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segunda-feira, 9 de julho de 2018

Países onde a perseguição é extrema

Conheça um pouco mais e ore pelos cinco países que lideram a Lista Mundial da Perseguição 2018

Divulgada a cada ano pela Portas Abertas, a Lista Mundial da Perseguição classifica os 50 países onde há maior perseguição aos cristãos. Em 2018, os cinco primeiros classificados são Coreia do Norte (que ocupa o primeiro lugar desde 2002), Afeganistão, Somália, Sudão e Paquistão. Nesses países a perseguição é extrema, assim como é extrema a necessidade de oração por eles. Conheça um pouco da realidade de cada um, ore e divulgue a causa da Igreja Perseguida.

A Coreia do Norte tem um governo comunista, que é a principal fonte de perseguição. Aliado a isso está o culto à personalidade. Governada pela mesma família desde 1948, um verdadeiro culto à figura do presidente é imposto à Coreia do Norte. Ninguém pode desafiar ou questionar a autoridade de Kim Jong-un. Dos 300 mil cristãos no país, cerca de 25% estão em campos de trabalhos forçados. Os outros têm que viver a vida cristã secretamente, não compartilhando a fé nem mesmo com os filhos.

Já no segundo colocado, Afeganistão, o que impera é a opressão islâmica. Os cidadãos são proibidos de se converter ao cristianismo, assim a conversão é vista como apostasia, causando vergonha à família e à comunidade. Isso leva os cristãos ex-muçulmanos a manterem a fé em segredo. Cerca de 45% do território é controlado pelo Talibã que, em sua luta pelo poder, já causou muitas mortes, feridos e refugiados. Os afegãos têm uma grande confiança em seus líderes, então os apoiam caso decidam oprimir alguém por se converter ao cristianismo.


CONTEXTOS DIFERENTES, MESMA OPRESSÃO

Uma Somália imersa em guerra civil ocupa a terceira posição. No último ano, o Al-Shabaab realizou muitos ataques na capital, Mogadíscio, fazendo com que a opressão islâmica também seja a principal fonte de perseguição. Altos níveis de crime e corrupção também são fatores que levam os cristãos a serem perseguidos no país. Além disso, eles são proibidos de celebrar o Natal e os líderes religiosos afirmam que não há lugar para o cristianismo no país.

No quarto colocado, Sudão, ao menos três cristãos foram mortos por sua fé no período de apuração da Lista Mundial da Perseguição 2018, que é de outubro de 2016 a novembro de 2017. Além disso, muitas igrejas foram demolidas e cristãos, presos. Tudo isso resultante do fato de o presidente Al-Bashir ter prometido a aplicação plena da sharia (conjunto de leis islâmicas) no país.

No Paquistão, que ocupa o 5º lugar na lista, 15 cristãos foram mortos. O país conta com a presença de vários grupos extremistas, como Talibã e Estado Islâmico. Os considerados “bons” jihadistas têm o apoio do governo. Assim, um dos grandes desafios do país é supervisionar as cerca de 35 mil “madrassas” (escolas corânicas onde crianças, adolescentes e jovens são formados com ensinamentos fundamentalistas). Até mesmo listar e mapear essas escolas seria considerado como agir contra o islã. Nesse contexto em que o extremismo islâmico é incentivado, aqueles que se convertem ao cristianismo enfrentam forte oposição.

Assista ao vídeo abaixo:

(para ouvir o áudio, vá ao topo da pagina e dê pausa na rádio gospel)



Fonte: Portas Abertas


Todos os anos, a Portas Abertas divulga a Lista Mundial da Perseguição. Essa lista consiste em um ranking dos 50 países onde a perseguição aos cristãos está presente e afeta a vida daqueles que professam a fé em Jesus Cristo. O ranking tornou-se referência quando o assunto é a Igreja Perseguida ao redor do mundo.

Portas Abertas - Perfil Lista dos Países  


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sábado, 23 de junho de 2018

Ética Cristã e Redes Sociais

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” 1Co 6.12

Ética Cristã e Redes Sociais

Uma constatação
O fenômeno da rede social é evidente. Muitos movimentos políticos, sociais e religiosos têm sua origem nas redes sociais. De fato, as redes sociais quebraram a hegemonia da mídia. Hoje não há mais a possibilidade de uma pessoa ter apenas uma versão dos fatos de acordo com a linha editorial de determinado grupo de comunicação. Isso quebrou. A consequência desses fenômenos é a preocupação de muitos especialistas no assunto, como o sociólogo Manuel Castells, em sua obra “Sociedade em Rede”, em que ele propõe “a cultura da virtualidade real”, onde não há a separação entre a realidade e os signos virtuais. Nesse contexto, o sociólogo prevê que as relações humanas se darão cada vez mais nesses ambientes multimídias em que ainda não é possível antever os impactos que elas trarão na sociedade.

O perigo da relação descartável
Embora não seja possível verificar o impacto real do crescimento do uso das redes sociais, empiricamente sentimos alguns impactos em nossas experiências pastorais. Em nossas igrejas são comuns queixas de esposas que reclamam dos esposos que passam horas no ambiente virtual; dos esposos que reclamam o mesmo de suas esposas; dos filhos adolescentes que não saem do mundo virtual. Algumas consequências: desentendimentos, mágoas, perda do convívio familiar. Ora, o nosso Deus nos fez pessoas de “carne e osso” que se comunicam, nos fez seres sociais (Gn 2.18). A identidade do seguidor de Jesus passa obrigatoriamente na relação próxima e de bem estar com a outra pessoa (Jo 13.35). Nossas relações não podem ser descartáveis nem depender de um bloqueio ou não para sermos aceitos (Rm 2.11).

A rede social a serviço do Reino de Deus
A Palavra de Deus diz que nós temos a mente de Cristo (1Co 2.16). Tudo o que fazemos é para a glória de Deus (1Co 10.31). Então, tudo o que postamos, comentamos, curtimos e compartilhamos precisa ter como pano de fundo as virtudes do Reino de Deus. Há um livro cujo título é “Em seus Passos o que faria Jesus?”. É a pergunta sincera que nós devemos fazer em tudo que agirmos. Procure meditar em Mateus cinco, seis e sete. Esses capítulos são denominados de “Sermão do Monte”. Aqui, está toda a ética do Reino de Deus. Quando aprendermos a viver essa ética, então, tudo o que fizermos nas redes sociais estará a serviço do Reino de Deus. Revista Ensinador Cristão nº 73

As redes sociais são um fenômeno que integra a sociedade, porém, os relacionamentos virtuais não podem substituir a relação interpessoal, principalmente, a comunhão cristã.

