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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Siló - Profecia Bíblica

"O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos." Gênesis 49:10

Que venha Siló, e a Ele se congregarão os povos. Gn 49:10

Começo dizendo que estudar sobre o significado de Siló, me encheu de alegria e gratidão a Deus. Lembrei das tantas vezes em que a vida me fez pensar que a derrota havia me alcançado de uma vez por todas, e passados  dias, meses ou mesmo anos, pude compreender que na “casa do luto” existe e reside novos começos possíveis aos que jamais perdem a fé e a esperança na fidelidade de Deus.

Siló é citado pela primeira vez no livro de Gênesis. No começo da história de amor, entre Deus e o homem. Siló está no principio, como uma profecia de Jacó (Israel) para Judá, para seu filho Judá e toda a tribo de mesmo nome e ainda para todos os povos:“ O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló, e a Ele se congregarão os povos” Gn 49:10

Quem é Siló? O que esta palavra significa? É quase impossível decifrar o significado de Siló se não fizermos um estudo detalhado incluindo Antigo e Novo Testamento. No verso de Gênesis, Siló está como nome próprio, uma palavra composta da reunião de dois vocábulos: shel e loh, significando “a quem alguma coisa pertence, a quem pertence o domínio, o que tem o reino” (Strong 07886). Porém, e por muito tempo, Siló foi a denominação dada a uma região de Israel.

“E toda a congregação dos filhos de Israel, se ajuntou em Siló, e ali armaram a tenda da congregação, depois que a terra foi sujeita diante deles” Js 18:1

“Subia, pois, este homem da sua cidade, de ano em ano a adorar e a sacrificar ao Senhor dos exércitos em Siló, e estavam ali os sacerdotes em Siló” I Sm 1:3

Siló era o mais importante local de culto de toda a Palestina, ficava a 38 quilômetros ao Norte de Jerusalém, na região de Efraim. Multidões concorriam a Siló para adorar, sacrificar a Deus e consultar os sacerdotes, dentre eles Eli e também ao profeta Samuel. A arca da Aliança permaneceu nessa cidade por mais de um século, no talmude está escrito que na verdade, foram 369 anos de permanência da Arca da Aliança em Siló.

Quando os filisteus derrotaram os israelitas em Afeq, levaram a Arca da Aliança  e destruíram o santuário, centro de peregrinação .( I Samuel 4, Salmos 78:60).  Tempos depois a Arca retornou a Israel, foi mantida em Kiryat-Yearim até Davi a resgatar para Jerusalém. O destino da Arca da Aliança é considerado mistério. Ninguém jamais a encontrou. Apocalipse 11:19 menciona a Arca da Aliança, é a última menção sobre ela na Bíblia, diz que ela está no céu. A passagem de Apocalipse ilustra a importância da Arca e a não necessidade de uma Arca da Aliança na terra.

Se você ainda não conhece o significado de Arca da Aliança, Ela era uma caixa feita de madeira de acácia, revestida de ouro sob a qual querubins abriam suas asas em reverência e guarda. Era um santuário, propiciatório que continha as tábuas da lei, a vara de Arão e o maná. A  Arca representava a presença de Deus entre os homens. (Hebreus 4)

Siló, então era o mais glorioso lugar de culto. A esperança de todos os aflitos. Porém, houve uma época em que Siló foi destruída. Os israelitas haviam se transformado em idolatras  profanando a cidade e o templo. A Arca foi levada para o templo do falso deus Dagom. Deus muito se entristeceu porque as nações não O reconheceram como Deus lhe rendendo a glória devida.

Siló foi então pisada pelos exércitos inimigos. O templo foi ao chão. Tudo isso era reflexo da condição moral e espiritual sob a qual se encontrava Israel. A decadência de Siló era uma resposta, uma reação de Deus para que as pessoas acordassem do sono da morte. O profeta Jeremias, relata a destruição de Siló:

Jeremias 7:12 “Mas ide agora ao meu lugar, que estava em Siló, onde, ao princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel.

E nos Salmo 78:60 “Pelo que desamparou o tabernáculo em Siló, a tenda da Sua morada entre os homens”

E se a história de Siló encerasse aqui? Seria uma triste realidade: a de que Deus já não poderia ser visto entre seu povo. Onde estaria Siló? Aquele a quem pertencia o domínio da Palavra, da Profecia, o Santuário, esperança para os aflitos? Caminhar para Siló e não mais encontrá-lo era um abismo: “Onde não há profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é bem-aventurado"Provérbios 29:18.

A restauração.

Mas a história não tinha acabado. Siló não era um passado distante, um presente vazio e um futuro sem futuro. Siló, tal qual Jacó profetizou no começo, em relação ao fim dos tempos, viria, aleluia!

Sua história, amado leitor, não pode acabar quando tudo parece acabado. Porque Deus restaura a sorte daqueles que O buscam:

Em Jeremias 29:11-14 o Senhor diz: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamento de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.Então, me invocareis, passareis a orar a mim , e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o Senhor, e farei mudar a vossa sorte.”

Esses versos da Palavra de Deus me fizeram compreender a necessidade de orar com todas as forças e coração. Esse verso, modificou minha forma de se relacionar com Deus, entendi que tudo começava com a verdadeira adoração. Aquela que ama a Deus sobre todas as coisas e sente alegria por estar em Sua presença.

Entendi que orar não é falar demais ou de menos, mas é conversar sinceramente com Deus na certeza de que Ele se importa conosco. Conversar sobre tudo, se derramando diante Dele como goteja a chuva nas folhas das árvores, como gotejam as lágrimas de nossos olhos. Foi assim, sendo curada da dor, que encontrei Siló. Sim, Ele veio exatamente para congregar os povos.

"O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló, e a Ele se congregarão os povos” Gn 49:10

Siló é o poder restaurador de Deus que se revela a humanidade na pessoa de Jesus Cristo. O santuário em Siló, na antiga Palestina, do tempo do profeta Samuel, foi destruído, mas Deus ergueu Outro Siló, muito maior! E as pessoas, não precisam se deslocar de uma cidade a outra, de um País a outro para chegar a Siló. Ele está ao alcance de toda pessoa que O busca em espírito e verdade.

