Membros / Amigos

Conheça mais de nossas Postagens

Research - Digite uma palavra ou assunto e Pesquise aqui no Blog

Mostrando postagens com marcador Mulher fluxo de sangue. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mulher fluxo de sangue. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A cura da mulher que tinha um fluxo de sangue

“E disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude” Lc 8.46


Somente quem já experimentou alguma forma de preconceito sabe quão sofrido é viver sob a égide de algo que o marca, aos olhos dos outros, negativamente. Ser olhado não como um ser humano, digno de respeito, mas ser visto sempre a partir de alguma coisa que o rotula. Se você nunca enfrentou tal situação, talvez tenha dificuldade de entender como é terrível viver dessa forma. Talvez você tenha preconceitos e mesmo antes de entender de algo, sinta-se bloqueado e não queira se inteirar do tema. Tal postura não combina com quem ensina. Mesmo porque, há que se distinguir “aceitação” de “aprovação” (vide Orientação Pedagógica a seguir). Portanto, o educador deve entender de todas as coisas para que possa orientar aqueles que o Senhor lhe confiou para ensinar.

Orientação Pedagógica
O preconceito, tema transversal dessa lição, está muito em voga nos dias atuais. Inicie um bate-papo com a classe acerca do tema e verifique o que os alunos entendem por preconceito. Trata-se de um conceito que todos temos formado de algo antes mesmo de saber o que àquilo, de fato, significa. Analisando por esse aspecto, todos somos “preconceituosos”, pois temos uma visão preformada das coisas. Todavia, na acepção usual, preconceito é entendido como uma postura de não aceitação do outro tal como este se apresenta. Assim, muitas vezes, se afirma que o crente é preconceituoso, pois não aceita as pessoas como elas são. Neste caso, é imprescindível fazer uma distinção entre “aceitação” e “aprovação”. Devemos, como o Senhor, aceitar as pessoas como elas são, mas não necessariamente devemos concordar e aprovar as coisas que elas fazem.

Texto Bíblico - Marcos 5.25-34

A atitude ousada da mulher que tocou na orla das vestes de Jesus em circunstâncias extremamente desfavoráveis ensina-nos que devemos crer que Ele conhece nossas intenções.

INTRODUÇÃO

Esta e a próxima lição possuem uma peculiaridade, além do milagre, que as unem — ambas tratam de episódios cujas personagens envolvidas são mulheres. Numa cultura e tempo extremamente distintos de tudo que se conhece atualmente, a forma de o Senhor Jesus Cristo tratar a mulher é inequívoca. Como alguém que desenvolveria um ministério dinâmico e intenso, Jesus teve de abandonar sua atividade na carpintaria de Nazaré (Mc 6.3). Não é de forma alguma um dado sem importância que Lucas registre que o Senhor “andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus” e que, além de seu colégio apostólico, “iam com ele [...] também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas” (Lc 8.1-3).


I. UMA ATITUDE OUSADA DE ALGUÉM QUE PADECIA

1. Um sofrimento que já durava doze anos.
Como o leitor atento sabe, o contexto deste milagre está situado dentro de outro em que o Senhor devolve a vida à filha de um dos chefes da sinagoga, Jairo (Mc 5.21-24,35-43). Foi durante o trajeto para a casa deste homem que aconteceu de estar entre a multidão uma mulher que há doze anos padecia de uma hemorragia inestancável (v.25). Esta havia empregado todas as suas economias com a medicina da época, porém, não obtivera nenhum êxito, antes, seu estado de saúde tornara-se cada vez pior (v.26). Tal informação indica que além de padecer com a doença, esta mulher também havia empobrecido, tornando sua situação ainda mais grave.

2. Uma ousada atitude.
Se é fato de que havia entre a multidão muitos curiosos e até mesmo adversários do Senhor, o texto de Marcos informa que a mulher que muito sofrera nas mãos dos médicos, tendo ouvido falar de Jesus, e de como as pessoas enfermas e oprimidas obtinham libertação através dEle, veio com um propósito muito definido para vê-lo. Ela, diferentemente dos que esbarravam em Jesus de maneira desavisada, procurou de forma intencional, em meio à multidão e com todas as dificuldades, tocar ao menos no manto do Mestre (v.27). Devido à sua condição, de mulher e ainda hemorrágica, esta foi uma atitude ousada (Lv 15.19-33).