O que é a rede social? A expressão é usada para uma aplicação da rede mundial de computadores (Web), cuja finalidade é conectar e integrar pessoas. Os que aderem a um site de relacionamentos podem conectar-se entre si, criar um perfil, adicionar amigos e conhecidos, enviar mensagens, fazer depoimentos, trocar informações, fotos e vídeos, além de estabelecer vínculos. A rede social moderna surgiu no início do século XXI e viabilizou aos usuários o encontro de amigos do passado e a ampliação do círculo social.

Leitura Bíblica em classe - Provérbios 4.10-15

Devido ao avanço tecnológico, várias mudanças foram inseridas na sociedade. A rede mundial de computadores, conhecida como Internet, conecta o mundo todo. Com o surgimento das redes sociais, tudo o que acontece é comentado e divulgado de modo instantâneo. Informações são transmitidas com rapidez surpreendente. Em contrapartida, vivemos um estágio em que as pessoas se relacionam mais virtualmente do que presencialmente.

O desenvolvimento das tecnologias digitais favoreceu o estabelecimento de novas formas de interação social e, a partir destas, novos paradigmas de relacionamentos. Nesse novo paradigma, as relações sociais tornaram-se virtuais, o contato e o diálogo foram se distanciando de seu conceito original e as relações sociais tornaram-se efêmeras. As publicações nas redes sociais apresentam distorções da felicidade, criam ilusões e padrões utópicos de vida perfeita. A falsa ideia de privacidade e anonimato permite extravasar sentimentos e paixões culminando em relações sociais descartáveis e desastrosas. Estatísticas indicam que mais de um terço da população mundial está conectada à web e interage por meio de redes sociais. Dados indicam que as redes sociais transformaram-se em um importante meio para a divulgação de informações e a propagação de ideologias e todo o tipo de ativismo.

Diante desses fatos, a igreja precisa instruir seus membros no uso das novas tecnologias e buscar métodos da evangelização por meio das redes sociais. O cristão precisa estar consciente de suas responsabilidades e deveres no mundo virtual. A igreja não pode viver alienada diante dessa realidade cada vez mais presente na vida dos fiéis. Neste capítulo, veremos a gênese da comunicação virtual, o conceito, o perigo e o mau uso das redes sociais, bem como o desafio da igreja hodierna em evangelizar por meio dessas novas tecnologias. Para tanto, dizem as Escrituras, “rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2 Co 4.2).

I. O CONCEITO DE REDE SOCIAL

As redes sociais podem ser consideradas de modo genérico como sites de relacionamentos. Como fator positivo, possibilitam às pessoas se relacionarem virtualmente; todavia, também oferecem riscos aos seus usuários.

O termo é utilizado para indicar uma aplicação da rede mundial de computadores (web) cuja finalidade é relacionar as pessoas. Os que aderem a um site de relacionamentos podem conectar-se entre si, criar um perfil, adicionar amigos e conhecidos, enviar mensagens, fazer depoimentos, trocar informações, fotos e vídeos, além de estabelecer vínculos. A rede social moderna surgiu no início do século XXI e viabilizou aos usuários encontrar amigos do passado, reencontrar pessoas e ampliar o círculo social.

As redes sociais não são satisfatoriamente seguras. Os dados e informações pessoais podem ser invadidos por terceiros. Entre os principais riscos associados às redes sociais está a invasão de privacidade, danos à imagem e à reputação, vazamento de informações e contato com pessoas malintencionadas. Além disso, existem muitos perfis falsos (fakes), comunidades polêmicas, discriminatórias, conteúdos com imoralidade e preconceitos em geral. Como tudo na Internet e nas tecnologias da informação, as redes sociais apresentam danos para seus usuários.

II. O PERIGO DA RELAÇÃO DESCARTÁVEL E AS NOVAS TECNOLOGIAS

A velocidade da informação e a efemeridade nos relacionamentos virtuais têm provocado sérios danos nas relações sociais. Quando as novas tecnologias são utilizadas como fuga de problemas ou como substitutas das relações humanas, o chamado avanço tecnológico se torna um verdadeiro retrocesso.

1. A Distorção da Felicidade

Nas redes sociais em geral, as pessoas publicam uma vida perfeita e um mundo repleto de felicidade. As redes estimulam a prática do narcisismo, ou seja, o indivíduo que admira exageradamente a sua própria imagem e nutre uma paixão excessiva por si mesmo. Essas pessoas tendem a buscar uma felicidade fútil, em meio a fotos montadas e a sorrisos falsos. Os usuários editam a própria vida apresentando a si mesmos como vencedores e vendem a ilusão de que vivem em plena paz e harmonia. As Escrituras condenam os que se ufanam e vivem em hipocrisia (Is 5.20,21).

A verdadeira felicidade

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define felicidade como “completo bem-estar físico, mental e social”. O “Relatório Mundial sobre a Felicidade” publicado pela Universidade de Columbia, em 2012, apontou multiplicidade no conceito:

A felicidade inclui avaliações sobre a vida de maneira geral e aspectos positivos e negativos de emoções que afetam o dia a dia de cada um. Alguns fatores são externos como emprego, renda e saúde. Outros são pessoais, como gênero, educação, saúde mental e idade. Outros são interrelacionados: com maior renda é possível ter melhor educação e sendo mais feliz, a saúde também melhora. (KAHN, Jan. 2013)

O problema desses conceitos é que eles estão condicionados a algo, a alguém ou a alguma coisa. Quando esses quesitos não são preenchidos, a felicidade acaba ou não acontece, e se instala a frustração e, em consequência, a tristeza e o sofrimento. A Bíblia Sagrada apresenta a felicidade como sendo a alegria que não depende de nenhuma circunstância (Lc 12.15). Ela é fruto do Espírito, caracterizado por um deleite e regozijo permanente na vida do cristão (Gl 5.22, Fp 4.4). A tentação de buscar a felicidade nos bens efêmeros é insensatez e resulta em desgosto (1 Tm 6.8,9). A verdadeira alegria só pode ser encontrada no temor e na obediência ao Criador: “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem” (Sl 128.1,2).

