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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Os Perigos e as Oportunidades das Redes Sociais

Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” Fp 4.8

“O jovem cristão e o mundo virtual
A tecnologia impõe uma nova cultura da competição, da performance, da simulação, do imediatismo, culto ao corpo e a crise de identidade. Dentre as muitas faces da tecnologia, o Mundo Virtual tem sido o mais nocivo, em especial aos jovens. O conceito básico do Mundo Virtual fundamenta-se em algo que não é físico, que ainda não é realizado, não concreto e não palpável, tornando-o extremamente prejudicial e perigoso. Como sabemos, existem coisas que não são boas e nem ruins, pois são simplesmente coisas, isto é, seus efeitos são determinados pela forma como são usadas, determinada pela disposição do coração da pessoa que as utiliza, e o Mundo Virtual é uma delas. É possível identificar quando o Mundo Virtual está sendo benéfico ou maléfico aos seus usuários, especialmente aos jovens.

O Mundo Virtual tem que ser visto como prejudicial quando:
• O tempo na rede é demasiado;
• Estar na rede é mais atraente do que estar com amigos e familiares;
• Para usá-lo é preciso usar de engano;
• O que é essencial é substituído pelo Mundo Virtual.

Você precisa ser honesto consigo mesmo (caso queira honrar a Deus), e para isso algumas perguntas são necessárias: Você tem usado o Mundo Virtual com quem, para quê e de que forma?” 
(Revista Geração JC. Disponível em:http://www.geracaojc.com.br/home/index.php/explore/item/407-o-jovem-cristao-e-o-mundo-virtual).

“Dicas de sobrevivência na internet
Não use o computador depois que o resto da família estiver na cama. Assim como as ruas da cidade, a Internet é mais perigosa quando atravessada no escuro.
Seja sábio. Isso é particularmente verdade na Internet: Não fale com estranhos.
Proteja a privacidade de sua família. Nunca divulgue o seu nome, endereço, número de telefone ou qualquer outra informação pessoal na Web.
Nunca vá conhecer alguém pessoalmente sozinho. Se você descobrir alguém na rede com quem queira se encontrar no mundo real, tenha certeza de que seus pais estão com você e certifique-se que o encontro aconteça em local público.
Nunca acesse sites pornográficos. Satanás tentará lhe falar o contrário, especialmente no calor do momento, mas tais sites são perigosos para a sua alma e seu futuro matrimônio.
Ouça sua mãe e seu pai. Quando eles lhe pedirem para se desconectar, faça-o.
Socialize-se. Faça pelo menos uma atividade social não relacionada com computador com pessoas reais(ROSS, Michael. Cresci e agora? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.169).

As redes sociais podem servir como bênção ou maldição na vida do crente.

Os jovens da atualidade fazem parte da chamada “geração ponto-com”. Nascidos após o surgimento da web, eles têm uma intensa relação com a internet, e mais especialmente com as redes sociais. Vivem plugados e conectados a todo instante e gostam de interagir com outras pessoas através dos novos aplicativos de compartilhamento de textos, imagens e vídeos. O educador cristão possui a nobre — e ao mesmo tempo difícil — responsabilidade de preparar seus aprendizes para que encontrem o equilíbrio comportamental adequado, de modo a usufruir dessa cultura digital, sem confrontar os limites bíblicos. Em meio a tantas informações que se multiplicam velozmente nas redes sociais, o povo de Deus é chamado a ter discernimento, a fim de usar sabiamente essas novas ferramentas e rejeitar, quando necessário, tudo aquilo que prejudica a vida cristã.

TEXTO BÍBLICO - 1 Tessalonicenses 1.6-10; Filipenses 4.8

INTRODUÇÃO

Inegavelmente, as novas plataformas de comunicação e interação online são o ponto alto da cultural digital neste início do Século XXI, alterando até mesmo a forma como interagimos. Pesquisas indicam que pelo menos 70% dos usuários da internet usam algum tipo de rede social. Mas, como ocorre com os demais tipos de mídia, os sites de mídia social também podem ser usados para o bem ou para o mal; estão cheios de perigos, mas também podem servir como oportunidade pelos crentes para glorificar o nome do Senhor. Este, aliás, é o tema da presente lição.

I. O FENÔMENO DAS REDES SOCIAIS E SEUS BENEFÍCIOS

1. A explosão das redes sociais.
Nos últimos anos, as redes sociais se transformaram na principal forma de comunicação e troca de informações entre as pessoas. Sites e aplicativos como Facebook, Twitter, Snapchat e Google+, por exemplo, são usados para conectar pessoas e compartilhar informações, ideias e imagens na web. Em nossos dias, elas são tão utilizadas que em alguns círculos é quase incompreensível uma pessoa não possuir uma conta em pelo menos um desses canais. Quem não têm whatsapp, então, é quase considerado um ser de outro planeta!

2. Os benefícios das redes sociais.
Usadas de maneira correta e com sabedoria, as mídias sociais podem proporcionar vários benefícios. Manter contato com amigos e parentes; criar uma rede de contato profissional; atualizar-se com informações e notícias do dia a dia; adquirir conhecimento; produzir conteúdo e divulgar as ideias para outras pessoas são alguns exemplos de como tais plataformas digitais podem servir como bênção para a vida das pessoas.

Ponto Importante
Usadas de maneira correta e com sabedoria, as mídias sociais podem proporcionar vários benefícios.

II. OS PERIGOS DAS REDES SOCIAIS

Se por um lado as redes sociais apresentam vários fatores positivos, por outro também podem ser nocivas, a depender da forma como são administradas. Vejamos alguns dos seus perigos:

1. Vício digital.
O vício no uso das redes sociais é uma realidade e tem prejudicado a vida de milhares de jovens e adolescentes da “geração ponto-com”. A utilização por horas ininterruptas da internet é um claro sinal de tal compulsão digital. Rapazes e moças dependentes que desenvolveram dependência das atividades online não conseguem vencer a tentação de acessar seus dispositivos para acompanhar as publicações de seus contatos. Normalmente, demonstram, como sintomas, desinteresse pelas demais atividades da vida real e sensação de ansiedade e angústia quando não estão conectadas, em momento de abstinência. Isso se chama nomofobia! Caso esteja acontecendo com você, é hora de buscar ajuda para libertar-se desse vício! A vigilância e a oração são hábitos espirituais essenciais para o crente vencer a dependência cibernética (Mc 14.38).

