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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A Segunda Volta de Cristo

Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” Mt 24.27

A Segunda Vinda de Cristo

Prezado professor, prezada professora, as Escrituras revelam um Deus de esperança. A manifestação do reino eterno de Deus é o desfecho da esperança dos seus filhos, a conclusão de toda a espera de um Reino de paz, de amor e de justiça sem fim (Mt 25.31-40). Para os que têm a certeza da salvação, uma mensagem de esperança e alegria; para quem despertar sem esperança, uma tragédia eterna (Mt 25.41-46). Nesse sentido, essa esperança se desdobrará em dois momentos.

O Arrebatamento da Igreja
Na primeira fase, o nosso Senhor virá somente para sua Igreja. É o Arrebatamento! Refere-se ao “encontro do Senhor”, o rapto da Igreja. Esta primeira fase da vinda do Senhor será visível à Igreja, mas invisível ao mundo. O apóstolo Paulo nos diz em sua primeira epístola aos Tessalonicenses que, em primeiro lugar, os crentes que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, depois os crentes que estiverem vivos serão arrebatados juntamente com os crentes que morreram e foram ressuscitados em Cristo. Esse encontro com Jesus Cristo se dará nos termos da sua ascensão aos céus, relatada em Atos 1, isto é, nas nuvens (1Ts 4.13-18). Uma esperança gloriosa! Estaremos para sempre com o nosso Senhor, Redentor e Salvador!

A Segunda Vinda de Cristo
Após o Arrebatamento, dizem os estudiosos, virá um tempo de muita confusão na Terra: a Grande Tribulação. Por acaso você ouviu ou conhece essa expressão? A Grande Tribulação marca um tempo de juízo de Deus para as pessoas que não atenderam a chamada do Criador para se arrependerem (Ap 6—8) — a Igreja que foi arrebatada pelo Senhor não passará pela Grande Tribulação. Nesse tempo se levantará um homem poderoso, inteligente e um ditador mundial. Ele é o homem do pecado e o filho da perdição (2Ts 2.3).
No momento de tão grande aflição proporcionada pela ação do Anticristo; mas juntamente com Igreja que fora anteriormente arrebata, Jesus Cristo intervirá no mundo para destruir o Anticristo (Ap 19.14), fazer cessar a guerra sem proporção na história do mundo e estabelecer um reino de paz universal, o Milênio.

A Segunda Vinda de Jesus será visível, pois Ele se manifestará ao mundo todo. Todas as línguas, tribos e nações confessarão que Ele é o Senhor (Fp 2.9-11). O Senhor Jesus virá como o Juiz de toda terra!

Todo crente que conhece o Evangelho de Jesus espera se encontrar com o seu Senhor. Que haja no coração de nossos alunos esse mesmo sentimento! revista Ensinador Cristão nº71

A Segunda Vinda de Cristo será em duas fases distintas: primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja; segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada.

TEXTO BÍBLICO:  1 Tessalonicenses 4.13-18;  Lucas 21.25-27

A vinda do Senhor é uma promessa feita pelo próprio Senhor Jesus. É uma promessa de esperança para todos os que creem. Por isso, a Palavra de Deus nos exorta a viver como se Cristo voltasse a qualquer momento. A iminência da volta do Senhor traz ao crente uma consciência de vivermos uma vida mais santa, de maior seriedade com a evangelização dos não-crentes e desejo de estar mais perto do Senhor.

INTRODUÇÃO

A Bíblia mostra a segunda vinda de Cristo em duas fases: a primeira é o arrebatamento da Igreja, e a segunda é a sua vinda em glória. Entre esses dois eventos, haverá na terra a Grande Tribulação, o julgamento divino sobre todos os moradores do mundo e no céu o Tribunal de Cristo seguido das Bodas do Cordeiro. O nosso enfoque aqui é a fundamentação bíblica desses eventos. Mas o tema escatológico não se esgota com o que trataremos e a sua continuação se dará na próxima lição.