2. O Isolamento e a Solidão

Na década de 1990, pesquisadores chamaram atenção para o mal social chamado de “paradoxo da Internet”. Trata-se da contradição de alguém ter vários relacionamentos virtuais e, ao mesmo tempo, ausência real de contato humano. Estudos recentes demonstram que o aumento no uso da Internet coincide com o aumento da solidão, problema acentuado pelas redes sociais. O ser humano está sendo integrado à tecnologia e tratado como se fosse também uma máquina. Essa falta de equilíbrio tem desencadeado crises emocionais, ansiedade e isolamento (Jr 6.14).

Dependência virtual

Reconhecemos a importância, a contribuição e os benefícios proporcionados pela Internet e as redes sociais. No entanto, não podemos fechar os olhos diante de seus efeitos colaterais, como, por exemplo, a dependência virtual. Estudos psicológicos detectaram oito sinais de uso patológico da rede:
(I) incapacidade de controlar o uso da internet;
(II) necessidade de se conectar mais vezes;
(III) acessar a rede para fugir dos problemas ou para melhorar o estado de ânimo;
(IV) pensar na internet quando se está off-line;
(V) sentir agitação ou irritação ao tentar restringir o uso;
(VI) descuidar do trabalho, dos estudos ou até mesmo dos relacionamentos pessoais por causa da rede;
(VII) sofrer pela abstinência;
(VIII) mentir sobre a quantidade de horas que passa conectado e/ou permanecer muito mais tempo do que o previsto (SAYEG, 2000, p. 153).

O usuário enquadrado em alguns dos itens acima pode estar usando a Internet como fuga para problemas psicológicos. O não tratamento desses sintomas resulta em dependência e isolamento cada vez maior.

3. Relações Sociais Efêmeras

Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017), a sociedade vive um momento de frouxidão nas relações sociais. Bauman chama esse fenômeno social de “modernidade líquida”. Os tempos são “líquidos” porque tudo muda tão rapidamente. Nada é feito para durar, para ser “sólido”. Nas redes sociais, com apenas um clique é possível bloquear, deletar e excluir pessoas. E com outro clique pode aceitar, comentar e curtir outras pessoas. Essa situação representa um declínio das sólidas relações humanas, uma vez que, por meio das tecnologias, a amizade, o amor e o respeito entre as pessoas são facilmente descartáveis (Ec 1.2).

O efeito paradoxal

A maior parte das pessoas busca nas redes sociais aproximação com outras pessoas. Mas, em total paradoxo, os relacionamentos virtuais tendem a ter maior importância que os relacionamentos reais. É comum, por exemplo, pessoas caminharem “conectadas” absortas e cabisbaixas pelas ruas, alienadas do mundo real. Quase ninguém mais conversa sem o uso da Internet. Nos restaurantes, famílias inteiras ou grupo de amigos, acessam a Internet e não dialogam entre si, exceto por monólogos ou sobre o que estão vendo nas redes sociais. Esse fenômeno também é observado nas escolas, no âmbito do trabalho e até de maneira insana e irresponsável no trânsito urbano. Tal comportamento é um retrocesso, pois torna as relações humanas superficiais, transitórias e irrelevantes. Faz-se necessário e imprescindível corrigir essas distorções, especialmente em nossa vida privada, junto de nossa família e de nossos amigos. A sensatez é primordial, uma vez que todo excesso é extremamente danoso ao ser humano.

4. A Falsa Sensação de Privacidade

Diversos usuários das redes sociais iludem-se com a sensação de privacidade e ficam expostos a toda espécie de constrangimentos. Comentários pessoais, sentimentos de foro íntimo, fotos e vídeos comprometedores saem da área do privado e se tornam públicos. Essa sensação de privacidade também favorece a prática do pecado viral (algo que se espalha rápido como um vírus). Pode ser desde a reprodução e retransmissão de pornografia até a divulgação de notícias falsas e difamatórias (2 Tm 2.22; Pv 16.28).

A indecorosa prática do “nudes”

A possibilidade de manter a identidade real oculta é um dos fatores que impulsionam o uso equivocado da Internet. Algumas pessoas sentem-se à vontade para extravasar seus impulsos sexuais ilícitos sem medo de repercussão. A fantasia do anonimato e a falta de inibição estimulam a prática da imoralidade. Uma conduta deplorável tem sido a postagem de “nudes” (imagens da pessoa nua).

Segundo pesquisas divulgadas por sites especializados, mais de 50% das mulheres com acesso a redes sociais já enviaram, ao menos, uma foto de nudes e mais de 42% dos homens já realizaram tal prática (TRIBUNA DO CEARÁ, out. 2016). A postagem da imagem de “nudes” acontece no âmbito privado, mas, em vários casos, quem recebe as imagens salva as fotos e as compartilha nas redes sociais, tornando-as de domínio público. Tal atitude pode ser responsabilizada criminalmente; no entanto, nenhuma condenação poderá reparar o dano moral causado. Os que tiveram suas fotos divulgadas passaram e passam por diversos infortúnios, tais como o bullying, automartírio, abalos psicológicos e alguns chegam inclusive ao extremo de cometer o suicídio. O ideal mesmo é não compartilhar nenhuma imagem íntima nem sua e nem de terceiros, primeiro por ser uma prática imoral (Gl 5.19) e segundo por ser uma conduta antiética.

III. A REDE SOCIAL A SERVIÇO DO REINO DE DEUS

A igreja de Cristo precisa ser consciente quanto ao potencial das redes sociais e deve usá-la na propagação do Reino de Deus. Mas para evangelizar nas mídias não basta postar mensagens de cunho cristão; é indispensável o bom testemunho do usuário na rede de computadores.

