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sábado, 23 de junho de 2018

Ética Cristã e Redes Sociais

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” 1Co 6.12

Ética Cristã e Redes Sociais

Uma constatação
O fenômeno da rede social é evidente. Muitos movimentos políticos, sociais e religiosos têm sua origem nas redes sociais. De fato, as redes sociais quebraram a hegemonia da mídia. Hoje não há mais a possibilidade de uma pessoa ter apenas uma versão dos fatos de acordo com a linha editorial de determinado grupo de comunicação. Isso quebrou. A consequência desses fenômenos é a preocupação de muitos especialistas no assunto, como o sociólogo Manuel Castells, em sua obra “Sociedade em Rede”, em que ele propõe “a cultura da virtualidade real”, onde não há a separação entre a realidade e os signos virtuais. Nesse contexto, o sociólogo prevê que as relações humanas se darão cada vez mais nesses ambientes multimídias em que ainda não é possível antever os impactos que elas trarão na sociedade.

O perigo da relação descartável
Embora não seja possível verificar o impacto real do crescimento do uso das redes sociais, empiricamente sentimos alguns impactos em nossas experiências pastorais. Em nossas igrejas são comuns queixas de esposas que reclamam dos esposos que passam horas no ambiente virtual; dos esposos que reclamam o mesmo de suas esposas; dos filhos adolescentes que não saem do mundo virtual. Algumas consequências: desentendimentos, mágoas, perda do convívio familiar. Ora, o nosso Deus nos fez pessoas de “carne e osso” que se comunicam, nos fez seres sociais (Gn 2.18). A identidade do seguidor de Jesus passa obrigatoriamente na relação próxima e de bem estar com a outra pessoa (Jo 13.35). Nossas relações não podem ser descartáveis nem depender de um bloqueio ou não para sermos aceitos (Rm 2.11).

A rede social a serviço do Reino de Deus
A Palavra de Deus diz que nós temos a mente de Cristo (1Co 2.16). Tudo o que fazemos é para a glória de Deus (1Co 10.31). Então, tudo o que postamos, comentamos, curtimos e compartilhamos precisa ter como pano de fundo as virtudes do Reino de Deus. Há um livro cujo título é “Em seus Passos o que faria Jesus?”. É a pergunta sincera que nós devemos fazer em tudo que agirmos. Procure meditar em Mateus cinco, seis e sete. Esses capítulos são denominados de “Sermão do Monte”. Aqui, está toda a ética do Reino de Deus. Quando aprendermos a viver essa ética, então, tudo o que fizermos nas redes sociais estará a serviço do Reino de Deus. Revista Ensinador Cristão nº 73

As redes sociais são um fenômeno que integra a sociedade, porém, os relacionamentos virtuais não podem substituir a relação interpessoal, principalmente, a comunhão cristã.

O que é a rede social? A expressão é usada para uma aplicação da rede mundial de computadores (Web), cuja finalidade é conectar e integrar pessoas. Os que aderem a um site de relacionamentos podem conectar-se entre si, criar um perfil, adicionar amigos e conhecidos, enviar mensagens, fazer depoimentos, trocar informações, fotos e vídeos, além de estabelecer vínculos. A rede social moderna surgiu no início do século XXI e viabilizou aos usuários o encontro de amigos do passado e a ampliação do círculo social.

Leitura Bíblica em classe - Provérbios 4.10-15

Devido ao avanço tecnológico, várias mudanças foram inseridas na sociedade. A rede mundial de computadores, conhecida como Internet, conecta o mundo todo. Com o surgimento das redes sociais, tudo o que acontece é comentado e divulgado de modo instantâneo. Informações são transmitidas com rapidez surpreendente. Em contrapartida, vivemos um estágio em que as pessoas se relacionam mais virtualmente do que presencialmente.

O desenvolvimento das tecnologias digitais favoreceu o estabelecimento de novas formas de interação social e, a partir destas, novos paradigmas de relacionamentos. Nesse novo paradigma, as relações sociais tornaram-se virtuais, o contato e o diálogo foram se distanciando de seu conceito original e as relações sociais tornaram-se efêmeras. As publicações nas redes sociais apresentam distorções da felicidade, criam ilusões e padrões utópicos de vida perfeita. A falsa ideia de privacidade e anonimato permite extravasar sentimentos e paixões culminando em relações sociais descartáveis e desastrosas. Estatísticas indicam que mais de um terço da população mundial está conectada à web e interage por meio de redes sociais. Dados indicam que as redes sociais transformaram-se em um importante meio para a divulgação de informações e a propagação de ideologias e todo o tipo de ativismo.

Diante desses fatos, a igreja precisa instruir seus membros no uso das novas tecnologias e buscar métodos da evangelização por meio das redes sociais. O cristão precisa estar consciente de suas responsabilidades e deveres no mundo virtual. A igreja não pode viver alienada diante dessa realidade cada vez mais presente na vida dos fiéis. Neste capítulo, veremos a gênese da comunicação virtual, o conceito, o perigo e o mau uso das redes sociais, bem como o desafio da igreja hodierna em evangelizar por meio dessas novas tecnologias. Para tanto, dizem as Escrituras, “rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2 Co 4.2).

I. O CONCEITO DE REDE SOCIAL

As redes sociais podem ser consideradas de modo genérico como sites de relacionamentos. Como fator positivo, possibilitam às pessoas se relacionarem virtualmente; todavia, também oferecem riscos aos seus usuários.

O termo é utilizado para indicar uma aplicação da rede mundial de computadores (web) cuja finalidade é relacionar as pessoas. Os que aderem a um site de relacionamentos podem conectar-se entre si, criar um perfil, adicionar amigos e conhecidos, enviar mensagens, fazer depoimentos, trocar informações, fotos e vídeos, além de estabelecer vínculos. A rede social moderna surgiu no início do século XXI e viabilizou aos usuários encontrar amigos do passado, reencontrar pessoas e ampliar o círculo social.