2. Uso inadequado do tempo.
Graças ao poder de interatividade das mídias sociais, há quem passe horas e mais horas conectadas aos seus equipamentos digitais consumindo tempo nas atividades do mundo virtual, seja no decorrer do dia, da noite e até mesmo durante as madrugadas. Isso resulta em ociosidade, atrasos e pouco (ou quase nenhum) tempo para estudo, leitura das Escrituras, interação com as pessoas do mundo real e para outras atividades importantes. Há tempo para todas as coisas debaixo do céu (Ec 3.1) e podemos presumir que há tempo de estar conectado e tempo de estar desconectado das mídias sociais. Afinal, somos aconselhados a aproveitar o tempo pois os dias são maus. Se você não tem mais tempo para orar e desfrutar de períodos devocionais com o Senhor, em virtude do tempo gasto na internet, então, parafraseando Marcos 1.18, é necessário deixar as redes sociais para estar com Jesus!

3. Pornografia na rede.
As mídias sociais também abrem várias possibilidades de acesso à pornografia e conteúdos imorais que aguçam a concupiscência da carne e a concupiscência dos olhos. Pesquisa realizada pelo Instituto Barna apontou que a nova realidade tecnológica dos smartphones e da internet de alta velocidade mudaram fundamentalmente a paisagem da pornografia e a introduziram na cultura atual, passando a ser cada vez mais aceita. Davi caiu em um momento de descuido em sua vida, que o levou ao adultério (2Sm 11.1,2). Tome cuidado com as páginas que você acessa na internet; um clique errado pode ser fatal para sua integridade moral e espiritual. Todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas nos convêm (1Co 10.23). Tal recomendação bíblica também se aplica aos bate-papos virtuais e às conversas eletrônicas, que às vezes podem conduzir para a troca de conteúdos inadequados. Seja fiel a Deus, ainda que as pessoas não estejam vendo o que você faz!

4. Perigo da superexposição.
A exposição exagerada é outro perigo real na utilização das mídias sociais. O compartilhamento indiscriminado e impulsivo de opiniões, imagens e acontecimentos da vida particular expõe indevidamente a imagem de alguém. Em muitos casos, essa busca de “curtidas” representa certa fuga da realidade e desejo de aprovação social. Seguindo o exemplo de Cristo, devemos nos afastar da cultura de fama e celebridade instantânea, com modéstia e singeleza de coração. A melhor maneira de exposição do crente na sociedade é por meio do brilho de Cristo, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual precisamos resplandecer como astros no mundo (Fp 2.15).

5. Amizades instantâneas e descartáveis.
Na maior parte das vezes, os “amigos” das redes sociais não são verdadeiros amigos. Não raro, as amizades são instantâneas e descartáveis. O amigo real é aquele que é mais chegado que irmão (Pv 18.24).

Pense!
Desconecte-se do mundo virtual e redescubra a alegria de estar fisicamente com amigos e familiares.

Ponto Importante
Se você não tem mais tempo para orar e desfrutar de períodos devocionais com o Senhor, em virtude do tempo gasto na internet, então, parafraseando Marcos 1.18, é necessário deixar as redes sociais para estar com Jesus!

III. USANDO AS REDES SOCIAIS PARA A GLÓRIA DE DEUS

Seja como for, podemos aproveitar as plataformas sociais como uma grande oportunidade para glorificar o nome do Senhor.

1. Glorificando a Deus em tudo.
Consideremos o que está escrito em 1 Coríntios 10.31: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus”. Todas as nossas ações, inclusive aquelas que consideramos mais simples, como acessar a internet, devem glorificar ao Criador. Quando o nosso coração está voltado para a majestade divina, não existem coisas ordinárias; tudo é extraordinário, pois se voltam para a glória de Deus. Reflita se você está usando as redes sociais com o propósito de glorificar a Deus ou simplesmente como passatempo e entretenimento.

O filtro ideal para saber se você tem usado as redes sociais de modo a engrandecer a Cristo está registrado em Filipenses 4.8. Assim, para saber se está usando adequadamente tais mídias pergunte a si mesmo: O que estou fazendo é verdadeiro? É honesto? É justo? É puro? É amável? É de boa fama? Há alguma virtude? Deus está sendo louvado? Se as respostas forem positivas, então não há com o que se preocupar.

2. Testemunho no mundo virtual.
As Escrituras afirmam que as pessoas davam bom testemunho de Timóteo (At 16.1,2). Ou seja, enxergavam nele as evidências, as marcas de um verdadeiro cristão. Igualmente, ao imitarem o proceder de Paulo, os tessalonicenses foram exemplos dos fiéis na Macedônia e Acaia (1Ts 1.6-8). Lembre-se, jovem de que, no ambiente virtual, você também é avaliado, seja por meio das palavras ou imagens que posta, e pelo modo como interage com os outros. Evitar discussões inúteis, proceder com respeito e cordialidade com aqueles que pensam diferente e produzir conteúdo de qualidade são algumas boas maneiras de salgar e iluminar as redes sociais.

3. Evangelização nas redes.
As redes sociais são ambientes propícios para a pregação do evangelho (Mc 16.15), ante a grande quantidade de pessoas que acessam tais plataformas. Nesse ambiente, é importante ter criatividade e usar pontos de contato para atrair a atenção dos descrentes, assim como Paulo fez no Areópago (At 17.23). Para tanto, não devemos confundir evangelismo com proselitismo religioso. Enquanto o proselitismo dá ênfase excessiva à religiosidade e à denominação eclesiástica, de forma altiva e às vezes autoritária, o evangelismo genuíno é realizado com amor e humildade, a fim de oferecer a salvação proporcionada por Cristo.

Pense!
“Considerando que Deus é o ser mais criativo do universo, os cristãos deveriam estar na vanguarda da criatividade que explora as novas tecnologias de comunicação como meios de propagar ideias, elaborar mensagens e comunicar a verdade” — Terrence Lindvall e Matthew Melton.

Ponto Importante
Não devemos confundir evangelismo com proselitismo religioso. Enquanto o proselitismo dá ênfase excessiva à religiosidade e à denominação eclesiástica, de forma altiva e às vezes autoritária, o evangelismo genuíno é realizado com amor e humildade, a fim de oferecer a salvação proporcionada por Cristo.


CONCLUSÃO

A suma do que temos estudado nesta lição é a seguinte: use a internet para glorificar a Deus! Isso ocorrerá se você mantiver a sua identidade cristã no mundo virtual, sem desprezar as atividades da vida real. Usemos as mídias sociais com sabedoria e equilíbrio!



Fonte: Lições Bíblicas CPAD - Jovens - 4º Trimestre de 2017
Título: Seguidores de Cristo — Testemunhando numa Sociedade em ruínas - Comentarista: Valmir Nascimento
Aqui eu Aprendi!

