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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A Igreja na Reforma Protestante

Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele” Hb 10.38

Professor, como já é do seu conhecimento, este ano comemoraremos os quinhentos anos da Reforma Protestante. Essa é uma data importante para a igreja protestante, mas infelizmente muitos crentes conhecem pouco a respeito da história da Igreja. Depois da ascensão de Cristo, a Igreja deu continuidade à obra iniciada por Ele. Os apóstolos trabalhavam em prol do Reino de Deus, vidas eram salvas, milagres aconteciam, os crentes viviam em unidade e o nome do Senhor era glorificado. Porém, os crentes sofriam terrível perseguição. À medida que a Igreja foi se aproximado do Estado e passou a experimentar um novo relacionamento com o imperador, houve mudanças. Com o tempo o mundanismo e o paganismo passaram a se infiltrar no meio dos crentes. A igreja se secularizou, abandonando os princípios do Evangelho de Cristo. Foram tempos de trevas espirituais. Mas, o Cristo que deu a sua vida em favor da Igreja não permitiria que ela ficasse dessa forma. Então, o Senhor levantou um monge chamado Martinho Lutero para fazer uma reforma e resgatar a Igreja dos erros e da apostasia. É o que estudaremos na lição de hoje.

Vejamos os cinco princípios da Reforma Protestante



sola é um termo latim e que significa “somente”.

Os cinco solas da reforma são uma síntese do que cria Lutero e os protestantes que o apoiavam. Esses princípios iam contra o pensamento e o ensino da igreja romana.


O retorno à Palavra de Deus pode mudar a fé e o destino de uma pessoa, de uma família e de uma nação.


Texto Bíblico: Apocalipse 3.1-6

1 — E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.
2 — Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
3 — Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
4 — Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso.
5 — O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
6 — Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

INTRODUÇÃO

Este ano comemoraremos os quinhentos anos da Reforma Protestante. Esse movimento representou a busca por um retorno às raízes da igreja do Novo Testamento, pois a igreja havia se secularizado. Até hoje, os cristãos são beneficiados por força dessa reforma ocorrida na Idade Média, e que mudou paradigmas na esfera da fé, do conhecimento de Deus e da salvação.


I. A NECESSIDADE DA REFORMA NA IGREJA

1. A igreja nos primeiros séculos.
Nos primeiros três séculos da era cristã, enquanto a igreja não tinha vínculos com o Estado, e mantinha sua independência, foi perseguida, rechaçada e alvo de muitas críticas. Nessa época, ela lutou internamente contra diversas heresias e sistematizou uma série de doutrinas.

2. Os séculos até a Idade Média.
Na medida em que Estado e Igreja foram se aproximando, houve mudanças que fizeram com que a igreja abandonasse a doutrina dos apóstolos. Os ensinos de Jesus e a fé genuína em Deus e no Salvador foram deixados de lado.

3. Os avanços.
Tivemos avanços nesse período inicial de bonança, em que a igreja não era mais perseguida e seus verdadeiros membros não eram mais mal vistos pela sociedade. Jerônimo completou a tradução da Bíblia para o latim, e muitas pessoas passaram a professar a fé cristã. Mas a aproximação entre igreja e Estado cobrou seu preço: bispos trocavam acusações para conseguirem um o lugar do outro, governantes passaram a ter influência na escolha de líderes cristãos, e promoveu-se a adoração a ídolos. Muitos cristãos adotaram uma postura de viver uma vida sem luxo, aplicando-se à castidade e às orações em lugares isolados, por causa da forma com que a igreja permitiu-se participar de prazeres mundanos e ter adotado uma visão mais secularizada.

A Igreja passou por perseguições e se manteve fiel ao seu chamado, até que se permitiu envolver com o poder temporal e se deixou influenciar por ele.

II. A REFORMA PROTESTANTE

1. A necessidade de mudanças.
Foi notório que a igreja daqueles dias precisava de mudanças drásticas, pois não representava mais o verdadeiro Evangelho, e sim a busca pelo poder temporal, o domínio das nações e suas riquezas. Seus cultos se tornaram distante das pessoas, seus ensinos foram corrompidos e suas práticas e doutrinas beiravam o charlatanismo. Como descrita nessa época, a igreja estava realmente distante de sua vocação de agência do Reino de Deus. Era necessário que passasse por um movimento de transformação que resgatasse os princípios da Igreja Primitiva, que valorizasse as Escrituras em detrimento da tradição, e que se abstivesse da busca pelo poder terreno.

2. Grupos em prol da Reforma antes de Lutero.
Antes de Martinho Lutero dar início à Reforma Protestante, houve pessoas e grupos que se expuseram pleiteando uma mudança radical na igreja daquela época. Dentre esses grupos, destacamos os Waldenses, liderados por Pedro Waldo, que rejeitou a doutrina do purgatório e ensinou o retorno às Escrituras como um modo de vida. Outro nome de destaque foi John Wicliff, professor de Oxford, que traduziu a Bíblia para o inglês a partir da Vulgata Latina. Ele acreditava que o clero católico não tinha interesse em que a Bíblia fosse lida na língua comum de cada povo.

3. Lutero e seu desafio.
Lutero foi um monge que nasceu na Alemanha em 10 de novembro de 1483. Na infância foi educado dentro dos padrões cristãos de seu tempo. Na juventude optou por seguir a carreira monástica, e estudou teologia e filosofia. Deparou-se com uma profunda falta de paz em sua vida, e lendo as Escrituras, entendeu que poderia ser salvo de seus pecados e ter a paz com Deus, coisas que poderiam ser feitas apenas pela fé.

