“E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” Ap 21.1
O Mundo vindouro
O mundo clama por uma intervenção divina
“Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não
por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a
mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da
glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está
juntamente com dores de parto até agora”, foi o que Paulo escreveu aos Romanos
no capítulo 8 e nos versículos 20 a 22.
O texto mostra a degradação ambiental como obra
dos seres humanos e a sua destruição em nossa relação com a Criação. O mundo
clama por soluções que reequilibrem o clima do nosso meio ambiente. O ser
humano de hoje só pensa em extrair da natureza como se ela fosse infinita. E
importante ressaltar na aula que a manifestação dos novos céus e nova terra vai
de encontro a essa realidade relatada por Paulo em sua epístola.
Transformação na consciência e nos sentimentos
dos seres humanos
O versículo 23 de Romanos nos diz: “E não só
ela, mas nós mesmos, que tem os as primícias do Espírito, também gememos em nós
mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. A questão
caótica não está relacionada só a natureza, mas também ao ser humano. Este
também geme em si mesmo, esperançoso de que a sua natureza seja integralmente
redimida por intermédio do advento do Reino de Deus nesse mundo. As pessoas
vivem desconfiadas, rancorosas, manifestando o sentimento de vingança em
relação às outras pessoas. Mas haverá um dia que o ser humano será restaurado e
nunca mais pensará o mal contra o próximo, cessará a perversidade contra outra
pessoa. Nesse dia, a paz de Cristo reinará absolutamente sobre a Terra!
Uma eternidade de justiça e de paz
Paz, justiça e liberdade são direitos que todos
os povos buscam. Nessa busca, paradoxalmente, a humanidade construiu religiões
que oprimem as pessoas, governos despóticos que não respeitam a dignidade
humana. Por isso, quando houver essa nova realidade trazida por Jesus, de novos
céus e nova terra, não haverá mais lugar para as injustiças e indignidades. O
Senhor Jesus não trará apenas a sua paz, mas igualmente a sua justiça; e nos
corações das pessoas estará impregnada a necessidade de se fazer o bem, pois o
ser humano julgado e absolvido por Jesus saberá identificar no outro, de uma
vez por todas, a Imagem de Deus (Ap 21.1-8). Haverá uma nova mentalidade! Revista Ensinador Cristão nº71
Cremos no Juízo Final, no qual serão julgados
os que fizerem parte da Última Ressurreição; e cremos na vida eterna para os
infiéis.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apocalipse 21.1-5
“Eis que faço novas todas as coisas”, diz a
Palavra de Deus (Ap 21.5). Será o dia em que Deus fará tudo novo. Um mundo
novo. Uma realidade nova. Novo! Tudo novo! Será o tempo em que o Rei dos reis,
o próprio Senhor, intervirá na história do mundo e trará consigo uma nova
realidade. “Céus novos e terra nova” sintetizam a dimensão cosmológica dessa
nova Criação. Será o dia em que de eternidade em eternidade estaremos sempre
com o Deus da glória. Os santos apóstolos anelaram por essa esperança. Por
isso, como Igreja do Senhor, somos estimulados pelas Escrituras a mantermos
viva a chama da esperança da vinda do Senhor.
INTRODUÇÃO
O mundo vindouro abordado na presente lição
pretende mostrar o que virá depois do Juízo Final, o novo céu e a nova terra, a
nova Jerusalém, o lar dos santos na eternidade e por toda a eternidade.
Trata-se definitivamente do epílogo da história humana. Mas haverá alguns
eventos que precederão o mundo vindouro, como o Reino de Cristo de mil anos, o
Juízo Final e a ressurreição de todos os incrédulos, bem como o seu destino
final.
