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quinta-feira, 13 de junho de 2019

Israel - A Terra Santa - O Solo Sagrado

Uma Historia de desafios e Grandes Conquistas!

INTRODUÇÃO

Quando lemos a Bíblia, deparamo-nos com centenas de nomes de lugares da Terra Santa, onde desenvolveu-se a maravilhosa História da Salvação. Movidos por irreprimível curiosidade, desejamos conhecer tudo isso "in lo­co". Nem sempre, porém, é possível fazê-lo.

- E por que não visitá-los, então, espiritualmente?

Apelemos, pois, à Geografia Bíblica. Nas asas de suas minuciosas e exatas descrições, voemos a Israel. Palmilhemos os lugares percorridos pelos patriarcas, profetas e apóstolos.

I - A HISTÓRIA DE ISRAEL COMEÇA NO CRESCENTE FÉRTIL

O Crescente Fértil, não obstante sua vital importância à História da Salvação, é um insignificante retângulo localizado na Ásia Ocidental. Encerrando uma área de 2.184.000 km , representa apenas a 234ª parte da superfície da Terra. Essa região estende-se em forma semicircular entre o Golfo Pérsico e o Sul da Palestina.

A história dessa região pode ser resumida em uma série de lutas entre os habitantes das serranias e as tribos nômades do deserto. Todos queriam apossar-se dessas fertilíssimas terras. O lado oriental dessas místicas paragens serviu de berço à humanidade e de cenário à primeira civilização. Em suas grandes depressões, ascenderam e caíram os impérios dos amorreus, assírios, caldeus e persas.

No Crescente Fértil, conhecido, também, como Mesopotâmia (literalmente "entre rios"), floresceram duas grandes civilizações: ao norte, a Assíria; ao Sul, a Babilônia ou ('aldeia. Os rios Tigre e Eufrates cercam esse misterioso território, ocupado, atualmente, pelo Iraque. O Jardim do Éden, segundo a narrativa bíblica, localizava-se nas nascentes de ambos os rios.

Foi em Ur dos Caldeus, uma das mais progressistas e desenvolvidas cidades do Crescente Fértil, que teve início a história de Israel. Tudo começou com a chamada de Abraão, o pai do povo escolhido.

II - VAMOS A ISRAEL?

A partir de agora, portanto, voaremos à Terra Santa. Será uma viagem muito interessante. Percorreremos planícies. Visitaremos cidades. Entraremos em Jerusalém, a cidade do Grande Rei. Mergulharemos no rio Jordão. Subiremos aos montes. Enfim, à semelhança dos espias de Josué, reconheceremos o solo sagrado, do qual mana leite e mel.

O solo sagrado por excelência

INTRODUÇÃO

Uma nação paupérrima territorialmente, assim é Israel, um dos menores países do mundo. Em seu exíguo solo, entretanto, desenrolou-se todo o nosso drama espiritual. Terra mística e abençoada, serviu de berço a patriarcas, profetas, juízes, reis, sábios e justos. Guardada pelo Todo-poderoso, acolheu em seus áridos regaços o Salvador da humanidade.

Não obstante suas acanhadas possessões geográficas. a Terra Santa sempre foi um pomo de discórdia entre os homens. Localizada no centro do globo, torna-se, a cada diamais polêmica. Todos preocupamo-nos com o seu futuro. Em seu amanhã, está o nosso porvir!

Com a criação do Estado de Israel, em 1948, a herança abraâmica centrou-se, mais visivelmente, em nossos estudos escatológicos. Divisamos, no renascimento do minúsculo país semita, a aproximação da volta de Cristo.

Vale a pena, portanto, conhecer a geografia das terras pisadas pelo meigo .Jesus. Israel é o solo sagrado por excelência.

I - NOMES DE ISRAEL

Tanto na história sagrada, como na secular, a Terra de Israel recebeu várias designações. Cada nome por ela recebido encerra um drama vivido pelo povo de Deus. Desde a Era Patriarcal até os nossos dias, as mais variadas nomenclaturas têm sido dadas ao território israelita. Para os hebreus, entretanto, o seu sagrado solo nunca deixará de receber esse carinhoso tratamento: Terra Prometida.

1 - Canaã

Após a dispersão da humanidade, ocorrida quando da construção da Torre de Babel, os descendentes de Canaã. filho de Cara e neto de Noé, fixaram-se nas terras que seriam entregues a Abraão. Isso ocorreu há mais de dois mil anos antes de Cristo. Nessas paragens, conhecidas por sua fertilidade e riquezas naturais, os cananeus multiplicaram-se sobremaneira.

Esse país, a partir de então, passou a ser conhecido como Canaã, o mais antigo nome do território israelita. Eis o significado literal desse nome: "habitantes de terras baixas". Tendo em vista essa etimologia, concluímos: os cananeus adoravam as planícies!

Os descendentes de Canaã, depreendemos das Sagradas Escrituras, dominavam do Mediterrâneo ao rio Jordão.

Com o passar dos séculos, Canaã passou a ter uma conotação poética. Lembra esse nome aos judeus, "...uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel" (Ex 3.8).

2 - Terra dos Amorreus

O território que Deus entregou aos judeus era conhecido na antiguidade, também como Terra dos Amorreus. Essa designação é encontrada tanto no Antigo Testamento, como nos escritos profanos. E um dos mais antigos nomes da Terra Santa.

3 - Terra dos Hebreus

De conformidade com a árvore genealógica de Sem, os israelitas são descendentes de Héber. O território judaico, por esse motivo, era conhecido, ainda como Terra dos Hebreus. Nesses rincões, os santos patriarcas forjaram a nacionalidade hebraica e deram corpo e colorido ao seu idioma.

A palavra hebreu, entretanto, segundo alguns exegetas, pode significar, de igual modo, "o que vem do outro lado, ou do além". Trata-se de uma referência à peregrinação abraâmica, de Ur a Canaã. Todavia, preferimos a primeira explicação, por estar mais de acordo com os reclamos da língua hebraica.

4 - Terra de Israel

Sob o comando de Josué, os israelitas tomaram Canaã, no Século XV a.C. A partir de então, passaram as possessões cananeias a ser designadas desta forma: Terra de Israel. Não há nomenclatura tão apropriada como essa! Ela encerra a maioria das promessas divinas a Abraão e compreende a essência das realizações terrestres do Milênio.