  • Fonte de predição. Não há outra fonte de predições verdadeiras a não ser a Bíblia Sagrada, por meio da qual Deus nos diz tudo o que precisamos saber sobre os eventos do porvir. Ela é a única fonte confiável. Esses eventos são uma série de acontecimentos do epílogo da história humana que envolve o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.16,17), a Vinda de Jesus em glória (Mt 24.30; Ap 1.7), o Juízo de Deus sobre a terra no fim dos tempos (Mt 24.21), o Futuro glorioso de Israel (Is 62.2,3) e o Reino Milenar de Cristo (Is 9.7; 11.10). São acontecimentos anunciados desde o princípio do mundo, desde Enoque (Jd 14) até o apóstolo João, o último dos apóstolos, no livro de Apocalipse.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
Além dos termos bíblicos serem importantes para o estudo da segunda vinda de Cristo, outros termos, de cunho teológicos, são também de suma importância ao professor dominá-los. Veja abaixo:



Escatologia é a doutrina das últimas coisas.

O termo vem de dois vocábulos gregos: éskhatos, “último”, e logos, “palavra, tratado, estudo”. A segunda vinda de Cristo é parte da escatologia, uma doutrina da teologia de fundamental importância na vida cristã porque envolve a esperança dos crentes em Jesus. O assunto envolve os sinais que precederão a vinda de Cristo, o próprio evento em si, a ressurreição dos mortos, o juízo divino sobre as nações incrédulas, o destino glorioso dos crentes e a recompensa dos infiéis.

Todas as profecias do Antigo Testamento concernentes à vida do Messias se cumpriram cabalmente em Jesus (Lc 24.44). Os profetas anunciaram também de antemão o destino de Israel e dos grandes impérios da Antiguidade, como Assíria, Babilônia, Grécia, Roma; tais oráculos se cumpriram no passado, e outros se cumprem na atualidade. A história é testemunha disso. Os fatos estão aí à disposição de todos. Os eventos do porvir elencados na doutrina escatológica são a consumação da história humana. O livro de Apocalipse é a revelação do epílogo da história da humanidade. O cumprimento das profecias bíblicas na Antiguidade e ao longo da história é igualmente a garantia do cumprimento das coisas futuras.


  • O destino dos impérios da antiguidade. As profecias sobre os impérios antigos, como a queda da Babilônia para nunca mais se erguer no cenário mundial (Is 13.19,20) e ascensão e queda dos impérios medo-persa, grego e romano nos capítulos 7 e 8 de Daniel, entre outros profetas, se cumpriram, e a própria História confirma esses fatos. As profecias messiânicas se cumpriram com abundâncias de detalhes, como o nascimento do Messias de uma virgem, na cidade de Belém, seu julgamento diante de Pôncio Pilatos, sua morte, sua ressurreição e a ascensão ao céu, entre outros.
  • Sobre as Diásporas Judaicas. As profecias apontam, de antemão, as duas dispersões do povo judeu e as suas respectivas restaurações. A primeira Diáspora (Jr 16.13) e seu retorno (Ed 1.1-3); a segunda Diáspora, anunciada pelo próprio Senhor Jesus Cristo: “E cairão a fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem” (Lc 21.24), com o seu respectivo retorno depois de mais de 18 séculos à terra de seus antepassados, tal como fora anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, como Jeremias (Jr 31.17), Ezequiel (Ez 11.17; 36.24; 37.21), Amós (Am 9.14,15) e Zacarias (Zc 8.7,8).