I. SOBRE O MILÊNIO
1. Descrição.
O milênio é o reino de Cristo de mil anos. Nesse
período, Satanás será aprisionado no abismo instalado por ocasião da vinda de
Cristo em glória (Ap 20.2,3). Isso significa que a ação destruidora de Satanás
na terra será neutralizada, iniciando-se assim uma nova ordem de coisas. É a
tão almejada paz universal, pois nesse reino haverá perfeita paz, retidão e
justiça entre os seres humanos e também harmonia no reino animal (Is 9.7;
11.5-9). A longevidade das pessoas, a garantia do sucesso no trabalho e a
resposta imediata às orações são algumas das características do reino do
Messias (Is 65.20-25). A sede de seu governo será Jerusalém: “[...] porque de
Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Is 2.3). O Senhor Jesus
se assentará sobre o trono de Davi, e de Jerusalém reinará sobre toda humanidade.
Esse reino, que trará salvação aos judeus, é a conclusão do programa divino
sobre o povo de Israel (Is 59.20; Rm 11.26).
2. Sobre a ressurreição dos mortos.
A Bíblia ensina que os justos e os injustos
serão ressuscitados (Dn 12.2; Jo 5.29; At 24.25). Mas em Apocalipse ficamos
sabendo que há um intervalo de mil anos entre essas ressurreições. A primeira
ressurreição é a dos justos, e a outra é a última ressurreição: “Mas os outros
mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira
ressurreição” (Ap 20.5). São partes da primeira ressurreição os santos
provenientes da Era da Igreja e os do Antigo Testamento, juntamente com os
mártires da Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 20.4). Convém salientar que a
ressurreição divide-se em duas fases. Por ocasião do arrebatamento da Igreja
(1Co 15.52; 1Ts 4.16; Ap 20.6), serão ressuscitados os súditos do Rei dos reis.
Quanto à ressurreição dos injustos, também conhecida como Ressurreição
Universal ou ainda Última Ressurreição, envolverá todos os descrentes desde o
princípio do mundo até aquele dia.
Milênio: um tempo em que o Senhor Jesus reinará
sobre toda a humanidade.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A palavra ‘milênio’ vem dos termos
latinos Mille e annum (‘ano’). A palavra grega chilias,
que também significa ‘mil’, aparece por seis vezes em Apocalipse 20, definindo
a duração do Reino de Cristo antes da destruição do velho céu e da velha terra.
O Milênio, portanto, refere-se aos mil anos do futuro Reino de Cristo sobre a
terra, que virá imediatamente antes da eternidade (Ryrie, pp.145-146). Durante
o Milênio, Cristo reinará no tempo e no espaço.
[...] PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E CONDIÇÕES DO
MILÊNIO
O Milênio será um tempo de controle tanto
político como espiritual. Politicamente, ele será universal (Dn 2.35),
discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela retidão e justiça. Será zeloso
para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e juízo para quem
transgredir as ordenanças do Messias (Sl 2.10-12).
Este reino literal de Cristo sobre a terra
também terá características espirituais. Acima de tudo, será um reino de
justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 23.1).
Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a
santidade de Deus (Is 11.2-5). ‘Naquele dia, se gravará sobre as campainhas dos
cavalos: Santidade Ao Senhor [...] e todas as panelas em Jerusalém e Judá serão
consagradas ao Senhor dos Exércitos’ (Zc 14.20-21).
Tudo, do trabalho à adoração, será santificado
ao Senhor. O pecado será punido (Sl 72.1-4; Zc 14.16-21) de maneira pública e
justa. A era messiânica também será caracterizada por um reinado de paz (Is
2.4; 11.5-9; 65.25; Mq 4.3). As profecias de Isaías revelam outras
características, incluindo:
• Alegria (Is 9.3-4);
• Glória (Is 24.23);
• Justiça (Is 9.7);
• Conhecimento pleno (Is 11.1-2);
• Instruções e orientações (Is 2.2-3);
• Fim da maldição sobre a terra e a
eliminação de toda enfermidade (11.6-9; 33.24);
• Maior expectativa de vida (Is 65.20);
• Prosperidade no trabalho (Is 4.1;
35.1-2; 62.8-9);
• Harmonia no reino animal (Is 11.6-9;
62.25).
