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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Nossa Esperança na Vinda do Senhor

“Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios” 1Ts 5.6

“A Trombeta de Deus ressoará
Que instante abençoado! Nos dias do Antigo Testamento, Deus determinara que se fizessem duas trombetas de prata, que seriam usadas tanto para reunir o povo como para alertá-lo para a partida (Nm 10.1-7). Naquele dia tocará do céu a trombeta de Deus, como sinal de que devemos partir daqui, deste mundo, e reunir-nos em glória celestial! Essa trombeta de Deus não faz parte de nenhuma das sete trombetas do juízo, que serão tocadas no tempo dos três ‘ais’ (Ap 8.13; 11.15). Ela é uma trombeta de bênção, cujo som convocará a Noiva de Jesus para a festa eterna no céu.

Os mortos ressuscitarão primeiro
Aqui chegamos a um dos maiores milagres do universo — a ressurreição. Para os materialistas e ateus, a ressurreição é uma fantasia. Não creem por não encontrarem explicação para tal maravilha. Porém, a salvação não se baseia, efetivamente, na compreensão do homem natural, mas na fé. E por meio da fé compreendemos essas verdades gloriosas. A ressurreição significa que o homem morto tornará a existir e a viver fisicamente por meio de uma nova união entre o espírito e o corpo que foram separados no momento da morte. Para os que morreram em Cristo esse milagre se realizará no dia da vinda de Jesus (BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 13ª Edições. RJ: CPAD, 2013. pp.320,321).

Deus é responsável pela criação e consumação de todas as coisas em Cristo Jesus.

A escatologia discutida por Paulo em 1 Tessalonicenses tem suas peculiaridades, mesmo se comparada com a abordagem que o apóstolo promove em 2 Tessalonicenses. O pragmatismo atual que envolve a fé cristã de muitas pessoas é o único objeto de busca para alguns indivíduos A aridez da questão (com suas imagens apocalípticas, figuras fantásticas e eventos extraordinários) tende, em alguns casos, a tornar o debate escatológico distante do interesse dos jovens. Apesar destes desafios lembre-se: Você é a pessoa que Deus usará para abençoar esse grupo de jovens. O Senhor é contigo!

Texto Bíblico - 1 Tessalonicenses 4.13-18; 5.1-6

INTRODUÇÃO

Para a maior parte dos intérpretes, o debate a respeito das últimas coisas é uma temática tão importante na relação de Paulo com os tessalonicenses que pode, inclusive, servir de chave de leitura para uma compreensão integrada das duas epístolas. Mais importante do que determo-nos em intermináveis discussões sobre nuances ou detalhes escatológicos que resvalam deste texto de 1 Tessalonicenses, será refletir a respeito do contexto geral que fomenta tal discussão.

O amoroso cuidado pastoral de Paulo leva-o a explicar aos crentes em Tessalônica algumas verdades espirituais primárias, mas que estes, por imaturidade ou por falta de um ensino mais sistemático, ainda não haviam assimilado.

De forma análoga, é de extrema importância questionarmo-nos sobre a imperativa exigência de discussão deste tema na sociedade contemporânea. Em tempos de conhecimento instantâneo, transformações sociais diárias e economia extremamente volátil, ainda faz sentido falar de eternidade?

I. OS TRÊS OBJETIVOS DOS ESCLARECIMENTOS ESCATOLÓGICOS

1. Evitar os perigos da falta de profundidade bíblica.
O receio de Paulo para com os tessalonicenses era o de que a falta de uma compreensão mais profunda dos pilares da fé — dentre os quais estava, por exemplo, a crença na ressurreição de Jesus — levasse este grupo de novos irmãos a uma fé ignorante, e por isso mesmo, adoecida. Não somos chamados para permanecer em níveis elementares da fé (Hb 5.13,14); a metáfora bíblica diz-nos que a história de nossa fé é semelhante à corrida de um maratonista (1Co 9.24; 2Tm 4.7), por isso, é necessário sabedoria para não “morrer no meio do caminho”, mas antes, completarmos a carreira. Como um atencioso mestre, o apóstolo refletirá com seus amigos a respeito das questões básicas, mas imprescindíveis para o estabelecimento de uma vida cristã saudável, livre das fábulas e mitos das tradições religiosas.

2. Impedir qualquer entristecimento desnecessário.
A imaturidade da fé dos tessalonicenses poderia desembocar num problema maior: abandono da fé (Gl 1.6-9). A compreensão errônea de princípios bíblicos sempre tem repercussões negativas, comunitárias e pessoais. Percebemos pelo texto que o apóstolo apressou-se em responder as indagações dos irmãos para que assim se evitasse um esfriamento da fé daqueles irmãos. E isto é bastante perigoso, especialmente quando ocorre entre novos convertidos que, muitas vezes, não têm ainda suas convicções bem firmadas. Deixar de enfrentar tristezas de modo absoluto parece impossível, no entanto, existem determinados problemas e angústias que podemos fugir, e este era o caso entre aqueles novos irmãos.

3. Encher os tessalonicenses de esperança e consolo.
Algo inquietava os crentes de Tessalônica, tirava-lhes o sono e a harmonia interna da comunidade. Ao falar a respeito de questões pertinentes àquele contexto social, Paulo demonstra seu cuidado pastoral, que se manifesta no zelo pelo crescimento espiritual daquela Igreja. Do que adianta um sermão bem estruturado se o seu conteúdo não é compreendido pelo público? Qual a relevância de uma profunda discussão sobre elementos secundários da doutrina cristã se o essencial ainda não foi assimilado pela comunidade? Mais uma vez aprendemos com Paulo um importante princípio cristão: o importante em um sermão não é demonstrar o quanto se tem de conhecimento, e sim, falar com clareza e pertinência aquilo que produz crescimento às pessoas. Produzir esperança e consolo (1Ts 4.13,18), ou como o apóstolo fala em contexto semelhante — consolar, exortar e edificar (1Co 14.3) — este deve ser o cerne de toda pregação.

