temporal e da política exploradora. Seu reinado seria eterno e atemporal (Jo 18.36). Seu Reino estaria no coração das pessoas e teria um alcance global (1Co 4.20). Algumas vezes, Ele até mesmo proibiu aqueles que foram curados de espalharem sua fama e seus feitos para que seu ministério não fosse mal interpretado por Roma (Mt 12.16),30 ou mesmo para manter seu ministério em caráter subversivo, sem estardalhaços nem exibicionismos (Lc 4.9). Na cruz e na ressurreição, Jesus venceu Satanás e os poderes demoníacos que escravizavam toda a humanidade oferecendo-nos a possibilidade da libertação e redenção. A dimensão da vitória de Cristo é fundamental para a teologia pentecostal.

A CONCEPÇÃO DO SALVADOR

Jesus foi anunciado pelos anjos, nasceu de uma virgem e foi celebrado entre os homens. Seu nascimento foi um divisor de águas na história da humanidade. Aquilo que havia sido profetizado e predito de várias formas no Antigo Testamento tornou-se realidade com o seu nascimento. A partir do nascimento do Rei Jesus — um evento único e não repetível —, há esperança para a humanidade e inaugura-se, assim, a chegada do Reino de Deus a terra, ainda que de forma invisível, porém plenamente factível nos corações, nas atitudes e nos caminhos que o ser humano pode percorrer tendo Ele como Rei.

Para alcançar essa realidade, Ele precisou vir ao mundo. Dessa forma, Ele nasceu longe de casa, peregrinando para Jerusalém, sem acomodações adequadas e num ambiente inóspito e extremamente humilde. Se fosse nos dias de hoje, talvez nascesse embaixo de um viaduto. Essa é a demonstração que Deus lançou mão para mostrar que, de fato, o Filho abandonou sua mais extrema glória para habitar entre os homens na mais extrema humildade e pobreza. Esse esvaziamento de Cristo (Fp 2.7) é um gesto extremo de doação de si mesmo, comprovando que não poderia haver maior entrega do que essa para anunciar ao mundo aquilo que Deus é: amor!

Uma pergunta que permanece quando se fala da concepção virginal de Jesus é: “Por que isso se fez necessário?” Uma resposta plausível é que o nascimento de Jesus é incomum no sentido de Ele ser pré-existente; os demais seres humanos são concebidos no ato sexual entre um homem e uma mulher; Cristo, porém, não precisou ser concebido, pois já existia como unigênito do Pai (1Jo 4.9) desde a interminável eternidade.31

A protagonista principal do nascimento do Salvador foi uma mulher. As mulheres eram consideradas uma propriedade do homem e não podiam tomar decisões a não ser que o marido autorizasse-as a fazer algo, mas Deus, querendo mostrar a importância e o lugar de igualdade da mulher (Gl 3.28), tomou a iniciativa de fazer o Salvador nascer sem que Maria tivesse relações sexuais com um homem. Dessa forma, já em seu nascimento, o Salvador estava libertando as mulheres do pesado jugo imposto pelos homens da época. Isso corrobora com a maneira gentil e acolhedora com que Jesus tratou as mulheres durante seu ministério.

A concepção virginal de Jesus atesta também para a infinita graça de Deus em dar seu único filho para experimentar as mesmas dores e dificuldades da raça humana e ser o seu Salvador, pois essa mesma raça jamais poderia ser salva por seus próprios esforços e méritos. Assim, o nascimento virginal do Salvador ocorre sem qualquer intervenção humana, atestando, além da graciosidade divina, seu ato milagroso.32 Sobre isso, Gruden escreve:

O nascimento virginal de Cristo é um lembrete inequívoco de que a salvação jamais pode vir por meio do esforço humano, mas deve ser obra do próprio Deus. Nossa salvação deve-se apenas à obra sobrenatural de Deus, e isso ficou evidente bem no início da vida de Jesus quando “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.”33