1. O Bom Testemunho nas Redes Sociais

Cristo ensinou que o cristão é a luz do mundo (Mt 5.14) e que essa luz deve resplandecer por meio das boas obras a fim de glorificar o nosso Pai que está nos céus (Mt 5.16). Desse modo, para o bom testemunho nas redes sociais, o cristão não deve postar comentários negativos ou fazer pré-julgamento das pessoas. Deve tomar todo cuidado e precaução com fotos e vídeos que publicar, sejam pessoais, sejam de terceiros. Avaliar o conteúdo, a coerência, o vocabulário e a ética cristã das mensagens antes de postar, comentar ou curtir. Paulo nos ensina a fazer de tudo para ganhar as pessoas para Cristo (1 Co 9.22)

Importância da boa reputação

O requisito de boa reputação é fator preponderante na evangelização, tanto a pessoal (corpo a corpo) quanto a virtual (Internet). O bom caráter e a idoneidade daquele que evangeliza deve ser testemunhado pelos não crentes. Espera-se dos cristãos que desfrutem de um viver reto e íntegro, por meio da oração e santificação no Espírito Santo. Se isso não for observado, a evangelização será inócua, quem evangeliza será difamado e envergonhado, a igreja colocada em descrédito e o evangelho de Jesus vilipendiado:

Um viver incoerente, contraditório com os valores morais e éticos do evangelho, certamente inviabilizaria toda e qualquer possibilidade de ser reconhecido como um líder cristão, como um instrumento de bênção nas mãos de Deus. Um viver incompatível com o evangelho apenas revela o profundo abismo existente entre o homem e Deus. (EMAD, 2005, p. 241)

Somos servos de Deus e estamos sendo observados. Se quisermos testemunhar de Cristo e seu evangelho, precisamos vigiar nossa conduta. Portanto, é inadmissível que aqueles que usam as redes sociais para provocar constrangimentos, estimular o preconceito e a discriminação, enviar ou receber “nudes”, curtir e compartilhar imagens, vídeos e mensagens com conteúdo lascivo ou duvidoso possam ter autoridade moral ou espiritual para evangelizar alguém. Quanto à necessidade de evangelizar corretamente, Paulo nos alertou: “se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada” (1 Co 9.17)

2. O Uso Correto da Evangelização Digital

A Internet é uma grande aliada na divulgação do evangelho, porém alguns cuidados são necessários para não tornar a mensagem inócua. As postagens não podem ser grandes e os vídeos não podem ser demorados. A mensagem precisa ser clara, concisa e objetiva. Antes de compartilhar as imagens, deve-se verificar a veracidade bíblica daquela mensagem e o seu teor teológico.

Em lugar de postagens com frases de efeito ou de autoajuda, devem-se priorizar os versículos bíblicos. Ao reproduzir áudios e vídeos, deve-se verificar se não existe algo que possa causar escândalos ou intolerância religiosa. Também não se deve atacar a ninguém, apenas anunciar e confessar a Cristo (1 Co 1.23,24).

Evangelizar é comunicar

No decorrer da história da humanidade, Deus tem se revelado e se comunicado com o ser humano. O escritor aos Hebreus assevera que Deus falou antigamente aos pais, pelos profetas, e a nós falou-nos nestes últimos dias pelo seu Filho (Hb 1.1). Desse modo, o ápice da comunicação divina acontece na Encarnação do Verbo Divino: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória” (Jo 1.14). Jesus Cristo é o encontro mais pleno alcançado entre Deus e o homem. Ao revelar sua mensagem aos escolhidos, Deus desejou que ela fosse compartilhada com todos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mt 28.19, ARA). Portanto, evangelizar não é simplesmente anunciar uma doutrina, mas é comunicar-se com o outro, isto é, “entrar em diálogo, relacionar-se, viver em comunhão com Deus para poder testemunhar com autenticidade Àquele em quem se crê e entrar em comunhão com outras pessoas” (SILVA, 2015, p. 12). Sob essa perspectiva, as redes sociais tornam-se um campo fértil para a comunicação do evangelho.

Resultados promissores

Em 2011, a Global Media Outreach (Alcance Global pela Mídia) divulgou que mais da metade das pessoas que se decidem por Cristo na Internet posteriormente compartilham sua fé com outros internautas. Desses convertidos on-line, 34% afirmam ler a Bíblia Sagrada diariamente. O estudo denominado de “Índice do Crescimento Cristão” ouviu mais de 100 mil pessoas ao redor do mundo. Segundo Walt Wilson, presidente da instituição, desde a sua fundação, em 2004, mais de 15 milhões de pessoas já se decidiram por Cristo.

A eficácia da evangelização pode ser resumida em três processos bem simples:
(I) levá-los ao Salvador — páginas web que ajudem a encontrar Jesus;
(II) alimentá-los na fé — websites de discipulado e guias para recém-conversos; e,
(III) conectá-los à Igreja — conduzir o convertido a frequentar uma igreja local. Para isso, explica Wilson, não basta ter uma página na internet, transmitir cultos e comunicar-se pelas web rádios. O resultado se obtém por meio do discipulado e a comunicação com o novo convertido; essas ações são tão imprescindíveis quanto o evangelismo (ARAGÃO, Dez. 2011).

As redes sociais são um fenômeno do nosso tempo, mas precisam ser utilizadas com sabedoria.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Você consegue imaginar, na atualidade, uma pessoa que não esteja conectada ao WhatsApp, Facebook, Twitter ou Instagram? Não conseguimos nem idealizar, pois nunca o acesso às redes sociais foi tão amplo. Entretanto quando o assunto é redes sociais, em geral os crentes ficam preocupados e es opiniões se dividem quanto ao seu uso. Alguns até creem que é pecado. Outros questionam: O cristão pode utilizar as redes sociais? Você não vai encontrar na Bíblia nenhum texto bíblico que fale a respeito deste assunto, pois é uma atividade da vida moderna. Por não conhecerem o universo online, muitas pessoas acabam tendo um excesso de zelo, preocupação e enxergam somente os aspectos negativos do mundo virtual. Houve um tempo que o rádio também foi muito criticado, e algumas igrejas, proibiam seus membros de ouvi-lo. Tudo que é novo assusta, contudo como cristãos devemos evitar todo e qualquer radicalismo, pois o crente deve ser prudente, equilibrado em suas atitudes, palavras e até ponto de vista em relação ao uso das redes sociais não é diferente; precisamos utilizá-las com sabedoria, prudência e equilíbrio. A cada dia o número de brasileiros online vem aumentado e grande parte deste número é de crentes e que frequentam a Escola Dominical. A questão a ser discutida hoje pelos professores e alunos da Escola Dominical é mais ampla: Como as pessoas estão se comportando nas redes sociais? Como você se comporta? O problema não são as redes sociais, mas como as pessoas se comportam nelas.
Para o cristão, todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante (1Co 10.23; 16.12). Devemos fazer uso do universo online com prudência e discernimento; sejamos cuidadosos e tenhamos limites. Michael Palmer, no livro Panorama do Pensamento Cristão, diz que ‘os cristãos que veem a cultura de mídia de entretenimento têm de aprender a ler essas imagens e rejeitar as que são incompatíveis com os padrões cristãos e a Escritura’. Esse é o problema. Muitos crentes não conseguem fazer essa leitura. Precisam ser ensinados a fazer isso. Será que você faz essa leitura? Ou você ingere tudo sem questionamento?” (BUENO, Telma. Adolescentes Vencedores: Vivendo em Sociedade. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015, p.45).