Jesus nasceu da tribo de Judá, cumprindo a profecia, a Ele pertence o domínio dos séculos e séculos, a Ele o Reino e a glória. Siló está entre nós, em nós, sendo Único intercessor entre o Reino de Deus e os homens.

"Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e salvo, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta. E de Efraim destruirei os carros, e de Jerusalém os cavalos; e o arco de guerra será destruído, e ele anunciará paz aos gentios; e o seu domínio se estenderá de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da terra". Zacarias 9:9-10

"Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas". Lucas 19:38

É isso. Quem tem Siló não pode perder a fé. Porque Deus tem prazer em restaurar a vida daqueles que se encontram abatidos.  Siló é a mais pura, linda e real história de amor entre Deus e cada um de nós. Não podemos  esquecer de lembrar que em Siló  temos o conforto e a salvação.

Amém.

Texto da Escritora Wilma Rejane

Fontes: A tenda na Rocha
A Tenda na Rocha; como links e ainda: Bíblia de Estudo Plenitude, edição revista e corrigida, 1995, SBB.

Aqui eu Aprendi!

sábado, 25 de agosto de 2018

Jesus, o Holocausto perfeito

“Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” Hb 10.10

Jesus, o Holocausto perfeito

Nem toda oferta, ou oferenda, presente no sistema de sacrifício levítico, era sacrifício pelos pecados. Algumas delas tinham a função de expressar a comunhão com Deus ou ratificar uma aliança com Ele. Com o Holocausto já é diferente.

O que é o Holocausto?

Tragicamente, o termo se popularizou com o desumano e carniceiro “Holocausto Judeu”. Este foi um acontecimento histórico que representa o mais alto grau de antissemitismo no mundo, bem como a raiz contemporânea dele. Mais de seis milhões de judeus foram mortos, incinerados nos campos de concentração. Uma vergonha trágica para a humanidade do período contemporâneo.

Holocausto, na Bíblia, significa “oferta inteiramente queimada”. Era uma oferta dedicada inteiramente a Deus e, por isso, deveria ser integralmente queimada como expiação do pecado. O princípio por trás dessa oferta era o seguinte: para uma pessoa viver algo precisa morrer no lugar dela. Assim, era oferecido o gado, vacas e ovelhas (Lv 1.2). Estas ofertas deveriam ser queimadas inteiramente. Note, que não por acaso, o holocausto abre o livro do Levítico (Cap. 1). Sem dúvida, é a oferta que mais faz sentido com a entrega total do Filho de Deus, Jesus Cristo, na cruz do Calvário.

A transitoriedade do Holocausto

A oferta do Holocausto, como as demais, era transitória e insuficiente para resolver o problema do pecado, conforme escreve o escritor aos Hebreus: “Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar” (Hb 8.13). Graças a Deus!, hoje não é preciso mais queimar animal algum. Está consumado! Tudo pago!

Tudo se deu por intermédio da revelação do Verbo Encarnado. Nosso Senhor se tornou homem para se apresentar como um de nós. Um amor que não se pode medir fez tudo isso.

Além do Verbo Encarnado, nosso Senhor padeceu um sofrimento imenso porque tinha perfeita consciência de que Ele deveria morrer. Não!, nosso Senhor não morreu para servir de um grande exemplo para a humanidade, mas para salvá-la de uma vez por todas.

A morte e a ressurreição de nosso Senhor é o “clímax” de todo o plano divino para prover uma salvação suficiente e eterna para o seu povo. Cristo é o Holocausto perfeito porque, nEle, tudo o que era necessário para que o ser humano fosse salvo se realizou. Um Holocausto que gerou vida para todo o que crê! Estejamos em Cristo, o Holocausto perfeito! Revista Ensinador Cristão nº74

Os holocaustos da Antiga Aliança eram transitórios e imperfeitos, mas o sacrifício de Jesus Cristo é perfeito e eterno, porque Ele morreu e ressuscitou eficazmente por toda a humanidade.

Leitura Bíblica - Levítico 1.1-9

É importante que você conheça e compreenda o significado desse termo. A palavra holocausto vem do grego holokauston, de hólos, completo + kaio, eu queimo. O holocausto é um tema frequente e relevante no Antigo Testamento, por isso o livro de Levítico inicia com as instruções divina conferidas a Moisés a respeito dos sacrifícios que seriam oferecidos no Tabernáculo. Levítico mostra o tipo de sacrifício e a forma como deveria ser apresentado ao Senhor.

O Deus que tudo criou precisava do sangue de animais? Não! Tudo é dEle, contudo os holocaustos apontavam para o plano perfeito da salvação que o Pai já havia preparado antes da fundação do mundo. Eles expunham a verdade de que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreria em nosso lugar. Seu sacrifício foi perfeito, único e superior a todos os holocaustos já oferecidos.



Só viremos a entender plenamente a obra da salvação, em Jesus Cristo, se nos voltarmos com devoção e temor à teologia do holocausto, o principal sacrifício levítico. Quando o ofertante apresentava essa oferta ao Senhor, encenava ele, de maneira vívida e dramática, a História Sagrada. Uma interface perfeita com João 3.16; sublime teologia. Quem melhor compreendeu a sua doutrina foi o autor da Epístola aos Hebreus. Inspirado pelo Espírito Santo, ele divisou, nos animais oferecidos periodicamente a Jeová, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Estudaremos, neste capítulo, a instituição do holocausto: história, teologia, referência simbólica e cumprimento em Jesus. Sem o sacrifício dos sacrifícios, não podemos entender o plano da nossa salvação. O presente estudo, por conseguinte, além de formalmente tipológico, é essencialmente soteriológico; requer uma exegese correta que harmonize profetas e apóstolos, pois estes jamais estiveram em desarmonia.

Que Deus nos permita a perceber a maravilhosa doutrina da salvação e a desenvolvê-la em nossa jornada terrena.

I. HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO POR EXCELÊNCIA

Como já vimos, a religião noética gerou grandes santos e teólogos como Jó, Melquisedeque e Abraão. E, pelo que nos é permitido inferir do texto sagrado, cada um deles, em seu próprio turno, serviu a Deus com sacrifícios cruentos.

Nesse sentido, o rei de Salém, por ter uma teologia bem mais messiânica e soteriológica, foi além das oferendas animais. Ao receber o pai dos hebreus, em seu domicílio, Melquisedeque apresentou-lhe uma oferta que, em virtude de sua essência, unia o Antigo ao Novo Testamento. Neste tópico, mostraremos por que o holocausto é o ofertório por excelência.

1. Definição de holocausto.

O termo holocausto provém do vocábulo hebraico `olah, que significa ascender ou ir para cima. É uma referência tanto à fumaça da oferta queimada, em si, como à devoção e a entrega amorosa dessa mesma oferta ao subir à presença de Deus (Lv 1.9). Sacrifício dos sacrifícios. Foi por essa razão, que Paulo considerou o desprendimento dos irmãos filipenses, em favor da obra missionária, como um holocausto de cheiro suave ao Senhor (Fp 4.18).

O holocausto era o mais importante sacrifício do culto hebreu (Lv 1.1-3). Consistindo no oferecimento de aves e animais limpos, requeria a queima total da vítima; era pleno e incondicional (Lv 1.9). Tendo em vista a sua relevância, inaugurava todas as solenidades diárias, sabáticas, mensais e anuais do calendário litúrgico do Antigo Testamento.

O holocausto era conhecido também como oferta queimada.
Ao oferecê-lo ao Senhor, o crente hebreu fazia-lhe uma oração que, apesar da ausência de palavras, era eloquente e persuasiva; implicava em sua total submissão ao querer divino. Assim como a vítima do sacrifício dera-se ao altar sem resistência, assim também o fazia o adorador naquela instância; entregava-se resignadamente a Deus. Tal atitude remetia-o ao Calvário.

Jesus Cristo é o holocausto perfeito.
Quando nos conformamos plenamente à vontade do Filho, oferecemos ao Pai o mais sublime dos holocaustos; mostramos-lhe que, pela ação intercessora do Espírito Santo, já estamos crucificados com Cristo. A partir de agora, não sou eu quem vive, mas Jesus Cristo vive em mim.

2. A antiguidade do holocausto.

O holocausto é também o mais antigo sacrifício da História Sagrada. Introduzido mui provavelmente por Abel, foi observado durante todo o período do Antigo Testamento. É o cerimonial que mais caracteriza o culto levítico; descreve, gestualmente, a peregrinação da alma penitente da Queda, no jardim do Éden, à Redenção, no monte Calvário.

Pelo que depreendemos da narrativa sagrada, após a morte de Jó, o holocausto, como o praticara os primeiros descendentes de Noé, não demoraria a desaparecer. Manter-se-ia, porém, no clã de Abraão, o ramo mais nobre de Sem; messiânico e soteriológico.

Em Canaã, se o holocausto noético foi alguma vez oferecido, não tardou a dar espaço a celebrações sórdidas, lascivas e criminosas. Naqueles templos e lugares altos, dominados por régulos tiranos e sanguinários, prostituição e homicídio litúrgico eram livremente praticados. Já no Egito, sacrifícios como o holocausto eram algo impensável. Se bovinos e ovinos eram deuses, por que lhes tirar a vida?

Nas escavações arqueológicas realizadas nos entornos das pirâmides, animais mumificados são descobertos em nichos e santuários. Aqui, um macaco; ali, um falcão. E quanto ao boi? Era intocável; personificava a Terra. Imolá-lo? Sacrilégio dos sacrilégios aos olhos egípcios.

No Cairo, capital do Egito, existe um museu em que é possível constatar que os ídolos, nos quais Faraó depositava toda a sua confiança, eram absurdamente esdrúxulos. Cada um deles, embora tivesse corpo de homem, carregava uma cabeça de animal. Até deus com cara de cachorro pode ser visto ali entre múmias de reis e carcaças de nobres.

Já que a religião egípcia tinha o holocausto como algo abominável, como descrever-lhe a soteriologia? Para mim, semelhante religião nem soteriologia possui. O mais acertado seria qualificá-la de tanatologia: doutrina ou estudo da morte. Isso porque, no Egito, empregavam-se todos os recursos para dar a Faraó, após o seu falecimento, confortos, regalias e honras. O reino do Nilo mais parecia uma imensa casa funerária.

A bem da verdade, os egípcios não acreditavam na vida eterna, mas numa morte sem fim. No mundo além, dependiam do mundo aquém. Nem mesmo Aquenáton que, reinando no século XIV antes de Cristo, buscou estabelecer um culto monoteístico em ambos os Egitos (alto e baixo), logrou uma doutrina da salvação que tivesse a Deus como redentor. Adorando o Sol, ignorou o Criador dos Céus e da Terra.

Retornemos, agora, aos descendentes de Noé que perseveraram em seguir-lhe as pisadas.

3. O holocausto no período patriarcal.

Se considerarmos o sacrifício que Abel ofereceu ao Senhor uma espécie de holocausto, então essa oferenda foi, de fato, a mais antiga da História Sagrada (Gn 4.4). O costume seria preservados pelos filhos de Abraão em Isaque e Jacó (Gn 8.20; 22.13).

A religião divina, como Adão e Noé a transmitiram a seus descendentes, foi preservada nos holocaustos que, sem interrupção, foram oferecidos ao Senhor desde Abel até a destruição do Templo de Esdras, no ano 70 de nossa era. Cada vez que um desses crentes imolava um animal, profetizava ele, tipologicamente, a morte de Cristo no Calvário. Em cada oferenda, sustentada pela fé, havia uma súmula da soteriologia que hoje professamos.

4. O holocausto no período mosaico.

Após a saída dos filhos de Israel do Egito, o Senhor instruiu Moisés a sistematizar o culto divino, para evitar impurezas pagãs. Quanto ao holocausto, por exemplo, apesar de já ser uma tradição na comunidade de Israel, teria de observar preceitos e normas. A partir daquele momento, haveria um altar específico para as ofertas queimadas (Êx 31.9). Tudo deveria ser executado de acordo com as normas estabelecidas por Deus (Lv. 1—6).