Esse é o nome mais comum da Terra Santa. Encontramo-lo, com freqüência, no Antigo Testamento. Constitui-se, ainda, em um perpétuo memorial: Esse território é de propriedade permanente do povo de Israel! Quer os gentios admitam ou não, a terra que mana leite e mel pertence à progênie abraâmica.

Após o cisma do reino salomônico, essa nomenclatura passou a designar, apenas, as terras ocupadas pelas 10 tribos do Norte, comandadas pelo idolatra e profano Jeroboão. Com os exílios, a Terra de Israel torna-se um nome esquecido. Durante mais de dois mil anos, o território israelita recebeu as mais vexatórias alcunhas. No entanto, com a criação do moderno Estado de Israel, todo o escárnio que pesava sobre os descendentes de Jacó foi tirado. Hoje, quando viajamos àquelas sagradas paragens, dizemos embevecidos: "Vou à 'Ferra de Israel."

5 - Terra de Judá

Depois de vencer os cananeus, .Josué passou a dividir a Terra da Promessa. Coube à tribo de Judá. uma herança localizada no Sul dessas inebriantes possessões. O território herdado pelo mais intrépido e bravo filho de Israel ficou conhecido como Terra de .Judá.

Contudo, após o cisma do reino davídico, ocorrido no ano 931 a.C, essa designação passou a incluir, também, as terras ocupadas pela tribo de Benjamim.

Terminado o cativeiro babilônico, em 538 a.C. o povo de Judá retorna à sua herança, sob o comando de Zorobabel. Inspirados pela liderança eficaz de Neemias, pela erudição de Esdras, pelo zelo sacerdotal de -Josué e pelo fervor profético de Ageu e Zacarias, os judeus reorganizam-se nacionalmente.

A partir desse renascimento parcial da soberania hebraica, as possessões abraâmicas passaram a ser designadas como Terra de Judá. E, seus habitantes, conseqüentemente, começaram a ser chamados de judeus.

6 - Terra Prometida

No Século XX a.C, Deus fez a seguinte promessa a Abraão: "Sai-te da tua terra, e da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Assim partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã" (Gn 12.1-4).

Com essa sublime promessa de Deus a Abraão, o território israelita passou a ser conhecido como Terra Prometida. Esse nome, poético e trágico, evoca as mais elevadas recordações na peregrina alma do povo escolhido. Por causa desse chão de promessas, os israelitas, há mais de dois mil anos longe de seu lar, instalam-se em sua terra e provam estar a bênção abraâmica mais atual do que nunca.

7 - Terra Santa

Zacarias, um dos mais escatológicos profetas do Antigo Testamento, vaticinou: "Exulta, e alegra-te. ó filha de Sião. porque eis que venho, e habitarei no meio de ti. diz o Senhor. E naquele dia, muitas nações se ajuntarão ao Senhor, e serão o meu povo: e habitarei no meio de ti. e saberás que o Senhor dos Exércitos me enviou a ti. Então o Senhor possuirá a Judá como sua porção na terra santa, e ainda escolherá .Jerusalém" (Zc 2.10-12).

Não obstante as guerras, os embates políticos e os conflitos sociais, Israel é conhecido como a Terra Santa. Os judeus veneram-na como o solo de seus antepassados e o terreno de sua milenar esperança. Têm-se os cristãos como o berço do Salvador e o regaço da regeneração da raça humana. Para os árabes, trata-se de um campo etéreo e permeado de mistérios celestiais.

Em pleno alvorecer do Terceiro Milênio, milhares de caravanas judaicas, cristãs e árabes rumam à Terra Santa. Nenhum outro país é tão místico quanto Israel! Visitá-lo constitui-se no sonho de milhões de seres humanos.

8 - Palestina

Israel é conhecido, também, como Palestina. Esse nome é oriundo da palavra Filistia, que designava a faixa de terra habitada pelos antigos filisteus, localizada no Sudeste de Canaã, ao largo do mar Mediterrâneo. Esse povo era ferrenho inimigo dos hebreus e causou muitas dificuldades aos primeiros monarcas israelitas.

No período neo-testamentário, o historiador Flávio Josefo cognominou todo o território israelita de Palestina. Desde o domínio romano até a fundação do Estado de Israel, em 12 de maio de 1948, a terra dos judeus era conhecida em todo o mundo como Palestina. Atualmente, contu­do, o nome de Israel tornou-se. novamente, predominante.

II - LOCALIZAÇÃO

A Terra de Israel está localizada no continente asiático, a 30* de latitude Norte. Em toda a sua extensão ocidental, é banhada pelo mar Ocidental. Tendo em vista o seu posicionamento estratégico, constituiu-se, segundo Oswaldo Ronis, "num centro de gravidade para o mundo e as civilizações da antiguidade."

Acrescenta Ronis: "Do ponto de vista comercial, ficava na rota obrigatória do tráfego entre o Oriente e o Ocidente, bem como entre o Norte e o Sul; e, do ponto de vista político, igualmente passagem inevitável dos exércitos conquistadores das grandes potências ao seu redor, razão pela qual estas se interessavam por sua conquista e fortificação. Daí as devastações sofridas pela Palestina em repetidas ocasiões da sua história."

III - LIMITES BÍBLICOS

Ao norte, limita-se a Terra de Israel com a Síria e a Fenícia. Ao leste, com partes da Síria e o deserto arábico. Ao sul, com a Arábia. A oeste, com o mar Mediterrâneo.

Esses limites, entretanto, variavam de acordo com as tendências políticas e os movimentos militares de cada época. Constantemente, os israelitas tinham o seu território alargado ou diminuído. No tempo de Salomão, por exemplo, as fronteiras de Israel dilataram-se consideravelmente. Depois de sua morte, contudo, as possessões hebraicas foram diminuindo, até serem absorvidas pelos grandes impérios.

IV - LIMITES ATUAIS

O moderno Estado de Israel limita-se ao norte, com o Líbano; a leste, com a Síria e a Jordânia; ao sul, com o Egito; e, a oeste, com o mar Mediterrâneo. De exíguas dimensões, sua área não chega a 22.000 km. Como já dissemos, é um dos menores países do mundo.