Pense!
Não podemos desprezar o estudo sistemático da Palavra de Deus.

Ponto Importante
Para o cristão, compreender os fundamentos básicos da fé significa sobrevivência espiritual.

II. VERDADES RELACIONADAS À VINDA DO SENHOR

1. A certeza da ressurreição gloriosa dos santos.
Temos plena convicção que aqueles que morreram em Cristo serão triunfalmente ressuscitados para satisfação e alegria eterna, pois assim como aconteceu com Jesus de Nazaré também acontecerá com todos aqueles que nEle creem (1Ts 4.14). Por isso, não há espaço para nenhuma crença aniquilacionista. Não só haverá vida após a morte, como a ressurreição dos santos será para felicidade e paz. O poder da maldade é parcial e transitório, a glória de Cristo é eterna e absoluta.

2. A certeza da vinda do Senhor exige vigilância.
Não é porque temos a certeza do retorno de Jesus para nos buscar, e com isso a convicção de nosso estado de eterna alegria com o Pai, que devemos viver de modo negligente (1Ts 5.4-6). Pelo contrário, tal revelação exige de nós comprometimento absoluto com o Reino de Deus. Não é possível vivermos com o coração dividido entre dois tipos de desejos contrários, ou com a alma cindida tentando servir ao Senhor e às trevas; é necessária a tomada de decisão. Aqueles que não conhecem a Cristo temem o fim de todas as coisas, apavoram-se ao pensar sobre o dia glorioso do Senhor. Estes, porém são os que desperdiçam suas vidas no pecado e por isso temem apresentarem-se diante do Criador. Nosso sentimento deve ser exatamente o inverso, ansiar o retorno de Jesus (Ap 22.20), com a convicção de que nos encontraremos com Deus; este será o melhor momento de nossas vidas. Por isso, vigiai! (Lc 21.36)

3. Este será um ato reivindicatório de Deus.
A palavra usada no versículo 17 para descrever a ação promovida por Cristo com relação aos que estiverem vivos quando de sua vinda literalmente significa “tomar com força”, “arrebatar com rapidez”, “reivindicar para si”. Deste modo, nosso encontro com o Senhor será resultado de uma decisão exclusiva de Deus, que, por ter autoridade e poder para isso, arrancará — sem qualquer preocupação com explicações a terceiros — aqueles que lhe pertencem. Somos possessão do Senhor, estamos neste mundo como peregrinos e forasteiros, aguardando apenas o exato momento de nosso regresso à morada eterna. Mais uma vez ratifica-se que nossa salvação não é um ato cuja origem deriva de nós, é na verdade um ato gracioso do Pai.

Pense!
A ressurreição é uma crença tão central para o Cristianismo que, como afirmou Paulo, se este fato não for verdadeiro nada mais terá sentido para nós.

Ponto Importante
A discussão de questões sobre o fim de todas as coisas produz medo e temor em muitos. Os justos não devem temer nada, aqueles que estão ainda no pecado há tempo para arrependimento.

III. OS JOVENS DE HOJE PRECISAM PENSAR SOBRE AS ÚLTIMAS COISAS?

1. A urgência de um despertamento.
Assim como Paulo exorta à jovem igreja de Tessalônica a vigiar e estar atenta quanto aos acontecimentos que precedem a vinda do Senhor (1Ts 5.6); a juventude de nossos dias também precisa ser sacudida com esta verdade que para alguns é inconveniente: tudo vai passar! Sim, é necessário demonstrar aos jovens desta geração que a força deles passa, assim como sua beleza, e que a própria juventude é “vaidade”, ou seja, efêmera, passageira (Ec 11.10). A ilusão da juventude eterna — que se propaga em nossa sociedade por meio da cultura das cirurgias estéticas e de um estilo de vida completamente irresponsável — precisa ser desfeita. As pessoas precisam reconhecer a presença de Deus em cada fase da vida, e assim, experimentar o melhor do Senhor sempre. Não há mais tempo a perder.

2. Superando o imediatismo.
O anúncio da vinda iminente do Senhor como um processo lento, aos nossos olhos, mas irreversível na história, a declaração do fim de todas as coisas e a comunicação do estabelecimento do Reino Eterno do Pai, são formas de estabelecer padrões temporais bem diferentes daqueles que a sociedade vive hoje. Em tempos de comunicações on line, de comidas fast-food e de relacionamentos líquidos (que de tão provisórios poderiam ser até mesmo chamados de gaseificos), falar de valores eternos parece uma piada, mas é sobre isso que nossos contemporâneos precisam ouvir. O imediatismo do cotidiano precisa se render ao plano de Deus que, a seu tempo, estabelece seus propósitos e desígnios (Lc 21.19; 2Pe 3.8). A pregação sobre as últimas coisas tem o poder de despertar o ouvinte para um modelo de temporalidade que se concentra no estabelecimento correto de um processo, e não, apenas, em um resultado prematuramente obtido.

3. Anunciando que há um Senhor na história da humanidade.
A urgência da pregação escatológica está intimamente associada à constante necessidade de declararmos a este mundo que não vivemos num turbilhão de caos, e sim, que há um Deus que de maneira amorosa traçou as linhas mestras da história humana. Anunciar o fim implica dizer que há um Senhor no universo o qual, sendo responsável pela criação de todas as coisas, também estabeleceu um fim para elas. Por meio de seu cuidado, o Pai tem gestado na história o resultado de seu plano eterno, mesmo diante das oposições das trevas e da fragilidade humana, de tal modo que o fim, que já deve ser anunciado, aponta para o estabelecimento integral do Reino de Deus. Desta maneira, apregoar o fim é, também, apontar para a causa última do universo: Deus (Sl 74.12-17).