Em sua peregrinação, os israelitas retornam livremente ao holocausto. Se, no Egito, era abominação imolar um animal a Jeová, agora, naquele deserto inóspito, o sacrifício de animais veio a constituir-se na parte mais bela e nobre da religião hebreia. Os sacerdotes, agora, ofereciam redis inteiros ao Senhor.

Como puderam eles criar tantos animais, não apenas consumo próprio, como também para oferecê-los a Deus? Se em prados verdejantes e junto a águas tranquilas já é difícil tanger bois e carneiros, o que fazer em regiões ermas e abrasadoras? Quando nos pomos a servir a Deus, tudo Ele dispõe a nosso favor. À noite, orvalhava o maná para o sustento do povo. Durante o dia, providenciava o pasto àqueles rebanhos que se esparramavam pelo Sinai.

A instituição e a continuidade do culto levítico, no deserto, constitui, em si, um grande milagre. Uma religião como a hebreia que, litúrgica e teologicamente, requer animais, perfumes, incensos e pães, não pode sobreviver sem uma logística perfeita. Num grande centro urbano, não haveria problemas; fornecedores de matérias-primas não faltam. Mas, no Sinai, já distante do Egito e ainda longe de Canaã, adorar ao Senhor, com os rigores e demandas do culto levítico, era um desafio cotidiano. Sem mencionar a construção do Tabernáculo em si.

5. O holocausto na Terra de Israel.

Após a conquista de Canaã, os holocaustos continuaram a ser oferecidos livremente ao Deus de Abraão. Josué celebrou uma importante vitória sobre os cananeus com holocaustos e ofertas pacíficas (Js 8.31). Gideão, ao ser comissionado pelo Senhor para libertar Israel, ofertou-lhe um holocausto (Jz 6.26). Quanto a Samuel, ofereceu o mesmo sacrifício ao Poderoso de Jacó, antecipando uma grande vitória sobre os filisteus (1 Sm 13.9,10). A reforma de Ezequias foi marcada por generosos holocaustos (2 Cr 29.7-35). Após o retorno do exílio, os judeus, agradecidos a Deus pela restauração de seu culto, também ofereceram-lhe holocaustos que iam além de suas posses (Ed 8.35).
        A essa altura, o que era tradição adâmica e noética torna-se instituição religiosa em Israel. Agora, o holocausto é visto como a principal liturgia do culto israelita. Se fizermos uma pesquisa no âmbito da história, da cultura e da antropologia, concluiremos que apenas a linhagem de Sem observou a prática de ofertas queimadas ao Senhor. Quanto aos camitas, que povoaram a África e partes do Oriente Médio, e aos jafetitas, que colonizaram a imensa região da Eurásia, temos evidências de que não deram continuidade a oferenda com que Noé inaugurara a segunda civilização humana.

As etnias acima citadas praticavam sacrifícios cruentos; nenhum desses, porém, assemelhava-se ao holocausto semítico. Entre os povos tidos como bárbaros, houve (e ainda há) abate ritual de animais e de seres humanos. Mas holocausto, semelhante ao hebreu e com a sua essência teológica, não; é algo exclusivo de Israel, a linhagem mais nobre e representativa de Sem. E, por se falar em sacrifícios humanos, veremos, daqui a pouco, por que esse tipo de oferenda jamais seria aceito por Deus.

II. A IMPLICAÇÃO TEOLÓGICA DO HOLOCAUSTO

Em todo sacrifício levítico, subjaz uma teologia que tem, em sua natureza, uma soteriologia que nos remete, de imediato, à morte vicária de Jesus Cristo. Sendo assim, precisamos descobrir aquilo que não seria incorreto chamar de a mecânica teológica do holocausto.

1. A consciência do pecado humano.

Quando um crente hebreu propunha-se a oferecer um holocausto ao Senhor, a primeira coisa que lhe vinha ao coração era a sua própria culpabilidade (Sl 51.5). Ele sabia que, em Adão, todos haviam pecado; ninguém seria tido por inocente diante de Deus. Até mesmo o recém-nascido, apesar de ainda não ter a experiência do pecado, já carregava, em si, a essência da ofensa adâmica (Rm 3.23; 5.12).

Se a situação do peregrino é tão desfavorável, o que fazer?

Ele não poderia apresentar a si próprio a Deus, pois não ignorava a pecaminosidade que lhe ia na alma. Por isso, buscava num animal tenro, bom e geneticamente perfeito (símbolo de um intermediário eficaz); uma ponte que o conduzisse a Deus. Sem o saber, o penitente evocava perspectivamente, pela fé, ali, junto àquele altar, o sacrifício do Senhor Jesus Cristo no Calvário. O Filho de Deus haveria de morrer, de fato, em favor de todos os filhos de Adão: pelos contemporâneos da cruz, pelos que viriam a nascer e pelos que já haviam morrido.

2. A consciência da justiça divina.

Já diante do altar, esse mesmo crente sabia que, confrontado pela justiça de Deus, merecia apenas uma coisa: a morte; o salário mais adequado ao pecado adâmico. Nesse impasse, a pergunta vinha-lhe à mente: “Como aplacar um Deus irado?”. Se, por um lado, ele sabia que Deus é justo, por outro, não ignorava que a justiça divina jamais deixava de vir acompanhada por um amor que, incompreensivelmente, se dá. Por essa razão, apresentava ao Senhor a vítima do holocausto, como a rogar-lhe: “Nele, perdoa-me”. E, pela fé, era não apenas perdoado, mas justificado imediatamente.

A justificação não é uma doutrina exclusivamente apostólica; no âmbito profético, era já conhecida e praticada junto ao trono divino. O salmista, ao discorrer sobre a ousada ação de Fineias no episódio de Baal-Pedor, reconhece: “Isso lhe foi imputado por justiça, de geração em geração, para sempre” (Sl 106.31, ARA).