3. O porquê de a mulher ter tomado aquela atitude.
Ciente de que seria muito difícil aproximar-se do Mestre, a mulher já viera com o firme desejo de, ao menos tocar nas vestes do Senhor, pois diante de seu desespero pela enfermidade que a assolava há doze anos, ela então, depois de ouvir falar de Jesus, pensou: “Se tão somente tocar nas suas vestes, sararei” (v.28). Dois sentimentos a fez tomar aquela atitude — a necessidade de cura e a certeza de que seria curada. Mais à frente o evangelista relata, se em decorrência deste ato de fé da mulher não sabemos, que “onde quer que [Jesus] entrava, ou em cidade, ou em aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua veste, e todos os que lhe tocavam saravam” (Mc 6.56).


II. A VIRTUDE QUE “SAIU” DO SENHOR

1. A cura milagrosa.
Talvez mesmo sem conhecer a Palavra esta mulher tenha vivido a realidade esposada por Jesus quando este instruiu seus discípulos dizendo que se eles tivessem fé “como um grão de mostarda” poderiam dizer “a este monte: Passa daqui para acolá — e há de passar; e nada vos será impossível” (Mt 17.20). A fé que a movera a buscar o Senhor e tocar em suas vestes fez com que ela sentisse que instantaneamente havia estancado “a fonte do seu sangue”, isto é, ela “sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal” (v.29). Tal como ela pensara lhe sucedeu!

2. Jesus percebe que dEle “saíra” virtude.
Por sua vez, Jesus percebe claramente que dEle “saíra” virtude (v.30a), isto é, “força” ou “poder”. Tal virtude não lhe é apenas latente, mas evidente e conhecida dos escritores neotestamentários, pois ela não era um acessório, mas um instrumento a serviço do Pai no cumprimento do ministério terreno do Senhor (Lc 6.19). Ao discursar na casa de Cornélio, o apóstolo Pedro disse que Deus “ungiu Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude” e que por isso o Mestre “andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo” (At 10.38). O mesmo Lucas, referindo-se a Jesus, registra na narrativa paralela que trata da cura do paralítico de Cafarnaum, que “a virtude do Senhor estava com ele para curar” (Lc 5.17b). Portanto, a virtude que a mulher “extraíra” de Jesus, não se caracteriza como um ato reprovável, antes deve ser vista como a apropriação legítima de um poder que se encontrava à disposição dos que dele tinham uma clara e real necessidade.

3. Uma pergunta que “ninguém” entendeu.
À pergunta do Mestre “Quem tocou nas minhas vestes?” (v.30b), faltou sensibilidade e tato dos seus discípulos para entendê-la, pois eles observam que a multidão apertava o Senhor (como se Jesus fosse incapaz de perceber o quanto era comprimido) e admirados questionam como pode o Senhor querer saber quem o tocou (v.31). Evidentemente que a mulher, que ainda não havia se afastado suficientemente dali, ouvira o Senhor indagando e sabia que era a responsável por aquele toque. Ela transgredira a Lei e, desconhecendo a reação do Mestre, sabia o que isso poderia lhe causar (Lv 15.19-33).

III. A FÉ QUE SALVOU UMA MULHER MARGINALIZADA

1. Jesus “procura” a pessoa que o tocou com propósito.
Jesus procura fazer contato visual com a pessoa responsável por tocá-lo com fé e propósito (v.32). Em muitas outras ocasiões é perceptível que Ele conhecia os pensamentos e intenções das pessoas (Mc 2.6-8; Jo 6.64). Assim, a pergunta do Mestre “Quem tocou nas minhas vestes?”, não sinaliza um desconhecimento, antes figura como uma oportunidade de a mulher revelar-se publicamente, alcançando visibilidade e espaço. Dessa forma, Jesus a restituía socialmente. Na realidade, como se pode perceber, a “procura” de Jesus é parte do processo da cura completa que Ele queria dar-lhe.

2. A revelação e o temor.
O medo da mulher em revelar-se não era sem razão, pois ciente de sua condição, ela sabia que tudo em que tocasse, mesmo involuntariamente, ficaria impuro (Lv 15.19-33). Seu receio poderia advir não apenas de ter tocado em Jesus, mas de ter esbarrado nas pessoas e estas se revoltarem por terem ficado cerimonialmente impuras, já que certamente para se aproximar do Senhor que estava comprimido pela multidão, ela deve ter “tocado” em muita gente que, ao saber de sua condição, poderia voltar-se contra ela (v.27). Ainda assim, observa Marcos, ela “aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade” (v.33). Tal “confissão” fez toda a diferença, pois oportunizou a Jesus, como já foi dito, restituí-la radical e completamente.