Fonte:
Livro de Apoio – Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo - Douglas Baptista
Lições Bíblicas 2º Trim.2018 - Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo - Comentarista: Douglas Baptista


Aqui eu Aprendi!

terça-feira, 20 de março de 2018

A Ordem Suprema de Cristo Jesus

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” Mt 28.19

“A Igreja e Missões
A evangelização do mundo é o imperativo do Novo Testamento. ‘O evangelho deve ser proclamado [anunciado] entre todas as nações’ (Mc 13.10, tradução livre). O Advogado a realizar a tarefa é o Espírito Santo, enquanto que a instituição escolhida divinamente para a proclamação é a Igreja de Jesus Cristo. Essas são afirmações sérias e bíblicas.

Até mesmo uma leitura superficial do Novo Testamento irá convencer o leitor da relevância da Igreja na atual administração de Deus. Cristo amava a Igreja e deu-se a si mesmo por ela. Somos assegurados de que no momento Ele está edificando sua Igreja e que, por fim, irá ‘apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula nem ruga, mas santa é irrepreensível’. Tudo isso está de acordo com o propósito eterno que Deus tinha em Cristo Jesus nosso Senhor (Ef 5.25-27; 3.10,11).

A Igreja é a geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido por Deus. O propósito desse grande chamado é que a Igreja exponha as virtudes dEle, que a tirou da escuridão para sua maravilhosa luz. A Igreja é uma criação proposital em Cristo Jesus; ela é o corpo de Cristo (sua manifestação visível) e o templo do Espírito Santo. Ela foi criada no dia de Pentecostes para personificar o Espírito Santo na realização do propósito de Deus neste mundo (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões.1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, p.244).

Jesus, depois de morrer e ressuscitar, comissionou novamente os discípulos, mas a abrangência da missão agora é maior, todas as nações do mundo.

Professor(a), chegamos à última aula do primeiro trimestre do ano. Esperamos que o estudo do Evangelho de Mateus tenha contribuído para o seu crescimento espiritual e, consequentemente dos seus alunos. Estudar a vida e o ministério de Jesus é sempre gratificante e surpreendente, pois por mais que já tenhamos ouvido falar a seu respeito, sempre temos algo novo a aprender.

Nesta última lição, vimos que o Evangelho de Mateus é concluído com uma promessa gloriosa do nosso Redentor para todos os seus discípulos: “[...] eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20). Segundo A. T. Robson, “a história cristã tem sido o cumprimento dessa promessa na medida em que o poder de Deus trabalha em nós. O Salvador ressurreto e todo-poderoso permanece com o seu povo todo o tempo”. Então, não desanime, pois apesar das dificuldades não estamos sozinhos.

Texto Bíblico - Mateus 28.16-20

INTRODUÇÃO

Os discípulos vão para a Galileia e ali encontram o Cristo ressurreto. Então, Jesus faz uso da autoridade recebida do Pai e pela segunda vez comissiona os discípulos. Porém desta vez o Mestre ordena a ida deles a todas as nações. Eles não somente iriam pregar as boas-novas, mas também batizar os que cressem em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. O Mestre ordena a evangelização e o discipulado, o ensino.

Os discípulos não cumpririam a Grande Comissão sozinhos, pois Senhor Jesus prometeu estar com eles “todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt 20.20).


I. A APARIÇÃO DE JESUS AOS DISCÍPULOS NA GALILEIA (Mt 28.16-18)

1. O reencontro de Jesus com os discípulos (vv.16,17).
Os discípulos retornam à Galileia, local do início do ministério de Jesus, do qual fizeram parte, obedecendo à ordem dEle para o reencontro após a sua ressurreição. As aparições de Jesus e o testemunho dos discípulos que se encontraram com Ele foram os primeiros elementos que fundamentaram a fé no Cristo ressurreto.

2. O reencontro com Jesus traz de volta a vida.
Até aquele momento, a comunidade dos discípulos se sentia vencida, fracassada naquilo que tinham acreditado e defendido. Eles ainda estavam assombrados e perturbados com a morte do seu Mestre. A expectativa messiânica com os feitos e autoridade do ensino de Jesus, que tinha crescido nas últimas semanas enquanto caminhavam para Jerusalém, foram frustradas. A crucificação e a morte de Jesus abalaram a fé de seus discípulos. No entanto, agora na mesma região em que foram chamados por Jesus, eles se reencontram com o Mestre, agora ressurreto e glorificado. Com a aparição do Cristo ressurreto, os discípulos também ressuscitaram da apatia e do medo que tinha tomado conta deles. Mateus afirma que alguns ao verem Jesus o adoram, enquanto outros ainda duvidam.

Paulo afirma, que certa vez, Jesus foi visto por mais de quinhentos irmãos (1Co 15.6). Era o clímax das aparições, justamente na Galileia onde havia vários convertidos que o adoraram. Agora os discípulos estavam prontos para receber a nova ordem suprema de Jesus.

3. Jesus anuncia a autoridade recebida do Pai (v.18).
Jesus aproveitou o momento de adoração e entusiasmo dos discípulos para fazer uma revelação especial: Ele havia recebido a completude da autoridade de Deus: “É-me dado todo o poder no céu e na terra”. Os discípulos haviam presenciado o poder na vida terrena de Jesus, e sabiam que todas as coisas foram entregues a Ele pelo Pai (Mt 11.27). Mas, neste momento, Jesus Cristo anuncia que o seu poder agora não tem mais limites. Tal revelação desperta a fé dos seus seguidores. Anteriormente, naquela mesma região, eles haviam recebido de Jesus autoridade para pregar, expulsar demônios e curar enfermos (Mt 10.1).

Durante a tentação de Jesus no deserto pelo Diabo, uma das ofertas do Inimigo foram os reinos do mundo e a glória deles (Mt 4.8,9). Mas, agora, depois de cumprir sua missão pela morte de cruz, Ele recebe toda autoridade do próprio Pai, como filho amado que o honrava com sua fidelidade (Mt 3.17).

Mateus não registra o evento da ascensão, mas nessa frase da autoridade recebida por Jesus está implícita a autoridade de quem está sentado à direita do trono do Pai, símbolo do poder e autoridade no céu e na Terra.