As redes sociais não são satisfatoriamente seguras. Os dados e informações pessoais podem ser invadidos por terceiros. Entre os principais riscos associados às redes sociais está a invasão de privacidade, danos à imagem e à reputação, vazamento de informações e contato com pessoas malintencionadas. Além disso, existem muitos perfis falsos (fakes), comunidades polêmicas, discriminatórias, conteúdos com imoralidade e preconceitos em geral. Como tudo na Internet e nas tecnologias da informação, as redes sociais apresentam danos para seus usuários.

II. O PERIGO DA RELAÇÃO DESCARTÁVEL E AS NOVAS TECNOLOGIAS

A velocidade da informação e a efemeridade nos relacionamentos virtuais têm provocado sérios danos nas relações sociais. Quando as novas tecnologias são utilizadas como fuga de problemas ou como substitutas das relações humanas, o chamado avanço tecnológico se torna um verdadeiro retrocesso.

1. A Distorção da Felicidade

Nas redes sociais em geral, as pessoas publicam uma vida perfeita e um mundo repleto de felicidade. As redes estimulam a prática do narcisismo, ou seja, o indivíduo que admira exageradamente a sua própria imagem e nutre uma paixão excessiva por si mesmo. Essas pessoas tendem a buscar uma felicidade fútil, em meio a fotos montadas e a sorrisos falsos. Os usuários editam a própria vida apresentando a si mesmos como vencedores e vendem a ilusão de que vivem em plena paz e harmonia. As Escrituras condenam os que se ufanam e vivem em hipocrisia (Is 5.20,21).

A verdadeira felicidade

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define felicidade como “completo bem-estar físico, mental e social”. O “Relatório Mundial sobre a Felicidade” publicado pela Universidade de Columbia, em 2012, apontou multiplicidade no conceito:

A felicidade inclui avaliações sobre a vida de maneira geral e aspectos positivos e negativos de emoções que afetam o dia a dia de cada um. Alguns fatores são externos como emprego, renda e saúde. Outros são pessoais, como gênero, educação, saúde mental e idade. Outros são interrelacionados: com maior renda é possível ter melhor educação e sendo mais feliz, a saúde também melhora. (KAHN, Jan. 2013)

O problema desses conceitos é que eles estão condicionados a algo, a alguém ou a alguma coisa. Quando esses quesitos não são preenchidos, a felicidade acaba ou não acontece, e se instala a frustração e, em consequência, a tristeza e o sofrimento. A Bíblia Sagrada apresenta a felicidade como sendo a alegria que não depende de nenhuma circunstância (Lc 12.15). Ela é fruto do Espírito, caracterizado por um deleite e regozijo permanente na vida do cristão (Gl 5.22, Fp 4.4). A tentação de buscar a felicidade nos bens efêmeros é insensatez e resulta em desgosto (1 Tm 6.8,9). A verdadeira alegria só pode ser encontrada no temor e na obediência ao Criador: “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem” (Sl 128.1,2).

2. O Isolamento e a Solidão

Na década de 1990, pesquisadores chamaram atenção para o mal social chamado de “paradoxo da Internet”. Trata-se da contradição de alguém ter vários relacionamentos virtuais e, ao mesmo tempo, ausência real de contato humano. Estudos recentes demonstram que o aumento no uso da Internet coincide com o aumento da solidão, problema acentuado pelas redes sociais. O ser humano está sendo integrado à tecnologia e tratado como se fosse também uma máquina. Essa falta de equilíbrio tem desencadeado crises emocionais, ansiedade e isolamento (Jr 6.14).

Dependência virtual

Reconhecemos a importância, a contribuição e os benefícios proporcionados pela Internet e as redes sociais. No entanto, não podemos fechar os olhos diante de seus efeitos colaterais, como, por exemplo, a dependência virtual. Estudos psicológicos detectaram oito sinais de uso patológico da rede:
(I) incapacidade de controlar o uso da internet;
(II) necessidade de se conectar mais vezes;
(III) acessar a rede para fugir dos problemas ou para melhorar o estado de ânimo;
(IV) pensar na internet quando se está off-line;
(V) sentir agitação ou irritação ao tentar restringir o uso;
(VI) descuidar do trabalho, dos estudos ou até mesmo dos relacionamentos pessoais por causa da rede;
(VII) sofrer pela abstinência;
(VIII) mentir sobre a quantidade de horas que passa conectado e/ou permanecer muito mais tempo do que o previsto (SAYEG, 2000, p. 153).

O usuário enquadrado em alguns dos itens acima pode estar usando a Internet como fuga para problemas psicológicos. O não tratamento desses sintomas resulta em dependência e isolamento cada vez maior.

3. Relações Sociais Efêmeras

Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017), a sociedade vive um momento de frouxidão nas relações sociais. Bauman chama esse fenômeno social de “modernidade líquida”. Os tempos são “líquidos” porque tudo muda tão rapidamente. Nada é feito para durar, para ser “sólido”. Nas redes sociais, com apenas um clique é possível bloquear, deletar e excluir pessoas. E com outro clique pode aceitar, comentar e curtir outras pessoas. Essa situação representa um declínio das sólidas relações humanas, uma vez que, por meio das tecnologias, a amizade, o amor e o respeito entre as pessoas são facilmente descartáveis (Ec 1.2).

O efeito paradoxal

A maior parte das pessoas busca nas redes sociais aproximação com outras pessoas. Mas, em total paradoxo, os relacionamentos virtuais tendem a ter maior importância que os relacionamentos reais. É comum, por exemplo, pessoas caminharem “conectadas” absortas e cabisbaixas pelas ruas, alienadas do mundo real. Quase ninguém mais conversa sem o uso da Internet. Nos restaurantes, famílias inteiras ou grupo de amigos, acessam a Internet e não dialogam entre si, exceto por monólogos ou sobre o que estão vendo nas redes sociais. Esse fenômeno também é observado nas escolas, no âmbito do trabalho e até de maneira insana e irresponsável no trânsito urbano. Tal comportamento é um retrocesso, pois torna as relações humanas superficiais, transitórias e irrelevantes. Faz-se necessário e imprescindível corrigir essas distorções, especialmente em nossa vida privada, junto de nossa família e de nossos amigos. A sensatez é primordial, uma vez que todo excesso é extremamente danoso ao ser humano.