CONCLUSÃO

A vinda de Jesus deve ser um fato presente no horizonte existencial de cada cristão. Não somos chamados para permanecer aqui eternamente, antes, nossa pátria é do alto, nossa saudade é por aquilo que ainda não vimos. Somente por meio de uma fé genuína conseguimos permanecer íntegros quanto à disposição de nosso coração de acreditar que o arrebatamento é uma realidade.


“A precedência dos ressuscitados. ‘Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro’ (1Ts 4.15,16). É a precedência honrosa que Deus concederá aos ‘que morreram em Cristo’. Serão arrebatados primeiro, ainda que num ‘abrir e fechar de olhos’. Na ressurreição, o corpo dos salvos, ainda que transformados em pó, carbonizados ou comidos por peixes ou feras, serão trazidos à existência pelo poder de Deus, pela energia criadora de sua palavra: ‘[.] a saber, Deus, o qual vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se já fossem’ (Rm 4.17). A ressurreição dos salvos para serem arrebatados é a vitória sobre a morte, ‘o último inimigo’ a ser aniquilado (1Co 15.26). A segunda ressurreição será para os ímpios, após o Milênio (Ap 20.5)” (LIMA, Elinaldo Renovato. O Final de Todas as Coisas. Esperança e glória para os salvos. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015. p.55).

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 2º Trimestre de 2018 - Título: A Igreja do Arrebatamento — O padrão dos Tessalonicenses para estes últimos dias - Comentarista: Thiago Brazil

Aqui eu Aprendi!

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

O Tempo está próximo

O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia [...]” 2Pe 3.9

Caríssimo professor, chegamos ao final do trimestre! Estou certo de que a sensação é a de dever cumprido. Espero, sinceramente, que a interação da qual desfrutamos por meio desta seção tenha abençoado o seu ministério de alguma forma. Vem aí um novo desafio! Que Deus o fortaleça e que seu ministério seja coroado com muitos frutos! “Ensinar pode, às vezes, parecer a tarefa mais difícil do mundo. Há tanto para fazer e tão pouco tempo para realizar e antes que você perceba já é hora de se preparar para o próximo ano. Apóie-se no fato de que você tem o apoio de um Professor divino que lhe ensinará todas as coisas e lhe lembrará o quanto você é amado” (Graça Diária para Professores, CPAD, 2011, p.83).

TEXTO BÍBLICO - 1 Tessalonicenses 4.16-18

16 — Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; 17 — depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 18 — Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

INTRODUÇÃO

Muitos questionam por que Deus não aparece logo na história e destrói, com isso, todo o materialismo e desobediência. A resposta que alguns apologistas dão é que, assim como o diretor de uma peça teatral aparece depois do último ato, quando as cortinas se fecham, assim Deus somente mostrará sua face ao mundo quando o espetáculo da vida chegar ao fim.

I. A VOLTA SÚBITA DE JESUS CRISTO

1. Uma verdade essencial.
Diante de um mundo pós-moderno, afetado pelo liberalismo teológico, não é incomum encontrar interpretações equivocadas sobre a segunda vinda de Jesus, como acontecia no Século I.
Essa verdade doutrinária, porém, constitui-se no ponto culminante da história da Igreja, mencionada pelos profetas, por Jesus e por todos os apóstolos do Senhor. Com essa verdade, fica claro que a história não está à deriva, mas Deus está no controle de tudo e, com isso, começará a invasão final neste mundo natural, como parte da retomada definitiva do Reino.

2. O tempo se abrevia.
A vinda do tempo de Deus para esta geração não tarda. As profecias bíblicas indicam que Ele certamente virá e não tardará (Hc 2.3; Hb 10.37). Paulo, pelo Espírito, disse que “o tempo se abrevia” (1Co 7.29), a mesma ideia trazida por Jesus, em relação ao tempo do fim (Mt 24.22). Essa é uma grande esperança para os cristãos, que o Senhor retorne logo para buscar sua Noiva, pois este mundo está indo de mal a pior.

3. Uma invasão aguardada.
A essa invasão divina chamada “Arrebatamento da Igreja”, Paulo diz: “aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13). O momento da chegada do Noivo é aguardado com toda a expectativa, da mesma forma que havia expectação para o encontro entre Isaque e Rebeca (Gn 24) — uma bela alegoria. Aliás, foi essa a grande promessa esperada pelos heróis da fé no Antigo Testamento. Por isso, no Arrebatamento, eles ressuscitarão primeiro (1Ts 4.16).

Está escrito que até mesmo a criação está em “ardente expectação”, aguardando a sua redenção (Rm 8.19,23). Inequivocamente, o mais afetuoso desejo dos cristãos é a vinda do Senhor, a qual deve ser o maior consolo da Igreja. Diante desse justo anelo, o Senhor prometeu: “[...] Certamente, cedo venho [...]” (Ap 22.20).

Paulo, pelo Espírito, disse que “o tempo se abrevia” (1Co 7.29). E essa foi a mesma ideia trazida por Jesus, em relação ao tempo do fim. O Noivo está às portas!


II. SINAIS QUE PRECEDEM A VOLTA DE JESUS

1. A convulsão da natureza.
Aquilo que se deu na natureza enquanto Jesus estava na cruz acontecerá, em grande escala, neste tempo, como princípio de dores. Assim como durante o drama do Calvário “ao meio-dia começou a escurecer, e toda a terra ficou três horas na escuridão [... ]. A terra tremeu, e as rochas se partiram” (Mt 27.45,51b — NTLH), também no fim dos tempos haverá convulsão da natureza, em maiores proporções.