No entanto, as fronteiras do território hebraico foram sobremodo alargadas durante a Guerra dos Seis Dias, ocorrida em junho de 1967. Depois desse conflito, os limites israelenses foram dilatados em aproximadamente 400 por cento.


Obras Consultadas
A Bíblia anotada por Dake
A Terra Santa em Cores - por Sami Awwad
A vida diária nos tempos de Jesus - Henri Daniel - Rops
Antigüidades Judaicas - Flávio Josefo
Assim vive Israel - Abraão de Almeida
Através da Geografia Bíblica, uma viagem à Terra de Deus - Wl Jl Goldsmith Dicionário da Bíblia - John Davis
Dicionário da Língua Portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda
Dicionário Universal da Bíblia - Buckland
Enciclopédia Barsa
Enciclopédia de Assuntos Judaicos
Enciclopédia Mirador
Este é Israel - Marcos Margulies
Geografia Bíblica - Enéas Tognini
Geografia Bíblica - Osvaldo Ronis
Geografia Histórica da Bíblia - Netta Kenp de Monney
Geografia da Terra Santa - Enéas Tognini
História do Cristianismo - A. Knight
História Geral - Souto Maior
História da Grécia - Mario Curtis Giordani
História da Igreja Cristã - Jesse Lyman Hurbbut
História de Israel - Abba Eban
História de Israel - Samuel Shultz
História do povo de Israel - Simon Dubnowv
Iniciação à Economia - Silvio Barreti
Manual Bíblico - Henry Halley
Novo Dicionário da Bíblia - Edições Vida Nova
O Mundo do Novo Testamento - Dana Pequena
Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer
Período Interbíblico - Enéas Tognini
Povos e Nações do Mundo Bíblico - Antônio Neves de Mesquita

Fonte: Geografia Bíblica - Claudionor de Andrade - CPAD-1987
Aqui eu Aprendi!

sábado, 8 de junho de 2019

A função Pastoral

"E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência." Jeremias 3:15

Pastor!

Procura-se um Pastor.

Uma atividade difícil de se exercer!

"Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver. Hebreus 13:7"

PASTOR

A função pastoral está listada entre as quatro atividades mais difíceis de se exercer, segundo resultado de pesquisa feita nos Estados Unidos porque um Pastor deve ser:

• pregador
• exemplo
•pai / mãe
• marido / esposa
• conselheiro
• conferencista
• planejador
• Ministro
• missionário
• diretor
• mentor
• amigo
• bom pagador
• reconciliador
• conselheiro matrimonial
• conselheiro da juventude
• Líder 
• professor de Bíblia
• intercessor
• generoso
• honesto

Além de, às vezes, ter que ser:
• porteiro do templo
• motorista dos irmãos
• cuidar da limpeza
• líder de louvor
• babá 
• o primeiro a chegar e o último a sair
• servo de todos
• auxiliar de reforma e construção 
• artista criativo
• saco de pancadas

Além disso, todo Pastor enfrenta constantemente críticas do tipo:
• O sermão não me satisfaz;
• O culto é muito longo;
• O culto é muito curto;
• Os filhos do Pastor tem que ser os melhores.
• Todo pastor é ladrão;
• O pastor gosta de dinheiro; 
• O pastor é Politiqueiro;
• O pastor é metido;
• O pastor é vagabundo não trabalha;
• O pastor está de carro novo;
• O pastor trocou de celular;
• A mulher do Pastor não é de Deus;
• A mulher do Pastor é espiritual demais e cobra muita coisa;
• O pastor não pode passear que está gastando o dízimo;
• Todo pastor é mentiroso; 
• O pastor não pode tira férias;
• O pastor não pode ficar cansado;
• O pastor está doente porque está em pecado.
• O pastor é muito mandão (ditador);
• O pastor não foi na minha casa.
• O pastor não me chamou pra orar.

Uma das coisas mais difíceis na vida de um Pastor é saber que as pessoas que dizem amá-lo; o trairão, e o abandonarão e possivelmente nunca irão lembrar do quanto ele ajudou e foi importante em sua vida e em sua família por inúmeros motivos.

O Pastor é muitas vezes a pessoa mais solitária da igreja. O mais esquecido!

Você pode ver um pastor cercado de pessoas, mas muito raramente são pessoas preocupadas com seus problemas(do pastor) ou necessidades(do pastor) ou mesmo com sua vida.

Por isso, gostaria de lhe dar alguns conselhos:

1 – Se você tem um Pastor ou tem como amigos os filhos do Pastor, cuide deles;
2 – Proteja-os, ore por eles, conecte-se com sua visão,
3 – Apoie-os, mas, acima de tudo, ame-os.
4 – Não fale pelas costas do seu pastor.
5 – Não faça insinuações falsas e levianas sobre sua pessoa ou sua liderança.

Em Jeremias 3:15, lemos:
“E eu lhe darei pastores de acordo com o meu coração, para que possam alimentá-lo com conhecimento e compreensão”.

Portanto, cuide deles porque “eles cuidam de suas almas como aqueles que devem prestar contas” (Hebreus 13:17)

Honre a vida de todos aqueles homens de Deus que sacrificaram tantas coisas, incluindo algumas das necessidades de sua família para atender o chamado de Deus.

Valorize o tempo que um Pastor lhe dedica, você não sabe o quanto sua família valorizaria esse tempo ao seu lado.
E, para finalizar, pastor também é ovelha !!!!!

Parte de um sermão pregado por Billy Graham

Fonte: texto adaptado e amplamente divulgado na internet
Aqui eu Aprendi!

sábado, 9 de março de 2019

Poder do alto contra as hostes da maldade

“Eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” Lc 24.49

Poder do alto contra as hostes da maldade

A lição desta semana mostrará que só podemos vencer as hostes espirituais da maldade com o poder do alto. A pregação do Evangelho com poder desfaz as artimanhas do Inimigo de nossa alma. A Igreja de Cristo libertou vidas das cadeias espirituais por causa da pregação do Evangelho com poder.