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Psicologa é ameaçada por falar contra ideologia de gênero

Psicóloga cristã é ameaçada de morte por falar contra ideologia de gênero

Marisa Lobo diz que enfrentar a ideologia de gênero com ciência requer coragem

A psicóloga Marisa Lobo, conhecida por ser uma das maiores defensoras da “terapia de reversão da orientação sexual” de gays e lésbicas, foi convidada para fazer uma palestra na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Parte da programação do “I Ciclo de Estudos sobre Corpo Humano, Filosofia e Sociedade: Reflexões sobre aborto, drogas e gênero”, a presença de Marisa acabou provocando a ira de ativistas LGBT. Pelas redes sociais, ela vem recebendo muitas ameaças, inclusive de morte. O caso, segundo a coordenação do evento, é levado à sério e já foram tomadas as medidas legais.

Programado para acontecer dia 7 de dezembro no Auditório das Aves no Centro de Biociências (CB), a palestra da psicóloga foi transferida para outro local. A Divisão de Segurança Patrimonial da Universidade afirmou em memorando que “poderá ter dificuldades para garantir a segurança na referida manifestação após vistoria técnica, que constatou a grande diversidade de acessos, que poderá gerar dificuldade em necessidade suplementar de controle”.

A palestra da psicóloga cristã também gerou uma série de desistências por parte dos palestrantes. O organizador do evento, Bento Abreu, anunciou que o Conselho do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) emitiu uma nota de repúdio à discussão sobre uma terapia conhecida como “cura gay” na Universidade. O documento segue com as assinaturas do Consec e de outros órgãos signatários.

Abreu lamentou a reação. “O que deveria ser um ciclo de palestras com proposta de debate pacifico se tornou uma situação extremamente delicada. As pessoas tentaram de toda forma fazer que o evento fosse cancelado. Estamos lutando contra centros, estudantes e professores que fogem do debate acadêmico”.

Procurada pelo Gospel Prime, Marisa Lobo afirmou que “É lamentável que os que mais dizem defender a democracia, que dizem lutar contra a opressão e a ditadura de opinião, sejam os que mais perseguem o contraditório e, portanto, a democracia. É exatamente assim que o marxismo e a esquerda trabalha, ameaçando, desfilando ódio com ameaças de morte”.

Mesmo assim, ela não irá cancelar sua palestra: “Não tenho medo, não vou desistir de ocupar este espaço que me foi dado por alunos e professores conservadores que estão lutando pela ciência, que estão cansados da esquizofrenia coletiva que está gerando está ditadura ideológica de gênero. Eles estão com medo do meu discurso? Sabe por quê? Porque é científico e não impositivo nem proselitismo”.

A psicóloga diz que as ameaças são causadas por uma questão ideológica, não científica: “A ciência está ao meu lado, não podemos mais aceitar sermos pautados pelo que uma minoria de acadêmicos querem como sociedade. Direitos humanos é para todos, não uma bandeira ideológica das minorias contra as maiorias. Enfrentar a ideologia de gênero com ciência requer coragem e bom senso. Eu tenho os dois”.

Recentemente, na Universidade Federal da Bahia, militantes de esquerda fizeram protestos agressivos contra um evento de conservadores. Além de agressões, havia cartazes pedindo “morte aos cristãos”.

por Jarbas Aragão

Fonte: GospelPrime


Deus te oriente em tudo, Dra. Marisa. Estamos orando por ti!
Aqui eu Aprendi!

sábado, 25 de novembro de 2017

Arrependimento e Fé para a Salvação

E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” At 2.38

Arrependimento e Fé para a Salvação

Os pentecostais concordam que o Arrependimento e a Fé são as respostas do ser humano ao chamado de Deus para a salvação. Segundo o teólogo pentecostal Daniel Pecota, o Arrependimento e a Fé são dois aspectos fundamentais da conversão. Não há verdadeira conversão sem arrependimento, sem reconhecimento do erro praticado. Fazer essa autoanálise, por natureza, é constrangedor, doloroso e vergonhoso, mas é a partir desse gesto que o arrependimento começa refletir o processo de metanoia, ou seja, uma mudança de mentalidade, uma nova natureza tomando o lugar da antiga, o “novo homem” assumindo o lugar do “velho homem”.

Da mesma forma, podemos dizer que não há verdadeira conversão se não houver a fé autêntica na pessoa bendita do Filho como o único Senhor, Salvador e Rei de nossa vida, pois ao reconhecermos a tragédia do nosso pecado, também reconheceremos que a única maneira de sermos salvos dessa tragédia é entregando-se a Cristo e aceitando a obra salvífica no Calvário que Ele fez por amor a nós. Essa fé não é natural, mas a que faz o ser humano se entregar por completo a Deus em pura confiança nEle. Assim como fez Abraão, que creu no Senhor e foi abençoado por Deus (Gn 15.6). Como Moisés que confiava inteiramente em Deus e corrigiu o povo que não confiava no Altíssimo com a mesma intensidade do legislador israelita (Dt 9.23,24).

Dito isso, prezado (a) professor (a), leia com atenção o quadro abaixo, pois auxiliará muito o seu plano de aula no estudo das palavras “Arrependimento” e “Fé”:

ARREPENDIMENTO

• No AT as palavras primárias para “arrependimento” são shuv (“virar para trás”, “voltar”), e nicham (“arrepender-se”, “consolar”).
• No NT são empregadas as palavras epistrephõ (“voltar-se para Deus”) e metanoeõ (“Voltar atrás”, “virada de pensamento além do intelectual”).


• No AT os termos hebraicos são: aman (“crer no Senhor”), batach (“depender do Senhor”) e chasah (“refugiar-se no Senhor”).
• No NT a palavra para fé é pisteuõ (“creio, confio”). A ideia é de uma confiança ilimitada em Deus, em Cristo no Evangelho ou no nome de Cristo.

Com base nessas palavras podemos concluir que Arrependimento é uma mudança de mentalidade, de natureza; enquanto que a Fé é a entrega ilimitada ao domínio de Deus por meio do seu Filho amado Jesus na força do Espírito Santo. Texto adaptado da obra “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, editada pela CPAD, pp.368-371.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.37-41

Fé e arrependimento são condições essenciais para a salvação. Trata-se de duas operações conjuntas e sinérgicas em que o homem reage positivamente à ação do Espírito Santo, produzindo nele o pesar e a repugnância ao pecado, tão necessário à vida nova em Cristo. O Espírito Santo também produz simultaneamente a fé, sem a qual o indivíduo não poderia crer na obra salvadora de Cristo.