Jesus falou sobre isso no sermão profético, alertando que, antes de sua vinda, sobreviriam fomes, pestes e terremotos, em vários lugares (Mt 24.7). Isso denota a abrangência do juízo que pairaria sobre a humanidade. Nos últimos anos, a revolta da Natureza causou grande destruição. Estudos especializados demonstram que o número de terremotos no Século XX foi superior ao total de terremotos acontecidos em todos os tempos e que, somente entre 2000 e 2010, aconteceram mais de 200 mil terremotos na Terra. Por causa dos terremotos que aconteceram na Indonésia (2004), Haiti (2010), Japão (2011) e Nepal (2015) aproximadamente 500 mil pessoas foram mortas.

Por outro lado, segundo agências da ONU, em 2015, 795 milhões de pessoas passaram fome no mundo. Nos últimos 25 anos, o número de países africanos que enfrentam crises alimentares duplicou. Com relação às pestes, elas, ao longo da história, já vitimaram mais pessoas que todas as guerras juntas. Nos séculos XX e XXI inúmeras foram as epidemias que atingiram o mundo: gripe aviária, gripe suína, ebola, aids, dengue, zika... E os cientistas avisam: as próximas epidemias podem ser com “supervírus”. O mundo está sendo preparado para o início do grande dia do Senhor. Estes são o princípio de dores.

2. Aumento da rebelião.
Uma das características dos dias que antecedem a volta de Jesus é o aumento das rebeliões. Jesus mencionou “guerras, rumores de guerras, nação contra nação e reino contra reino” (Mt 24.6,7), o que demonstra uma crescente rebelião nas pessoas. Em 2014, pesquisa realizada entre 162 países demonstrou que somente onze não estavam envolvidos em guerras.

A Bíblia também menciona que essa rebelião alcançaria as pessoas individualmente, pois esse tempo trabalhoso seria marcado pela apostasia da fé, bem como pelo egoísmo, traições, desobediência aos pais,etc. Porventura não é isso que se vê cotidianamente? Os homens em rebelião contra o Altíssimo, e em profundo desamor, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos?

Hoje foram inventadas novas formas de pecar, que não existiam no passado. O homem se tornou, em regra, menos sensível e mais perverso. A violência familiar e social cresceu de maneira vertiginosa. É o fim dos tempos.

3. Tensões generalizadas.
Nesta época, o conflito cósmico alcançou uma tensão nunca vista antes, porque “o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo” (Ap 12.12). Por tal razão, Jesus previu o aumento da atividade diabólica, com o aparecimento de falsos cristos e falsos profetas (Mt 24.5,11) e perseguições aos crentes (Mt 24.9).

A lista dos falsos cristos e falsos profetas é grande, e não para de crescer. Somente nos últimos tempos, pessoas como Vissarion (Rússia), David Shayler (Inglaterra), Ernest L. Norman (EUA), Jim Jones (Guiana), Shoko Asahara (Japão), Marshall Applewhite (EUA), José Luís de Jesus Miranda (EUA) dentre muitos outros, intitularam-se Cristo ou seu profeta.

De outro lado, no Oriente Médio, em 1910, cerca de 13,6% da população era cristã, mas em 2010, esse percentual caiu para 4,3%, diante da ferrenha perseguição. Muitos têm sido mortos, fugiram, ou mesmo foram forçados a renegar à fé. Recentemente, alguns grupos terroristas têm assassinado cristãos e publicado o feito nas redes sociais. Satã está ativo no planeta Terra. A Igreja precisa despertar, pois o Noivo está às portas.

O conflito cósmico alcançou uma tensão nunca vista antes, porque “o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo” (Ap 12.12).

III. UM DIA GLORIOSO PARA OS REMIDOS

1. Vitória sobre a morte.
A morte, o mais impiedoso e, ao mesmo tempo, justo e benevolente evento deste lado da vida, tem assombrado os homens desde o início. Ela é impiedosa porque não retroage em face de súplicas, é justa porque retribui corretamente o pecado e é benevolente por evitar que o mal do pecado dure em nós para sempre. Se não fosse a morte, como dizia C.S. Lewis, o pecado “transformaria” os homens em demônios. O fato é que, mesmo diante de tudo isso, ninguém aceita a morte, porque Deus colocou no coração do homem o “anseio pela eternidade” (Ec 3.11 — NVI).

No dia do Arrebatamento da Igreja, porém, o corpo físico, sujeito a doenças e à morte, será transformado em corpo glorioso para, só assim, poder se relacionar, na dimensão do Céu, com o Senhor. Essa será a chancela da vitória sobre a morte (1Co 15.54).

2. Cerimônia festiva.
O momento posterior ao Arrebatamento será marcado por grande alegria. A Igreja encontrará Alguém que almejava há muito tempo. Está escrito, em linguagem amorosa e poética, o sentimento desse encontro (Ct 2.9-12). Não há palavras mais sensíveis para descrever um encontro amoroso, que não se concretizara antes pelo impedimento das “grades” da corruptibilidade, as quais, naquele instante, já não existem. Será um eterno dia de primavera.

3. Para sempre com o Senhor.
O desejo de Jesus em estar perto de sua igreja todos os dias e para todo o sempre será cumprido no dia do arrebatamento, pois a partir dali “estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4.17). Cada cristão deve lutar arduamente para, naquele dia eterno, todos estarmos ali com Ele, em santo gozo e adoração. Maranata. Ora vem Senhor Jesus!

Palavras não conseguem descreveras emoções da Igreja quando entrar no Céu com Jesus, mas, sem dúvida, será inexprimível a alegria daquele eterno dia de primavera.


CONCLUSÃO

Essa incursão que o Senhor fará sobre a humanidade, embora não seja final e definitiva, será muito importante, pois culminará com o fim dos sofrimentos da Igreja, aquela que anunciou a cosmovisão do Evangelho, cumprindo seu mandato cultural e vivendo a contracultura do Reino. “Porque está perto o dia, sim, está perto o dia do Senhor, dia nublado; o tempo dos gentios ele será” (Ez 30.3).