Sobre o Contexto Histórico de Samaria
Para explicar essa realidade bíblica que o comentarista inicia a lição desta semana mostrando a origem da animosidade dos samaritanos com os judeus. Essa animosidade remonta ao pai do rei Acabe e o cativeiro dos israelitas sob o reinado do rei assírio Salmaneser quando sitiou Samaria em 722. A partir daí ocorre a distinção religiosa entre samaritanos e judeus, pois diferente destes, aqueles rejeitaram o Antigo Testamento, adotando apenas o Pentateuco, os cinco primeiros livros de Moisés, bem como construíram o templo rival no Monte Gerizim. Isso que é exposto no primeiro tópico.

Sobre o Evangelho entre os samaritanos
O segundo tópico expõe a relação de Jesus com os samaritanos, o poder de Deus por meio do ministério de Filipe e a importância do batismo no Espírito Santo na proclamação do Evangelho em Samaria. O tópico expõe que o poder de Deus é eficaz na proclamação do Evangelho. Quando este é pregado com poder não há animosidade que impeça o avanço do Reino de Deus.

Sobre Filipe em Samaria e Simão, o Mágico
Este último tópico centraliza mais a relação de Filipe, Simão e apóstolo Pedro. O comentarista expõe o choque do Evangelho com o embusteiro. Onde diante das Boas Novas, o pecador não pode usar de engano, pois o Espírito Santo traz luz sobre as motivações mais ocultas. O Evangelho não tem nada a ver com mágica, mentiras ou comércio espiritual.

O importante a destacar nesta lição é que só a proclamação poderosa do Evangelho pode destruir as hostes espirituais da maldade e, logo, precisamos ser revestidos do poder do alto. Por isso, esta lição é uma oportunidade para refletir acerca do batismo no Espírito, a santidade da vida cristã e a nossa consagração espiritual. Não podemos perder de vista a nossa prontidão espiritual diante da batalha contra principados e potestades. Assim, enalteça a prática da oração e do jejum, a prática da leitura devocional das Escrituras, a fim de alimentar a alma e saciar a fome espiritual. (Subsídio Ensinador Cristão)

As obras das trevas são demolidas pelo poder de Deus no trabalho de pregação do Evangelho de Cristo.

Leitura Bíblica - Atos 8.5-13,18-21

INTRODUÇÃO
O relato do trabalho evangelístico de Filipe em Samaria nos chama a atenção. Primeiro, por causa da animosidade que havia entre judeus e samaritanos; depois, porque Jesus havia dito antes: não “entreis em cidade de samaritanos” (Mt 10.5). Mas a região foi palco de um grande avivamento com a chegada do Evangelho. Isso aconteceu no poder do Espírito Santo, que trouxe muita alegria, gozo e libertação na cidade, mas o Evangelho também veio para desfazer as obras das trevas.

Monte Gerizim
I. CONTEXTO HISTÓRICO DE SAMARIA

Os samaritanos eram os israelitas que se mesclaram com o povos estrangeiros durante o período da dispersão das Dez Tribos do Norte em 722 a.C. Com o passar do tempo, essa mescla veio a ser também religiosa. Na era apostólica, o clima entre judeus e samaritanos era tenso. O evangelho de João resume o relacionamento entre judeus e samaritanos nas seguintes palavras: “Judeus não se comunicam com os samaritanos” (Jo 4.9).

1. A fundação de Samaria.
A cidade foi fundada pelo pai do rei Acabe, o qual reinava sobre dez tribos do norte, que se apartaram de Jerusalém no século 10 a.C. (1Rs 12.19,20). O nome do rei era Onri, que comprou um monte de um cidadão chamado Semer, onde fundou uma cidade a qual deu o nome de Samaria, em homenagem ao dono anterior, e fez dela a capital do seu reino (1Rs 16.24). Mesmo antes da dispersão dos israelitas do reino do Norte, já havia um clima de tensão entre Samaria e Jerusalém, Israel e Judá, os dois reinos que se dividiram após a morte de Salomão.

2. O cativeiro.
Quando o rei da Assíria, Salmaneser, sitiou Samaria em 722 a.C., levou para o cativeiro as dez tribos do norte (2Rs 17.3). Mas foi Sargom II, sucessor de Salmaneser V, que concluiu o cativeiro dos israelitas das Dez Tribos do Norte. Os assírios levaram as Dez Tribos do Norte para outras regiões e trouxeram estrangeiros para povoarem a terra de Israel. Os poucos filhos de Israel que ficaram na terra se misturaram com os estrangeiros deportados de suas terras (2Rs 17.24-31). Desse modo, seus filhos não eram totalmente judeus nem completamente gentios; eram os samaritanos.

3. As diferenças entre judeus e samaritanos.
Os judeus recusaram a ajuda dos samaritanos na reconstrução do templo de Jerusalém quando Judá retornou do cativeiro babilônico (Ed 4.1-4). Os samaritanos rejeitaram as Escrituras do Antigo Testamento, adotaram apenas o Pentateuco e também construíram um templo rival no monte Gerizim. Com esses fatos, a ruptura samaritana se consolidou, mas eles esperavam também a vinda do Messias (Jo 4.25). Na era apostólica, Samaria era o nome da cidade e ao mesmo tempo da província romana.

A cidade de Samaria foi fundada pelo pai do rei Acabe, Onri. Samaria era a capital do Reino do Norte.