4. A Falsa Sensação de Privacidade

Diversos usuários das redes sociais iludem-se com a sensação de privacidade e ficam expostos a toda espécie de constrangimentos. Comentários pessoais, sentimentos de foro íntimo, fotos e vídeos comprometedores saem da área do privado e se tornam públicos. Essa sensação de privacidade também favorece a prática do pecado viral (algo que se espalha rápido como um vírus). Pode ser desde a reprodução e retransmissão de pornografia até a divulgação de notícias falsas e difamatórias (2 Tm 2.22; Pv 16.28).

A indecorosa prática do “nudes”

A possibilidade de manter a identidade real oculta é um dos fatores que impulsionam o uso equivocado da Internet. Algumas pessoas sentem-se à vontade para extravasar seus impulsos sexuais ilícitos sem medo de repercussão. A fantasia do anonimato e a falta de inibição estimulam a prática da imoralidade. Uma conduta deplorável tem sido a postagem de “nudes” (imagens da pessoa nua).

Segundo pesquisas divulgadas por sites especializados, mais de 50% das mulheres com acesso a redes sociais já enviaram, ao menos, uma foto de nudes e mais de 42% dos homens já realizaram tal prática (TRIBUNA DO CEARÁ, out. 2016). A postagem da imagem de “nudes” acontece no âmbito privado, mas, em vários casos, quem recebe as imagens salva as fotos e as compartilha nas redes sociais, tornando-as de domínio público. Tal atitude pode ser responsabilizada criminalmente; no entanto, nenhuma condenação poderá reparar o dano moral causado. Os que tiveram suas fotos divulgadas passaram e passam por diversos infortúnios, tais como o bullying, automartírio, abalos psicológicos e alguns chegam inclusive ao extremo de cometer o suicídio. O ideal mesmo é não compartilhar nenhuma imagem íntima nem sua e nem de terceiros, primeiro por ser uma prática imoral (Gl 5.19) e segundo por ser uma conduta antiética.

III. A REDE SOCIAL A SERVIÇO DO REINO DE DEUS

A igreja de Cristo precisa ser consciente quanto ao potencial das redes sociais e deve usá-la na propagação do Reino de Deus. Mas para evangelizar nas mídias não basta postar mensagens de cunho cristão; é indispensável o bom testemunho do usuário na rede de computadores.

1. O Bom Testemunho nas Redes Sociais

Cristo ensinou que o cristão é a luz do mundo (Mt 5.14) e que essa luz deve resplandecer por meio das boas obras a fim de glorificar o nosso Pai que está nos céus (Mt 5.16). Desse modo, para o bom testemunho nas redes sociais, o cristão não deve postar comentários negativos ou fazer pré-julgamento das pessoas. Deve tomar todo cuidado e precaução com fotos e vídeos que publicar, sejam pessoais, sejam de terceiros. Avaliar o conteúdo, a coerência, o vocabulário e a ética cristã das mensagens antes de postar, comentar ou curtir. Paulo nos ensina a fazer de tudo para ganhar as pessoas para Cristo (1 Co 9.22)

Importância da boa reputação

O requisito de boa reputação é fator preponderante na evangelização, tanto a pessoal (corpo a corpo) quanto a virtual (Internet). O bom caráter e a idoneidade daquele que evangeliza deve ser testemunhado pelos não crentes. Espera-se dos cristãos que desfrutem de um viver reto e íntegro, por meio da oração e santificação no Espírito Santo. Se isso não for observado, a evangelização será inócua, quem evangeliza será difamado e envergonhado, a igreja colocada em descrédito e o evangelho de Jesus vilipendiado:

Um viver incoerente, contraditório com os valores morais e éticos do evangelho, certamente inviabilizaria toda e qualquer possibilidade de ser reconhecido como um líder cristão, como um instrumento de bênção nas mãos de Deus. Um viver incompatível com o evangelho apenas revela o profundo abismo existente entre o homem e Deus. (EMAD, 2005, p. 241)

Somos servos de Deus e estamos sendo observados. Se quisermos testemunhar de Cristo e seu evangelho, precisamos vigiar nossa conduta. Portanto, é inadmissível que aqueles que usam as redes sociais para provocar constrangimentos, estimular o preconceito e a discriminação, enviar ou receber “nudes”, curtir e compartilhar imagens, vídeos e mensagens com conteúdo lascivo ou duvidoso possam ter autoridade moral ou espiritual para evangelizar alguém. Quanto à necessidade de evangelizar corretamente, Paulo nos alertou: “se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada” (1 Co 9.17)

2. O Uso Correto da Evangelização Digital

A Internet é uma grande aliada na divulgação do evangelho, porém alguns cuidados são necessários para não tornar a mensagem inócua. As postagens não podem ser grandes e os vídeos não podem ser demorados. A mensagem precisa ser clara, concisa e objetiva. Antes de compartilhar as imagens, deve-se verificar a veracidade bíblica daquela mensagem e o seu teor teológico.

Em lugar de postagens com frases de efeito ou de autoajuda, devem-se priorizar os versículos bíblicos. Ao reproduzir áudios e vídeos, deve-se verificar se não existe algo que possa causar escândalos ou intolerância religiosa. Também não se deve atacar a ninguém, apenas anunciar e confessar a Cristo (1 Co 1.23,24).

