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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Lidando com o Preconceito e a Discriminação

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine [...] sobre toda a terra [...]” Gn 1.26

Gênesis 1.26,27; Colossenses 3.9-11; Tiago 2.8-10

Gênesis 1
26 — E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
27 — E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.

Colossenses 3
9 — Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos
10 — e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;
11 — onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos.

Tiago 2
8 — Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
9 — Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores.
10 — Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos.

Porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de maus pensamentos? Tiago 2.4
Este tipo de distinção mostra que os crentes estão sendo dirigidos por motivos errados. Tiago condenou o seu comportamento, porque Cristo os tinha tornado um só (Gl 3.28). Por que é errado julgar uma pessoa com base na sua situação econômica? A riqueza pode ser um sinal de inteligência, de decisões sábias, e de trabalho árduo. Por outro lado, ela pode querer dizer simplesmente que a pessoa teve a boa sorte de nascer em uma família rica. Ela também pode até ser um sinal de avareza, desonestidade e egoísmo. Quando honramos uma pessoa apenas porque ela se veste bem, estamos considerando a aparência como algo mais importante do que o caráter.

Outra suposição falsa que às vezes influencia o nosso tratamento dos ricos é a interpretação equivocada do relacionamento de Deus com a riqueza. É fácil, porém enganoso, acreditar que as riquezas são um sinal da bênção e da aprovação de Deus. Mas Deus não nos promete recompensas ou riquezas terrenas; na verdade, Cristo nos convoca para que estejamos dispostos a sofrer por Ele e desistir de tudo para nos agarrarmos à vida eterna (Mt 6.19-21; 19.28-30; Lc 12.14-34; 1Tm 6.17-19). Teremos riquezas incalculáveis na eternidade se formos fiéis na nossa vida atual (Lc 6.35; Jo 12.23-25; Gl 6.7-10; Tt 3.4-8)” (Comentário do Novo Testamento: Aplicação Pessoal. 1ª Edição. Volume 2. RJ: CPAD, p.671).

A imagem de Deus no homem e o exemplo de vida do Senhor Jesus jogam por terra o preconceito e a discriminação.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para a aula de hoje propomos a aplicação da “dinâmica dos rótulos”. Prepare várias etiquetas autocolantes com as frases abaixo sugeridas. As etiquetas devem ser coladas na testa de cada aluno. O aluno não pode saber o que está escrito na própria etiqueta, e os demais participantes também não devem contar. Depois que todos estiverem devidamente “rotulados”, peça para que andem pela sala e interajam por 5 minutos, considerando o que está escrito na testa de cada um. Enquanto isso, anote as reações dos alunos. Ao final do tempo, peça para todos se sentarem, sem retirar as etiquetas. Depois, comece a indagar os participantes: O que acha que está escrito em sua testa? Assim que ver a frase na etiqueta, indague: Era isso que esperava que estivesse escrito? A atitude que tiveram com você foi justa? Agora que sabe o que estava escrito, seu sentimento em relação a como lhe trataram mudou?
Ao término, pergunte ao grupo o que podem extrair dessa experiência? Será que é isso o que ocorre no caso de preconceito e discriminação? Ao rotular alguém por sua condição social, etnia ou religião acabamos agindo de acordo com este rótulo que nós mesmos colocamos?

RÓTULOS
SOU INFERIOR: IGNORE-ME! /   SOU PREPOTENTE: TENHA MEDO! /   SOU SURDO(A): GRITE! /   SOU IGNORANTE: FALE COMO UM BOBO/

INTRODUÇÃO

Uma das maiores contribuições sociais do cristianismo ao longo da história tem sido a doutrina bíblica da imagem de Deus no homem (Gn 1.26). Sem ela, é impensável falar de igualdade, liberdade e direitos humanos. O valor individual de cada ser humano, fundado no amor indistinto de Deus por todas as pessoas, faz parte do legado da fé cristã em sua trajetória na face da Terra.

Com apoio nessa bela doutrina bíblica, ensinada e vivenciada exemplarmente por Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, é que a Igreja encontra respaldo suficiente para lidar e combater o preconceito e a discriminação em todas as formas que se apresentam. Esse é o tema da presente lição.