Fonte: Lições Bíblicas CPAD Adultos - 3º Trimestre de 2017 - Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Livro de Apoio - Comentarista: Esequias Soares
Revista Adultos 3ºTrim.2017 - A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista: Esequias Soares
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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A Segunda Volta de Cristo

Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” Mt 24.27

A Segunda Vinda de Cristo

Prezado professor, prezada professora, as Escrituras revelam um Deus de esperança. A manifestação do reino eterno de Deus é o desfecho da esperança dos seus filhos, a conclusão de toda a espera de um Reino de paz, de amor e de justiça sem fim (Mt 25.31-40). Para os que têm a certeza da salvação, uma mensagem de esperança e alegria; para quem despertar sem esperança, uma tragédia eterna (Mt 25.41-46). Nesse sentido, essa esperança se desdobrará em dois momentos.

O Arrebatamento da Igreja
Na primeira fase, o nosso Senhor virá somente para sua Igreja. É o Arrebatamento! Refere-se ao “encontro do Senhor”, o rapto da Igreja. Esta primeira fase da vinda do Senhor será visível à Igreja, mas invisível ao mundo. O apóstolo Paulo nos diz em sua primeira epístola aos Tessalonicenses que, em primeiro lugar, os crentes que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, depois os crentes que estiverem vivos serão arrebatados juntamente com os crentes que morreram e foram ressuscitados em Cristo. Esse encontro com Jesus Cristo se dará nos termos da sua ascensão aos céus, relatada em Atos 1, isto é, nas nuvens (1Ts 4.13-18). Uma esperança gloriosa! Estaremos para sempre com o nosso Senhor, Redentor e Salvador!

A Segunda Vinda de Cristo
Após o Arrebatamento, dizem os estudiosos, virá um tempo de muita confusão na Terra: a Grande Tribulação. Por acaso você ouviu ou conhece essa expressão? A Grande Tribulação marca um tempo de juízo de Deus para as pessoas que não atenderam a chamada do Criador para se arrependerem (Ap 6—8) — a Igreja que foi arrebatada pelo Senhor não passará pela Grande Tribulação. Nesse tempo se levantará um homem poderoso, inteligente e um ditador mundial. Ele é o homem do pecado e o filho da perdição (2Ts 2.3).
No momento de tão grande aflição proporcionada pela ação do Anticristo; mas juntamente com Igreja que fora anteriormente arrebata, Jesus Cristo intervirá no mundo para destruir o Anticristo (Ap 19.14), fazer cessar a guerra sem proporção na história do mundo e estabelecer um reino de paz universal, o Milênio.

A Segunda Vinda de Jesus será visível, pois Ele se manifestará ao mundo todo. Todas as línguas, tribos e nações confessarão que Ele é o Senhor (Fp 2.9-11). O Senhor Jesus virá como o Juiz de toda terra!

Todo crente que conhece o Evangelho de Jesus espera se encontrar com o seu Senhor. Que haja no coração de nossos alunos esse mesmo sentimento! revista Ensinador Cristão nº71

A Segunda Vinda de Cristo será em duas fases distintas: primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja; segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada.

TEXTO BÍBLICO:  1 Tessalonicenses 4.13-18;  Lucas 21.25-27

A vinda do Senhor é uma promessa feita pelo próprio Senhor Jesus. É uma promessa de esperança para todos os que creem. Por isso, a Palavra de Deus nos exorta a viver como se Cristo voltasse a qualquer momento. A iminência da volta do Senhor traz ao crente uma consciência de vivermos uma vida mais santa, de maior seriedade com a evangelização dos não-crentes e desejo de estar mais perto do Senhor.

INTRODUÇÃO

A Bíblia mostra a segunda vinda de Cristo em duas fases: a primeira é o arrebatamento da Igreja, e a segunda é a sua vinda em glória. Entre esses dois eventos, haverá na terra a Grande Tribulação, o julgamento divino sobre todos os moradores do mundo e no céu o Tribunal de Cristo seguido das Bodas do Cordeiro. O nosso enfoque aqui é a fundamentação bíblica desses eventos. Mas o tema escatológico não se esgota com o que trataremos e a sua continuação se dará na próxima lição.


  • Fonte de predição. Não há outra fonte de predições verdadeiras a não ser a Bíblia Sagrada, por meio da qual Deus nos diz tudo o que precisamos saber sobre os eventos do porvir. Ela é a única fonte confiável. Esses eventos são uma série de acontecimentos do epílogo da história humana que envolve o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.16,17), a Vinda de Jesus em glória (Mt 24.30; Ap 1.7), o Juízo de Deus sobre a terra no fim dos tempos (Mt 24.21), o Futuro glorioso de Israel (Is 62.2,3) e o Reino Milenar de Cristo (Is 9.7; 11.10). São acontecimentos anunciados desde o princípio do mundo, desde Enoque (Jd 14) até o apóstolo João, o último dos apóstolos, no livro de Apocalipse.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
Além dos termos bíblicos serem importantes para o estudo da segunda vinda de Cristo, outros termos, de cunho teológicos, são também de suma importância ao professor dominá-los. Veja abaixo:



Escatologia é a doutrina das últimas coisas.

O termo vem de dois vocábulos gregos: éskhatos, “último”, e logos, “palavra, tratado, estudo”. A segunda vinda de Cristo é parte da escatologia, uma doutrina da teologia de fundamental importância na vida cristã porque envolve a esperança dos crentes em Jesus. O assunto envolve os sinais que precederão a vinda de Cristo, o próprio evento em si, a ressurreição dos mortos, o juízo divino sobre as nações incrédulas, o destino glorioso dos crentes e a recompensa dos infiéis.