Evangelizar é comunicar

No decorrer da história da humanidade, Deus tem se revelado e se comunicado com o ser humano. O escritor aos Hebreus assevera que Deus falou antigamente aos pais, pelos profetas, e a nós falou-nos nestes últimos dias pelo seu Filho (Hb 1.1). Desse modo, o ápice da comunicação divina acontece na Encarnação do Verbo Divino: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória” (Jo 1.14). Jesus Cristo é o encontro mais pleno alcançado entre Deus e o homem. Ao revelar sua mensagem aos escolhidos, Deus desejou que ela fosse compartilhada com todos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mt 28.19, ARA). Portanto, evangelizar não é simplesmente anunciar uma doutrina, mas é comunicar-se com o outro, isto é, “entrar em diálogo, relacionar-se, viver em comunhão com Deus para poder testemunhar com autenticidade Àquele em quem se crê e entrar em comunhão com outras pessoas” (SILVA, 2015, p. 12). Sob essa perspectiva, as redes sociais tornam-se um campo fértil para a comunicação do evangelho.

Resultados promissores

Em 2011, a Global Media Outreach (Alcance Global pela Mídia) divulgou que mais da metade das pessoas que se decidem por Cristo na Internet posteriormente compartilham sua fé com outros internautas. Desses convertidos on-line, 34% afirmam ler a Bíblia Sagrada diariamente. O estudo denominado de “Índice do Crescimento Cristão” ouviu mais de 100 mil pessoas ao redor do mundo. Segundo Walt Wilson, presidente da instituição, desde a sua fundação, em 2004, mais de 15 milhões de pessoas já se decidiram por Cristo.

A eficácia da evangelização pode ser resumida em três processos bem simples:
(I) levá-los ao Salvador — páginas web que ajudem a encontrar Jesus;
(II) alimentá-los na fé — websites de discipulado e guias para recém-conversos; e,
(III) conectá-los à Igreja — conduzir o convertido a frequentar uma igreja local. Para isso, explica Wilson, não basta ter uma página na internet, transmitir cultos e comunicar-se pelas web rádios. O resultado se obtém por meio do discipulado e a comunicação com o novo convertido; essas ações são tão imprescindíveis quanto o evangelismo (ARAGÃO, Dez. 2011).

As redes sociais são um fenômeno do nosso tempo, mas precisam ser utilizadas com sabedoria.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Você consegue imaginar, na atualidade, uma pessoa que não esteja conectada ao WhatsApp, Facebook, Twitter ou Instagram? Não conseguimos nem idealizar, pois nunca o acesso às redes sociais foi tão amplo. Entretanto quando o assunto é redes sociais, em geral os crentes ficam preocupados e es opiniões se dividem quanto ao seu uso. Alguns até creem que é pecado. Outros questionam: O cristão pode utilizar as redes sociais? Você não vai encontrar na Bíblia nenhum texto bíblico que fale a respeito deste assunto, pois é uma atividade da vida moderna. Por não conhecerem o universo online, muitas pessoas acabam tendo um excesso de zelo, preocupação e enxergam somente os aspectos negativos do mundo virtual. Houve um tempo que o rádio também foi muito criticado, e algumas igrejas, proibiam seus membros de ouvi-lo. Tudo que é novo assusta, contudo como cristãos devemos evitar todo e qualquer radicalismo, pois o crente deve ser prudente, equilibrado em suas atitudes, palavras e até ponto de vista em relação ao uso das redes sociais não é diferente; precisamos utilizá-las com sabedoria, prudência e equilíbrio. A cada dia o número de brasileiros online vem aumentado e grande parte deste número é de crentes e que frequentam a Escola Dominical. A questão a ser discutida hoje pelos professores e alunos da Escola Dominical é mais ampla: Como as pessoas estão se comportando nas redes sociais? Como você se comporta? O problema não são as redes sociais, mas como as pessoas se comportam nelas.
Para o cristão, todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante (1Co 10.23; 16.12). Devemos fazer uso do universo online com prudência e discernimento; sejamos cuidadosos e tenhamos limites. Michael Palmer, no livro Panorama do Pensamento Cristão, diz que ‘os cristãos que veem a cultura de mídia de entretenimento têm de aprender a ler essas imagens e rejeitar as que são incompatíveis com os padrões cristãos e a Escritura’. Esse é o problema. Muitos crentes não conseguem fazer essa leitura. Precisam ser ensinados a fazer isso. Será que você faz essa leitura? Ou você ingere tudo sem questionamento?” (BUENO, Telma. Adolescentes Vencedores: Vivendo em Sociedade. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015, p.45).

Fonte:
Livro de Apoio – Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo - Douglas Baptista
Lições Bíblicas 2º Trim.2018 - Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo - Comentarista: Douglas Baptista


Aqui eu Aprendi!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Sabedoria divina para interagir com os meios de comunicação

E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as” Ef 5.11


Cultura Popular e Mídia
Graças à tecnologia moderna das comunicações, a cultura popular tornou-se incomodamente penetrante. A cultura popular está em todas as partes, moldando os nossos gostos, linguagem e valores. Hoje a cultura popular aparece em cada cartaz, grita da televisão em inúmeros canais durante o dia inteiro, explode em nossos computadores, ressoa no rádio do carro e enfeita nossas camisetas e tênis. Nenhum de nós consegue escapar.

À medida que a cultura popular se espalhou, o seu conteúdo piorou de maneira chocante. Não é preciso dizer que durante as últimas três ou quatro décadas o nível do sexo e da violência cresceu imensamente nos cinemas, na música, na televisão e até mesmo nas revistas em quadrinhos. Naturalmente os cristãos sempre tiveram de lidar com as coisas que eram vulgares, luxuriosas ou grosseiras, mas na maioria dos casos nós podíamos simplesmente evitá-las. Hoje isto é praticamente impossível. Podemos desfrutar da ‘comida rápida’ cultural desde que estejamos treinados para ser seletivos, desde que não nos entreguemos aos hábitos do escapismo e da distração, e desde que definamos limites para que as sensibilidades da cultura popular não moldem o nosso caráter” (COLSON, C.; PEARCEY, N. O Cristão na Cultura de Hoje. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.287,288).