I. PRECONCEITO: CONCEITO GERAL E BÍBLICO

1. Definição geral.
Os dicionários definem o vocábulo preconceito como a ideia ou opinião formada antecipadamente sobre determinado assunto. Em certo sentido, todos nós temos algum tipo de convicção prévia; conceitos anteriores que nos levam a decidir as questões da vida. Não há nada de errado nisso, pois trata-se de um “preconceito natural”. Por outro lado, o preconceito negativo é aquele em que alguém faz um juízo de condenação acerca de outrem ou de um grupo de pessoas, sem conhecimento, reflexão ou com imparcialidade. Esse tipo de preconceito é prejudicial e perigoso, pois leva à intolerância, à discriminação, e até mesmo, à violência.

2. Juízes de maus pensamentos.
Apesar de não acharmos nas Escrituras a palavra preconceito, há várias advertências contra esse comportamento que pode ser expresso por meio do desprezo (Rm 10.12) e pelo julgamento condenatório dirigido pelas aparências (Jo 7.24) e sem critérios justos (Jo 8.15,16). Tiago chama de “juízes de maus pensamentos” aqueles que menosprezavam os menos afortunados (Tg 2.4).

3. O preconceito de Pedro.
Antes de receber a revelação de Deus, Pedro agia com preconceito em relação aos gentios (At 10). No entanto ao ser confrontado pela verdade divina, entendeu que Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34). Quantos agem como juízes de maus pensamentos em relação aos outros, fazendo julgamentos morais baseados em rótulos, estereótipos e inverdades? Devemos fazer uma profunda avaliação de nossos corações para ver se não estamos agindo da mesma forma. O Espírito de Deus amplia a visão estreita do ser humano e derruba todo tipo de preconceito.

4. Julgando com sabedoria.
A advertência do Mestre em Mateus 7.1, “não julgueis, para que não sejais julgados”, é importante para combater o julgamento prematuro. É necessário observar, no entanto, que o Senhor Jesus não estabeleceu, com estas palavras, um mandamento contra qualquer tipo de julgamento, pelo qual não possamos denunciar o erro e exortar os pecadores. O objetivo maior da declaração é que devemos tratar os outros da maneira como queremos ser tratados, com base na regra de ouro (Mt 7.12). Devemos procurar avaliar a nós mesmos, e aos outros, utilizando os mesmos padrões. Somos convidados, como servos de Deus, a julgar com discernimento e sabedoria.

Pense!
O preconceito, seja ele étnico, social ou cultural, nos impede de testemunhar o amor e a graça de Deus na sociedade.

Ponto Importante
Apesar de não acharmos nas Escrituras a palavra preconceito, há várias advertências contra esse comportamento que pode ser expresso por meio do desprezo e pelo julgamento condenatório dirigido pelas aparências e sem critérios justos.


II. DISCRIMINAÇÃO RACIAL, SOCIAL E RELIGIOSA

1. Discriminação étnica.
Consiste em qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência, baseadas em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica. É uma das mais terríveis e cruéis formas de acepção de pessoas, pois aquele que é discriminado é tratado como um ser de segunda categoria. Tal discriminação é errônea já que nega o princípio extraído de Gênesis 1.26, segundo o qual todos os seres humanos são criados à imagem de Deus. A Bíblia profere um duro golpe no racismo ao enfatizar que, segundo a imagem daquEle que nos criou, não há grego, nem judeu, nem bárbaro ou cita; mas Cristo é tudo, e em todos (Cl 3.11). O pensamento de segregação étnica também não consegue se sustentar diante da irrefutável verdade bíblica de que a graça salvadora se estende a toda humanidade (Jo 3.16), às pessoas de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas (Ap 7.9).

É significativo observar que o derramamento do Espírito Santo registrado em Atos 2 ocorreu quando pessoas de várias nacionalidades (v.5) estavam reunidas, demonstrando que a graça divina promove conciliação que ultrapassa as barreiras raciais.

2. Discriminação social.
Esse tipo de discriminação provoca o afastamento dos indivíduos em virtude da classe social a que pertencem, gerando marginalização e segregação social. Tiago repreendeu aqueles que em reuniões solenes davam tratamento privilegiado aos ricos, e desonroso aos pobres, numa verdadeira acepção de pessoas (Tg 2.6).