Todas as profecias do Antigo Testamento concernentes à vida do Messias se cumpriram cabalmente em Jesus (Lc 24.44). Os profetas anunciaram também de antemão o destino de Israel e dos grandes impérios da Antiguidade, como Assíria, Babilônia, Grécia, Roma; tais oráculos se cumpriram no passado, e outros se cumprem na atualidade. A história é testemunha disso. Os fatos estão aí à disposição de todos. Os eventos do porvir elencados na doutrina escatológica são a consumação da história humana. O livro de Apocalipse é a revelação do epílogo da história da humanidade. O cumprimento das profecias bíblicas na Antiguidade e ao longo da história é igualmente a garantia do cumprimento das coisas futuras.


  • O destino dos impérios da antiguidade. As profecias sobre os impérios antigos, como a queda da Babilônia para nunca mais se erguer no cenário mundial (Is 13.19,20) e ascensão e queda dos impérios medo-persa, grego e romano nos capítulos 7 e 8 de Daniel, entre outros profetas, se cumpriram, e a própria História confirma esses fatos. As profecias messiânicas se cumpriram com abundâncias de detalhes, como o nascimento do Messias de uma virgem, na cidade de Belém, seu julgamento diante de Pôncio Pilatos, sua morte, sua ressurreição e a ascensão ao céu, entre outros.
  • Sobre as Diásporas Judaicas. As profecias apontam, de antemão, as duas dispersões do povo judeu e as suas respectivas restaurações. A primeira Diáspora (Jr 16.13) e seu retorno (Ed 1.1-3); a segunda Diáspora, anunciada pelo próprio Senhor Jesus Cristo: “E cairão a fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem” (Lc 21.24), com o seu respectivo retorno depois de mais de 18 séculos à terra de seus antepassados, tal como fora anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, como Jeremias (Jr 31.17), Ezequiel (Ez 11.17; 36.24; 37.21), Amós (Am 9.14,15) e Zacarias (Zc 8.7,8).

SINAIS QUE PRECEDERÃO A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

Nenhum dos seres humanos nem mesmo os anjos têm conhecimento da data da vinda de Cristo. Mas o Senhor Jesus deixou sinais claros e evidentes, positivos e negativos que nos mostram que esse evento está próximo. O Senhor Jesus chama nossa atenção para a Israel na parábola da figueira: “Olhai para a figueira e para todas as árvores. Quando já começam a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão. Assim também vós, quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto” (Lc 21.29-31). A “figueira” é Israel (Jr 8.13; Os 9.10; Jl 1.7) e as outras “árvores” são uma referência às outras nações. A restauração da nação de Israel dar-se-á em duas etapas, conforme as profecias bíblicas. A restauração nacional de Israel como nação autônoma já aconteceu desde 29 de novembro de 1947, quando a primeira assembleia geral das Nações Unidas aprovou a criação de um estado judeu em Éretz Israel. Muitas profecias bíblicas se cumpriram, entre elas Amós 9.14-15 e Ezequiel 36.24; 37.21. O renascimento do Estado de Israel é um sinal evidente de que vinda de Jesus está próxima.

Os sinais positivos são diversos, entre eles a agitação mundial e o avanço da ciência (Dn 12.4), e a efusão do Espírito Santo como nunca depois do dia de Pentecostes. Os pentecostais juntamente com os neopentecostais já são o segundo maior grupo cristão. A palavra profética anuncia esse acontecimento para os últimos dias (Jo 2.28-32; At 2.16-21). A obra da evangelização mundial é um fenômeno cada vez mais crescente na atualidade. Nunca houve na história da igreja um despertamento como vem acontecendo nestes últimos dias (Mt 24.14). É bom lembrar que, com os recursos dos meios de comunicação da atualidade, principalmente a Internet, é possível se evangelizar o mundo em questão de horas. Portanto, ninguém deve dormir nem se acomodar, pois o arrebatamento da igreja pode ocorrer a qualquer momento.

Os sinais negativos são ainda mais visíveis, como o aparecimento de falsos cristos e falsos profetas (Mt 24.5, 11). É verdade que muitos falsos cristos se já levantaram ao longo da história do cristianismo. À medida que a vinda de Cristo se aproxima, o número deles vai aumentando. A quantidade é alarmante. É praticamente impossível apresentar uma lista completa deles. Alguns servirão de exemplos: David Koresh, da Califórnia, sobre o qual a imprensa internacional noticiou recentemente, dizia ser o Cristo e fez vários adeptos. O reverendo Moon também declarou-se ser o Cristo e teve muitos adeptos. Em Curitiba, Inri Cristo declara ser o Cristo. Muitos outros têm declarado ser o Messias. Isso aponta para o sinal dos tempos. Jesus advertiu-nos de antemão sobre estas coisas. O crescimento da apostasia nos últimos anos tem alcançado proporções estarrecedoras. O apóstolo Paulo afirma que a apostasia generalizada é coisa para os últimos tempos (1 Tm 4.1-3; 2 Tm 3.1-5). A crescente violência nas principais capitais do mundo, assim como a expansão do terrorismo e do narcotráfico acontecem nos dias atuais, porque a iniquidade está se multiplicando (Mt 24.12). Estamos vivendo na época do princípio de dores.

Outros sinais negativos visíveis: “Levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares” (Mt 24.6, 7). O v.5 refere-se aos distúrbios mundiais e a uma crise na política internacional. As guerras no Oriente Médio parecem não ter fim. Testemunhamos a fome generalizada em muitos países, e o avanço de doenças como a aids e o ebola, entre outras. Trata-se de uma crise de caráter mundial, e não apenas local. É verdade que desde os tempos de Jesus sempre houve guerras, pestilências, fomes, imoralidades etc. Mas o ensino de Jesus consiste no fato de essas coisas irem aumentando e se intensificando dia após dia, à medida que a vinda de Cristo se aproxima, até chegar a um ponto insuportável. Os dias que estamos vivendo, à luz das palavras de Jesus, caracterizam o princípio das dores (Mt 24.8).