3. A fé e a confirmação da cura.
A mulher que buscara a cura às escondidas, pelas razões já expostas e analisadas, agora tem a sua fé revelada publicamente e de forma explícita. Tal atitude do Senhor devolveu-lhe a dignidade perdida pelo estado de permanente impureza cerimonial e, não apenas isso, mas a fé que a moveu para ser curada transformou-se em “fé salvífica”, pois Jesus disse-lhe: “Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal” (v.34). Além de ter sua cura confirmada pelo Mestre, a mulher ainda obteve o maior bem que um ser humano pode alcançar de Deus: a salvação. Ainda que seu nome próprio não seja conhecido, o Senhor dirige-se a ela chamando-a de “filha”. A despedida desejando-lhe “paz” também não é algo meramente formal e protocolar, mas designa um estado de espírito bem como descreve sua situação espiritual diante de Deus (Rm 5.1,2). A mulher que antes se aproximara, “temendo e tremendo”, e que caíra aos pés do Senhor, levanta-se como uma nova mulher.


CONCLUSÃO

Entre outras coisas, a narrativa ensina-nos que é preciso ter um propósito. A mulher hemorrágica partiu em direção ao Mestre com um plano definido — “Se tão somente tocar nas suas vestes, sararei” (v.28) — ou seja, ela não saiu em dúvida ou com “curiosidade”, mas decidida.


SUBSÍDIO
“Uma Interrupção Patética (5.25-34). Entre os que apertavam Jesus (24), quando Ele caminhou para a casa de Jairo, havia uma certa mulher (25) que havia doze anos tinha um fluxo de sangue. A sua enfermidade tinha a mesma idade da criança que naquele momento estava ‘moribunda’ (23). Esta mulher, cujo nome não é mencionado, tinha procurado alívio com muitos médicos (26), mas isto de nada lhe serviu. O texto de Marcos é direto e não fornece muitos detalhes quanto aos médicos da época. A mulher havia padecido muito nas mãos deles, tinha despendido tudo quanto tinha, e estava cada vez pior. Lucas, o médico amado, de forma mais amigável com seus colegas de profissão, observa que a enfermidade não pudera ser curada (Lc 8.43).

A condição da mulher era patética — ‘supostamente uma hemorragia crônica, debilitante, embaraçosa... empobrecedora... desencorajadora’. Não é de surpreender que ouvindo falar de Jesus (27), cuja fama agora se espalhava enormemente, ela tivesse procurado a libertação através dele. Esperando ‘roubar um milagre’, ela veio por detrás de Jesus, em meio à multidão, e tocou na sua vestimenta.

A prática da cura normalmente tem sido associada com um toque. Nós já observamos como Jesus, ‘movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou’ um leproso para curá-lo (1.41)” (Comentário Bíblico Beacon. Mateus a Lucas. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2014, p.255).

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 3º Trimestre de 2018 - Título: Milagres de Jesus — A fé realizando o impossível - César Moisés Carvalho
Aqui eu Aprendi!

terça-feira, 6 de maio de 2014

A mulher do fluxo de sangue

"sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." Hebreus 11.6

Hoje vamos meditar sobre uma passagem Bíblica muito pesquisada: A mulher do fluxo de sangue.

Apesar do texto Bíblico fazer um paralelo narrativo entre dois episódios marcantes; um Chefe da Sinagoga e uma Mulher enferma, este estudo ficará voltado para o tópico temático que aborda o acontecimento miraculoso ocorrido com uma pessoa do sexo feminino e que seu nome não nos foi revelado.
Há algumas especulações, alguns estudos, sobre o assunto onde relatam que a moça, passando da fase de menina para a de mulher, estaria com 14 anos de idade quando, nesta historia, sua menstruação começou e "não parou", portanto com 26 anos de idade no ápice deste acontecimento, mas esta informação não encontrei respaldo Bíblico, então exponho apenas para que conheçam a informação que existe. Fiquemos e conservemos os relatos dos Evangelhos Sinóticos dos amados irmãos em Cristo, a saber, Mateus, Marcos e o Dr.Lucas.

Referencias Bíblicas
Este maravilhoso ato de Fé e Esperança se encontra no Evangelho do Senhor e Salvador Jesus Cristo conforme escreveu:

Mateus 9:19-22
19 E Jesus, levantando-se, seguiu-o, ele e os seus discípulos.
20 E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla do manto;
21 Porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar-lhe o manto, ficarei sã.
22 E Jesus, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã.

Marcos 5:25-34
25 E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue,
26 E que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior;
27 Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste.
28 Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei.
29 E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.
30 E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nas minhas vestes?
31 E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou?
32 E ele olhava em redor, para ver a que isto fizera.
33 Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.
34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal.