SINAIS QUE PRECEDERÃO A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

Nenhum dos seres humanos nem mesmo os anjos têm conhecimento da data da vinda de Cristo. Mas o Senhor Jesus deixou sinais claros e evidentes, positivos e negativos que nos mostram que esse evento está próximo. O Senhor Jesus chama nossa atenção para a Israel na parábola da figueira: “Olhai para a figueira e para todas as árvores. Quando já começam a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão. Assim também vós, quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto” (Lc 21.29-31). A “figueira” é Israel (Jr 8.13; Os 9.10; Jl 1.7) e as outras “árvores” são uma referência às outras nações. A restauração da nação de Israel dar-se-á em duas etapas, conforme as profecias bíblicas. A restauração nacional de Israel como nação autônoma já aconteceu desde 29 de novembro de 1947, quando a primeira assembleia geral das Nações Unidas aprovou a criação de um estado judeu em Éretz Israel. Muitas profecias bíblicas se cumpriram, entre elas Amós 9.14-15 e Ezequiel 36.24; 37.21. O renascimento do Estado de Israel é um sinal evidente de que vinda de Jesus está próxima.

Os sinais positivos são diversos, entre eles a agitação mundial e o avanço da ciência (Dn 12.4), e a efusão do Espírito Santo como nunca depois do dia de Pentecostes. Os pentecostais juntamente com os neopentecostais já são o segundo maior grupo cristão. A palavra profética anuncia esse acontecimento para os últimos dias (Jo 2.28-32; At 2.16-21). A obra da evangelização mundial é um fenômeno cada vez mais crescente na atualidade. Nunca houve na história da igreja um despertamento como vem acontecendo nestes últimos dias (Mt 24.14). É bom lembrar que, com os recursos dos meios de comunicação da atualidade, principalmente a Internet, é possível se evangelizar o mundo em questão de horas. Portanto, ninguém deve dormir nem se acomodar, pois o arrebatamento da igreja pode ocorrer a qualquer momento.

Os sinais negativos são ainda mais visíveis, como o aparecimento de falsos cristos e falsos profetas (Mt 24.5, 11). É verdade que muitos falsos cristos se já levantaram ao longo da história do cristianismo. À medida que a vinda de Cristo se aproxima, o número deles vai aumentando. A quantidade é alarmante. É praticamente impossível apresentar uma lista completa deles. Alguns servirão de exemplos: David Koresh, da Califórnia, sobre o qual a imprensa internacional noticiou recentemente, dizia ser o Cristo e fez vários adeptos. O reverendo Moon também declarou-se ser o Cristo e teve muitos adeptos. Em Curitiba, Inri Cristo declara ser o Cristo. Muitos outros têm declarado ser o Messias. Isso aponta para o sinal dos tempos. Jesus advertiu-nos de antemão sobre estas coisas. O crescimento da apostasia nos últimos anos tem alcançado proporções estarrecedoras. O apóstolo Paulo afirma que a apostasia generalizada é coisa para os últimos tempos (1 Tm 4.1-3; 2 Tm 3.1-5). A crescente violência nas principais capitais do mundo, assim como a expansão do terrorismo e do narcotráfico acontecem nos dias atuais, porque a iniquidade está se multiplicando (Mt 24.12). Estamos vivendo na época do princípio de dores.

Outros sinais negativos visíveis: “Levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares” (Mt 24.6, 7). O v.5 refere-se aos distúrbios mundiais e a uma crise na política internacional. As guerras no Oriente Médio parecem não ter fim. Testemunhamos a fome generalizada em muitos países, e o avanço de doenças como a aids e o ebola, entre outras. Trata-se de uma crise de caráter mundial, e não apenas local. É verdade que desde os tempos de Jesus sempre houve guerras, pestilências, fomes, imoralidades etc. Mas o ensino de Jesus consiste no fato de essas coisas irem aumentando e se intensificando dia após dia, à medida que a vinda de Cristo se aproxima, até chegar a um ponto insuportável. Os dias que estamos vivendo, à luz das palavras de Jesus, caracterizam o princípio das dores (Mt 24.8).