O intercurso sem contato físico entre a humanidade, representada em Maria, e a divindade possibilitou o nascimento de Cristo de forma a ser Ele completamente homem e completamente Deus ao mesmo tempo, numa paradoxal fusão e separação chamada de união hipostática. Assim, esses elementos unidos manifestaram sua divindade e sua humanidade, tendo a mesma substância que o constitui Deus infinitamente poderoso e a que nos constitui humanos;34  entretanto, essa união não produz um terceiro ser como se este fosse um híbrido humano divino, nem é uma metamorfose,35  mas, sim, um ser divino e humano ao mesmo tempo em plena manifestação de vida pessoal.

A Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil declara que:
As Escrituras Sagradas apresentam diversas características humanas em Jesus. O relato de sua infância enfoca o seu desenvolvimento físico, intelectual e espiritual: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens [...]. E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” (Lc 2.40,52). O profeta Isaías anunciou de antemão sobre Emanuel: “manteiga e mel comerá, até que ele saiba rejeitar o mal e escolher o bem” (Is 7.15). Ele tornou-se homem para suprir a necessidade de salvação da humanidade. O termo “Emanuel”, que o próprio escritor sagrado traduziu por “DEUS CONOSCO” (Mt 1.23), mostra que Deus assumiu a forma humana e veio habitar entre os homens: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). A Bíblia ensina tanto a divindade como a humanidade de Cristo: “E todo o espírito que confessa que Jesus não veio em carne não é de Deus” (1Jo 4.3). A humanidade de Cristo está unida à sua divindade, pois Ele possui duas naturezas, e essa união mantém intactas as propriedades de cada natureza, o que está claramente expresso no seu nome Emanuel.36

“O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS”

Entre os títulos messiânicos da tradição veterotestamentária e interpretados como sendo de Jesus de Nazaré, um em particular recebe destaque: “Emanuel”, que, no hebraico, é a junção de dois termos: immánu, que significa “conosco” e El, que significa “Deus” ou “Senhor”, literalmente “conosco [está] Deus”. O título foi uma apropriação teológica atribuída ao profeta Isaías, já que a expressão aparece em dois versículos e indiretamente em um versículo. Seguem:
(1º) “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14).
(2º) “[...] e passará a Judá, inundando-o, e irá passando por ele, e chegará até ao pescoço; e a extensão de suas asas encherá a largura da tua terra, ó Emanuel (Is 8.8)”.
(3º) “Tomai juntamente conselho, e ele será dissipado; dizei a palavra, e ela não subsistirá, porque Deus é conosco” (Is 8.10).37

O Emanuel é a garantia de que, assim como foi com o povo de Israel, Ele também está conosco, assim como Ele mesmo prometeu: “Eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt 28.20). Assim se cumpre em nós a promessa messiânica de que Ele, de fato, estaria conosco.

O apóstolo João escreveu: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). O verbo “habitar” (armar a sua tenda) utilizado por João tem o mesmo sentido que o Emanuel utilizado por Isaías, ou seja, Deus agora habita definitivamente entre seu povo através de Cristo e de seu sacrifício na cruz. “E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita” (Rm 8.11). O apóstolo Paulo refere-se à encarnação de Cristo como “aquele que foi manifestado na carne” (1Tm 3.16), como Ele sendo a “imagem de Deus” (2Co 4.4), que realizou sua obra de reconciliação “no corpo da sua carne” (Cl 1.22) e que Deus condenou o pecado na carne (Rm 8.3). Pedro afirma que Cristo morreu por nós na carne (1Pe 3.18; 4.1). Portanto, as Escrituras estão repletas de confirmações de Jesus como Deus encarnado. João avisa que o espírito do Anticristo atua naqueles que negam que Cristo veio em carne (1Jo 4.2; 2 Jo 7).