A FÉ COMO UM DOM DE DEUS E COMO RESPOSTA DO SER HUMANO

O homem é um ser finito que vive em constante busca pelo infinito e, devido à sua finitude, ele toma consciência de suas necessidades físicas, psíquicas e sociais e, a partir disso, inclina-se em busca de sentido para a vida. Nessa busca de sentidos, a razão transcende os limites de sua finitude e abre-se para a experiência e relacionamento com um ser superior, ou seja, com Deus.137

Nesse relacionamento, observa-se um ato de fé no qual o ser humano acredita e confia em uma força ou ser superior que os olhos físicos não contemplam, mas que se legitima pela fé, pois essa crença não se baseia apenas em sua razão ou vontade, mas também na experiência vivida com Deus, que o leva a reconhecer sua incapacidade de salvar-se por seus próprios méritos e reconhecer a Cristo como seu Salvador. Essa fé, acompanhada de uma atitude de conversão,138 concretiza a certeza da existência desse Deus. Isso é denominado fé salvífica.

No Antigo Testamento, o termo fé é encontrado apenas por duas vezes; em Dt 32.20: “[...] geração de perversidade, filhos em quem não há lealdade” (emun) e em Hc 2.4: “[...] o justo, pela sua fé, viverá” (emunah). Nesses dois casos, a maioria dos eruditos concorda que os termos hebraicos significam fidelidade e não fé (ainda que a fidelidade origine-se apenas de uma atitude correta para com Deus, ficando pressuposta a fé).139 Isso não significa que a fé não seja elemento importante no ensino do Antigo Testamento, pois, ainda que a palavra não seja frequente, a ideia está presente em todo o texto.

O vocábulo emunah traz em si diversos significados que se relacionam com a fé, tais como: veracidade, sinceridade, honradez, retidão, fidelidade, lealdade, seguridade, crédito, firmeza e verdade. Diante de todos esses significados, podemos compreender melhor as razões pelas quais Deus diz que o justo viverá pela “emunah”.

Nos escritos veterotestamentários, as verdades acerca da salvação são declaradas de várias formas. Em algumas delas, chega-se a entender que se espera que os homens sejam salvos à base de suas obras. Porém, a passagem registrada em Sl 26.1 coloca a questão em sua correta perspectiva: “Faze-me Justiça, Senhor, pois tenho andado na minha integridade, e confio no Senhor, sem vacilar” (ARA). O salmista apela para a sua integridade; isso, contudo, não significa que ele estivesse confiando em si mesmo ou em suas ações. Sua confiança estava depositada em Deus, e sua integridade era o reflexo dessa confiança.

No Novo Testamento, a palavra fé é amplamente utilizada. O substantivo pistis e o verbo pisteuo ocorrem ambos mais de 240 vezes, enquanto que o adjetivo pistos ocorre 67 vezes. Essa ênfase sobre a fé deve ser vista em contraste com a obra Salvadora de Deus em Jesus Cristo.140  O pensamento de que o Senhor Deus enviou o seu Filho para salvar o mundo é central, e a fé é a atitude mediante a qual o homem abandona toda a confiança e também seus próprios esforços para obter a salvação. Trata-se de uma atitude de completa confiança em Cristo, de dependência exclusiva dEle, a respeito de tudo quanto está envolvido na salvação. Quando o carcereiro filipense perguntou o que deveria fazer para ser salvo, Paulo e Silas responderam sem qualquer hesitação: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31).

A fé para a salvação é uma atitude do intelecto e do coração para com Deus em que o homem abandona toda a confiança em seus esforços de religiosidade, de piedade, de bondade ou de moralidade para obter a salvação (Gl 2.16) e confia completa e exclusivamente na obra salvadora de Cristo (At 16.30) operada na cruz. Portanto, a fé não consiste apenas em crer em algumas coisas como sendo verdadeiras, mas também em confiar na pessoa de Cristo (Jo 3.18). A fé para a salvação é um dom de Deus (Ef 2.8), cujo autor é Cristo (Hb 12.2); ela tem sua origem quando se ouve a Palavra de Deus (Rm 10.17) e é imprescindível para a pessoa apropriar-se da salvação (Jo 5.24). Embora seja um dom de Deus, ela precisa ser exercida ou manifestada para a obtenção da salvação.

O verbo pisteuo indica que a fé diz respeito a fatos. Jesus já havia dito isso com clareza para os judeus: “[...] porque, se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados” (Jo 8.14). Portanto, uma fé que não se encontra acompanhada de um genuíno arrependimento não pode ser considerada autêntica. Isso nos é afirmado em Tiago 2.19. A palavra característica para indicar a fé salvadora é aquela em que o verbo pisteuo é acompanhado pela preposição eis. Essa construção significa literalmente “crer dentro”, ou seja, indica uma fé que tira o homem de si mesmo e coloca-o em Cristo.141  O homem que confia nesse sentido permanece em Cristo e Cristo nele (Jo 15.4).

A fé não consiste meramente em aceitar certas coisas como legítimas, mas, sim, em confiar numa Pessoa, e essa Pessoa é o Senhor Jesus Cristo. Ao compararmos o Antigo e o Novo Testamento, observa-se que a exigência básica para a salvação é a atitude correta para com Deus através da fé (Sl 37.3-5).

Existe, também, a dimensão humana da fé, ou seja, a fé natural. Sobre isso, Tillich pondera que a fé é a ação mais profunda e integral do espírito humano e afirma não ser possível separar a fé e a pessoa em sua totalidade, pois a mesma transcende e é percebida em cada uma das dimensões da vida humana, perpassando por seus ambientes sociais. Ele pondera ainda que o acesso à dimensão espiritual seria facultativa ao ser humano.142  A fé natural é a aceitação intelectual de certas verdades acerca de Deus, mas que não é acompanhada por uma vida condizente com o evangelho (Tg 2.17). Essa fé é vivenciada por todas as pessoas que até acreditam em Deus, que entendem que Ele fez todas as coisas, que acreditam que o sol levanta-se pela manhã por provisão dEle, mas, mesmo assim, não dão o passo de salvação necessário. A Bíblia afirma que até os demônios creem e estremecem (ver Tg 2.19). Essas pessoas até podem estar cientes da vida eterna, mas, ainda assim, não aceitam o sacrifício de Cristo que lhes beneficia com a salvação.

A fé salvadora apodera-se do poder infinito do amor. Ela é a confiança em Deus e crê que Ele ama a cada um e sabe o que é melhor para nós; assim, em lugar de nossos próprios caminhos, ela leva-nos a preferir os do Senhor; ao invés de nossa ignorância, aceitamos sua sabedoria; em lugar de nossa fraqueza, recebemos sua força; em lugar de nossa pecaminosidade, sua justiça. É a fé que nos habilita a ver para além do presente, a contemplar o grande porvir em que tudo quanto nos traz perplexidade hoje será esclarecido; a fé aceita Cristo como nosso mediador à destra de Deus.