“Não precisamos ver muito da mídia de entretenimento para descobrir se é ruim. Nossos padrões baseados na Escritura (não nos padrões da cultura popular), mais o testemunho do Espírito Santo dentro de nós, deveriam filtrar muitos produtos da cultura popular de nossa consideração, para não dizer de nossa frequência. Aguçar nossas habilidades críticas de ver exige que adquiramos uma gramática básica e um entendimento de produção. Podemos aprender a reconhecer os efeitos retóricos e emocionais que a escolha de atores e atrizes, música, iluminação, ângulos de filmagem e muitas outras técnicas de edição, causam em nossas reações a diferentes filmes ou programas de televisão. Também podemos sondar os valores explícitos e implícitos no filme. Por exemplo, qual é a visão da natureza humana e do dilema humano que o filme apresenta? Que posições morais ou intelectuais assume? Sua visão da vida é relativista, existencialmente sem sentido, determinista, romantizada? Como retrata a religião, Deus, a igreja ou o cristianismo? Contribui para a nossa percepção de vida como mais violenta ou ridícula ou sublime? Finalmente, nossa perspectiva sobre a mídia deve ser testada continuamente dentro ou contra uma comunidade de família, amigos, igreja, professores e outros cristãos. Com certeza tal interação sincera e aberta de discussão e debate causa um maior impacto em nós do que o próprio programa” (PALMER, M. D. (Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. 1ª Edição, RJ: CPAD, 2001, p.418).

Com sabedoria e discernimento, o servo de Deus é capaz de interagir adequadamente com os meios de comunicação.

Considerado o quarto poder, os meios de comunicação possuem notável poder de influência cultural. Na maior parte, o influir da mídia se dá de maneira negativa, pela produção e disseminação de conteúdo que passa por cima dos mais básicos valores morais e familiares, exaltando a violência, a libertinagem, a pornografia, o adultério e muitas outras práticas imorais. Sob o disfarce do entretenimento e da cultura popular de massa, a juventude incauta acaba por ser seduzida e negativamente influenciada pela mídia ímpia. Nesta lição, uma vez mais nos voltamos para as Escrituras em busca de diretrizes para interagir com os meios de comunicação. Destaque aos alunos que, apesar de difícil, é possível usarmos tais meios adequadamente, em vez de sermos usados por eles. O princípio básico é sabedoria do alto!

TEXTO BÍBLICO - Efésios 5.1-14

INTRODUÇÃO

Em termos bíblicos, sabedoria não significa conhecimento adquirido ou inteligência para resolver equações matemáticas; ela está relacionada com discernimento e habilidade para tomar boas decisões. O princípio da vida sábia é o temor ao Senhor (Pv 9.10). Os crentes são convidados a buscar a sabedoria do alto, pois ela é pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia (Tg 3.17). Tal sabedoria é essencial para interagirmos adequadamente com os meios de comunicação. Este é o assunto da lição de hoje!

I. OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA CULTURAL

1. A importância e a utilidade da mídia.
Não há como negar a importância e a utilidade dos meios de comunicação na vida moderna, pois permitem ao ser humano transmitir e receber informações. Embora se aplique à comunicação interpessoal, a exemplo do telefone e da carta, o termo geralmente se refere à comunicação em massa, aludindo aos instrumentos e canais que alcançam várias pessoas ao mesmo tempo, como jornais, revistas, rádio, televisão e a própria internet.

2. Para o bem e para o mal.
A comunicação é dom de Deus (Gn 3.8), mas o homem caído subverte-a para propósitos inadequados. Assim, os meios de comunicação não são maléficos por natureza, vai depender da forma como são utilizados e dos valores que transmitem. Sob esse enfoque, a mídia pode servir tanto para disseminar ódio, pornografia e violência, como pode fornecer notícias, cultura e entretenimento de qualidade.

No início do Século XVI, por exemplo, a criação da imprensa de tipos móveis revolucionou a comunicação de massa, fato este que contribuiu com a Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero, já que a Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso, facilitando o acesso à Palavra de Deus.

3. O poder de influência dos meios de comunicação.
Igualmente evidente é o poder de influência que os meios de comunicação exercem sobre a mente humana, seja de maneira explícita ou subliminar. A cultura popular, os gostos e os valores de grande parte da população são amplamente moldados pelos comerciais, músicas e slogans propagados nos programas de TV e nos filmes de Hollywood. Isso explica porque muitos jovens formam seus sonhos, opiniões e visões de mundo com base em letras de músicas, campanhas publicitárias e frases difundidas na mídia, sem ao menos refletirem sobre a veracidade e a coerência do conteúdo.

Os meios de comunicação não são maléficos por natureza. Depende da forma como são utilizados e dos valores que transmitem.

II. A MÍDIA ÍMPIA E OS PERIGOS DO FALSO ENTRETENIMENTO

1. A eficácia destrutiva da mídia ímpia.
A mídia ímpia, descompromissada com os valores morais, espirituais e familiares, é eficiente em produzir programas, séries, músicas e filmes que exploram a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1Jo 2.16). Transmite-se a ideia de completa naturalidade na prática da luxúria (1Co 5.1), do adultério (2Pe 2.14), do orgulho (2Pe 2.18), da bebedice (1Pe 4.3), do roubo e da vingança, assim como exaltam a mentira e a libertinagem irresponsável e a corrupção (2Pe 2.19).

Utilizando a estratégia da emoção e de enredos românticos, tais produções tentam convencer os expectadores da suposta normalidade da bruxaria, da homossexualidade e de outras práticas pecaminosas. Ao mesmo tempo, ridicularizam a Deus, a Igreja e os valores cristãos, sob o título de “entretenimento”.

2. A sedução do falso entretenimento.
Esse tipo de falso entretenimento produzido pela mídia perversa impacta negativamente a vida dos expectadores contumazes. Essa não é uma afirmação eminentemente religiosa. Pesquisas científicas apontam que a exposição constante a certos conteúdos influencia diretamente o comportamento humano. Adolescentes e jovens que se expõem excessivamente a programas que incentivam a sexualidade precoce, a violência e o consumo de álcool, desenvolvem, com passar do tempo, esses mesmos hábitos. Pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, concluíram que crianças que passam muito tempo em frente à televisão sentem mais emoções negativas e tendem a apresentar uma personalidade agressiva e antissocial ao longo da vida.