Sofonias 3.9 e Isaías 45.13 afirmam que, no
Milênio, a linguagem e a adoração serão puras. A pura adoração será possível
por causa da maravilhosa presença de Deus (Ez 37.27-28). A presença física do
Messias garantirá estas bênçãos. Walvoord diz: ‘A gloriosa presença de Cristo
no cenário do Milênio é, logicamente, o foco de toda a espiritualidade e
adoração’ (Walvoord, p.307)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. (Eds.). Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2013, p.318).
II. SOBRE O JUÍZO FINAL
1. Descrição.
É conhecido como o Juízo do Grande Trono
Branco: “E vi um grande trono branco” (Ap 20.11). Aqui serão julgados “os
outros mortos”, aqueles que não fizeram parte da primeira ressurreição (Ap
20.5). Isso mostra que ficam de fora os crentes da primeira ressurreição, pois
eles já fazem parte do reino de Cristo e estão com o corpo glorificado (Ap
20.4). Deus instaurará esse juízo após a última rebelião de Satanás, que
acontecerá depois dos mil anos do reinado de Cristo (Ap 20.7). Deus executará
esse juízo por meio de Jesus Cristo: “o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho
todo o juízo” (Jo 5.22).
2. O julgamento.
Não há menção de vivos no Juízo Final: “E vi os
mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os
livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (Ap
20.12). Os “grandes e pequenos” não se referem à idade, adultos e crianças, mas
a status, pessoas de todas as classes sociais. Todos eles serão julgados com
base nas obras registradas nesses livros. O resultado desse julgamento é a
condenação eterna: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi
lançado no lago de fogo” (Ap 20.15). Não existe aqui lugar para o sono da alma,
nem para uma segunda oportunidade, muito menos para o aniquilamento.
3. Destino dos ímpios.
É o inferno, descrito aqui como “lago de fogo” ou “ardente lago de fogo e enxofre” (Ap 19.20). Esse lugar foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41), e não para os seres humanos, mas será o destino final dos perdidos por causa da sua incredulidade e desobediência, pois a vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que todos sejam salvos (1Tm 2.4).
a) Hades. A Septuaginta emprega esse termo para traduzir o hebraico sheol, no Antigo Testamento, que significa o “mundo invisível dos mortos” (Sl 89.48). Ambos os termos se traduzem, às vezes, por “inferno” na Almeida Revista e Corrigida (Sl 9.17; Mt 16.18). O lugar serve como estágio intermediário dos mortos sem Cristo, uma prisão temporária até que venha o Dia do Juízo (Ap 20.13,14). Os condenados que partiram desde o início do mundo permanecem lá, conscientes e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão nesse lugar (Lc 16.23,24).
b) Geena. O mundo judaico contemporâneo de Jesus cria que a Geena era o lugar no qual os ímpios receberiam como castigo o sofrimento eterno. O termo, traduzido por “inferno”, foi usado pelo Senhor Jesus nos evangelhos: “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mt 23.33), e indica o lago de fogo apocalíptico.
O Juízo Final é o evento que sacramentará o destino dos ímpios.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Embora o trono de Deus seja o trono de julgamento, Jesus declarou: ‘E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo’ (Jo 5.22). O único Mediador entre Deus e a humanidade tornar-se-á também o Mediador do julgamento. Por conseguinte, Jesus assentar-se-á sobre o trono. E tão grande será a sua majestade, que a terra e o céu ‘fugirão’, não havendo mais para eles ‘lugar, no plano de Deus’. Isto posto, abrir-se-á caminho para os novos céus e a nova terra. Eis os que comparecerão diante do grande trono branco: ‘os mortos, grandes e pequenos’ (Ap 20.12). Quanto aos justos, por haverem participado da primeira ressurreição, já terão corpos imortais e incorruptíveis. Portanto, os mortos que estarão de pé, diante do grande trono branco, para serem julgados, serão ‘os outros mortos’ (Ap 20.5) que não tomaram parte na primeira ressurreição por ocasião do arrebatamento. Esses serão os ‘mortos ímpios’, incluindo os que foram consumidos após o Milênio, por haverem seguido a Satanás” (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, pp.207,08).