A salvação é pela graça, mas a fé é o elemento indispensável (Ef 2.8-9). Ela é a porta de entrada das bênçãos oriundas da salvação, que são: a justificação, a regeneração, a reconciliação, a adoção, o perdão, a santificação, a glorificação e a vida eterna. Além dos benefícios inerentes à salvação, a fé ainda permite: a cura de enfermidades (Mc 16.18; Tg 5.15); o batismo no Espírito Santo (Mc 16.17); a vitória contra o mundo (1 Jo 5.4), a carne (Gl 2.20) e o Diabo (1 Pe 5.8-9); a paciência (Tg 1.3); e a proteção contra os dardos inflamados do maligno (Ef 6.16), que tentam colocar dúvidas e ferir a imagem de Deus em nós.

Não é suficiente crer a respeito de Deus. Precisamos crer nEe, pois a única fé que nos amparará é aquela que admite Cristo como nosso salvador pessoal. A fé não é uma mera opinião à fé salvadora, mas, sim, uma combinação na qual os que recebem Cristo conectam-se em aliança com Deus. Fé genuína é vida, e ter uma fé viva significa aumento de vigor, possuir uma firme confiança em Deus e em suas promessas. Fé não é sentimento; antes, é o “firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1).

A fé genuína tem seu fundamento nas promessas registradas nas Escrituras. A fé é, sem dúvida, um dos mais importantes conceitos de toda a Bíblia Sagrada. Em toda a parte, ela é requerida, e sua importância é insistentemente salientada. Fé significa lançar-se sem reservas nas mãos misericordiosas de Deus, abandonando, assim, toda a confiança em nossos próprios recursos. Fé significa apegar-se às promessas de Deus em Cristo, dependendo inteiramente da obra de Cristo referente à salvação, bem como do poder do Espírito Santo de Deus, que habita no crente para dEle receber fortalecimento diário. Fé implica em completa dependência de Deus e plena obediência a Ele.

ARREPENDIMENTO, UMA METANOIA DO ESPÍRITO.

No Antigo Testamento, arrependimento significa girar ou retornar e dedicar-se para Deus ao abandonar o pecado, voltando-se para Ele de todo o coração, alma e forças (Ne 1.9; Is 19.22).143 Essa é a maneira característica do Antigo Testamento para expressar o arrependimento do homem para com Deus. No Novo Testamento, significa uma mudança (metanoia) de mente e transformação de pensamentos, de consciência e de atitudes, abandonando o pecado e voltando-se para Deus, no sentido de dar meia volta na direção em que se estava e tomar outra direção. No arrependimento, sente-se tristeza pelo pecado (2 Co 7.10) e é necessário o seu abandono para abraçar a vontade de Deus.

O arrependimento “é a negação de uma direção de pensamento e ação, e a afirmação da direção oposta. Aquilo que se nega é o cativeiro [do pecado], e aquilo que se afirma é o novo ser criado pela presença de Deus”.144  O arrependimento livra-nos das amarras do pecado e da culpa que escravizam e tiram a alegria de viver; o arrependimento leva-nos a experimentar cura substancial dos pensamentos e da consciência cauterizada pelo pecado (1Tm 4.2). Leva, ainda, a desenvolver satisfação e uma autoestima sadia, sem orgulho nem autodesmerecimento, resultando em alegria e paz no coração.

Jesus afirmou que, para fazer parte do seu Reino, era necessário o arrependimento (Mt 4.17). Arrependimento não é uma reforma apenas, mas também uma entrega total à ação do Espírito Santo para promover as mudanças e transformações mais profundas na alma humana. Zaqueu teve um arrependimento tão genuíno que prometeu devolver quatro vezes mais a quem ele havia roubado (Lc 19.8). Arrependimento é diferente de remorso. Este é momentâneo e passageiro, e aquele deve atingir o mais escuro compartimento do coração humano numa mudança radical de atitudes.

O arrependimento é acompanhado do sentimento de culpa e do reconhecimento da falta praticada (Sl 51.1-4); de um sincero pedido de perdão (Sl 51.10-12); do abandono do erro (Pv 28.13) e da produção de frutos de arrependimento (Mt 3.8; At 26.20). O arrependimento está incluso no processo de conversão e abrange o ser humano por inteiro: o intelecto (Mt 21.30), as emoções (Lc 18.13) e a vontade (Lc 15.18-19). Portanto, a conversão é uma ruptura com antigas tradições e modos de vida abomináveis e pecaminosos.

Para que haja perdão de pecados, é necessário arrependimento (Lc 24.47). Isso implica em nascer de novo e converter-se completamente para Deus. Não se trata apenas de uma decisão da mente, mas envolve o ser humano por inteiro. O desejo de Deus é sempre perdoar e amar, e sua atitude em favor da humanidade morrendo numa cruz confirma-nos esse desejo; contudo, a retribuição do homem para com o amor de Deus foi a desobediência e o pecado, e, depois da Queda, não havia possibilidade de perdão para a humanidade caída, a não ser que alguém que fosse superior ao homem pudesse sofrer o castigo em seu lugar. Após a queda do ser humano, o mundo estava coberto de destruição e ira; no entanto, não foi a ira que levou Jesus à cruz, mas o seu indescritível amor.

Os efeitos do processo Redentor de Cristo são reais e verdadeiros. Isso pode ser confirmado não apenas a partir da Bíblia, mas também porque os efeitos são vistos na vida de muitos, e isso nos garante que o arrependimento, a confissão e o perdão são realidades que nos transformam. Sem a cruz, a confissão seria apenas mais um tipo de terapia; ela, porém, é muito mais, na medida em que promove mudanças reais em nosso relacionamento com Deus, com o próximo e conosco; é um meio de cura e transformação para o/a homem/mulher interior.145

A proclamação do evangelho através da pregação é um método sublime de convencer o pecador ao arrependimento. A mensagem mais clássica quanto a isso é o primeiro sermão de Pedro, quando foram batizadas 3 mil pessoas. Sua mensagem foi jogar em rosto (imputação de culpa) o que haviam feito com Cristo e seus milagres, sofrimento, morte, ressurreição e glorificação. Porém, o ponto central foi sua morte e ressurreição. Como fruto desse primeiro sermão, os ouvintes foram compungidos (At 2.37 – ARA), aflitos (NVI) — em outras traduções, poderia ser tocados, feridos, picados. Essa palavra provém do grego nusso, que significa espetar, como se um punhal tivesse atravessado o coração deles. Um desespero santo tomou conta do público, mas Pedro não lhes deu nenhum consolo passageiro, nenhuma promessa de vitória fácil. Veio, sim, a proclamação para o arrependimento (At 2.38), que, tendo sido aceita pelos presentes, serviu de base para o batismo, o consolo permanente.