Quando Jesus tornou-se carne, Ele assumiu toda a humanidade com suas fragilidades próprias. Assim sendo, sua encarnação não foi uma farsa, mas, sim, a realidade concreta de que o ser divino excelso escolheu sentir toda a dor, toda a aflição e toda a tentação humana para, dessa forma, socorrer-nos em nossas fraquezas (Hb 4.15) e dar-nos a salvação “enviando o seu próprio filho em semelhança da carne do pecado” (Rm 8.3), condenando o pecado que nos afligia na carne. A encarnação de Jesus é a afirmação verídica de que Ele tornou-se completamente homem, mas que, ao mesmo tempo, não deixou de ser completamente Deus (Jo 1.1-3; 10.30; Fp 2.6). Portanto, sem ter deixado de ser Deus, Deus tornou-se homem.

A realidade de um Deus santo encarnar é completamente anormal e impossível — é um paradoxo. Por isso, Paul Tillich afirma que o “paradoxo cristológico [da encarnação] e o paradoxo da justificação do pecador são um único e mesmo paradoxo — o paradoxo do Deus que aceita um mundo que o rejeita”.38  Assim, diante da situação pecaminosa do homem e diante da necessidade de a expiação ser feita por um ser humano perfeito, somente uma solução foi possível: o Filho de Deus encarnar, ou seja, deixar sua glória e majestade e tornar-se como um ser humano comum e sujeito às mesmas falhas e erros, mas sem pecado (Lv 4.3; Hb 4.15). Para o plano de salvação ser aceito por Deus, ele deveria ser executado por alguém que pudesse ser Deus e homem ao mesmo tempo na função de mediador (1Tm 2.5), alguém que pudesse colocar-se entre Deus e a criatura pecadora e sem esperança; para ser mediador, teria que ser Deus; para representar a humanidade, teria que ser homem. Somente Jesus poderia preencher esses requisitos em sua automanifestação divina, demonstrando o paradoxo de que aquEle que transcende o universo aparece no universo e está sujeito às suas condições39  limitantes por decisão própria, embora, a qualquer momento, pudesse utilizar seus atributos divinos incomunicáveis40  (Mc 4.39).

Para Jesus cumprir a penalidade humana, Ele teria que morrer. Para morrer, Ele teria que ter um corpo (Jo 1.14).41  Assim, conforme afirma a Confissão de Fé das Assembleias de Deus:
A encarnação do Senhor Jesus fez-se necessária para satisfazer a justiça de Deus: o pecado entrou no mundo por um homem, Adão, assim, tinha de ser vencido por um homem, Jesus. Em sua natureza humana, Jesus participou de nossa fraqueza física e emocional, mas não de nossa fraqueza moral e espiritual.42

As duas naturezas de Jesus permaneceram inalteradas em sua essência; são revestidas de seus atributos inerentes43  e apresentam Jesus como uma única pessoa indivisível na qual as duas naturezas estão unidas, constituindo uma pessoa com uma só vontade e consciência. Essa união somente é possível por causa do parentesco do homem com Deus, ou seja, Deus soprou no homem o seu próprio fôlego de vida, instilando nele a sua essência e semelhança. Ele não podia tornar-se árvore ou pedra, mas podia ser homem, pois foi feito à sua imagem. Assim como a imagem de Deus foi aviltada no homem pelo pecado, “Cristo, a imagem perfeita de Deus segundo a qual o homem foi feito, restaura aquela imagem perdida, unindo-se à humanidade e enchendo-a de vida e amor divinos”.44  A possibilidade da restauração da imagem de Deus, corrompida radicalmente pelo pecado, nos é dada novamente naquele que refletiu a perfeita imagem de Deus.

A plenitude da divindade (Cl 1.19; 2.9) encarnou em finitude humana na plenitude dos tempos (Gl 4.4). Isso torna possível que nós, simples mortais e sujeitos ao pecado, estejamos cheios de toda a plenitude de Deus (Ef 3.19) para refletir sua glória ao mundo através do amor com que nos amamos uns aos outros (Jo 13.35).