Lucas 8:43-48
43 E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada,
44 Chegando por detrás dele, tocou na orla do seu vestido, e logo estancou o fluxo do seu sangue.
45 E disse Jesus: Quem é que me tocou? E, negando todos, disse Pedro e os que estavam com ele: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou?
46 E disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude.
47 Então, vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se tremendo e, prostrando-se ante ele, declarou-lhe diante de todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como logo sarara.
48 E ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz.

Mas por que esta história consta nos três evangelhos?
Diria que: O propósito maior e precípuo é: Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão escritos neste livro; estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome." João 20 30-31

Tenha Fé! Acredite no milagre!
"a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem." Hebreus 11.1

O que sabemos desta mulher?
A história nos revela que ela tinha um "grave problema", não revela sua idade, seu nome, nem se era casada ou se tinha uma família, ou filhos, contudo nos dá uma clara informação: sofria a 12 anos com uma hemorragia; um fluxo de sangue continuo...

Estamos falando de uma época (Israel do Antigo Testamento) em que a mulher pelo simples fato de estar em seu período menstrual já a colocava em condição de separação e impureza. Neste caso em particular, já se tratava de uma hemorragia constante, uma perda excessiva  e considerada de sangue do organismo. Uma mulher com fluxo de sangue, pela Lei de Moisés era considerada imunda, era repudiada. Excluída da sociedade, afastada de sua casa, banida dos locais mais desejados, não poderia ir ao Templo ou participar das Festas!
Ela deveria ficar afastada!
Segundo a Lei, a cidade ou as aldeias deveriam ter um local reservado fora da cidade, um arraial cercado e separado para que as mulheres pudessem passar os dias do ciclo, distantes de familiares e parentes queridos até que sua imundície terminasse, esse arraial era conhecido como "arraial das impuras".

"Se uma mulher tiver um fluxo de sangue por muitos dias fora do tempo da sua impureza, ou quando tiver fluxo de sangue por mais tempo do que a sua impureza, por todos os dias do fluxo da sua imundícia será como nos dias da sua impureza; imunda será." Levítico 15.25
(isso também acontecia com os leprosos, "arraial dos impuros")

Toda mulher quando está passando as "regras" fica mais fraca, isso é normal pois com a eliminação do sangue e dos fluidos corporais o organismo enfraquece. Agora imaginemos uma mulher passando por este processo de uma forma continua, como estaria anêmica, fraca, com falta de suplemento de ferro, totalmente debilitada. Haviam mulheres que tinham suas "regras" normais, passando-se os 7 dias, cumprindo-se a Lei, voltaria a ter sua vida "normal", mas e esta personagem que a historia nos exibe? Como estaria o estado emotivo e psicológico desta jovem mulher, passando-se os dias, o mês, o ano e lá estava ela, sempre naquele "lugar reservado", fora da cidade. Essa "batalhadora" com seu grave problema, tanto que suas reservas financeiras foram totalmente utilizadas, ficava observando mês a mês, mulheres entrando e saindo dali, mas ela não, tinha que continuar aguardando sua cura permanecendo ali, isolada, angustiada, sofrendo calada, depressiva, sentindo falta de um abraço, de um elogio, de um amigo.

A Palavra nos revela através de Marcos e Lucas que ela tinha condições financeiras e as utilizou para tentativa de um eficaz tratamento mas, tudo em vão! A capacidade humana não tinha condições de curar, isso era uma cura sobrenatural, um particular com ela e Jesus.
Quantos de nós precisamos enxergar que só Jesus pode realizar o impossível, somente a potente mão do Senhor para nos conceder a Benção, mas muitos ainda colocam suas esperanças em carros e cavalos, esquecem de fazer menção do nome do Senhor. 

Pensava ela: - ah se eu pudesse sair daqui! Rever meus amigos! Ir ao Templo! Ter uma vida normal. 
São mais de 4 mil dias de espera, prisioneira na mesma situação!
O medo tomava conta do seu ser.
O que faria a multidão se encontrasse uma mulher imunda fora do seu local reservado? E se ela estivesse encostando, tocando nas pessoas? E se estivesse passeando livremente pela cidade?


Aquela mulher precisava deixar aquela humilhação, aquele desconforto. Certo dia com tantos acontecimentos na região, tantas notícias de milagres e curas, com tantas moças entrando e saindo do "arraial", de certo que a cada uma que passava por ali falava dos milagres e prodígios que Jesus de Nazaré estava realizando, de sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus (Rm 10.17). Sua Esperança era fortalecida. Sua confiança em Jesus crescia. Sua fé era alimentada. Mesmo sem conhecer o Mestre, seu ânimo em ouvir as Maravilhas que Ele estava realizando lhe dava nova força para viver e aguardar com paciência pelo Milagre! "Esperei com paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor." Salmo 40.1 Oh Aleluia!