SUBSÍDIO 
Os Samaritanos
Seita antiga, e ainda hoje existente entre os judeus, derivando o seu nome de Samaria, a cidade capital dos seus domínios. (*veja Israel, israelitas.) Depois da queda de Samaria e do reino de Israel, o conquistador Sargom levou a massa dos seus habitantes para a Assíria, sendo depois repovoados, em parte, os territórios dos israelitas por estrangeiros, vindos das regiões vizinhas do Tigre e do Eufrates (2 Rs 17). Estes e os israelitas, que tinham ficado na terra de Israel, aliaram-se por casamentos recíprocos, tomando mais tarde o nome de samaritanos. o despovoado país tinha sido invadido por animais ferozes, tirando os idólatras desse fato a conclusão de que o ‘Deus do pais’ estava encolerizado. E, aterrorizados com essa ideia, mandaram pedir ao imperador da Assíria que lhes fosse mandado um sacerdote do Senhor, a fim de instruí-los sobre a maneira de prestar culto ao Deus de israel. Ao princípio a sua religião era de diferentes cores: ‘temiam o Senhor e ao mesmo tempo serviam aos seus próprios deuses’. Mas, depois das reformas introduzidas por Josias, reformas que se estenderam até Betel e aos distritos do norte (2 Rs 23.15 - 2 Cr 34.6,7), parece que o povo cedeu à destruição dos seus ídolos, aceitando nominalmente a religião israelita. Todavia, embora tivessem a mesma religião que os judeus, não tinham destes a sua estima, visto como eles se tinham servido de calúnias e de vários estratagemas para impedir a reedificação do templo de Jerusalém (2 Rs 17 - Ed 4.5,6). Depois do cativeiro, tendo principiado Neemias uma reforma na Judéia, deu-se o caso de alguns dos judeus, que tinham casado com mulheres pagãs, preferirem passar para os samaritanos a terem de repudiá-las. Um destes foi Manassés, filho do sumo sacerdote, o qual conseguiu que os samaritanos renunciassem a muitas das suas idolatrias, edificando sobre o monte Gerizim um templo, onde o culto se assemelhava ao de Jerusalém. (*veja Manassés, Neemias, Sambalá.) Mais tarde, quando o pais fazia parte do império grego, revoltaram-se os samaritanos contra o poder de Alexandre. Este expulsou-os de Samaria, reuniu-os com os macedônios, sendo dada a província aos judeus. Contribuiu esta circunstância em não pequeno grau para aumentar a animosidade entre os dois povos. Samaria tornou-se lugar de refúgio para os transgressores da lei judaica, que iam depois prestar culto ao Senhor no monte Gerizim. Quando prosperavam os negócios do povo judeu, nunca os samaritanos perdiam a ocasião de se chamarem hebreus, pertencentes à raça de Abraão. Mas quando os judeus eram atormentados com perseguições já os samaritanos não os reconheciam como sendo seus irmãos, declarando, então, que eram da raça fenícia, ou descendentes de José, ou de seu filho Manassés. os samaritanos mostravam ter interesse pela antiga aliança mosaica. A sua fé e práticas religiosas eram somente baseadas no Pentateuco, sendo inteiramente rejeitados os outros livros do cânon judaico. o seu templo, edificado no monte Gerizim, ali permaneceu até ao ano 109 a.C. Jesus distinguia os samaritanos das ovelhas perdidas da casa de israel, e dos gentios (Mt 10.5,6). Neste tempo o ódio entre eles e os judeus estava no seu auge (Lc 9.52,53 - Jo 4.9) - e até ao próprio Salvador chamavam samaritano, significando esta palavra tudo quanto era mau (Jo 8.48). (Dicionário Bíblico Universal Buckland pgs.395-396)

Leia mais em  Jesus e os Grupos Politico-Religiosos de sua época

SUBSÍDIO
O Reino dividido
Após a morte do rei Salomão, filho de Davi, aconteceu uma disputa pela sucessão em Israel. As dez tribos do Norte, lideradas por Jeroboão, solicitaram a Roboão, filho de Salomão e herdeiro legítimo do trono, que aliviasse a carga tributária imposta por seu pai, Salomão; diante da negativa de Roboão, as tribos do Norte entronizaram como rei a Jeroboão. Com isso, Israel se dividiu em duas partes, chamadas de Reino do Norte, sob a liderança de Jeroboão, e Reino do Sul, sob a liderança de Roboão. Esse fato aconteceu em 922 a.C. A falta de amor e misericórdia entre as tribos irmãs foi a causa do cisma de toda uma nação. Quando a arrogância e a soberba prevalecem sobre o amor e respeito pelo outro, o fim sempre será trágico.

Leia mais em  O contexto da Profecia de Isaías

II. O EVANGELHO ENTRE OS SAMARITANOS

O relacionamento cristão com os samaritanos começou de forma salutar com o Senhor Jesus e depois continuou com Filipe. Este aqui é o mesmo que foi escolhido como um dos sete diáconos (At 6.5), mas logo se destacou na pregação do Evangelho e aparece cerca de vinte anos depois como evangelista (At 21.8).

1. Jesus e os samaritanos.
Os samaritanos, numa ocasião, recusaram-se a receber Jesus quando Ele estava a caminho de Jerusalém (Lc 9.52,53). Mas, na aldeia de Sicar, em Samaria (Jo 4.5), os samaritanos receberam Jesus e creram na sua mensagem como resultado do testemunho da mulher samaritana (Jo 4.39-42). A passagem do Bom Samaritano (Lc 10.25-28) foi uma lição para os judeus: eles não deviam imitar o levita nem o sacerdote, mas o samaritano. Jesus proibiu os discípulos de entrarem em cidades de samaritanos, porque Ele fora enviado às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.5,6), uma vez que ainda não era tempo. Mas, depois de sua ressurreição dentre os mortos, Jesus mandou pregar também em Samaria (At 1.8). Filipe agora estava cumprindo com êxito essa missão.

2. O poder de Deus entre os samaritanos.
Filipe foi impulsionado pelo Espírito Santo; do contrário, não ousaria enfrentar as hostilidades dos samaritanos. Filipe “lhes pregava a Cristo” (v.5) com poder, de modo que as multidões prestavam atenção no que ele dizia, pois “ouviam e viam os sinais que ele fazia” (v.6). Era algo inédito e que atraía as multidões: “pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados” (v.7). Essa manifestação era o autêntico poder do alto contra as hostes por meio da pregação do Evangelho. Filipe revolucionou a cidade pelo poder de Deus.

3. O batismo no Espírito Santo.
Havia muita alegria na cidade com a chegada de Filipe, que batizava homens e mulheres (v.12). A notícia desses fatos chegou à Igreja de Jerusalém, que enviou os apóstolos Pedro e João, os quais trouxeram o que ainda faltava aos samaritanos convertidos: o batismo no Espírito Santo. Ao chegarem a Samaria, eles impuseram as mãos sobre os novos crentes, que “receberam o Espírito Santo” (v.13).