Ponto Importante
Jesus, enquanto estava sendo tentado no deserto pelo Diabo, resistiu ao impulso de usufruir do poder humano. Com sua vitória na cruz, Ele recebe a plenitude do poder do próprio Pai.


II. JESUS ORDENA QUE SE FAÇAM DISCÍPULOS (Mt 28.19,20)

1. Fazer discípulos em todas as nações (v.19).
Jesus comissiona seus discípulos para uma nova missão, diferente da primeira, que era restrita aos judeus (Mt 10.6). Agora, eles deveriam fazer discípulos em todas as nações (tradução de ethnos, grupos étnicos e não primariamente a países). Segundo o dicionário Houaiss etnia é a “coletividade de indivíduos que se diferencia por sua especificidade sociocultural, refletida principalmente na língua, religião e maneiras de agir”. No mundo há aproximadamente 24.000 etnias e apenas pouco mais da metade já foi evangelizada. Logo, temos muito trabalho a fazer.

2. A relação Mestre-discípulo.
No relacionamento com seus discípulos, Jesus demonstrou, pelo exemplo, o quanto um mestre deve abdicar de seus interesses para a formação de discípulos. Jesus investiu seu tempo e paciência para ensinar e treinar os doze. Agora Ele os envia a todos os povos para que fizessem o mesmo. Assim, o Evangelho seria reproduzido pelos novos discípulos, para crescimento do Corpo de Cristo.

O livro de Atos discorre como se deu o movimento dos apóstolos no início da Igreja. Eles ficaram dentro do próprio território pregando para seus patrícios, os judeus. Isso mudou somente quando veio a grande perseguição, liderada por Saulo. Com o aumento da perseguição eles saem da Judeia para Samaria e chegam aos “confins da terra”. O ideal do cristão deve ser fazer a vontade de Deus (fazer discípulos) de forma espontânea e prazerosa.

3. Batizando em nome do Pai, e do Filho, do Espírito Santo.
Jesus ordena que os novos convertidos sejam inseridos formalmente na nova comunidade por meio do batismo. O batismo torna mais forte o vínculo da pessoa com Cristo e com a Igreja. É uma ordenação do Senhor. O próprio Jesus deu o exemplo (Mt 3.13-17).

Ponto Importante
Na primeira comissão dos discípulos, Jesus os envia estrategicamente somente para os judeus. Após a ressurreição, para todas as nações.


III. A PERMANÊNCIA DE JESUS NO CUMPRIMENTO DA MISSÃO (Mt 28.20)

1. Ensinando a guardar todas as coisas que Jesus ensinou.
Para ensinar, primeiro é preciso aprender, logo, para conhecer todas as coisas que Jesus ensinou é necessário, antes de tudo, um estudo apurado dos Evangelhos que contam a vida e a obra de Jesus.

A ordem para ensinar, no texto grego, está no particípio presente, traduzido por “ensinando” e indica uma ação contínua. Não pode ser um estudo superficial e realizado sem um planejamento e uma sequência lógica e sistemática. O ensino deve ser contínuo e envolver a mente e a vontade do novo crente, produzindo mudança de comportamento e um desenvolvimento espiritual maduro e saudável.

2. Falso ensino e hipocrisia religiosa.
Nos diálogos entre Jesus e os líderes religiosos judaicos, o Mestre por várias vezes combateu a falsa religiosidade e a hipocrisia. Os líderes religiosos e os fariseus viviam uma vida de aparência. Eles se preocupavam apenas com o exterior e “vendiam” a imagem (mentirosa) de que eram homens puros e bondosos, que viviam de acordo com a Lei. Mas o Senhor Jesus os chama de sepulcros caiados, “[...] que por fora realmente parecerem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt 23.27).

3. A presença de Jesus, o Emanuel.
Os discípulos que recebem novamente a tarefa de continuar a missão de Jesus são encorajados com a plenitude do poder recebido por Ele e com a promessa da sua presença contínua entre eles. Trata-se do resgate da promessa feita no anúncio do nascimento de Jesus em Mateus 1.23: “[...] e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco)”. Deus-Filho, se fez carne e caminhou com seres humanos imperfeitos e simples, mas treinados e comissionados por Ele. Jesus conviveu de perto com os pobres e excluídos que viviam à margem da sociedade.

Os discípulos haviam experimentado, ainda que em um curto espaço de tempo, ficar sem a presença de Jesus, devido à sua morte e sepultamento. Esta foi uma prova amarga e terrível. Eles sentiram muito a falta do Mestre e não queriam mais passar por essa experiência. Todavia, agora tinham a promessa de que Jesus estaria com eles constantemente. Esta promessa também é para os nossos dias e para os dias que virão. Não estamos sozinhos. O Cristo ressurreto está conosco!

Ponto Importante
Os discípulos abandonaram tudo para seguir Jesus. Por isso a morte dEle os abalou profundamente. Mas, a ressurreição do Mestre renovou suas vidas e fé.

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos que no reencontro de Jesus com seus discípulos na Galileia Ele revela ter recebido do Pai a completude do poder. Aprendemos também que Jesus ordenou fazer discípulos de todas as nações e batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Mas os discípulos não estariam sozinhos, pois Jesus prometeu estar presente onde quer que eles fossem. Então, concluímos o nosso estudo a respeito do Evangelho de Mateus com a Grande Comissão e com a promessa da presença constante de Jesus.

SUBSÍDIO
“Como Devemos Evangelizar
Para começar, o ganhador de almas tem de ter experiência própria de salvação. É um paradoxo alguém conduzir um pecador a Cristo, sem ele próprio conhecer o Salvador. Isto é apontar o caminho do céu sem conhecê-lo. Quem fala de Jesus deve ter experiência própria da salvação.
Estando nosso coração cheio da Palavra de Deus, nossa boca falará dela (Mt 12.34). É evidente que o ganhador de almas precisa de um conhecimento prático da Bíblia; conhecimento esse, não só quanto à mensagem do Livro, mas também quanto ao volume em si, suas divisões, estrutura em geral, etc. Sim, para ganhar almas é preciso ‘começar pela Escritura’ (At 8.35). Aquilo que a eloquência, o argumento e a persuasão humana não podem fazer, a Palavra de Deus faz, quando apresentada sob a unção do Espírito Santo. Ela é qual espelho. Quando você fala a Palavra, está pondo um espelho diante do homem. Deixe o pecador mirar-se neste maravilhoso espelho. Assim fazendo, ele aborrecerá a si mesmo ao ver sua situação deplorável. [...] No estudo da obra de ganhar almas, há muito proveito no manuseio de livros bons e inspirados sobre o assunto. [...] A igreja de Éfeso foi profundamente espiritual pelo fato de Paulo ter ensinado a Palavra ali durante três anos, expondo todo o conselho de Deus (At 20.27-31) (GILBERTO, Antonio. Prática do Evangelismo Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1983, p.30).