Para dar o extraordinário efeito de arrependimento nos ouvintes, como relatado em vários textos de Atos dos Apóstolos, o kerygma (pregação) apostólico “consistia de três partes:

1) uma proclamação da morte, ressurreição e exaltação de Jesus;

2) a consideração de Jesus como Senhor e também como Cristo; e

3) uma convocação ao arrependimento e a receber perdão de pecados.

Assim, o kerygma, em sua plenitude, reunia uma proclamação histórica, uma consideração teológica e uma convocação ética.”146

O resultado dessa pregação, além do arrependimento verificado, foi a confissão de pecados (At 2.37). A Bíblia admoesta-nos a confessar nossos pecados uns aos outros e a orar uns pelos outros (Tg 5.16). Ela afirma-nos também que há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (ver 1Tm 2.5). Ambas as instruções são encontradas na Bíblia, e uma não exclui a outra. A Igreja de Cristo é denominada como uma comunhão de santos, mas também uma comunhão de pecadores, no sentido de que ninguém ainda alcançou a plenitude da santidade, ou seja, todos ainda carecem de progresso na caminhada cristã.

O arrependimento atesta o reconhecimento não apenas do pecado, mas também da condição pecaminosa em que se encontra o homem. Contudo, remorso apenas não lhe garante vitória sobre o pecado — nesse sentido, o ato da confissão é de suma importância. Nele expõem-se as limitações a um conselheiro espiritual, e juntos agregam-se forças mútuas no desejo de prosseguir. Não confessar as falhas aos outros indica uma indisposição ao desejo real de mudança, especialmente quando não se consegue obter vitória sozinho sobre determinadas práticas nocivas. A confissão denota aceitação do julgamento e do castigo na intenção de receber perdão e esperança de transformação. Nesse processo, sente-se que a culpa foi superada, e uma nova coragem de ser torna-se possível.

Confessar nossas necessidades diante de irmãos e irmãs que nos orientarão no caminho correto dá-nos a certeza de que não estamos sozinhos. O orgulho e o medo que se apega em nós quando pensamos em confissão apega-se também aos outros; contudo, somos todos igualmente pecadores e, no ato da confissão mútua, o poder de cura é liberado, e nossa condição humana já não é mais negada, e sim transformada.147

O indivíduo que conhece, mediante a confissão privada, o perdão e o livramento de persistentes hábitos importunadores regozija-se grandemente nessa prova da misericórdia divina. Sempre existirão áreas na vida do cristão que não foram submetidas ao senhorio de Cristo e que, portanto, não passaram pelo processo de arrependimento (Hb 12.17). Por isso, a Bíblia enfatiza a necessidade de constantemente julgarmo-nos a nós mesmos (1 Co 11.31) e percebermos aquilo que sorrateiramente contamina o coração e que quer afastar-nos de Deus, pois “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jr 17.9).

A FÉ E O ARREPENDIMENTO SÃO AS RESPOSTAS À SALVAÇÃO

Conversão não é um evento momentâneo; é, na maioria dos casos, um longo processo que se estende de forma inconsciente muito antes de romper na consciência, dando a impressão de uma situação inesperada que se apodera da totalidade da pessoa. 148 Existem relatos no Novo Testamento, como os da conversão de Paulo, que forneceram o modelo para essa compreensão de conversão. Observamos o impacto do primeiro momento (At 9.1), mas com desdobramentos constantes no desenvolvimento do processo.

A salvação é pela graça através da fé, que é a condição necessária para a obtenção da salvação. Sem ela (a fé), não se crê no sacrifício completo de Cristo e, portanto, podem surgir duas situações: a primeira é que a pessoa não compreende a necessidade de salvação e, por isso, não coloca sua fé em ação; e a segunda é o equívoco de tentar ganhar a salvação por méritos próprios. Conjuntamente, operam a fé exclusiva em Jesus para a salvação e, como consequência da fé, o Espírito Santo convence a pessoa do pecado, levando-a ao arrependimento.

Visto que a natureza pecaminosa é o estado próprio do ser humano, ele torna-se incapaz de reconhecer o estado pecaminoso em que se encontra e, devido a essa inconsciência, carece de uma orientação externa que produza o desejo de arrependimento e conduza-o a tomar essa atitude. Nesse sentido, até mesmo o desejo de arrepender-se já é, por si só, obra do Espírito Santo no coração do homem. O arrependimento muda a forma de enxergar a realidade, além de produzir uma transformação profunda através da qual se experimenta um sentimento ímpar de liberdade.

O arrependimento genuíno tem o poder de modificar as atitudes do coração da alma e da mente, tirando-as do caminho de morte e direcionando-as para um caminho de vida abundante. Todavia, esse poder não está presente em nossas vontades e desejos, mas, sim, em Deus, e somente Ele é capaz de realizar essa mudança.

A mudança que Deus produz no ser humano a partir de sua atitude de arrependimento não é uma mudança permanente. O arrependimento de hoje não lhe garante mudanças e transformações infindáveis. Enquanto estiver nesta terra, o homem estará cativo à sua natureza pecaminosa. Alguém disse uma vez que “o ser humano não é pecador porque peca, mas peca por que é pecador”, e a libertação dessa natureza está condicionada a uma dependência contínua da ação do Espírito Santo de Deus em sua vida. O arrependimento está intimamente relacionado à dependência de Deus. O ato de arrepender-se não produz transformação definitiva no ser humano; antes, é um espaço concedido a Deus para que Ele venha moldá-lo conforme a sua vontade. O que garante a durabilidade dos efeitos dessa transformação não é apenas a atitude humana de arrependimento, mas também a constante e permanente presença de Deus no homem, ou seja, o que garante a durabilidade dos efeitos dessa transformação é a consciência que o homem tem de sua total dependência de Deus.

A atitude de abandono do pecado subentende a volta ou o retorno do homem para Deus, e essa atitude de voltar-se para Deus deve ser uma ação contínua da parte do homem para, assim, garantir os efeitos benéficos que foram produzidos por Deus a partir de sua atitude de arrependimento. Nesse processo de arrependimento e perdão, a relação entre Deus e o homem será continuamente uma relação onde o Senhor demonstrará seu cuidado e seu amor na medida em que o homem reconhece seu estado de pecaminosidade, sua dependência para com Deus e a superioridade de Deus em relação a ele.

Somente o Espírito Santo pode conhecer e esquadrinhar o coração humano com profundidade, e aqueles que se abrem ao seu mover perceberão as situações que precisam de confissão em seus corações. O Espírito Santo opera o arrependimento na conversão (Jo 16.8), assim como se torna a condição necessária para receber o batismo no Espírito Santo. O batismo é recebido num coração inteiramente voltado para Deus e purificado do pecado através do arrependimento.