Jesus levou a primeira mensagem aos samaritanos e, por instrumentalidade de Filipe, o Evangelho impactou aos samaritanos com o poder do Espírito.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“De fato, deveriam ter sempre em mente que o batismo no Espírito não é uma experiência climática. Assim como o próprio Pentecostes foi apenas o começo da colheita, tendo trazido homens e mulheres a uma comunhão de adoração, ensino e serviço, assim também o batismo no Espírito Santo é apenas uma porta para uma relação crescente entre Ele mesmo e os crentes. Essa relação leva a uma vida de serviço, onde os dons do Espírito proveem poder e sabedoria para a divulgação do Evangelho e o crescimento da Igreja, como evidenciado pela sua rápida propagação em muitas áreas do mundo atual. Novos preenchimentos e orientações relativas ao serviço devem ser esperadas conforme surgirem novas necessidades, e conforme Deus, em sua vontade soberana, cumprir o seu plano” (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. RJ: CPAD, 2003, p.106).

III. FILIPE EM SAMARIA E SIMÃO, O MÁGICO

Antes da chegada de Filipe à Samaria, ali estava Simão, o mágico, um entre os vários impostores que afirmavam possuir os segredos da natureza e comunicar-se com o mundo invisível, dedicando-se ao ocultismo e ao curandeirismo. Tudo isso se chama artes mágicas, superstições populares e práticas enganosas sob a égide do príncipe das trevas.

1. Simão, o mágico.
Nesse contexto de tanta alegria e gozo entre o povo mediante a obra realizada por Filipe, surge a figura de um cidadão: “Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica e tinha iludido a gente de Samaria, dizendo que era uma grande personagem” (v.9). Ele já estava na cidade antes da chegada de Filipe e era reconhecido pela população como “a grande virtude de Deus” (v.10). Isso significa que Simão se declarava um tipo de emanação ou representação do ser divino. No entanto, não passava de um embusteiro que, durante muito tempo, iludia o povo com artes mágicas (vv.9,11).

2. A conversão de Simão, o mágico.
O texto sagrado afirma: “E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou, de contínuo, com Filipe e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito” (v.13). É difícil saber até que ponto a conversão de Simão, o mágico, era genuína, pois o relato indica tratar-se de uma conversão meramente intelectual ou artificial. A avaliação do apóstolo Pedro foi: “o teu coração não é reto diante de Deus” (v.21). Assim, impressionado com os milagres que Filipe operava, Simão teria se convencido de ser Jesus o Messias, mas não houve transformação em sua vida.

3. A repreensão do apóstolo Pedro.
Simão, o mágico, foi desmascarado na tentativa de subornar o apóstolo Pedro, pensando ser possível comprar o poder do Espírito Santo. Essa atitude não condiz com a postura de um novo convertido que ainda não compreende a natureza da fé crista (1Tm 3.6). Parece que Simão imaginou ter descoberto uma nova fórmula mágica, como os exorcistas de Éfeso (At 19.13) e, dessa forma, achou que podia comprar essa “fórmula” para ampliar o seu curriculum e acrescentar ao seu cardápio um novo serviço para o povo. Ele não agiu com sinceridade, por isso o apóstolo Pedro o amaldiçoou (vv.20-23). Foi do nome de Simão que veio o termo “simonia”, que consiste no ato deliberado de comprar ou vender as coisas espirituais. Os discípulos de Simão ainda estão por aí negociando e vendendo as coisas espirituais.

O impostor Simão, o Mágico, foi repreendido pelo apóstolo Pedro.

SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ
“O Senhor considerará você tão responsável por acreditar numa mentira quando considerou Adão. As falsas doutrinas matam a alma. Se sairmos da Palavra de Deus para crermos numa mentira, perdemos o sangue e a vida de nossa alma. Não deixe que ninguém o engane, ainda que venha como anjo de luz […]. A Palavra de Deus nos diz: ‘Tais falsos apóstolos sao obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Nao é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras’ (2Co 11.13-15)” (SEYMOUR. Devocional: O Avivamento da Rua Azusa. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, pp.40,41).

CONCLUSÃO

A história de Simão, o mágico, nos mostra que seu comportamento foi reprovado por Deus. Há uma diferença abissal entre o poder que vem do alto, o poder sobrenatural do Espírito Santo, e os pseudomilagres operados por charlatões e embusteiros, agentes a serviço do reino das trevas. Isso nos serve de lição para estarmos alertas quanto aos líderes enganosos.

Fonte:Lições Bíblicas - 1º Trimestre 2019 - Batalha Espiritual - O Povo de Deus e a Guerra contra as Potestades do mal.
Aqui eu Aprendi!

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Nossa luta não é contra carne e sangue

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas” 2Co 10.4


Nossa luta não é contra carne e sangue

O texto bíblico central para a lição desta semana encontra-se em Efésios 6.10-12, parte final da epístola. Assim, com o auxílio de um bom comentário bíblico do Novo Testamento (sugerimos o Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, editado pela CPAD), o prezado professor e a prezada professora devem estudar bem o devido texto. Tenha em mente que a ministração desta lição é, especificamente, a exposição do texto de Efésios 6.10-12.

Sobre o tema da Batalha Espiritual em Efésios 6.10-12
O apóstolo Paulo inicia o trecho, ora mencionado, com a expressão “No demais” (v.10). A ideia aqui é de concluir um argumento desenvolvido para mencionar uma consequência que se aplica ao fato presente no restante do versículo: a necessidade de fortalecer-se no Senhor e em seu poder (v.10). Em seguida, o apóstolo introduz uma figura de linguagem através da imagem de uma armadura (v.11) e fecha com uma anáfora (por meio da preposição “contra”) onde o aspecto espiritual de nossa luta está ratificado (v.12). Fortalecer-se no Senhor, revestir-se com armadura e saber que a luta não é contra “carne e sangue” mostra que a Bíblia evoca uma verdadeira Batalha Espiritual.

Sobre depender de Deus
O segundo tópico da presente lição mostra-nos que devemos depender de Deus, sermos revestidos de sua armadura para vencermos as “astutas ciladas do Diabo”. O Inimigo sempre lança ciladas para desestabilizar nossa vida espiritual. Revestidos de poder, saberemos andar de maneira prudente. O Diabo tem seus métodos, ignorá-los é um perigo.