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 1º Trimestre de 2018 - Título: Seu Reino não terá fim — Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus - Comentarista: Natalino das Neves


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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Os Discípulos são comissionados por Jesus

“E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal” Mt 10.1

“Evangelização e responsabilidade social
O nosso próximo é uma pessoa, um ser humano, criado por Deus. E Deus não o criou como uma alma sem corpo (para que pudéssemos amar somente sua alma), nem como um corpo sem alma (para que pudéssemos preocupar-nos exclusivamente com seu bem-estar físico), nem tampouco com um corpo-alma em isolamento (para que pudéssemos preocupar-nos com ele somente como um indivíduo, sem nos preocupar com a sociedade em que ele vive). Não! Deus fez o homem um ser espiritual, físico e social. Como ser humano, o nosso próximo pode ser definido como ‘um corpo-alma em sociedade’. Portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Se amarmos o nosso próximo como Deus o amou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total, o bem-estar do seu corpo, da sua alma e da sua sociedade. [...] É verdade que o Senhor Jesus ressurreto deixou a Grande Comissão para a sua Igreja: pregar, evangelizar e fazer discípulo. E esta comissão é ainda a obrigação da Igreja. Mas a comissão não invalida o mandamento, como se ‘amarás o teu próximo’ tivesse sido substituído por ‘pregarás o Evangelho’. Nem tampouco reinterpreta amor ao próximo em termos exclusivamente evangelísticos” (STOTT, John R. W. Cristianismo Equilibrado. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, p.60,61).

O Evangelho deve ser proclamado, independente da aceitação ou não das pessoas.

Texto Bíblico - Mateus 10.1-15

INTRODUÇÃO

Jesus escolheu e preparou doze homens para serem seus primeiros discípulos. Depois de comissionar e orientar quanto à missão deles, o Mestre os revestiu de poder para realizarem sinais que comprovariam as Boas-Novas do Evangelho e a chegada do Reino dos Céus.

A missão destes primeiros discípulos era levar a paz a todas as pessoas, expulsar os espíritos imundos e curar as enfermidades e todo mal (Mt 10.1). O Mestre orienta os discípulos, mostrando como deveriam proceder ao chegar e ao sair das casas ou cidades. Jesus também ensina a respeito das consequências que sofreriam aqueles que não recebessem os discípulos e nem escutassem as suas palavras (Mt 10.14).

I. OS DOZE DISCÍPULOS E A PROCLAMAÇÃO DO REINO DOS CÉUS

1. A preparação.
Mateus dedica um bom espaço do texto Sagrado para trazer um dos principais discursos de Jesus, conhecido como o Sermão do Monte (Mt 5-7). Nele há auxílios para quem se dispõe a ter uma vida solidificada na rocha e ser uma testemunha do Reino.

Depois do Sermão do Monte, começa então a segunda parte do Evangelho de Mateus e no capítulo dez temos o discurso de Jesus chamado de “Sermão Missionário” (Mt 10).

Antes do comissionamento dos doze discípulos, Mateus narra uma série de sinais miraculosos realizados por Jesus (Mt 8,9). Ele descreve um total de dez curas e atos de poder realizados por Jesus e a constatação de que o campo de trabalho, a seara, é grande, mas que poucos são os ceifeiros.

Tendemos a acreditar que os sinais feitos por Jesus ninguém mais poderia fazê-los, mas na verdade Ele estava capacitando e treinando seus discípulos para milagres ainda maiores. Jesus chamou os doze, os treinou para depois comissioná-los.

2. O comissionamento dos doze.
Diferente do judaísmo institucionalizado, Jesus escolhe dentre o povo doze homens comuns, simples e das mais diversas origens. Entre eles estavam pescadores, como também membros de grupos opostos (grupo dos zelotes - coletor de impostos). Manter um grupo de pessoas com conhecimentos e perspectivas tão diferentes em um grupo coeso e eficiente exige esforço, paciência e muito treinamento.

Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas registram a eleição dos doze, mas cada um dá uma ênfase diferente (Mt 10.1-4; Mc 3.13-19; Lc 6.12-16). O que coincide na lista sinótica e que todas começam com Pedro, o líder, e termina com Judas, o traidor. Diferente dos demais evangelistas, Mateus coloca a relação dos doze discípulos no início de uma seção a respeito de missão.

Depois de um bom tempo juntos e auxiliando Jesus a ensinar, curar e expulsar demônios, agora os discípulos recebem a incumbência de cumprir a missão que lhes foi confiada sem a supervisão direta do Mestre.

3. Compaixão para proclamar o Reino dos Céus às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.5-7,9,10).
Um dos principais exemplos que Jesus deixou para seus discípulos é a compaixão pelo povo sofrido da Galileia e sul da Síria (Mt 9.35-38). O termo bíblico judaico para compaixão era rahamin que tem o significado de amor materno. Jesus demonstra que é com esse amor que os discípulos deveriam amar aqueles a quem iriam anunciar o Evangelho.

Neste momento específico, a prioridade na evangelização eram as ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.6). Esta era uma estratégia específica e temporária. Outra recomendação importante é que os discípulos não deveriam se preocupar em levar bens materiais ou riquezas (Mt 10.9,10). Quem está trabalhando na Seara do Mestre deve agir como um soldado (2Tm 2.3,4), pois quando o combatente é convocado e vai para uma guerra ele só pode carregar suas armas e o essencial para sua sobrevivência.

Ponto Importante
Antes de comissionar os discípulos, Jesus os capacitou. Ele investiu seu tempo e paciência para ensiná-los como deveriam cumprir a missão que lhes foi confiada.