Jovem, esteja em constante vigilância. Não permita que esse tipo de conteúdo entre em seu lar e em sua mente!

3. A manipulação da sociedade e das mentes.
É necessário reconhecer também que a indústria da mídia manipula informações e a opinião pública, tanto para fins ideológicos ou por interesses comerciais. Lançam-se campanhas e mais campanhas publicitárias com o objetivo de vender determinados produtos, por meio do incentivo ao consumo desenfreado. Dentre milhares de expectadores, os que não possuem discernimento e não sabem filtrar criticamente a grande gama de informações que recebem, acabam manipulados como verdadeiras marionetes.

Pense!
“A cultura, como a natureza, detesta o vazio. Apressa-se em encher o vácuo do desejo humano. Nesse processo, as pessoas podem ser seduzidas pelo aparecimento da cultura popular, que são falsificações da voz de Deus” (Terrence Lindvall e J. Matthew Melton).

Ponto Importante
Utilizando a estratégia da emoção e de enredos românticos, tais produções tentam convencer os expectadores da suposta normalidade da bruxaria, da homossexualidade e de outras práticas pecaminosas.


III. UTILIZANDO OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO COM SABEDORIA

Diante desse panorama, como devem agir os cristãos em relação aos meios de comunicação?


1. Entretenimento com piedade.
Na condição de filhos da luz, os crentes não devem comunicar com as obras infrutuosas das trevas, mas condená-las (Ef 5.11). Isso implica selecionar com cuidado e temor a Deus os programas que assiste, pois o verdadeiro discípulo de Jesus não tem a sua consciência cauterizada pelo pecado (1Tm 4.2). Tudo o que é depravado, impuro e enaltece as obras da carne não pode ser considerado pelo servo de Deus como entretenimento. Na perspectiva bíblica, o entretenimento nunca é separado da piedade (1Tm 6.6). Em todo o tempo devemos dar mostras da nossa regeneração, inclusive no momento de recreação.

2. O uso sábio da mídia.
Não é nada fácil interagir adequadamente com os inúmeros recursos midiáticos que são hoje ofertados. Mas, com a sabedoria do alto e com a ajuda do Espírito Santo temos condições de despojar da velha natureza (Cl 3.8,9) e desenvolver hábitos saudáveis. A realização de cultos domésticos, oração e o jejum são práticas essenciais para confrontar o desejo carnal pelo consumo da mídia. Quanto mais desenvolvemos estes hábitos, mais nos afastamos da sedução da cultura popular. Quanto mais nos aproximamos de Deus,mais nos distanciamos da influência maligna da mídia.

3. Influenciando a mídia.
O relacionamento do cristão com a mídia não se resume a separar o joio do trigo. Podemos nos valer da sabedoria divina para usar a mídia em prol do Reino de Deus, tanto para anunciar o evangelho, como proporcionar cultura, educação e informação em sintonia com os valores e princípios das Escrituras. Isso porque, a comunicação não é uma invenção do Diabo, mas de Deus. Portanto, não há como nos furtar de comunicar as verdades bíblicas por meio da mídia, segundo afirmam os pastores norte americanos James Kennedy e Jerry Newcombe: “Acabou o tempo de apenas reclamarmos entre nós sobre o ataque ao Cristianismo nos filmes e na TV. É tempo de agir. É tempo de fazermos nossas vozes audíveis por aqueles que estão envolvidos na perseguição contra os cristãos. É tempo de escrever cartas ao editor. É tempo de orar pelos cristãos que estão na mídia e de levar mais pessoas a Cristo, inclusive aquelas que estão na mídia. Enfim, é tempo de os cristãos entrarem corajosamente nos meios de comunicação”.

A realização de cultos domésticos, oração e o jejum são práticas essenciais para confrontar o desejo carnal pelo consumo da mídia.



CONCLUSÃO
Se o nosso Deus é um Deus que se comunica e interage com o ser humano, é do seu interesse que os seus servos igualmente sejam hábeis na arte da comunicação. Desse modo, os meios de comunicação podem auxiliar a Igreja e os cristãos a realizar tal tarefa. Além de confrontar o falso entretenimento que destrói os valores familiares e morais da sociedade, podemos anunciar a Palavra, educar e difundir virtudes através da mídia.


Fonte: Lições Bíblicas CPAD - Jovens - 4º Trimestre de 2017
Título: Seguidores de Cristo — Testemunhando numa Sociedade em ruínas - Comentarista: Valmir Nascimento

Aqui eu Aprendi!

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Os Perigos e as Oportunidades das Redes Sociais

Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” Fp 4.8

“O jovem cristão e o mundo virtual
A tecnologia impõe uma nova cultura da competição, da performance, da simulação, do imediatismo, culto ao corpo e a crise de identidade. Dentre as muitas faces da tecnologia, o Mundo Virtual tem sido o mais nocivo, em especial aos jovens. O conceito básico do Mundo Virtual fundamenta-se em algo que não é físico, que ainda não é realizado, não concreto e não palpável, tornando-o extremamente prejudicial e perigoso. Como sabemos, existem coisas que não são boas e nem ruins, pois são simplesmente coisas, isto é, seus efeitos são determinados pela forma como são usadas, determinada pela disposição do coração da pessoa que as utiliza, e o Mundo Virtual é uma delas. É possível identificar quando o Mundo Virtual está sendo benéfico ou maléfico aos seus usuários, especialmente aos jovens.

O Mundo Virtual tem que ser visto como prejudicial quando:
• O tempo na rede é demasiado;
• Estar na rede é mais atraente do que estar com amigos e familiares;
• Para usá-lo é preciso usar de engano;
• O que é essencial é substituído pelo Mundo Virtual.