Batalhemos contra os poderes das trevas
O que são os poderes das trevas? É possível iniciarmos o terceiro tópico mostrando o que significa a expressão “lugares celestiais”. O próprio comentarista explica que se trata de um objeto no mínimo intrigante. A expressão na carta aos Efésios tem uma designação aos céus. Entretanto, a ideia de criaturas da maldade habitando nos mesmos lugares que os anjos celestiais é um paradoxo. O comentarista apresenta a solução dizendo que é coerente considerar este lugar uma esfera supraterrestre, isto é, a esfera espiritual invisível em oposição ao mundo material (Ef 1.3).
Principados, potestades, dominadores do mundo tenebroso, enfim, o Diabo e seus demônios. Nesse sentido, o universo é o campo de batalha do crente.

Por trás das aparências, há uma batalha espiritual invisível contra a Igreja.

Leitura Bíblica em classe: Efésios 6.10-12

Uma das coisas que o Inimigo tem feito nestes últimos dias, por meio de uma perspectiva materialista de vida, é tirar de alguns crentes a perspectiva espiritual. Não podemos perder o senso espiritual esposado pelo apóstolo Paulo em uma de suas cartas em que ele afirma que a nossa luta não é contra o ser humano, mas contra principados e potestades. Há sim um mundo espiritual por trás do material. Isso não é uma concepção platônica; mas bíblica, ensinada pelo nosso Senhor, proclamada pelos apóstolos e confirmada pelo Espírito Santo.

INTRODUÇÃO

O tema da presente lição trata dos poderes ocultos das trevas e de como se proteger deles pela força do poder de Deus. Embora o apóstolo Paulo não apresente a origem nem a biografia do príncipe das trevas, ele nos ensina a importância de conhecer as astutas ciladas do nosso Inimigo. O Diabo já perdeu a peleja, mas continua fazendo estrago nesse período entre o início e o final da jornada da Igreja.

I. A INCLUSÃO DO TEMA NO FINAL DA EPÍSTOLA

Os três capítulos iniciais de Efésios são teológicos, e os outros três são práticos. Uma perfeita combinação de doutrina cristã e dever cristão, de fé cristã e vida cristã. Mas, de repente, o apóstolo Paulo nos surpreende com um “No demais”, encerrando a epístola com um assunto de vital importância: a luta contra o reino das trevas.

1. “No demais…” (v.10a).
O apóstolo Paulo parece usar essa expressão para introduzir a conclusão. Isso não é nenhuma anomalia, visto que Paulo emprega essa estrutura em outro lugar (2Co 13.11; 1Ts 4.1; 2Ts 3.1). Essa expressão aparece traduzida como: “Quanto ao mais”, na Nova Almeida Atualizada; e “Finalmente”, na TB (Tradução Brasileira). Mas não devemos perder de vista que o termo paulino significa, literalmente, “desde agora” (Gl 6.17). Que diferença isso faz? Muita. No caso do verso 10, a ideia é de que daqui para frente o conflito contra o reino das trevas será contínuo até o retorno de Cristo. Desse modo, o tema é atual, e a luta da Igreja continua contra as hostes infernais.

2. “Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder” (v.10b).
Jesus disse certa vez: “sem mim nada podereis fazer” (Jo 15.5). Paulo empregou a voz passiva para “fortalecei-vos”. Isso mostra que não se trata meramente de esforço humano, mas da completa dependência do Senhor Jesus. A expressão “força do seu poder” é um enérgico pleonasmo (figura de sintaxe pela qual se repete uma ideia com outras palavras para proporcionar elegância ou reforço à expressão), usado aqui para reforçar a magnitude do poder de Jesus. Esse poder provém do Espírito Santo (Ef 3.16); é a atuação da Trindade na vida da Igreja.

3. O emprego da figura de linguagem.
As figuras são recursos linguísticos que merecem atenção especial pela sua beleza e pelo seu papel na Hermenêutica. A anáfora é uma figura de linguagem que consiste na repetição de uma mesma palavra no começo de frases sucessivas com o propósito de enfatizar a afirmação. Aqui encontramos: “porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (v.12). Nessa anáfora, a preposição grega, pros, “contra”, é usada cinco vezes para reforçar a ideia de que a esfera principal de atuação do príncipe das trevas não é apenas como muitos pensam: a prostituição e o crime, mas principalmente no reino das religiões; trata-se, pois, de uma batalha espiritual.

Ao final da epístola aos Efésios, Paulo exorta aos crentes “fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”.

II. A DEPENDÊNCIA DE DEUS

O apóstolo emprega uma metáfora militar para explicar o que subjaz no mundo espiritual que não é possível perceber na superfície. A presença de todas as mazelas na humanidade é real e indiscutível, mas a fonte de toda essa maldade Paulo esclarece nessa seção. Não pode haver vitória sem ajuda divina, e é esse o apelo apostólico.

1. Somente pelo poder de Deus.
Nenhum ser humano tem condições de, sozinho, enfrentar os demônios e sair vitorioso. Os demônios existem de fato, mas não passam de um inconveniente diante do poder de Jesus; são entidades destituídas de poder na presença do Senhor Jesus (Mc 1.23-26; 3.11). No entanto, os humanos não podem desafiá-los com suas próprias forças.

2. O revestimento da completa armadura de Deus (v.11a).
O verbo “revestir” é o mesmo que a Septuaginta usa para descrever o revestimento de Gideão pelo Espírito Santo (Jz 6.34). A metáfora “toda a armadura de Deus” significa que devemos usar todos os recursos espirituais que Deus nos dá. A armadura completa indica armas de defesa e armas de ataque, uma figura bem conhecida na época, visto que os soldados romanos estavam por toda parte.

3. Os métodos do Diabo (v.11b).
Paulo começa aqui a explicar a razão de o crente se fortalecer em Jesus e no seu poder e revestir-se de toda a armadura espiritual de Deus. A expressão “astutas ciladas” é methodeia em grego, que só aparece uma vez no Novo Testamento (Ef 4.14) e cuja ideia é de “esperteza, artimanha, armadilha”. O Senhor Jesus dá, pelo seu Espírito Santo, todos os recursos para o crente entender todas essas astúcias do Inimigo (2Co 2.11). O conhecimento da força do Maligno é uma poderosa arma tanto para o ataque como para a defesa.