A purificação do pecado, que é produzida pelo genuíno arrependimento, não deixa o homem isento de errar novamente, mas livra-o do poder dominador que o pecado tinha sobre ele. Daí em diante, já livre da escravidão que o poder do pecado impunha sobre ele, a transgressão, que antes provocava um sentimento de prazer, provoca agora dor e abatimento da consciência, e a situação agrava-se se não houver arrependimento. A falta de arrependimento provoca tanto ou mais sofrimento do que o próprio ato de pecar, visto que, no ato de arrepender-se, está o caminho para a cura do mal que lhe causa o pecado.

Aceitar ou não essa salvação é a opção que é dada por Deus ao ser humano mediante a dádiva do livre-arbítrio. A partir dele, o homem é livre para escolher entre querer ou não querer o sacrifício feito por Cristo em favor dele e de toda a humanidade. Existem apenas dois caminhos e, ao optar conscientemente pela negação a Deus, o homem coloca-se num caminho de condenação eterna, mesmo que ele não admita isso.

Quando o homem nega conscientemente a Deus, ele segue gradativamente rumo à destruição de sua própria vida. A condenação final virá no dia do grande encontro entre Deus e o homem, onde todos seremos julgados e, a partir desse julgamento, absolvidos ou condenados. No entanto, as consequências dessa escolha podem ser vistas cotidianamente na vida de tais pessoas, visto que abandonar a Deus leva o homem à indiferença para com Ele, que, por fim, leva à oposição obstinada contra Ele. Nessa fase, o ser humano aprofunda-se no pior dos pecados, que é a blasfêmia contra o Espírito Santo.

A blasfêmia contra o Espírito Santo acontece quando o homem opõe-se obstinadamente e sem arrependimento contra Deus. O blasfemo não se ocupa com a preocupação em ter blasfemado contra Deus. Esse tipo de preocupação é indício sólido de que o homem ainda não chegou nesse estágio. A característica principal do blasfemo é que nele não há remorso ou dor pelo seu estado pecaminoso, não havendo, em nenhuma hipótese, lugar para o arrependimento. Não que o pecado da blasfêmia não tenha perdão, pois, se houvesse um pecado que Deus não pudesse perdoar, Ele deixaria de ser Deus. A questão não é que Deus não perdoa esse pecado; o grande problema é que o blasfemo não consegue mais arrepender-se. Foi o que aconteceu com Lúcifer, e, não havendo arrependimento, não há espaço para a graça e nem para a fé, pela qual alcançamos a salvação em Cristo.

É extremamente necessário termos cuidado com a manutenção de nossa vida com Deus. As ações costumeiras de falta contra Deus e a ausência de reconhecimento da necessidade de arrepender-se e novamente ser alvo do perdão de Deus pode levar-nos gradativamente a um caminho de rebeldia obstinada, e esse é um caminho de grande perigo. Nele, a pessoa perde a noção da necessidade de salvação, ou então vai para o outro extremo, onde passa a acreditar que pode obter salvação mediante seus próprios méritos.

Existe apenas uma porta que nos leva à salvação, e a chave que abre essa porta não está em nossas mãos, nem tampouco naquilo que ingenuamente consideramos poder fazer para alcançar essa dádiva. A chave que abre a porta da salvação está em Jesus. Ele é a chave e também a porta, e a única coisa que cabe a nós é aceitarmos pela fé, que Ele mesmo nos deu, que Ele é o único Salvador e que dependemos dEle para alcançar essa salvação. A partir de então, tudo se torna novo; surge, assim, o novo homem nascido de novo (Jo 3.3). Isso significa que a organização da vida e todos os seus desdobramentos diante da família, sociedade, política, economia, igreja, amigos — tudo — assume uma nova característica agora condizente com a ética do evangelho de Cristo (Mt 5-7).


Como nova criatura, “as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). Ao crente que experimentou essa conversão cabe esforçar-se para manter-se afastado do que outrora causou-lhe tanta dor, sendo o motivo de sua perdição. Agora, tudo é novo! Tudo faz sentido!




Fonte:
Livro de Apoio - 4º Trim/17 – A Obra da Salvação - Claiton Ivan Pommerening
Lições Bíblicas Adultos 4º trimestre/17 - A Obra da Salvação — Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida – Comentarista: Claiton Ivan Pommerening

Aqui eu Aprendi!

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Em tempos de violência Cibernética

Um divertimento é para o tolo praticar a iniquidade; para o homem inteligente, o mesmo é o ser sábio” Pv 10.23

Dando prosseguimento ao nosso seriado de estudo, veremos nesta lição a extensão dos chamados crimes cibernéticos e os perigos que rondam a internet, e como os crentes são instados a mostrar o diferencial cristão pelo testemunho online. Lembre-se que a maioria de seus alunos, se não todos, passam boa parte do dia conectados ao mundo digital. Desse modo, o presente estudo toca diretamente no cotidiano deles. Para que o conteúdo seja melhor aproveitado, não deixe de interagir com a turma, pois sabemos que os jovens gostam de opinar sobre assuntos práticos para eles.

TEXTO BÍBLICO - Provérbios 10.11-14

11 — A boca do justo é manancial de vida, mas a violência cobre a boca dos ímpios.
12 — O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões.
13 — Nos lábios do sábio se acha a sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de entendimento.
14 — Os sábios escondem a sabedoria, mas a boca do tolo é uma destruição.

INTRODUÇÃO

Não bastasse a violência urbana tratada na lição anterior, outra forma comum de violência em nossos dias é aquela praticada na rede de computadores. Tal se deve à multiplicação da iniquidade, que faz com que a maldade esteja presente até mesmo no ambiente virtual. A lição deste domingo, portanto, é um alerta para os perigos que rondam a vida online. Os novos tempos exigem dos crentes vigilância constante para não cair nas ciladas dos homens maus.


I. A VIOLÊNCIA DIGITAL NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

1. Vivendo na sociedade da informação.
Depois das fases agrícola e industrial, o mundo encontra-se hoje no tempo da sociedade da informação. As frequentes e cada vez mais velozes inovações tecnológicas caracterizam o atual estágio da civilização, proporcionando ao ser humano maior comunicação, interatividade, agilidade e acesso ao conhecimento. Em virtude da ampla utilização de computadores, smartphones e tablets conectados à rede mundial de computadores, todo tipo de conteúdo está hoje somente a um clique!

2. Violência real no mundo virtual.
Mas, tal qual ocorre na sociedade comum, a rede de computadores é prova da multiplicação da iniquidade prenunciada pelo Senhor Jesus (Mt 24.12). Com o crescimento das novas tecnologias e o fácil acesso à internet, o mundo digital é palco de inúmeros atos de violência cibernética, ou seja: crimes praticados no ambiente virtual, envolvendo desde furto de informações, violência psicológica, ameaças, golpes a ataques pessoais. Certamente, você deve conhecer alguém, amigo inclusive, que foi vítima de algumas dessas ações na rede mundial de computadores, ou talvez até você mesmo tenha passado por isso.