No episódio narrado pelo autor sagrado, observa-se que Fineias assim agiu porque fora movido por uma fé incomum na santidade divina. E, por essa mesma fé, foi justificado. O mesmo acontecia àquele que, crendo na justiça divina, apresentava-lhe um holocausto. No ato da matança e da queima do animal, mostrava ele a Deus a sua confiança num sacrifício vicário que alcançaria o mundo todo. No ato do holocausto, desfilava diante de Deus toda a soteriologia do Novo Testamento.

3. A consciência da propiciação diante de Deus.

O que o crente hebreu mais ansiava era tornar-se propício a Deus. Todavia, ninguém poderia fazê-lo por si só, a não ser por meio de um intermediário, que fosse visto pelo justíssimo Deus como alguém igualmente justo, santo, inocente e eficaz como salvador; o próprio Filho de Deus.

Nos tempos dos patriarcas, ainda não se tinha um retrato do Messias como hoje encontramos nos Salmos e nos Profetas. Davi, em vários de seus cânticos, descreveu a vida, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Já Isaías, no capítulo 53 de seu livro, pinta o Servo de Jeová em tons fortes e inapagáveis.

Ambos os autores sagrados já não precisavam do holocausto para saber que o Filho de Deus, ao vir a este mundo como homem, teria o mesmo destino do animal oferecido a Deus numa oferta queimada. Eis porque o rei de Israel, numa evocação messiânica, lembra a transitoriedade do holocausto na soteriologia messiânica: “Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado não requeres” (Sl 40.6, ARA).

Davi, como bom teólogo, sabia que o homem, para tornar-se propício diante de Deus, carece não propriamente de um animal perfeito, mas de um perfeitíssimo medianeiro. Já antevendo não apenas o Messias, mas também o Consolador, roga ele a Jeová, depois de haver quebrantado duplamente a lei divina:

Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. (Sl 51.9-12, ARA)

Observemos que Davi, embora almejasse a aceitação de Deus, não lhe ofereceu um único holocausto. Sua compreensão das coisas divinas ia além da pedagogia das oferendas e dos sacrifícios. Naquele momento, ofertório algum, ainda que duplamente cruento, ser-lhe-ia útil. Por essa razão, evocando implicitamente a intermediação de Jesus Cristo, o Holocausto dos holocaustos, confessa sua confiança no verdadeiro Mediador entre Deus e os homens: “Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Sl 51.16,17, ARA).

Não procuramos, aqui, ao evocar Davi e Isaías, invalidar o holocausto na compreensão da soteriologia bíblica. Sem esse sacrifício, o profeta e o rei jamais viriam a entender adequadamente a mecânica da redenção que Deus, em Jesus Cristo, nos providenciara antes mesmo da fundação do mundo.

4. A consciência de um sacrifício perfeito diante de Deus.

Assombrado pela justiça divina, indaga o profeta:

Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus excelso? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus. (Mq 6.6-8 ARA)

Sim, indaga Miqueias: “Com que me apresentarei ao SENHOR?”. Buscando a propiciação divina, o crente hebreu poderia oferecer diversas coisas a Deus: bezerros, carneiros e azeite. Numa instância já desesperada, não hesitaria em dar-lhe o próprio filho; o primogênito da alma. Vejamos a inadequabilidade desses ofertórios. Iniciemos por examinar a oferta que mais dor custaria a um pai.

Antes de tudo, deixemos bastante claro, que Deus jamais exigiu sacrifícios humanos. A razão é bastante simples. Não obstante o custo espiritual, moral e espiritual que tal demanda acarretaria ao adorador, o seu efeito redentor e soteriológico seria inútil perante a justiça divina. Se todos pecaram e carecem da glória de Deus, quem estaria apto a morrer vicariamente por alguém? Um recém-nascido? Embora ainda inocente, já traz em si a semente do transgressão adâmica. Até mesmo os três homens mais justos da História Sagrada não seriam capazes de se darem vicária e salvificamente em favor dos transgressores, como o próprio Deus o demonstra através do profeta Ezequiel:

Filho do homem, quando uma terra pecar contra mim, cometendo graves transgressões, estenderei a mão contra ela, e tornarei instável o sustento do pão, e enviarei contra ela fome, e eliminarei dela homens e animais; ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, salvariam apenas a sua própria vida, diz o SENHOR Deus. (Ez 14.13,14, ARA).

No entanto, se o Senhor Jesus Cristo estivesse nessa mesma cidade, Ele, em virtude de sua justiça vicária, certamente morreria; ela, porém, seria poupada. Foi o que disse mui sabiamente o sumo sacerdote Caifás: “Vós nada sabeis, nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo e que não venha a perecer toda a nação” (Jo 11.49,50, ARA). Ao registrar o fato, o apóstolo João, com a sua elevadíssima acuidade teológica, assim interpretou a alocução de Caifás:

Ora, ele não disse isto de si mesmo; mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação e não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos. (Jo 11.51,52, ARA).

Inspirados por esse modelo teológico, como explicaremos a experiência de Abraão ao ser instado pelo Senhor a oferecer-lhe Isaque? O patriarca, como o melhor teólogo da época, depois de Melquisedeque, sabia que, seja desta seja daquela forma, haveria de recobrar o filho, pois tinha irrestrita fé na promessa divina. Mas, ainda que viesse a imolar o seu querido unigênito, a morte deste poderia ser doxológica, mas jamais soteriológica e redentora, porque Abraão já havia sido justificado ao crer em Deus (Gn 15.6). No instante extremo da provação, o Senhor interveio, não permitindo que o hebreu lhe imolasse o filho da promessa (Gn 22.11-13). Vicariamente, o ser humano é ineficaz até para si mesmo. Se a nossa morte fosse suficiente para salvar-nos, bastaríamos optar pelo suicídio, e a nossa situação, diante de Deus, estaria resolvida de vez. O suicídio, todavia, não tem qualquer eficácia remidora. Se assim fosse, Judas Iscariotes estaria hoje no Paraíso junto ao Senhor Jesus. Mas sabemos que, perdendo-se ele, foi para o seu próprio lugar.