A encarnação foi a manifestação do Logos (Palavra) divino em Jesus como o Cristo. Por esse motivo, a Teologia cristã transcende outras teologias, pois “nenhum mito, nenhuma visão mística, nenhum princípio metafísico, nenhuma lei sagrada tem a concretude de uma vida pessoal [como a de Cristo]. Em comparação com uma vida pessoal, tudo o mais [outras teologias e religiões] é relativamente abstrato. E nenhum desses fundamentos relativamente abstratos da teologia tem a universalidade do Logos”.45

A encarnação da Palavra em Jesus não era automática, mas, sim, fruto da obediência ao Pai em tudo. Jesus disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo” (Jo 5.30). Para obedecer à Palavra do Pai, Jesus teve que desobedecer às autoridades religiosas da época várias vezes. Ele teve momentos difíceis, em que orava: “Afasta de mim este cálice!” (Mc 14.36). Teve que pedir a ajuda dos amigos (Mt 26.38,40). Teve que orar muito para poder vencer (Hb 5.7; Lc 22.41-46). Apesar de tudo, Ele venceu! Ele mesmo o confirma: “Eu venci o mundo!” (Jo 16.33). Como diz a carta aos Hebreus: “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (Hb 5.7-8).

Teologicamente, afirma-se que o nascimento de Jesus é a sua encarnação e que sua morte é a expiação dos pecados. Assim, a humilhação de Jesus tem início com o seu esvaziamento ao tomar a forma de servo (Fp 2.7-8), culminando com seu sofrimento na cruz. Portanto, sua humilhação está relacionada aos seus sofrimentos: a perseguição, o desprezo das autoridades, a discriminação (Jo 1.46), o silêncio diante de seus acusadores, os açoites impiedosos, o julgamento diante de Pilatos e Caifás e, por fim, a sua morte. Em Jesus, cumpriu-se cada detalhe do Servo Sofredor (Is 53) e, por esse motivo, devemos agir conforme o texto adiante.

E cabe a nós, igreja, anunciar ao mundo que em Cristo há um caminho para a salvação e para a vida abundante. Essa compreensão impele a igreja a um despertamento da necessidade de “sair para fora” e anunciar que há um juízo, mas que também há uma salvação em Cristo.46

Quando Jesus andou na terra, ofereceu-nos o melhor exemplo, pois assumiu a forma humana plena e conviveu humildemente com a fraqueza humana. Quando estava cansado, não sentiu vergonha de dormir na popa do barco. Ele sentiu fome, chorou diante da miséria humana, do sofrimento alheio e do seu próprio e tornou-se servo dos discípulos (Jo 13); na cruz, porém, deu o brado final “está consumado” para que hoje pudéssemos estar salvos. Dessa forma, devemos seguir o exemplo de humildade dEle e servir nossos irmãos. Basta-nos desfrutar dos benefícios de sua encarnação de maneira responsável e repartir essa benção infinita com o maior número possível de pessoas para que o Reino de Deus esteja entre os homens.



SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“No Evangelho de João temos um retrato inigualável de nosso Senhor. Ele é tão preciso quanto os retratos dos outros Evangelhos, apesar de suas diferenças em estrutura e propósito. E ele nos lembra que, em Jesus Cristo, Deus não só revelou aos judeus como seu Messias, aos romanos como seu Homem de Ação ideal, e aos gregos como verdadeiro modelo de humanidade. Em Jesus Cristo, Deus se revelou em seu Filho, como absolutamente a única resposta para as necessidades mais profundas e universais de uma humanidade perdida.

‘No princípio, era o Verbo’ (Jo 1.1). É provável que João, conscientemente, tenha duplicado as palavras de Gênesis 1.1, ‘No princípio... Deus’. O ‘princípio’, em cada caso, nos transporta para o passado além da Criação, em uma eternidade que só era habitada por Deus, o agente ativo em todas as coisas que existia como Deus e com Deus.
Isto é enfatizado no texto pelo uso do termo em, ‘era’ e ‘estava’. João usa este termo três vezes neste versículo, o tempo imperfeito do verbo eimi, em vez de uma forma do verbo egenetoEimi e em simplesmente descrevem a existência contínua; ageneto significa ‘tornar-se’. No princípio o Verbo, como Deus, já desfrutava de existência infinita, sem início e sem fim. A tradução de Knox exibe o sentido deste verbo, quando ele traduz a frase seguinte: ‘Deus tinha o Verbo morando consigo’” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.193,195).