O cenário mundial já está pronto para que o apocalipse se cumpra. A palavra “fim” (Mt 24.14) é ambígua e há muitas controvérsias sobre o assunto entre os expositores da Bíblia. Ninguém pode garantir que isso seja o arrebatamento da igreja ou a vinda de Cristo em glória; ela pode aplicar-se aos dois eventos. Há quem afirme que Isaías 66.18,19 está no contexto de Mateus 24.14. Se isto puder ser confirmado, é possível que a pregação continue durante a Grande Tribulação, pelos 144 mil remanescentes de Israel (Ap 7.1-8), e assim a profecia tenha o seu completo cumprimento.

CRISTO VOLTARÁ

Há diversas interpretações escatológicas, principalmente sobre a segunda vinda de Cristo. Mas todas elas têm um ponto em comum: Ele virá! Isso é tão certo quanto a sucessão dos dias e das noites (Os 6.3). É algo que não se discute. É uma esperança cristalina nas Escrituras que desde os primeiros pais da Igreja é ensinada e aparece ainda nos credos ecumênicos. A diferença está no modus operandi, em como essa promessa divina vai se cumprir.

Stanley M. Horton, em sua obra intitulada Nosso destino, publicação da CPAD de 1998, apresenta um estudo criterioso e esclarecedor das diversas interpretações sobre o fim dos tempos.

O Antigo Testamento fala sobre a vinda do Messias como homem, na encarnação no Verbo, como servo sofredor, mas revela também a sua vinda em glória. Mas Justino, o Mártir precisou explicar isso aos judeus no século 2 (Diálogo, 80.5; 81.14), uma vez que não era do conhecimento de Israel nem de suas autoridades religiosas. Da mesma maneira, a segunda vinda de Cristo em duas fases é uma doutrina genuinamente bíblica; no entanto, isso só veio à tona a partir de 1830, na Escócia. Seus principais expoentes no século 19 foram John Darby e Scofield, na sua Bíblia Anotada.

Há passagens nas Escrituras que mostram a repentina vinda de Jesus, rápida e invisível aos olhos humanos; por outro lado, elas também anunciam vinda de Jesus visível a todos os moradores da terra. Isso mostra com clareza meridiana que se trata de dois acontecimentos distintos. O Senhor Jesus Cristo virá em duas etapas distintas. Na primeira, levará os santos ao céu, que é o arrebatamento da Igreja (1 Co 15.51-53; 1 Ts 4.14-17). Esse acontecimento será em fração de segundos, simultâneo no mundo inteiro e invisível aos olhos dos moradores da terra. Essa é a expectativa e a esperança da Igreja. Jesus prometeu nos buscar (Jo 14.3).

Com o arrebatamento da Igreja será estabelecido o império do anticristo, identificado no livro de Apocalipse, capítulo 13, como a besta. Ele é chamado também de “o homem do pecado, o filho da perdição... o iníquo” (2 Ts 2.3, 8). O termo “anticristo” só aparece nas epístolas de João (1 Jo 2.18, 22; 4.3; 2 Jo 7). Essa personagem fará um concerto com Israel depois que a Igreja for raptada da terra. Os detalhes desse período estão em Apocalipse dos capítulos 6 a 19.

Esse período se chama A Grande Tribulação. Terá a duração de sete anos, ou uma semana de anos, e na metade da semana os judeus descobrirão que fizeram acordo com o anticristo. O concerto será rompido na metade da semana (Dn 9.27). Só a partir daí começa o período da angústia de Jacó (Jr 30.7). A cidade de Jerusalém será ainda tomada, por pouco tempo, pois, no final da Grande Tribulação, o Senhor Jesus descerá para livrar seu povo (Zc 14.2-4). Por isso que a metade da Grande Tribulação terá a duração de três anos e meio, ou, usando a linguagem bíblica, “um tempo, de tempos e metade de um tempo” (Dn 12.7), que em Apocalipse aparece descrito como “tempos e metade de um tempo” (Ap 12.14) ou ainda “mil duzentos e sessenta dias” (Ap 12.6) e “quarenta e dois meses” (Ap 13.5).