Você precisa ser honesto consigo mesmo (caso queira honrar a Deus), e para isso algumas perguntas são necessárias: Você tem usado o Mundo Virtual com quem, para quê e de que forma?” 
(Revista Geração JC. Disponível em:http://www.geracaojc.com.br/home/index.php/explore/item/407-o-jovem-cristao-e-o-mundo-virtual).

“Dicas de sobrevivência na internet
Não use o computador depois que o resto da família estiver na cama. Assim como as ruas da cidade, a Internet é mais perigosa quando atravessada no escuro.
Seja sábio. Isso é particularmente verdade na Internet: Não fale com estranhos.
Proteja a privacidade de sua família. Nunca divulgue o seu nome, endereço, número de telefone ou qualquer outra informação pessoal na Web.
Nunca vá conhecer alguém pessoalmente sozinho. Se você descobrir alguém na rede com quem queira se encontrar no mundo real, tenha certeza de que seus pais estão com você e certifique-se que o encontro aconteça em local público.
Nunca acesse sites pornográficos. Satanás tentará lhe falar o contrário, especialmente no calor do momento, mas tais sites são perigosos para a sua alma e seu futuro matrimônio.
Ouça sua mãe e seu pai. Quando eles lhe pedirem para se desconectar, faça-o.
Socialize-se. Faça pelo menos uma atividade social não relacionada com computador com pessoas reais(ROSS, Michael. Cresci e agora? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.169).

As redes sociais podem servir como bênção ou maldição na vida do crente.

Os jovens da atualidade fazem parte da chamada “geração ponto-com”. Nascidos após o surgimento da web, eles têm uma intensa relação com a internet, e mais especialmente com as redes sociais. Vivem plugados e conectados a todo instante e gostam de interagir com outras pessoas através dos novos aplicativos de compartilhamento de textos, imagens e vídeos. O educador cristão possui a nobre — e ao mesmo tempo difícil — responsabilidade de preparar seus aprendizes para que encontrem o equilíbrio comportamental adequado, de modo a usufruir dessa cultura digital, sem confrontar os limites bíblicos. Em meio a tantas informações que se multiplicam velozmente nas redes sociais, o povo de Deus é chamado a ter discernimento, a fim de usar sabiamente essas novas ferramentas e rejeitar, quando necessário, tudo aquilo que prejudica a vida cristã.

TEXTO BÍBLICO - 1 Tessalonicenses 1.6-10; Filipenses 4.8

INTRODUÇÃO

Inegavelmente, as novas plataformas de comunicação e interação online são o ponto alto da cultural digital neste início do Século XXI, alterando até mesmo a forma como interagimos. Pesquisas indicam que pelo menos 70% dos usuários da internet usam algum tipo de rede social. Mas, como ocorre com os demais tipos de mídia, os sites de mídia social também podem ser usados para o bem ou para o mal; estão cheios de perigos, mas também podem servir como oportunidade pelos crentes para glorificar o nome do Senhor. Este, aliás, é o tema da presente lição.

I. O FENÔMENO DAS REDES SOCIAIS E SEUS BENEFÍCIOS

1. A explosão das redes sociais.
Nos últimos anos, as redes sociais se transformaram na principal forma de comunicação e troca de informações entre as pessoas. Sites e aplicativos como Facebook, Twitter, Snapchat e Google+, por exemplo, são usados para conectar pessoas e compartilhar informações, ideias e imagens na web. Em nossos dias, elas são tão utilizadas que em alguns círculos é quase incompreensível uma pessoa não possuir uma conta em pelo menos um desses canais. Quem não têm whatsapp, então, é quase considerado um ser de outro planeta!

2. Os benefícios das redes sociais.
Usadas de maneira correta e com sabedoria, as mídias sociais podem proporcionar vários benefícios. Manter contato com amigos e parentes; criar uma rede de contato profissional; atualizar-se com informações e notícias do dia a dia; adquirir conhecimento; produzir conteúdo e divulgar as ideias para outras pessoas são alguns exemplos de como tais plataformas digitais podem servir como bênção para a vida das pessoas.

Ponto Importante
Usadas de maneira correta e com sabedoria, as mídias sociais podem proporcionar vários benefícios.

II. OS PERIGOS DAS REDES SOCIAIS

Se por um lado as redes sociais apresentam vários fatores positivos, por outro também podem ser nocivas, a depender da forma como são administradas. Vejamos alguns dos seus perigos:

1. Vício digital.
O vício no uso das redes sociais é uma realidade e tem prejudicado a vida de milhares de jovens e adolescentes da “geração ponto-com”. A utilização por horas ininterruptas da internet é um claro sinal de tal compulsão digital. Rapazes e moças dependentes que desenvolveram dependência das atividades online não conseguem vencer a tentação de acessar seus dispositivos para acompanhar as publicações de seus contatos. Normalmente, demonstram, como sintomas, desinteresse pelas demais atividades da vida real e sensação de ansiedade e angústia quando não estão conectadas, em momento de abstinência. Isso se chama nomofobia! Caso esteja acontecendo com você, é hora de buscar ajuda para libertar-se desse vício! A vigilância e a oração são hábitos espirituais essenciais para o crente vencer a dependência cibernética (Mc 14.38).

2. Uso inadequado do tempo.
Graças ao poder de interatividade das mídias sociais, há quem passe horas e mais horas conectadas aos seus equipamentos digitais consumindo tempo nas atividades do mundo virtual, seja no decorrer do dia, da noite e até mesmo durante as madrugadas. Isso resulta em ociosidade, atrasos e pouco (ou quase nenhum) tempo para estudo, leitura das Escrituras, interação com as pessoas do mundo real e para outras atividades importantes. Há tempo para todas as coisas debaixo do céu (Ec 3.1) e podemos presumir que há tempo de estar conectado e tempo de estar desconectado das mídias sociais. Afinal, somos aconselhados a aproveitar o tempo pois os dias são maus. Se você não tem mais tempo para orar e desfrutar de períodos devocionais com o Senhor, em virtude do tempo gasto na internet, então, parafraseando Marcos 1.18, é necessário deixar as redes sociais para estar com Jesus!