Encarnação
“Quando na plenitude dos tempos (Gl 4.4), o anjo Gabriel comunicou a Maria que ela seria o instrumento da encarnação de Jesus, disse-lhe: ‘Em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus’ (Lc 1.31). [...] Jesus, o ‘Deus bendito eternamente’ (Rm 9.5), fez-se homem. Esse mistério chama-se encarnação. A Bíblia diz: ‘grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne’ (1Tm 3.16). A doutrina da encarnação de Jesus excede tudo o que o entendimento humano possa compreender; porém, desse milagre depende a substância do Evangelho da salvação e a doutrina da redenção”. Para conhecer mais leia Teologia Sistemática, de Eurico Bergsten, CPAD, pp.48-49.

O Nascimento Virginal
Provavelmente, nenhuma doutrina cristã é submetida a tão extenso escrutínio quanto a do nascimento virginal, e isto por duas razões principais. Primeiro, esta doutrina depende, para a sua própria existência, da realidade do sobrenatural. Muitos estudiosos, nestes últimos dois séculos, têm desenvolvido um preconceito contra o sobrenatural; e esse preconceito tem influenciado seu modo de analisar o nascimento de Jesus. A segunda razão para a crítica do nascimento virginal é que a história do desenvolvimento de sua doutrina nos leva para muito além dos simples dados que a Bíblia fornece. A própria expressão ‘nascimento virginal’ reflete essa questão. O nascimento virginal significa que Jesus foi concebido quando Maria era virgem, e que ela ainda era virgem quando Ele nasceu (e não que as partes do corpo de Maria tenham sido preservadas, de modo sobrenatural, no decurso de um nascimento humano).

Um dos aspectos mais discutidos do nascimento virginal é a origem do próprio conceito. Alguns estudiosos têm procurado explicá-la por meio de paralelos helenísticos. Os enlaces que os deuses e deusas mantinham com seres humanos, na liturgia grega da antiguidade, são alegadamente os antecedentes da ideia bíblica. Mas essa teoria certamente desconsidera a aplicação de Isaías 7, em Mateus 1.

Isaías 7, com sua promessa de um filho que nascerá, é o pano de fundo do conceito do nascimento virginal. Muitas controvérsias têm girado ao redor do termo hebraico ’almah, conforme usado em Isaías 7.14. A palavra é usualmente traduzida por ‘virgem’, embora algumas versões traduzam por ‘jovem’. No Antigo Testamento, sempre que o contexto oferece nítida indicação, a palavra significa uma virgem com idade para casamento" (HORTON, Stanley M. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.322).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
O Verbo se Fez Carne
Ao encarnar, Cristo se tornou: (1) o Mestre perfeito — a vida de Jesus nos permitiu perceber como Deus pensa e, por conseguinte, como devemos pensar (Fp 2.5-11); (2) o Homem perfeito — Jesus é o modelo do que devemos tornar-nos. Ele nos mostrou como viver e nos dá o poder para trilhar esse caminho de perfeição (1Pe 2.21); (3) O sacrifício perfeito — Jesus foi sacrificado por todas as iniquidades do ser humano; sua morte satisfez as condições de Deus para a remoção do pecado” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.1414).

http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2017/10/a-salvacao-e-o-advento-do-salvador.html
Fonte: 
Livro de Apoio - 4º Trim/17 – A Obra da Salvação - Claiton Ivan Pommerening
Lições Bíblicas Adultos 4º trimestre/17 - A Obra da Salvação — Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida – Comentarista: Claiton Ivan Pommerening

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