O Falso Profeta é o porta-voz da besta e ambas as personagens serão lançadas no lago de fogo (Ap 19.20). A Grande Tribulação é o período de transição entre a Dispensação da Igreja e o Milênio. É um período de angústias e sofrimentos sem precedentes na história e será universal. Há quatro passagens clássicas sobre a Grande Tribulação nas Escrituras (Jr 30.7; Dn 12.1; Jl 2.2; Mt 24.21) e a passagem paralela em Marcos 13.19. Este período foi determinado por Deus para fazer justiça contra a rebelião dos moradores da terra e para preparar a nação de Israel para o encontro com o seu Messias (Am 4.12). Mas haverá pregação do evangelho nesse período. Esses pregadores são os144 mil judeus que se converterão ao Senhor Jesus no período da Grande Tribulação, que não se contaminarão com as falsas doutrinas (Ap 14.1-5) e que substituirão a igreja na pregação do evangelho: “... primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16).

Enquanto o cálice da ira de Deus está sendo derramado sobre os moradores da terra, a Igreja é recepcionada pelo Senhor Jesus no céu. Após o arrebatamento da Igreja, os salvos se apresentarão diante do Tribunal de Cristo (2Co 5.10). Esse julgamento é para que cada um receba o seu galardão conforme a obra realizada na terra pela causa do evangelho (1Co 3.12-15). Haverá outro evento glorioso no céu enquanto a Grande Tribulação acontece na terra: as Bodas do Cordeiro (Ap 19.7). Esta celebração é a festa de recepção da Igreja pelo Senhor Jesus.  (veja também As Bodas do Cordeiro parte II)

Depois disso, o Senhor Jesus virá em glória com a sua Igreja glorificada, os salvos raptados da terra por ocasião do arrebatamento da Igreja (1 Ts 3.13; Jd 14), e todo o olho verá (Mt 24.30; Ap 1.7). Ele voltará da mesma maneira que subiu ao céu na presença dos seus discípulos (At 1.9-11). Essa é a segunda fase da segunda vinda de Cristo para destruir o império do anticristo.

A Batalha do Armagedom (Ap 16.16)12 é o símbolo de todas as batalhas nas quais Deus manifesta o seu poder, quando o seu povo, em condições de inferioridade em efetivo e em equipamento bélico, se vê diante de seus inimigos. É a Batalha Final, a última batalha da história da humanidade do Senhor Jesus Cristo contra Satanás e o seu império representado pelo do anticristo (Ap 19.20). Nesse contexto, está a libertação de Israel (Zc 12.10; 14.8, 9), o conflito decisivo com a interferência direta do Senhor Jesus em favor de seu povo.

Nessa ocasião, o Senhor Jesus julgará as nações (Mt 25.31, 32). Não se deve confundir esse julgamento com o do Juízo Final mencionado em Apocalipse. Aqui o juízo é sobre todas as nações (Jl 3.12), e não sobre todas as pessoas. As bem-aventuranças citadas aqui são recompensas pelas boas obras; no entanto, ninguém é salvo pelas obras, mas pela graça mediante a fé (Gl 2.16; Ef 2.8). Os irmãos aqui de Jesus são os judeus e, agora, as nações vão receber a recompensa pelo tratamento dado a eles ao longo da história. O Reino preparado desde a fundação do mundo (Mt 25.34) não é o céu, mas o Milênio.

Nessa vinda de Jesus em glória se cumprirá também a promessa de Deus que o anjo Gabriel anunciou a Maria: “E o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará para sempre na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lc 1.32, 33). E, assim, será estabelecido o Milênio, com o lançamento no lago de fogo da besta e do falso profeta (Ap 19.20).