Jesus é o exemplo por excelência de conduta não discriminatória. Ele confrontou as barreiras sociais, religiosas e culturais da sua época, tratando todos com igual dignidade e respeito, Ele via cada pessoa dotada de valor especial para Deus, por isso aproximou-se dos marginalizados e excluídos na cultura judaica de seu tempo. A graça do evangelho abrange aqueles que estão em um nível social inferior, o que significa que todos têm esperança por causa da encarnação do Verbo; por causa da descida de Deus. Quer seja rico ou pobre, todos são iguais aos olhos de Deus! Se olharmos para o ser humano a partir da perspectiva de Jesus, evitaremos a discriminação e exclusão social!

3. Discriminação religiosa.
Refere-se ao tratamento diferenciado em virtude da crença, religião ou culto praticado por determinada pessoa. Geralmente, esse tipo de discriminação provoca intolerância, perseguição, violência e morte, como podem atestar vários episódios da história da humanidade. Ainda hoje, cerca de 73% da população do mundo vive em países onde as restrições à liberdade religiosa são consideradas altas ou muito altas, em decorrência da discriminação por motivo de crença religiosa, de acordo com pesquisa do Christian Solidarity Worldwide.

O fato de o cristão crer que Jesus é o único mediador entre Deus e o homem (1Tm 2.5), não serve como pretexto para agir com intolerância e menosprezo em relação à religião alheia. O testemunho cristão no meio social deve ser feito com cordialidade, mansidão e respeito à liberdade religiosa daqueles que professam crenças diferentes da nossa.

Pense!
A graça de Cristo cura as feridas do racismo e da discriminação.

Ponto Importante
Discriminação significa o tratamento desigual e injusto de uma pessoa ou um grupo de pessoas em razão de classe social, cor da pele, nacionalidade, convicções religiosas, etc.

III. A LEI E O COMBATE À DISCRIMINAÇÃO

1. Conheça seus direitos e deveres.
Enquanto cidadão, o cristão é possuidor de direitos e deveres. Esse é o sentido básico da cidadania. Logo, conhecer as noções jurídicas básicas é importante para contribuir com a defesa de nossos direitos e garantias legais, assim como para nos conscientizar de nossas responsabilidades, especialmente em relação ao preconceito e à discriminação.

2. Direito à igualdade e o combate à discriminação.
Um dos principais direitos fundamentais expressos na Constituição Federal do Brasil é o direito à isonomia; ou seja, “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” (art. 5º, caput, CF/88). Tal direito possui uma clara herança cristã, na medida em que parte da compreensão de que todas as pessoas são dotadas de igual valor, em clara referência ao princípio bíblico da imagem de Deus (Gn 1.26). Por esse motivo, além do fato da discriminação, o racismo e a injúria racial constituírem crime, conforme estabelece a legislação do país (Código Penal Brasileiro e Lei número 7.716/89), combater a discriminação é uma maneira de honrar essa doutrina bíblica basilar.

3. Direito à liberdade religiosa.
A liberdade religiosa é igualmente um direito fundamental de valor inestimável, previsto em nossa Constituição Federal: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” (art, 5º, VI, CF/88). Compreende, primeiramente, o direito de crença, isto é, o direito de acreditar, não acreditar ou deixar de acreditar em alguma coisa, assim como aderir a qualquer religião de sua escolha, seja ela organizada ou não; assim como o direito de não professar qualquer religião. Engloba também a liberdade de culto, consistente na possibilidade de realizar cerimônias, liturgias, cânticos e outros atos próprios da fé.

Pense!
A liberdade religiosa é uma das principais garantias do ser humano. É um direito antes dos demais direitos.

Ponto Importante
Conhecer as noções jurídicas básicas é importante para contribuir com a defesa de nossos direitos e garantias legais, assim como para nos conscientizar de nossas responsabilidades, especialmente em relação ao preconceito e à discriminação.

CONCLUSÃO

A doutrina da imagem de Deus (Gn 1.26) é essencial para conscientizar a sociedade de que todas as pessoas são portadoras de igual valor e dignidade, independentemente da raça, condição social ou religião. Nenhuma teoria secular fornece tão belo ensinamento. Tal verdade é princípio elementar para a convivência pacífica e harmoniosa, e, uma vez aplicada, produz relacionamentos comunitários sadios. Portadores dessa verdade e imbuídos da graça de Deus, os crentes são vitais para combater o preconceito e todo tipo de discriminação.


Fonte: Lições Bíblicas CPAD - Jovens - 4º Trimestre de 2017
Título: Seguidores de Cristo — Testemunhando numa Sociedade em ruínas - Comentarista: Valmir Nascimento

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