3. Pornografia na rede.
As mídias sociais também abrem várias possibilidades de acesso à pornografia e conteúdos imorais que aguçam a concupiscência da carne e a concupiscência dos olhos. Pesquisa realizada pelo Instituto Barna apontou que a nova realidade tecnológica dos smartphones e da internet de alta velocidade mudaram fundamentalmente a paisagem da pornografia e a introduziram na cultura atual, passando a ser cada vez mais aceita. Davi caiu em um momento de descuido em sua vida, que o levou ao adultério (2Sm 11.1,2). Tome cuidado com as páginas que você acessa na internet; um clique errado pode ser fatal para sua integridade moral e espiritual. Todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas nos convêm (1Co 10.23). Tal recomendação bíblica também se aplica aos bate-papos virtuais e às conversas eletrônicas, que às vezes podem conduzir para a troca de conteúdos inadequados. Seja fiel a Deus, ainda que as pessoas não estejam vendo o que você faz!

4. Perigo da superexposição.
A exposição exagerada é outro perigo real na utilização das mídias sociais. O compartilhamento indiscriminado e impulsivo de opiniões, imagens e acontecimentos da vida particular expõe indevidamente a imagem de alguém. Em muitos casos, essa busca de “curtidas” representa certa fuga da realidade e desejo de aprovação social. Seguindo o exemplo de Cristo, devemos nos afastar da cultura de fama e celebridade instantânea, com modéstia e singeleza de coração. A melhor maneira de exposição do crente na sociedade é por meio do brilho de Cristo, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual precisamos resplandecer como astros no mundo (Fp 2.15).

5. Amizades instantâneas e descartáveis.
Na maior parte das vezes, os “amigos” das redes sociais não são verdadeiros amigos. Não raro, as amizades são instantâneas e descartáveis. O amigo real é aquele que é mais chegado que irmão (Pv 18.24).

Pense!
Desconecte-se do mundo virtual e redescubra a alegria de estar fisicamente com amigos e familiares.

Ponto Importante
Se você não tem mais tempo para orar e desfrutar de períodos devocionais com o Senhor, em virtude do tempo gasto na internet, então, parafraseando Marcos 1.18, é necessário deixar as redes sociais para estar com Jesus!

III. USANDO AS REDES SOCIAIS PARA A GLÓRIA DE DEUS

Seja como for, podemos aproveitar as plataformas sociais como uma grande oportunidade para glorificar o nome do Senhor.

1. Glorificando a Deus em tudo.
Consideremos o que está escrito em 1 Coríntios 10.31: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus”. Todas as nossas ações, inclusive aquelas que consideramos mais simples, como acessar a internet, devem glorificar ao Criador. Quando o nosso coração está voltado para a majestade divina, não existem coisas ordinárias; tudo é extraordinário, pois se voltam para a glória de Deus. Reflita se você está usando as redes sociais com o propósito de glorificar a Deus ou simplesmente como passatempo e entretenimento.

O filtro ideal para saber se você tem usado as redes sociais de modo a engrandecer a Cristo está registrado em Filipenses 4.8. Assim, para saber se está usando adequadamente tais mídias pergunte a si mesmo: O que estou fazendo é verdadeiro? É honesto? É justo? É puro? É amável? É de boa fama? Há alguma virtude? Deus está sendo louvado? Se as respostas forem positivas, então não há com o que se preocupar.

2. Testemunho no mundo virtual.
As Escrituras afirmam que as pessoas davam bom testemunho de Timóteo (At 16.1,2). Ou seja, enxergavam nele as evidências, as marcas de um verdadeiro cristão. Igualmente, ao imitarem o proceder de Paulo, os tessalonicenses foram exemplos dos fiéis na Macedônia e Acaia (1Ts 1.6-8). Lembre-se, jovem de que, no ambiente virtual, você também é avaliado, seja por meio das palavras ou imagens que posta, e pelo modo como interage com os outros. Evitar discussões inúteis, proceder com respeito e cordialidade com aqueles que pensam diferente e produzir conteúdo de qualidade são algumas boas maneiras de salgar e iluminar as redes sociais.

3. Evangelização nas redes.
As redes sociais são ambientes propícios para a pregação do evangelho (Mc 16.15), ante a grande quantidade de pessoas que acessam tais plataformas. Nesse ambiente, é importante ter criatividade e usar pontos de contato para atrair a atenção dos descrentes, assim como Paulo fez no Areópago (At 17.23). Para tanto, não devemos confundir evangelismo com proselitismo religioso. Enquanto o proselitismo dá ênfase excessiva à religiosidade e à denominação eclesiástica, de forma altiva e às vezes autoritária, o evangelismo genuíno é realizado com amor e humildade, a fim de oferecer a salvação proporcionada por Cristo.

Pense!
“Considerando que Deus é o ser mais criativo do universo, os cristãos deveriam estar na vanguarda da criatividade que explora as novas tecnologias de comunicação como meios de propagar ideias, elaborar mensagens e comunicar a verdade” — Terrence Lindvall e Matthew Melton.

Ponto Importante
Não devemos confundir evangelismo com proselitismo religioso. Enquanto o proselitismo dá ênfase excessiva à religiosidade e à denominação eclesiástica, de forma altiva e às vezes autoritária, o evangelismo genuíno é realizado com amor e humildade, a fim de oferecer a salvação proporcionada por Cristo.


CONCLUSÃO

A suma do que temos estudado nesta lição é a seguinte: use a internet para glorificar a Deus! Isso ocorrerá se você mantiver a sua identidade cristã no mundo virtual, sem desprezar as atividades da vida real. Usemos as mídias sociais com sabedoria e equilíbrio!



Fonte: Lições Bíblicas CPAD - Jovens - 4º Trimestre de 2017
Título: Seguidores de Cristo — Testemunhando numa Sociedade em ruínas - Comentarista: Valmir Nascimento
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