Se a morte do meu primogênito é ineficaz para tornar-me aceitável diante do Senhor, o que lhe entregarei? Rios de azeite? O fruto da oliveira pode (e deve) ser apresentado ao Senhor como dízimo e ação de graças, mas, soteriologicamente, que eficácia tem? Afinal, não somos salvos pelas obras, mas pela fé em Jesus Cristo. Logo, tais ofertas servem apenas evidenciar-nos a salvação; somos salvos não pelas boas obras, mas à prática de obras boas, meritórias e que mostrem, por intermédio delas, o nosso compromisso com o Pai Celeste.

Restam-nos, agora, os bezerros de um ano e os carneiros tenros e bons. Tornar-nos-ão propícios a Deus? Como símbolos e tipos são eficazes. Mas, vicariamente, não. Se a simbologia e tipologia desses animais fossem recebidas pela fé, o adorador não deixaria de ver, em cada um deles, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Caso contrário, a morte desses bichos não passaria de um desperdício litúrgico, um pesado encargo ao crente, um enfado ao sacerdote e um enojamento ao Senhor.

O adorador que, pela fé, oferecia um holocausto ao Senhor, demonstrava a eficácia desse sacrifício, em sua vida, na prática da justiça, no exercício da misericórdia e na vivência do amor divino em seu cotidiano. E, no final de tudo, veria naquele bezerro ou naquele carneirinho, o Cordeiro de Deus.

III. JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO PERFEITO

Para que o Filho de Deus se tornasse o holocausto perfeito, a fim de redimir a humanidade, três coisas foram-lhe necessárias: a encarnação, o sofrimento e, finalmente, a morte e a ressurreição.

1. A encarnação de Cristo.

A encarnação de Cristo foi o cumprimento cabal e perfeito da profecia de Davi: “Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste” (Sl 40.6).

O que o Messias, por meio do salmista, diz é que, sendo os holocaustos transitórios, restava-lhe apresentar-se voluntária e eternamente, perante o Pai, para ser a oferta e o ofertante, a fim de redimir a humanidade (Hb 10.110). Foi na condição de Homem Verdadeiro que o Senhor Jesus foi provado em todas as coisas, exceto no pecado, para mostrar a eficácia de seu maravilhoso e definitivo sacrifício.

2. O sofrimento de Cristo.

Assim como a vítima do holocausto era, antes de ser queimada, repartida em pedaços, foi o Senhor Jesus submetido a todos os sofrimentos, angústias e dores (Is 53). Ele sabia o que era padecer.

O autor da Epístola aos Hebreus garante que o Filho de Deus, durante o seu ministério terreno, apresentou ao Pai constantes rogos, clamores e lágrimas (Hb 5.7).

Da encarnação à morte, Ele foi implacavelmente provado em todas as coisas. Mas, nem por isso, deixou de apresentar um fiel testemunho como o Cordeiro de Deus (Jo 1.29).

3. A morte e a ressurreição de Cristo.

O auge do sofrimento do Filho de Deus, como nosso perfeito holocausto, foi a sua morte no Calvário. Antecedendo o seu sacrifício, rogou ao Pai que lhe afastasse aquele cálice (Mc 14.36). No entanto, Ele sabia que a morte na cruz era a sua missão, o ápice de seu ministério. Em sua morte, a nossa vida.

Na verdade, foi morto e sepultado (Mt 27.59-66). No terceiro dia, entretanto, eis que ressurge dos mortos como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Mt 28.1-10). Com a sua ressurreição, Jesus Cristo plenifica o sacrifício perfeito, como ofertante e oferta.

CONCLUSÃO

Neste capítulo, refletimos sobre o sacrifício perfeito de Jesus Cristo. Ele é o Holocausto dos holocaustos. Ele morreu eficazmente por mim e por você. Por essa razão, mantenhamos uma vida de santidade e pureza, a fim de sermos fiéis testemunhas do Evangelho. Não ignoremos o sacrifício de Cristo. Se o fizermos, sobre nós recairá o justo juízo de Deus (Hb 10.26,27).

Fonte:
Livro de Apoio – Adoração, Santidade e Serviço - Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico - Claudionor de Andrade
Lições Bíblicas 3º Trim.2018 - Adoração, Santidade e Serviço - Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico - Comentarista: Claudionor de Andrade
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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

O Maior Homem da História

"...Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;..." Filipenses 2:9

O Maior Homem da História
Ele não tinha servos, e no entanto O chamavam de Senhor

Não tinha nenhum grau de estudo, e no entanto O chamavam de Mestre

Não tinha medicamentos, mas era chamado de médico dos médicos

Ele não tinha exército, mas reis O temiam

Ele não ganhou batalhas militares, e no entanto, conquistou o mundo

Ele não cometeu nenhum delito, e no entanto foi crucificado

Foi enterrado em uma tumba, e no entanto, Ele vive

Me sinto honrado em servir a este líder que nos ama

Esta mensagem fará bem a outras pessoas... Evangelize!

A Fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus``` 🙏

"Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra." Oséias 6:3


JESUS o único Caminho que nos leva ao Pai!

"Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu. E diziam: Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?
Respondeu, pois, Jesus, e disse-lhes: Não murmureis entre vós.
Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim." João 6:40-45

Abraço fraterno
Pastor Ismael
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segunda-feira, 23 de julho de 2018

O currículo de um Grande Médico

"Cura-me, Senhor, e sararei; salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor." Jeremias 17:14

Este é o CURRÍCULO de um Grande Médico, amigo meu. Estive conversando com Ele e com Seu Auxiliar, que inclusive está presente neste momento, e me pediu pra lhe passar esta mensagem pra quando você precisar...