CONHEÇA MAIS
Primeira Ressurreição
“De maneira geral, assim é visto o arrebatamento da Igreja que, juntamente com o rapto dos vivos, constituir-se-á também da revificação, imortalização e glorificação dos que morreram em Cristo (1Co 15.50-57)”. Dicionário Teológico, CPAD, p.32.
III. SOBRE A NOVA CRIAÇÃO
1. Um novo céu e uma nova terra.
O quadro descrito no texto da Leitura Bíblica em Classe diz respeito à nova criação, ou seja, não se trata, pois, de uma renovação ou de alguma restauração, mas de tudo ser novo: “Eis que faço novas todas as coisas” (v.5); “Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17). Essa promessa reaparece no Novo Testamento (2Pe 3.13). O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2Pe 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os céus e a terra não poderão resistir à santidade e à glória de Deus: “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11). Essa palavra profética é reiterada mais adiante: “Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (v.1). O universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e glória daquele que está assentado sobre o trono.
2. A nova Jerusalém.
Antes de tudo, convém ressaltar que a nova Jerusalém “que de Deus descia do céu” (v.2) não é a mesma Jerusalém do Milênio. Isso é de fácil compreensão. Aqui já estamos no período pós-milênio. A descrição da cidade mostra com abundância de detalhes que a sua glória excede em muito ao da Jerusalém milenial (Ap 21.9-21). O templo dela é Deus e o Cordeiro (v.22); a cidade não necessita de sol nem de lua (v.23), e nela não haverá noite (v.25). Nós veremos o rosto de Deus e do Cordeiro (Ap 22.4), e a glória de Deus e de Cristo nos alumiará para sempre (Ap 22.5). A nova Jerusalém é chamada ainda de “a Jerusalém que é de cima” (Gl 4.26) e a “Jerusalém celestial” (Hb 12.22).
3. A eternidade dos salvos.
A nova Jerusalém é o eterno lar de todos os salvos em Cristo. O próprio Deus estará continuamente entre os humanos: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará” (v.3), e Deus mesmo limpará de nossos olhos toda a lágrima (v.4). Ali não haverá morte, que é o último inimigo a ser derrotado (1Co 15.26,54). O pecado será banido para sempre, e ali nunca mais haverá maldição contra alguém (Ap 22.3). É a nossa eterna bem-aventurança. Aqui está o final glorioso da jornada da Igreja.
Novos céus e nova terra será uma nova realidade implantada por Deus.
CONCLUSÃO
Nós cremos que, assim como todas as profecias sobre a primeira vinda do Messias se cumpriram, de igual modo todas as profecias sobre o mundo vindouro se cumprirão também, pois Deus é fiel.
3. Destino dos ímpios.
É o inferno, descrito aqui como “lago de fogo” ou “ardente lago de fogo e enxofre” (Ap 19.20). Esse lugar foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41), e não para os seres humanos, mas será o destino final dos perdidos por causa da sua incredulidade e desobediência, pois a vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que todos sejam salvos (1Tm 2.4).
a) Hades. A Septuaginta emprega esse termo para traduzir o hebraico sheol, no Antigo Testamento, que significa o “mundo invisível dos mortos” (Sl 89.48). Ambos os termos se traduzem, às vezes, por “inferno” na Almeida Revista e Corrigida (Sl 9.17; Mt 16.18). O lugar serve como estágio intermediário dos mortos sem Cristo, uma prisão temporária até que venha o Dia do Juízo (Ap 20.13,14). Os condenados que partiram desde o início do mundo permanecem lá, conscientes e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão nesse lugar (Lc 16.23,24).
b) Geena. O mundo judaico contemporâneo de Jesus cria que a Geena era o lugar no qual os ímpios receberiam como castigo o sofrimento eterno. O termo, traduzido por “inferno”, foi usado pelo Senhor Jesus nos evangelhos: “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mt 23.33), e indica o lago de fogo apocalíptico.