Somos dependentes do poder de Deus e de sua armadura espiritual para debelar a estratégia do Diabo.

SUBSÍDIO BÍBLICO
“No Verso 6.13, Paulo repete a exortação previamente enunciada em 6.11 (‘Portanto, tomai toda a armadura de Deus’) — desta vez, em vista de 6.12, isto é, das hostes de Satanás que estão envolvidas na guerra espiritual. Uma palavra diferente para ‘vestir’ (analabete) foi usada aqui, embora em 6.11 tenha sido utilizado o termo endysasthe (significando ‘estar vestido com’). Analabete significa ‘tomar’ de modo resoluto para que, mesmo debaixo do ataque mais rigoroso, o crente posso resistir ao inimigo e ‘estar firme’ em sua posição.

Paulo, por três vezes, exorta os crentes a ‘estarem firmes’ (6.11,13,14). Com isso, quer dizer que os crentes e a Igreja devem permanecer constantes e inabaláveis, ‘estando firmes’ quando a batalha espiritual for intensa, sustentando sua posição quando o conflito estiver se aproximando de seu final, sem serem ‘deslocados ou abatidos, porém mantendo-se firmes e vitoriosos em seus postos’ (Salmond, 3.385). Observe que diferentes aspectos de ‘estar firmes’ são enfatizados durante a passagem (6.10-20). Devemos ‘estar firmes’ (6.14a), na força do poder de Cristo (6.10), contra as ciladas do Diabo (6.11), com nossa armadura firmemente colocada (6.11a,13a) e em oração (6.18-20)” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003, p.1266).

III. CONTRA OS PODERES DAS TREVAS

1. Carne e sangue.
O apóstolo começa apresentando a luta interna do cristão: “porque não temos que lutar contra carne e sangue” (v.12a). O termo “carne” tem vários significados na Bíblia, mas a combinação “carne e sangue”, que só aparece três vezes no Novo Testamento (v.12; Mt 16.17; 1Co 15.50), parece indicar um significado físico. Nesse caso, essa combinação diz respeito à pessoa, ser humano, que pode ser o outro ou nós mesmos em conflito interno, no sentido de: “a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis” (Gl 5.17).

2. Os principados e potestades.
Os dois termos aqui, “contra os principados, contra as potestades” (v.12b), aparecem juntos pelo menos dez vezes no Novo Testamento. Os “principados”, archai, em grego, cuja ideia é primazia no poder; as “potestades”, exousíai, denotam liberdade para agir. O apóstolo Paulo emprega o termo tanto para os anjos (Rm 8.38; Cl 1.16) como para os demônios (1Co 15.24; Cl 2.15) investidos de poder. Desse modo, a expressão refere-se a governos ou autoridades tanto na esfera terrestre como na espiritual.

3. “Os dominadores deste mundo tenebroso” (v.12b — ARA).
A ARC emprega “os príncipes das trevas deste século”; a TB cita “governadores do mundo destas trevas”; e a Nova Almeida Atualizada mantém as mesmas palavras da ARA. O termo grego mais usado para “príncipe” é archon, que aparece 37 vezes no Novo Testamento, traduzido também como “governador”. É usado para se referir a Belzebu, “príncipe dos demônios” (Mt 12.24).

O apóstolo começa apresentando a luta interna do cristão: “porque não temos que lutar contra carne e sangue” (v.12a). para Satanás, como “príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11); e, ainda, ao “príncipe das potestades do ar” (Ef 2.2). Mas, aqui, o apóstolo Paulo emprega um termo diferente, kosmokrátor, “senhor do mundo”, de kosmos, “mundo”, e krateo, “dominar”. O uso plural mostra que Paulo não está se referindo ao próprio Satanás, mas às hostes dominantes do mundo das trevas.

4. Os lugares celestiais.
O apóstolo acrescenta ainda “contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais”. Parece que aqui Paulo coloca todos esses anjos decaídos num mesmo bojo. A expressão “lugares celestiais” indicada aqui é intrigante. Essas palavras, ou “regiões celestiais”, aparecem em Efésios para designar o céu, onde Cristo está sentado à destra de Deus, onde os salvos estão com Cristo (1.3,20) e onde habitam os anjos eleitos (3.10). Como podem essas hostes infernais estar nas regiões celestiais? Uma explicação convincente é que se trata da esfera espiritual invisível em oposição ao mundo material (Ef 1.3).

Não pelejamos contra “Carne e Sangue”, mas contra os principados e potestades, os dominadores deste mundo tenebroso.


SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ
“Jesus disse que era odiado sem motivo. Os verdadeiros filhos de Deus são revestidos de luz, de poder e do Espírito Santo, enviado lá do trono eterno de Deus. O mundo não nos conhece porque não conheceu a Ele, de modo que o Diabo reúne todas as suas forças para batalhar contra Jesus e os seus santos. Porém é maior aquEle que está em nós que tudo o que está contra nós. O Senhor batalhará por nós, ainda que para isso Ele precise enviar todos os exércitos do céu. Quando o profeta Eliseu estava cercado pelos inimigos do Senhor, o servo dele foi tomado de pavor, porque tinha certeza de que eles seriam aniquilados. Ele levantou os olhos a Deus e disse: ‘Peço-te que lhe abras os olhos, para que veja’. Os olhos dele foram abertos, e ele olhou em volta e viu os exércitos do Senhor com cavalos e carros de fogo. Deus enviara toda a artilharia do céu para proteger apenas um profeta e o servo deste. Deus fará o mesmo por nós, se clamarmos a Ele” (ETTER, Maria Woodworth. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, pp.142,143).

CONCLUSÃO

Com base nas palavras do apóstolo Paulo, ficamos sabendo de que existem diferentes classes de espíritos maus que são enumerados aqui como “principados, potestades, príncipes das trevas, hostes espirituais da maldade”. O universo é um campo de batalha e nisso não precisamos enfrentar apenas o ataque de outras pessoas, mas também as forças espirituais que se opõem a Deus e ao seu Povo.

Fonte:Lições Bíblicas - 1º Trimestre 2019 - Batalha Espiritual - O Povo de Deus e a Guerra contra as Potestades do mal.
Aqui eu Aprendi!
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