Então, pensava consigo mesma: Vou conseguir! Preciso encontrar este homem, Jesus! Aqui poderíamos dizer que aconteceu a metanoia, a maravilhosa transformação.

Certo dia ela fica sabendo que, aquele homem oriundo da cidade de Nazaré estava passando pelas redondezas. Estava vindo para Cafarnaum. Oh glória! esta é a minha chance, diz a mulher!

Abro um parenteses: Tantos no arraial das drogas, tantos no arraial da prostituição, da enfermidade, da solidão, da depressão, ouçam, Jesus está passando perto de você, aproveite a oportunidade, tome uma atitude, se mexe!
Então você pensa: mas o que vão falar de mim? surge a vergonha, o medo.
Saiba de uma coisa caro leitor, Jesus quer transformar o teu ser, não tenha medo da mudança, do que possa acontecer... aceite este convite! "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei."  Mateus 11:28

Aquela mulher não teve medo, imaginem se ela fosse reconhecida por algumas das moças que já haviam passado pelo "arraial", de certo gritariam "imunda!, imunda!". Historiadores relatam que a multidão era de aproximadamente 30.000 pessoas, o alvoroço era grande, se alguém a notasse seria apedrejada até a morte.
E agora o que fazer? Pensou ela em seu coração: "Se tão somente tocar-lhe o manto, ficarei sã." Aqui temos Fé, Esperança e ação (atitude)!

A mulher não teve medo da multidão, sofreu o risco, o desejo de encontrar Jesus era maior. Os milagres que ela ouvira falar sobre o Mestre eram reais, as noticias de Seu poder a encorajou, Sua bondade lhe deu esperança.

A fé dessa mulher foi tremenda, enfrentar a multidão não é fácil! Tome o exemplo e faça o mesmo, tome coragem e se lance aos pés de Jesus, toque com fé no Senhor, acredite que Ele, somente Ele pode te ajudar!

"não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça."  Isaías 41.10

Ela não teve duvidas, partiu para a ação, levantou de seu lugar e saiu do "arraial das imundas".
Embora os riscos, e ciente que poderia ser pega, entrou no meio da multidão, se arrastou, enfrentou as dificuldades mesmo com pouca força, seguiu adiante mesmo com tantas barreiras (a multidão), mesmo com tantos empurrões (dificuldades) ela perseverou e conseguiu chegar até Jesus e tocar na orla de Sua roupa. No mesmo instante o fluxo de sangue, a hemorragia se estancou, cessou, estava curada!

"Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que façam para si franjas nas bordas das suas vestes, pelas suas gerações; e que ponham nas franjas das bordas um cordão azul.
Tê-lo-eis nas franjas, para que o vejais, e vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os observeis; e para que não vos deixeis arrastar à infidelidade pelo vosso coração ou pela vossa vista, como antes o fazíeis; para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os observeis, e sejais santos para com o vosso Deus." Números 15 38-40

Logo ao "agarrar" tocar com fé e receber o milagre, pensa em sair depressa para que ninguém a perceba mas o Mestre percebeu! pois do Senhor saiu virtude!
- Quem é que me tocou? foi a pergunta feita por Jesus.

Foi uma mulher sábia, não queria contrariar a Lei, nem o povo e pela fé agarrou firme na orla do manto. Este agarrar foi diferente! (saiu Virtude)
Sabemos que muitos o tocavam, e então Pedro responde: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou?
Jesus queria que a pessoa se identificasse, se mostrasse e confessasse a verdade.
Assim o fez a mulher, sim, aproximou-se temendo e tremendo, mas ciente do que lhe havia acontecido, falou a verdade. Mostrou a todos a sua confiança em Jesus.
Aqui ocorreu a Libertação da vergonha! Todos ficaram sabendo do milagre!

"Mas, antes que viesse a fé (Jesus), estávamos guardados debaixo da lei, encerrados para aquela fé que se havia de revelar."  Gálatas 3:23

Então Jesus lhe traz Paz e refrigério ao dizer: "Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal."  Marcos 5.34

"Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento."  Provérbios 3.5

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus"  Efésios 2:8

Faça com que Jesus perceba o seu toque.
Rompa as barreiras e pela fé toque em Jesus.
Ele quer te dar vida em abundancia.
Aleluia!
Deus te abençoe!
Aqui eu Aprendi!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...