12 O termo “Armagedom” significa literalmente “monte de Megido”, duas palavras hebraicas: har, “monte”, e magidó, “Megido”. O vale de Megido está no norte de Israel e foi palco de grandes batalhas nos tempos do Antigo Testamento (Jz 5.19), lá morreu o rei Josias na batalha contra Faraó-Neco, rei do Egito (2 Rs 23.29, 30). É nesse local que será realizada a Batalha do Armagedom, a batalha da história de Cristo contra o anticristo e seus seguidores.



SUBSÍDIO
Vinda. A palavra parousia (que se pronuncia “parussía”) significa “vinda, chegada, presença, volta, visita real, advento, chegada de um rei”. No aspecto escatológico, este substantivo se refere tanto ao arrebatamento da igreja (1Ts 4.15) como à vinda de Cristo em glória com sua Igreja (2Ts 2.8). O outro termo é érchomai, “ir” e também “vir”. Duas coisas opostas? Sim, desde que se considere o movimento entre o ponto de partida e o ponto de chegada. Para quem está no ponto de partida é “ida”, mas, para quem estiver no ponto de chegada, é “vinda”. Esse verbo aparece em referência à vinda de Jesus (Jo 14.3) e também à sua vinda em glória (At 1.11; Jd 14; Ap 1.7).

Manifestação, aparição. O substantivo grego aqui é epipháneia, que só aparece seis vezes no Novo Testamento, com uso exclusivamente paulino, e todas as ocorrências dizem respeito à vinda de Jesus, desde a encarnação do Verbo (2Tm 1.10). O apóstolo Paulo exorta os crentes para uma vida irrepreensível até “à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Tm 6.14); “e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13). O termo é também traduzido por “vinda” em referência ao arrebatamento da Igreja (2Tm 4.8). O apóstolo o emprega ainda para se referir à segunda vinda de Cristo em glória: “Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino” (2Tm 4.1), ou conforme encontra-se na Almeida Revista e Atualizada, “pela sua manifestação e pelo seu reino”.

Revelação. O termo é apokalypsis. O apóstolo Pedro emprega essa palavra para se referir ao arrebatamento da Igreja (1Pe 1.7). Esse termo é traduzido ainda como “manifestação”, também em referência ao arrebatamento da Igreja: “De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7) ou de acordo com a versão Almeida Revista e Atualizada, “aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo”.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Senhor advertiu-nos quanto ao tempo de sua vinda: ‘Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo’ (Mc 13.32,33). Jesus também disse aos discípulos, momentos antes de subir aos céus, que não lhe pertencia ‘saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder’ (At 1.7). A data do retorno de Cristo não é prerrogativa nossa. Contudo, há algumas linhas mestras que devemos observar para que não sejamos surpreendidos.
Em vista da necessidade de nos mantermos sempre alertas, podemos falar da bendita esperança como algo que fosse acontecer a qualquer momento. Não queremos dizer com isso que o Senhor Jesus poderia ter retornado imediatamente após a sua ascensão. Todavia, atentemos para a parábola na qual Jesus pintou um ‘homem nobre’ que ‘partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois. E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu venha’ (Lc 19.11-27). Esta comparação dá a entender que haveria uma ausência considerável. Haja vista o dinheiro confiado aos servos. Era sinal de que estes deveriam cumprir suas tarefas com fidelidade. Como eles não sabiam o tempo exato do retorno de seu senhor, não podiam mostrar-se negligentes: teriam de cuidar com o máximo zelo dos negócios do mestre” (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, pp.184-85).


CONCLUSÃO

Essas amostras proféticas servem como garantias de que tudo o que está escrito para o fim dos tempos irá de igual modo se cumprir (Jr 1.12). A nossa esperança não se baseia numa utopia, mas em fatos revelados na Palavra de Deus e confirmados pela História. A escatologia bíblica é a continuação do processo histórico.


Fonte: Lições Bíblicas CPAD Adultos - 3º Trimestre de 2017 - Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Livro de Apoio - Comentarista: Esequias Soares
Revista Adultos 3ºTrim.2017 - A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista: Esequias Soares

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