O cenário mundial já está pronto para que o apocalipse se cumpra. A palavra “fim” (Mt 24.14) é ambígua e há muitas controvérsias sobre o assunto entre os expositores da Bíblia. Ninguém pode garantir que isso seja o arrebatamento da igreja ou a vinda de Cristo em glória; ela pode aplicar-se aos dois eventos. Há quem afirme que Isaías 66.18,19 está no contexto de Mateus 24.14. Se isto puder ser confirmado, é possível que a pregação continue durante a Grande Tribulação, pelos 144 mil remanescentes de Israel (Ap 7.1-8), e assim a profecia tenha o seu completo cumprimento.

CRISTO VOLTARÁ

Há diversas interpretações escatológicas, principalmente sobre a segunda vinda de Cristo. Mas todas elas têm um ponto em comum: Ele virá! Isso é tão certo quanto a sucessão dos dias e das noites (Os 6.3). É algo que não se discute. É uma esperança cristalina nas Escrituras que desde os primeiros pais da Igreja é ensinada e aparece ainda nos credos ecumênicos. A diferença está no modus operandi, em como essa promessa divina vai se cumprir.

Stanley M. Horton, em sua obra intitulada Nosso destino, publicação da CPAD de 1998, apresenta um estudo criterioso e esclarecedor das diversas interpretações sobre o fim dos tempos.

O Antigo Testamento fala sobre a vinda do Messias como homem, na encarnação no Verbo, como servo sofredor, mas revela também a sua vinda em glória. Mas Justino, o Mártir precisou explicar isso aos judeus no século 2 (Diálogo, 80.5; 81.14), uma vez que não era do conhecimento de Israel nem de suas autoridades religiosas. Da mesma maneira, a segunda vinda de Cristo em duas fases é uma doutrina genuinamente bíblica; no entanto, isso só veio à tona a partir de 1830, na Escócia. Seus principais expoentes no século 19 foram John Darby e Scofield, na sua Bíblia Anotada.

Há passagens nas Escrituras que mostram a repentina vinda de Jesus, rápida e invisível aos olhos humanos; por outro lado, elas também anunciam vinda de Jesus visível a todos os moradores da terra. Isso mostra com clareza meridiana que se trata de dois acontecimentos distintos. O Senhor Jesus Cristo virá em duas etapas distintas. Na primeira, levará os santos ao céu, que é o arrebatamento da Igreja (1 Co 15.51-53; 1 Ts 4.14-17). Esse acontecimento será em fração de segundos, simultâneo no mundo inteiro e invisível aos olhos dos moradores da terra. Essa é a expectativa e a esperança da Igreja. Jesus prometeu nos buscar (Jo 14.3).

Com o arrebatamento da Igreja será estabelecido o império do anticristo, identificado no livro de Apocalipse, capítulo 13, como a besta. Ele é chamado também de “o homem do pecado, o filho da perdição... o iníquo” (2 Ts 2.3, 8). O termo “anticristo” só aparece nas epístolas de João (1 Jo 2.18, 22; 4.3; 2 Jo 7). Essa personagem fará um concerto com Israel depois que a Igreja for raptada da terra. Os detalhes desse período estão em Apocalipse dos capítulos 6 a 19.

Esse período se chama A Grande Tribulação. Terá a duração de sete anos, ou uma semana de anos, e na metade da semana os judeus descobrirão que fizeram acordo com o anticristo. O concerto será rompido na metade da semana (Dn 9.27). Só a partir daí começa o período da angústia de Jacó (Jr 30.7). A cidade de Jerusalém será ainda tomada, por pouco tempo, pois, no final da Grande Tribulação, o Senhor Jesus descerá para livrar seu povo (Zc 14.2-4). Por isso que a metade da Grande Tribulação terá a duração de três anos e meio, ou, usando a linguagem bíblica, “um tempo, de tempos e metade de um tempo” (Dn 12.7), que em Apocalipse aparece descrito como “tempos e metade de um tempo” (Ap 12.14) ou ainda “mil duzentos e sessenta dias” (Ap 12.6) e “quarenta e dois meses” (Ap 13.5).

O Falso Profeta é o porta-voz da besta e ambas as personagens serão lançadas no lago de fogo (Ap 19.20). A Grande Tribulação é o período de transição entre a Dispensação da Igreja e o Milênio. É um período de angústias e sofrimentos sem precedentes na história e será universal. Há quatro passagens clássicas sobre a Grande Tribulação nas Escrituras (Jr 30.7; Dn 12.1; Jl 2.2; Mt 24.21) e a passagem paralela em Marcos 13.19. Este período foi determinado por Deus para fazer justiça contra a rebelião dos moradores da terra e para preparar a nação de Israel para o encontro com o seu Messias (Am 4.12). Mas haverá pregação do evangelho nesse período. Esses pregadores são os144 mil judeus que se converterão ao Senhor Jesus no período da Grande Tribulação, que não se contaminarão com as falsas doutrinas (Ap 14.1-5) e que substituirão a igreja na pregação do evangelho: “... primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16).

Enquanto o cálice da ira de Deus está sendo derramado sobre os moradores da terra, a Igreja é recepcionada pelo Senhor Jesus no céu. Após o arrebatamento da Igreja, os salvos se apresentarão diante do Tribunal de Cristo (2Co 5.10). Esse julgamento é para que cada um receba o seu galardão conforme a obra realizada na terra pela causa do evangelho (1Co 3.12-15). Haverá outro evento glorioso no céu enquanto a Grande Tribulação acontece na terra: as Bodas do Cordeiro (Ap 19.7). Esta celebração é a festa de recepção da Igreja pelo Senhor Jesus.  (veja também As Bodas do Cordeiro parte II)

Depois disso, o Senhor Jesus virá em glória com a sua Igreja glorificada, os salvos raptados da terra por ocasião do arrebatamento da Igreja (1 Ts 3.13; Jd 14), e todo o olho verá (Mt 24.30; Ap 1.7). Ele voltará da mesma maneira que subiu ao céu na presença dos seus discípulos (At 1.9-11). Essa é a segunda fase da segunda vinda de Cristo para destruir o império do anticristo.