Nome: *JESUS CRISTO!*

Graduação: *FILHO DE DEUS!*

Mestrado: *REI DOS REIS!*

Doutorado: *DONO DO UNIVERSO!*

Médico  auxiliar: *ESPIRÍTO SANTO!*

Sua experiência: *CAUSAS IMPOSSIVEIS!*

Atendimento: *24 HORAS.*

Sua especialidade: *OPERAR MILAGRES!*

Seu instrumento: *FÉ!*

Seu favor: *A GRAÇA!*

Não  publicou livro, mas é a parte  mais importante do mais vendido do mundo : *A BÍBLIA*

Doenças que  cura: *TODAS!*

Preço do tratamento: *CONFIANÇA NELE!*

Sua garantia: *ABSOLUTA!*

Consultorio: *TEU CORAÇÃO !*

*Que esse médico te visite hoje!* 🙏

“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor” Lucas 4:18-19

Chesterton (1874–1936) um grande pensador cristão diz em uma das suas obras: “as mãos que fizeram o Sol e as estrelas”, agora são as mãos que curam, as mãos de Cristo, o médico. Ele não fazia milagres em massa, mas individualmente, tocando cada pessoa, atuando de maneira íntima e pessoal. Jesus se identifica com as nossas dores, com o nosso sofrimento. E por esta razão, Ele é capaz de ser Salvador e Senhor. (parte do texto de reflexão Pão Diário)

Grande e Fraterno abraço 
Pastor Ismael

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei." Mateus 11:28
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quinta-feira, 5 de julho de 2018

O Propósito dos Milagres no Ministério de Jesus

“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” Jo 20.31


Comparando a proposta de Jesus aos modelos de sedição política que haviam, Ele ‘não era um separatista, tampouco se comprometia com sistemas’ e, de igual forma, ‘também não era um zelote’. Distintamente de tais ‘modelos, Jesus voltou-se para as Escrituras e resgatou um modelo único de reinado na terra, muito mais judaico do que os três implementados pelo seu próprio povo’. Mais ‘judaico’ porque resgatava justamente o sentido original do que pretendia o Criador ao dizer, através de Moisés, que o povo de Israel seria um ‘reino sacerdotal’ (Êx 19.6). Isso porque, conforme Wright, os ‘judeus dos dias de Jesus não esperavam que o universo fosse parar de funcionar’. Na verdade, eles aguardavam ‘que Deus fosse agir de forma dramática no universo, como havia feito em momentos extremos — como o episódio do êxodo, no qual a única linguagem apropriada era a de um mundo abatido e, então, recriado’. Assim, quando Cristo anuncia que o ‘Reino de Deus, o retorno do exílio, o clímax da história de Israel está entre vós, Jesus está a dizer [que], embora não se pareça com o que [eles] esperavam ver’, o reinado de Deus finalmente havia iniciado” (CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte. A justiça sob a ótica de Jesus. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2017, pp.57,58).

Os milagres realizados por Jesus manifestavam a chegada do Reino de Deus.

Texto Bíblico - Lucas 4.14-24

INTRODUÇÃO

Sem dúvida alguma os milagres realizados por Jesus visavam socorrer as pessoas (Lc 13.16). Com seu poder, o Mestre usava de extrema sensibilidade e então toda dor e todo sofrimento cessavam. Mas será que além de socorrer aos que sofriam, havia mais algum propósito na realização dos milagres? Tal pergunta só pode ser respondida se entendermos a missão do Senhor Jesus Cristo, pois todas as ações do Mestre convergiam para o propósito final de sua missão. Nada que Ele fazia era sem objetivo ou a esmo. Na verdade, como o próprio povo reconhecia, Jesus fazia bem todas as coisas, inclusive quando curava surdos e mudos (Mc 7.37). Apesar disso, seu ministério não se deu sem oposições e enfrentamentos, pois os fariseus chegaram a acusá-lo de operar sinais, não pelo Espírito de Deus, mas por Belzebu, príncipe dos demônios (Mt 12.24).


I. A EXPECTATIVA JUDAICA

1. O chamado de Abrão e o Povo da Promessa.
Chamado por Deus, Abrão peregrinou sob a promessa de que, a partir dele, seria formada uma grande nação (Gn 12.1,2,4-9). Juntamente com tal promessa, Deus também disse que, através de Abrão, seriam “benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3; Gl 3.8). Isso, porém, não se daria de um dia para o outro e nem sem reveses (Gn 15.13). Tal tempo era necessário, pois sendo justo, Deus aguardava que “a medida da injustiça dos amorreus” se completasse para só então desapropriá-los e dar a terra à descendência de Abrão (Gn 15.16).

2. O propósito de Israel.
Quando o tempo de Deus completou-se, o Senhor chamou a Moisés e o enviou ao Egito para que libertasse o povo (Êx 34). Em Êxodo 19.6 o Senhor revela o propósito da nação israelita e ordena a Moisés para que este diga o seguinte ao povo: “E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo”. Como povo sacerdotal a tarefa de Israel era clara: servir de modelo aos demais povos, levando-os a querer ser como o Povo da Promessa (Dt 4.5-8). A ideia não era que Israel dominasse os outros povos, mas que exercesse um papel sacerdotal em relação às demais nações (Êx 23.9).

3. O fracasso de Israel em representar Deus e a expectativa judaica.
Como é sabido, infelizmente Israel fracassou em seu papel sacerdotal e rejeitou o conhecimento de Deus (Os 4.6). O Senhor já havia advertido, há muito tempo, que se o povo que Ele separara praticasse as mesmas coisas das demais nações, o destino deles não seria diferente (Lv 18.26-28). Desde quando Israel fracassou em representar o que significava ser governado por Deus, sua esperança era que o Senhor interviesse e mudasse a situação. No período intertestamentário desenvolveu-se uma consciência extremamente nacionalista e então se pensou na figura de um libertador político, o Messias, descendente de Davi, que mudaria tal quadro. Nos dias do Novo Testamento, tal ideia era ainda muito forte e motivo de questionamento até mesmo por parte dos discípulos (Jo 4.25; At 1.6).

Quando Deus chamou Abraão, Ele o fez não apenas para que o patriarca fosse abençoado, mas para ser uma fonte de “bênção”.