O Juízo Final é o evento que sacramentará o destino dos ímpios.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Embora o trono de Deus seja o trono de julgamento, Jesus declarou: ‘E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo’ (Jo 5.22). O único Mediador entre Deus e a humanidade tornar-se-á também o Mediador do julgamento. Por conseguinte, Jesus assentar-se-á sobre o trono. E tão grande será a sua majestade, que a terra e o céu ‘fugirão’, não havendo mais para eles ‘lugar, no plano de Deus’. Isto posto, abrir-se-á caminho para os novos céus e a nova terra. Eis os que comparecerão diante do grande trono branco: ‘os mortos, grandes e pequenos’ (Ap 20.12). Quanto aos justos, por haverem participado da primeira ressurreição, já terão corpos imortais e incorruptíveis. Portanto, os mortos que estarão de pé, diante do grande trono branco, para serem julgados, serão ‘os outros mortos’ (Ap 20.5) que não tomaram parte na primeira ressurreição por ocasião do arrebatamento. Esses serão os ‘mortos ímpios’, incluindo os que foram consumidos após o Milênio, por haverem seguido a Satanás” (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, pp.207,08).
CONHEÇA MAIS
Primeira Ressurreição
“De maneira geral, assim é visto o arrebatamento da Igreja que, juntamente com o rapto dos vivos, constituir-se-á também da revificação, imortalização e glorificação dos que morreram em Cristo (1Co 15.50-57)”. Dicionário Teológico, CPAD, p.32.
III. SOBRE A NOVA CRIAÇÃO
1. Um novo céu e uma nova terra.
O quadro descrito no texto da Leitura Bíblica em Classe diz respeito à nova criação, ou seja, não se trata, pois, de uma renovação ou de alguma restauração, mas de tudo ser novo: “Eis que faço novas todas as coisas” (v.5); “Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17). Essa promessa reaparece no Novo Testamento (2Pe 3.13). O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2Pe 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os céus e a terra não poderão resistir à santidade e à glória de Deus: “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11). Essa palavra profética é reiterada mais adiante: “Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (v.1). O universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e glória daquele que está assentado sobre o trono.
2. A nova Jerusalém.
Antes de tudo, convém ressaltar que a nova Jerusalém “que de Deus descia do céu” (v.2) não é a mesma Jerusalém do Milênio. Isso é de fácil compreensão. Aqui já estamos no período pós-milênio. A descrição da cidade mostra com abundância de detalhes que a sua glória excede em muito ao da Jerusalém milenial (Ap 21.9-21). O templo dela é Deus e o Cordeiro (v.22); a cidade não necessita de sol nem de lua (v.23), e nela não haverá noite (v.25). Nós veremos o rosto de Deus e do Cordeiro (Ap 22.4), e a glória de Deus e de Cristo nos alumiará para sempre (Ap 22.5). A nova Jerusalém é chamada ainda de “a Jerusalém que é de cima” (Gl 4.26) e a “Jerusalém celestial” (Hb 12.22).
3. A eternidade dos salvos.
A nova Jerusalém é o eterno lar de todos os salvos em Cristo. O próprio Deus estará continuamente entre os humanos: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará” (v.3), e Deus mesmo limpará de nossos olhos toda a lágrima (v.4). Ali não haverá morte, que é o último inimigo a ser derrotado (1Co 15.26,54). O pecado será banido para sempre, e ali nunca mais haverá maldição contra alguém (Ap 22.3). É a nossa eterna bem-aventurança. Aqui está o final glorioso da jornada da Igreja.
Novos céus e nova terra será uma nova realidade implantada por Deus.
CONCLUSÃO
Nós cremos que, assim como todas as profecias sobre a primeira vinda do Messias se cumpriram, de igual modo todas as profecias sobre o mundo vindouro se cumprirão também, pois Deus é fiel.
Fonte: Lições Bíblicas CPAD Adultos - 3º Trimestre de 2017 - Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Livro de Apoio - Comentarista: Esequias Soares
Revista Adultos 3ºTrim.2017 - A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista: Esequias Soares
Revista Adultos 3ºTrim.2017 - A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista: Esequias Soares
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