3. Riscos na rede de computadores.
Se por um lado, o ato de navegar pela internet nos oferece vários benefícios, por outro, a rede contém perigos e ameaças que não devemos ignorar. As Escrituras afirmam que “o prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando” (Pv 22.3 — ARA). Nessa porção bíblica, “simples” não significa a pessoa humilde, mas aquela inexperiente que age com imprudência. Mais que em qualquer outro local, a internet exige cautela. É preciso ter cuidado para não cairmos nas redes e nos laços lançados pelas pessoas más, assim como nas ciladas dos homens ímpios (Sl 10.9).

“O prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando” (Pv 22.3 — ARA).

Ponto Importante
Se por um lado o ato de navegar pela internet nos oferece vários benefícios, por outro a rede contém perigos e ameaças que não devemos ignorar.


II. OS MALES DO BULLYING VIRTUAL

1. O que é bullying virtual?
Também chamado de cyberbullying, consiste na intimidação sistemática de outra pessoa, por meio de insultos, humilhação, depreciação e agressão verbal, de modo a provocar constrangimento perante os outros. Em virtude da facilidade do anonimato, a internet é um meio veloz de propagação de imagens e comentários depreciativos sobre a vida de alguém. É um problema grave, pois as palavras, não raro, ferem mais que a dor física (Pv 12.18). Assim como a língua, que serve para proferir palavras de bênção ou maldição (Tg 3.10), as publicações na rede de computadores podem devastar vidas como o fogo (Tg 3.6).

2. Brincadeira sem graça.
Na maioria dos casos essa prática inicia como uma brincadeira de péssimo gosto para divertimento dos envolvidos. Mas, vale aqui a advertência de Provérbios 26.18,19. Não há qualquer graça em tal brincadeira maligna e odiosa, afinal as consequências do bullying virtual são sérias; afeta os sentimentos e a imagem do ofendido perante a sociedade. Pesquisas indicam que esse tipo de agressão pode acarretar trauma psicológico, isolamento social, desenvolvimento de problemas relacionados à depressão, e até mesmo levar a vítima ao suicídio. Não é algo para rir, mas chorar!

3. A conduta do jovem cristão.
Em meio a uma cultura de “zoação” e escárnio (2Pe 3.3), em que muitos encaram com naturalidade as brincadeiras e piadas que expõem a vida dos outros no ambiente virtual, o jovem cristão é instado a mostrar o diferencial pelo testemunho online, com conduta exemplar na palavra, no comportamento, no amor, no espírito, na fé e na pureza (1Tm 4.12).
O ponto de partida é seguir a recomendação do salmista: “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1.1,2). Aquele que medita na Palavra de Deus não perde tempo com brincadeiras inúteis e destrutivas, compartilhando conteúdo produzido pelos escarnecedores virtuais.
Além de não praticar o bullying, o crente em Cristo deve intervir quando alguém, cristão ou não, estiver sendo vítima de intimidação virtual. Quebrar as correntes da maledicência e aconselhar seus autores para que cessem o desrespeito, são práticas que exprimem o amor divino.

O bullying não é uma prática condizente com a vida cristã.

Pesquisas indicam que bullying pode acarretar trauma psicológico, isolamento social, desenvolvimento de problemas relacionados à depressão, e até mesmo levar a vítima ao suicídio.


III. A LEI E A PUNIÇÃO DOS CRIMES CIBERNÉTICOS

1. Crimes contra a honra.
Englobam as ações que ofendem a honra e a moral de uma pessoa: calúnia, difamação e injúria. A calúnia é a afirmação falsa de que alguém cometeu um determinado crime; difamação é associar uma pessoa a um fato que ofende sua reputação e injúria refere-se à ofensa que atinge a dignidade e o decoro do ofendido. A defesa da verdade e da honra das pessoas se fundamenta nas Escrituras (2Co 13.8; Ef 4.25), por isso o servo de Deus não deve disseminar informações inverídicas e caluniosas que trafegam no mundo digital.

2. Crimes de pedofilia.
A troca de informações, imagens e vídeos envolvendo a sexualidade de crianças e adolescentes caracteriza o crime de pedofilia. Infelizmente, há no mundo virtual redes malignas de indivíduos sem afeição natural que aliciam menores e espalham conteúdo pornográfico. Tais atos são abomináveis para Deus, uma vez que expõem os frágeis pequeninos amados do Senhor (Mt 18.10). É dever do cristão denunciar essa prática pecaminosa e desumana.

3. Crimes informáticos.
Referem-se aos delitos de invasão de dispositivos informatizados, roubo de dados e fraudes financeiras por meios tecnológicos. Tais atos delinquentes normalmente são praticados mediante a disseminação de vírus e outras pragas virtuais. Devemos ter em mente que todo usuário da rede de computador é um alvo em potencial para essa espécie de crime. Assim, utilizar mecanismos de segurança, acessar páginas seguras e não compartilhar informações pessoais na internet são ações básicas para evitar ser vítima de ataques virtuais.

“O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra” (Pv 21.21).


CONCLUSÃO

Concluímos a presente lição advertindo a respeito da importância de se ter cuidado ao navegar na internet. Embora seja uma ferramenta útil, a rede de computadores está cheia de pessoas mal intencionadas, cujo propósito é contribuir com as obras das trevas. Tome cuidado para que você não seja vítima, e muito menos autor, de qualquer crime cibernético. Embora o ambiente possa ser virtual, a fé que professamos deve sempre ser real!


SUBSÍDIO
“O uso do entretenimento para a educação também está se espalhando rapidamente nos países ocidentais. Infelizmente, o pornógrafo está criando outra vez uma desconfiança das novas fronteiras da mídia, como a Internet. Em vez de permitir que os usos corruptores potenciais da tecnologia de comunicação nos façam bater em retirada por causa dos gigantes da Canaã do ciberespaço, o povo de Deus deveria estar agressivamente procurando saber como Ele quer usar os CD-ROMs, a realidade virtual interativa e a World Wide Web (a Rede Mundial) para o cumprimento dos seus propósitos. Será que nós, cristãos, não devemos presumir que Deus nos permitiu usar os novos processos de imagens digitais para mais do que apenas visualizar as interações de ex-presidentes com Forrest Gump ou Elvis Presley com os Amantes da Pizza?” (PALMER, M. D. (Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001, p.412).


Fonte: Lições Bíblicas CPAD - Jovens - 4º Trimestre de 2017
Título: Seguidores de Cristo — Testemunhando numa Sociedade em ruínas - Comentarista: Valmir Nascimento

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