II. A VINDA DO REINO DE DEUS

1. O rei que não nasceu no palácio.
A maioria das pessoas que estudam a Palavra de Deus, e que tem experiência com o Senhor, já sabe que Ele não age da forma como a nossa lógica humana pensa (1Co 1.25-29). Com o nascimento de Jesus não foi diferente. Os magos que vieram do Oriente para visitar o Salvador, orientados por uma estrela, o procuraram no palácio, mas depois descobriram que, conforme diziam as Escrituras, Cristo não nascera na capital, Jerusalém, mas sim em Belém e, conforme se sabe, não foi em um “berço de ouro”, mas numa manjedoura (Mt 2.1-12; Lc 2.1-20). Parece um contrassenso, mas foi exatamente assim que aconteceu, dando indícios de que Jesus não era um rei como os demais que as pessoas conheciam (Mt 21.5).

2. João Batista anuncia a proximidade do Reino de Deus.
Levantado por Deus para preparar o caminho para o Salvador, João Batista começa a pregar no deserto da Judeia: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus” (Mt 3.2). O povo chegou a pensar que o Batista fosse o Cristo, o Rei, mas ele tratou de desfazer tal pensamento (Lc 3.15-17). Na verdade, João Batista tinha consciência de que seu ministério tinha uma finalidade, bem como um período de abrangência (Jo 3.28-30). Sua missão era anunciar que o tempo ansiado por todos em Israel estava próximo, o Reino de Deus, e o seu Messias, estavam chegando (Mc 1.2-8).

3. O Reino de Deus não é deste mundo.
A despeito de todos os judeus esperarem ansiosamente pelo Reino de Deus, ou seja, pela “redenção”, ou libertação, de Jerusalém (Lc 2.38), não tardou a vir a decepção. Com expectativas equivocadas, eles ansiavam por um reinado político nos moldes dos reis-imperadores objetivando até mesmo retaliação (Lc 24.21; Jo 6.14,15; At 1.6). Contudo, como Jesus fez questão de frisar a Pilatos: “O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui” (Jo 18.36). Naquele momento histórico o Reino ainda não dominaria completamente aqui, pois atua somente no coração, e realidade, daqueles que aceitam ao Evangelho e assim decidem viver (Mc 1.14,15 cf. Mt 6.10). Entretanto, chegará o dia em que o Reino de Deus será uma realidade absoluta e física (Dn 2.34,35) e neste dia, toda língua confessará ao Senhor e todo joelho se dobrará perante o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Rm 14.11).

João Batista nunca pensou em colocar-se em uma posição de Messias, pois tinha consciência de seu ministério.


III. O MINISTÉRIO DE JESUS SÓ PODE SER ENTENDIDO EM CONEXÃO COM O REINO DE DEUS

1. Os sinais concretos da chegada do Reino de Deus.
Procurado por dois discípulos de João Batista e perguntado por estes acerca de se Jesus era mesmo o Messias que havia de vir ou se eles deviam esperar por outro, a “resposta” do Mestre não poderia ser mais clara, pois a Bíblia diz que “na mesma hora, curou muitos de enfermidades, e males, e espíritos maus; e deu vista a muitos cegos” (Lc 7.21). Na sequência, Ele disse aos discípulos que retornassem ao Batista e então anunciassem o que viram e ouviram (Lc 7.22). Em outra ocasião, acusado de expulsar espíritos malignos por Belzebu, príncipe dos demônios, o Mestre disse que o fazia pelo “dedo”, isto é, pelo poder de Deus, e que, por conseguinte, isto era uma evidência concreta de que o Reino de Deus havia chegado (Lc 11.20).

2. Jesus revela sua missão, causando escândalo e ira.
O ministério de Jesus era dirigido pelo Espírito e consistia em anunciar o Evangelho de que o Reino de Deus havia chegado. Este era o conteúdo do seu ensinamento, inclusive nas sinagogas dos judeus (Lc 4.14,15 cf. Mc 1.14,15). Em uma dessas ocasiões, numa das passagens mais conhecidas, o Mestre, num sábado, foi a uma sinagoga em Nazaré, local onde fora criado. Ali lhe deram o livro do profeta Isaías e então Ele fez uma leitura que sintetiza perfeitamente sua missão (Lc 4.18,19 cf. Is 61.1). Pelo fato de Ele ter dito que naquele dia aquela Escritura cumprira-se, o povo se surpreendeu, pois conheciam sua origem humilde e simples (Lc 4.22). Tal reação não foi surpresa alguma para o Senhor, pois Ele sabia da resistência das pessoas em reconhecer que Deus pudesse levantar alguém entre os de sua própria terra natal (Lc 4.23-27). A revolta do povo foi tão grande que eles o expulsaram e até quiseram atentar contra sua vida (Lc 4.28-30).

3. O propósito dos milagres de Jesus.
O que fica claro, ao se estudar os milagres e sinais realizados pelo Senhor Jesus, é que o seu propósito só pode ser devidamente entendido levando-se em conta a mensagem do Reino de Deus o Evangelho, e o ministério de ensino que o Mestre desenvolveu (Lc 11.20). Lucas relata que em Cafarnaum, num sábado, o Mestre ensinava numa sinagoga quando um homem atormentado por um espírito imundo manifestou-se, incomodado com o ensino e com a presença do Senhor, pois sabia que o exercício de tal ministério significava a derrota de Satanás (Lc 4.31-36). As pessoas ali presentes ficaram espantadas, pois se admiravam de que o ensinamento do Senhor não fosse apenas teórico, mas extremamente poderoso e eficaz.

CONCLUSÃO
Além de servir de alívio para a dor e o sofrimento das pessoas, os milagres e sinais realizados por Jesus manifestavam o Reino de Deus. Ocorre, porém, que tal Reino nenhuma semelhança tem com os impérios deste mundo, seja os da antiguidade ou atuais. Isso, porém, faz com que as pessoas se frustrem em suas expectativas e acabem não aceitando a mensagem do Reino de Deus. Todavia, os que o aceitam, desfrutam, desde já, do privilégio de serem feitos filhos de Deus (Jo 1.11-13).

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 3º Trimestre de 2018 - Título: Milagres de Jesus — A fé realizando o impossível - César Moisés Carvalho
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