II. SINAIS E MILAGRES ACOMPANHAM OS COMISSIONADOS (Mt 10.1,8)

1. Os discípulos recebem poder.
Jesus não tinha ciúmes ou medo de que seus discípulos se sobressaíssem, pois sua visão era de crescimento do Reino dos Céus. Seu objetivo era a libertação dos oprimidos e enfermos. Aprendemos com o Mestre que quando o líder investe em seus subordinados e estes cumprem sua missão com êxito, o líder que os instruiu também é honrado. Este é o segredo da boa liderança, investir e treinar bem os liderados. Mateus afirma que Jesus deu poder aos discípulos para expulsar os espíritos imundos e curar toda espécie de enfermidades. A autoridade para realizar os sinais foi transferida de Jesus para os discípulos. Eles receberam o poder diretamente do Filho de Deus, como parte integrante do plano divino de anunciar a salvação. Os doze receberam uma grande responsabilidade acompanhada de uma grande honra.

2. A mensagem dos discípulos deveria ser a mesma de Jesus.
A pregação dos discípulos deveria ser a mesma de Jesus (Mt 4.17), mas além da mensagem do Reino, eles necessitariam atender quatros imperativos: “curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos e expulsai os demônios” (Mt 10.7,8). Como representantes de Cristo, os discípulos estariam desafiando o poder imperial romano e religioso, por isso, estariam também correndo perigo, como o Mestre deles.

Acompanhar Jesus de perto e ser um discípulo era um privilégio e uma honra, mas também exigia disciplina e responsabilidade. Por isso, o Mestre relaciona uma série de recomendações a seus discípulos, dispostos a proclamar o Evangelho (Mt 10.7-17).

3. Os discípulos não poderiam utilizar o poder recebido em benefício próprio.
Os discípulos haviam recebido poder para realizar sinais em nome de Jesus, mas também receberam uma advertência séria, pois não poderiam usar o poder recebido em benefício próprio, ou ter pagamento algum em troca. Eles receberam o poder de graça e de graça deveriam anunciar o Reino dos Céus.

Ponto Importante
Os discípulos foram honrados ao serem comissionados, a exemplo de grandes figuras do povo de Israel do passado, como Moisés, Davi, Isaías e Jeremias.

III. NEM TODOS ACEITAM A MENSAGEM DO REINO (Mt 10.11-15)

1. A paz de Deus.
Os discípulos são recomendados a oferecer a paz de Cristo a “todas as ovelhas perdidas da casa de Israel” (v.6). No contexto, a casa considerada digna é aquela em que o proprietário recebe voluntariamente a oferta da paz por meio do Evangelho. Nesse caso, se convidado, o discípulo deveria entrar e se hospedar o tempo necessário para anunciar as Boas-Novas. Na cultura atual é difícil entender essa prática de se hospedar pessoas desconhecidas, mas na época de Jesus era algo bem comum. O fato de depender da boa vontade das pessoas para se hospedar de forma gratuita na casa de um desconhecido também exigia humildade dos discípulos, pois nem todas as pessoas têm essa propensão e se propõe a fazer isso. Por isso, a necessidade da ação do Espírito Santo na vida daqueles que realmente estão comprometidos com o Reino dos Céus.

2. Lidando com a rejeição.
Jesus orientou os discípulos mostrando que algumas pessoas iriam rejeitar o Evangelho e ignorá-los. O próprio Jesus era um exemplo de rejeição e submissão a situações de humilhação. Todavia, também era um exemplo a ser seguido, pois não desanimava diante dessas dificuldades e mantinha seu propósito de fazer a vontade de Deus. No versículo (v.14) aparece uma expressão que não é costumeira para a cultura contemporânea: “sacudi o pó dos vossos pés”. Tal declaração é uma forma de demonstrar que o proprietário da casa visitada, que rejeitou o Evangelho, é responsável pela sua atitude. Jesus estava preparando os discípulos para que eles aprendessem a lidar com as rejeições sem se magoarem e perderem o propósito, pois cada um é responsável pelas suas escolhas.

3. Não desanime diante da recusa das pessoas.
O crente não deve desanimar quando as pessoas rejeitarem a pregação do Evangelho. Quem rejeita hoje poderá aceitar amanhã, pois as pessoas mudam, as condições e as experiências também. Quem convence o homem do pecado, da justiça divina e do juízo é o Espírito Santo, a nós cabe somente anunciar o plano da salvação, orar pelos enfermos e os oprimidos do Diabo. Infelizmente, haverá pessoas que nunca aceitarão a mensagem da salvação. O discípulo que passa por uma experiência dessas, não deve achar que ele é o responsável pela recusa da pessoa. Não devemos nos preocupar, de forma demasiada, pelas decisões erradas das pessoas, pois o crente não pode mudar ninguém e nem impor às pessoas a salvação, mas oferecê-la gratuitamente e com amor.

Ponto Importante
A salvação é oferecida gratuitamente a todas as pessoas e não deve ser imposta. Cada pessoa é responsável pelas suas escolhas.


CONCLUSÃO

Nesta lição aprendemos que Jesus antes de comissionar seus discípulos para a missão evangelizadora, os capacitou. O Mestre outorgou poder aos discípulos para que estes fizessem os mesmos sinais que Ele fazia. No entanto, Jesus recomendou aos discípulos que não usassem esse poder em benefício próprio, mas sempre em favor do Reino. Aprendemos também que Jesus orientou os discípulos a alcançarem primeiramente as ovelhas perdidas da casa de Israel, mas Ele os advertiu de que nem todos aceitariam a mensagem do Reino, pois a responsabilidade da escolha é pessoal.



SUBSÍDIO
“Mateus 10.6”
‘As ovelhas perdidas da casa de Israel’, as ovelhas, as que estão perdidas, são mencionadas aqui pela primeira vez em Mateus. Jesus está expressando compaixão e não censura. John Bebgel comenta que Jesus diz ‘perdido’ e assemelhados mais frequentemente do que ‘desviado’ e assemelhados. ‘Se a nação judaica pudesse ser levada ao arrependimento o novo tempo despontaria’.

“Mateus 10.14”
‘Sacudi o pó dos vossos pés’. ‘Sacudir’, um gesto vigoroso de desfavor. Os judeus tinham preconceitos ardentes contra as menores partículas do pó pagão. A questão não era a existência de germes no pó. Tal fato não se conhecia na época. Os judeus consideravam que qualquer coisa relacionada aos gentios estava contaminada com a putrescência da morte. Se os apóstolos fossem maltratados, eles tinham de tratar os impiedosos donos da casa como se eles fossem gentios (cf. Mt 18.17; At 18.6) Essa instrução também era restrita a esta excursão, com seus perigos peculiares.
(ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & Marcos: À luz do Novo Testamento Grego. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2016, p.118).


Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 1º Trimestre de 2018 - Título: Seu Reino não terá fim — Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus - Comentarista: Natalino das Neves

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