A Batalha do Armagedom (Ap 16.16)12 é o símbolo de todas as batalhas nas quais Deus manifesta o seu poder, quando o seu povo, em condições de inferioridade em efetivo e em equipamento bélico, se vê diante de seus inimigos. É a Batalha Final, a última batalha da história da humanidade do Senhor Jesus Cristo contra Satanás e o seu império representado pelo do anticristo (Ap 19.20). Nesse contexto, está a libertação de Israel (Zc 12.10; 14.8, 9), o conflito decisivo com a interferência direta do Senhor Jesus em favor de seu povo.

Nessa ocasião, o Senhor Jesus julgará as nações (Mt 25.31, 32). Não se deve confundir esse julgamento com o do Juízo Final mencionado em Apocalipse. Aqui o juízo é sobre todas as nações (Jl 3.12), e não sobre todas as pessoas. As bem-aventuranças citadas aqui são recompensas pelas boas obras; no entanto, ninguém é salvo pelas obras, mas pela graça mediante a fé (Gl 2.16; Ef 2.8). Os irmãos aqui de Jesus são os judeus e, agora, as nações vão receber a recompensa pelo tratamento dado a eles ao longo da história. O Reino preparado desde a fundação do mundo (Mt 25.34) não é o céu, mas o Milênio.

Nessa vinda de Jesus em glória se cumprirá também a promessa de Deus que o anjo Gabriel anunciou a Maria: “E o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará para sempre na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lc 1.32, 33). E, assim, será estabelecido o Milênio, com o lançamento no lago de fogo da besta e do falso profeta (Ap 19.20).


12 O termo “Armagedom” significa literalmente “monte de Megido”, duas palavras hebraicas: har, “monte”, e magidó, “Megido”. O vale de Megido está no norte de Israel e foi palco de grandes batalhas nos tempos do Antigo Testamento (Jz 5.19), lá morreu o rei Josias na batalha contra Faraó-Neco, rei do Egito (2 Rs 23.29, 30). É nesse local que será realizada a Batalha do Armagedom, a batalha da história de Cristo contra o anticristo e seus seguidores.



SUBSÍDIO
Vinda. A palavra parousia (que se pronuncia “parussía”) significa “vinda, chegada, presença, volta, visita real, advento, chegada de um rei”. No aspecto escatológico, este substantivo se refere tanto ao arrebatamento da igreja (1Ts 4.15) como à vinda de Cristo em glória com sua Igreja (2Ts 2.8). O outro termo é érchomai, “ir” e também “vir”. Duas coisas opostas? Sim, desde que se considere o movimento entre o ponto de partida e o ponto de chegada. Para quem está no ponto de partida é “ida”, mas, para quem estiver no ponto de chegada, é “vinda”. Esse verbo aparece em referência à vinda de Jesus (Jo 14.3) e também à sua vinda em glória (At 1.11; Jd 14; Ap 1.7).

Manifestação, aparição. O substantivo grego aqui é epipháneia, que só aparece seis vezes no Novo Testamento, com uso exclusivamente paulino, e todas as ocorrências dizem respeito à vinda de Jesus, desde a encarnação do Verbo (2Tm 1.10). O apóstolo Paulo exorta os crentes para uma vida irrepreensível até “à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Tm 6.14); “e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13). O termo é também traduzido por “vinda” em referência ao arrebatamento da Igreja (2Tm 4.8). O apóstolo o emprega ainda para se referir à segunda vinda de Cristo em glória: “Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino” (2Tm 4.1), ou conforme encontra-se na Almeida Revista e Atualizada, “pela sua manifestação e pelo seu reino”.

Revelação. O termo é apokalypsis. O apóstolo Pedro emprega essa palavra para se referir ao arrebatamento da Igreja (1Pe 1.7). Esse termo é traduzido ainda como “manifestação”, também em referência ao arrebatamento da Igreja: “De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7) ou de acordo com a versão Almeida Revista e Atualizada, “aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo”.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Senhor advertiu-nos quanto ao tempo de sua vinda: ‘Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo’ (Mc 13.32,33). Jesus também disse aos discípulos, momentos antes de subir aos céus, que não lhe pertencia ‘saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder’ (At 1.7). A data do retorno de Cristo não é prerrogativa nossa. Contudo, há algumas linhas mestras que devemos observar para que não sejamos surpreendidos.
Em vista da necessidade de nos mantermos sempre alertas, podemos falar da bendita esperança como algo que fosse acontecer a qualquer momento. Não queremos dizer com isso que o Senhor Jesus poderia ter retornado imediatamente após a sua ascensão. Todavia, atentemos para a parábola na qual Jesus pintou um ‘homem nobre’ que ‘partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois. E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu venha’ (Lc 19.11-27). Esta comparação dá a entender que haveria uma ausência considerável. Haja vista o dinheiro confiado aos servos. Era sinal de que estes deveriam cumprir suas tarefas com fidelidade. Como eles não sabiam o tempo exato do retorno de seu senhor, não podiam mostrar-se negligentes: teriam de cuidar com o máximo zelo dos negócios do mestre” (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, pp.184-85).


CONCLUSÃO

Essas amostras proféticas servem como garantias de que tudo o que está escrito para o fim dos tempos irá de igual modo se cumprir (Jr 1.12). A nossa esperança não se baseia numa utopia, mas em fatos revelados na Palavra de Deus e confirmados pela História. A escatologia bíblica é a continuação do processo histórico.


Fonte: Lições Bíblicas CPAD Adultos - 3º Trimestre de 2017 - Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Livro de Apoio - Comentarista: Esequias Soares
Revista Adultos 3ºTrim.2017 - A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista: Esequias Soares

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