Em 31 de outubro de 1517, certo de que a igreja romana havia se distanciado de seu verdadeiro chamado, Lutero fixou suas 95 teses contra o papa e a igreja romana com suas doutrinas do purgatório e das indulgências, iniciando assim a chamada Reforma Protestante. Lutero casou-se com Catarina Bora, uma ex-freira, com quem teve seis filhos. Escreveu hinos e traduziu a Bíblia para o alemão.

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Antes de Lutero, outras pessoas já demonstravam descontentamento com o sistema de vida da liderança da igreja romana, de suas doutrinas e do seu afastamento do público.

Leia também:  Os Pre-Reformadores 


Martinho Lutero
III. FRUTOS DA REFORMA NOS ÚLTIMOS SÉCULOS

1. Tradução da Bíblia para o alemão e outras línguas.
Até a Reforma Protestante, a Igreja Católica adotou a Bíblia e os sermões em latim, uma língua que com o passar do tempo se tornou distante das pessoas, e próxima apenas dos estudiosos. Após a Reforma, a Bíblia foi traduzida para o alemão, francês, inglês, e também para o português. Em nossos dias, instituições como as Sociedades Bíblicas, a Wicliff e a ALEM (no Brasil) tem sido uma força grandiosa na tradução e distribuição de Bíblias e porções de textos bíblicos traduzidos. Os cultos passaram a ser realizados na língua dos povos, tornando mais clara a pregação e ensino do Evangelho.

2. Missões.
Com a Reforma, despertou no coração dos crentes o entendimento de que o Evangelho deveria ser efetivamente anunciado, sem o interesse de se conquistar novas terras ou subjugar povos. A pregação da Palavra de Deus e a salvação das almas perdidas ganhou novo enfoque, e muitos cristãos dedicaram-se a passar seus dias no campo missionário.

3. O Pentecostes.
O pentecostalismo tem sido a marca do avivamento da igreja cristã em nossos dias. Por meio do mover do Espírito Santo, milhões de crentes no mundo inteiro têm sido revestidos de poder para testemunhar acerca de Jesus e de sua obra.

Os Pentecostais pregam basicamente que Jesus salva, cura, liberta as pessoas, que batiza com o seu Espírito Santo com evidência do falar em outras línguas, e que Jesus voltará para buscar o seu povo. Creem na inspiração plenária das Escrituras, na necessidade de arrependimento para que uma pessoa seja salva, e na necessidade de uma vida santa. Um dos temas correntes em nossas pregações é a contemporaneidade dos dons espirituais. Cremos que os dons do Espírito Santo, conforme mencionados em 1 Coríntios 12, não foram extintos, pois a própria Palavra de Deus não nos fala que os dons do Espírito Santo teriam data de validade apenas para o primeiro século da era cristã.

4. Desafios de nossos dias.
Em nossos dias, temos observado as constantes mudanças que ocorrem na sociedade. A tecnologia avança a olhos vistos. A medicina vem fazendo tratamentos para males que antes eram incuráveis, com resultados comprovados. Com a internet, o mundo se tornou pequeno, e praticamente qualquer informação pode ser consultada de um aparelho celular conectado a internet. Há meios de se aumentar a quantidade de alimentos para alimentar populações inteiras, mas por outro lado, aumentam a violência, a fome em diversos países. O terrorismo tem sido uma das marcas dos nossos dias, com guerras que devastam países e populações. Novas doenças surgem, e ressurgem antigos males, e a internet vem sendo usada para recrutar pessoas que tem pouco apego à vida e estão dispostos a levar consigo outras vidas que não partilham de suas ideologias. Surgem diversas formas de pensar o sobrenatural, e há uma busca pelo oculto, divulgado pelos filmes de cinema. São desafios com os quais temos de lidar em nossos dias...

Precisamos ser cheios do Espírito Santo a fim de que estejamos preparados, como igreja, para lidar com os desafios do nosso tempo.


CONCLUSÃO

A Reforma Protestante foi, sem dúvida, o instrumento que Deus se utilizou para redirecionar a Igreja à sua verdadeira vocação: ensinar o justo a viver pela fé, buscar o conhecimento verdadeiro das Sagradas Escrituras e definir o sacerdócio universal dos crentes. Somos fruto dessa Reforma, e devemos aproveitar cada ocasião para fazer com que Deus seja glorificado por meio de nossas atitudes.


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SUBSÍDIO
“No século XVI, o papa ficou mais influente com a destruição do Império Romano, o que resultou na ligação entre o papa e os governantes políticos. Tal relacionamento próximo entre a igreja e o Estado resultava com frequência em coerção para que as pessoas se tornassem cristãs. Uma das partes mais infelizes da história foi o período em que os líderes eclesiásticos forçaram, com o auxílio das autoridades civis e com o uso da espada, incontáveis dezenas de milhares de pessoas a se ‘converterem’ ao cristianismo. Os crentes de hoje, em vez de tentarem racionalizar isto para os críticos contemporâneos, fazem melhor em simplesmente se arrependerem do que foi feito em nome de Cristo. O papa ‘entrou nas ruínas do império caído no Ocidente e começou a construção da igreja medieval sobre a glória passada de Roma... Isto levou séculos, mas os papas, auxiliados por príncipes cristãos, aos poucos pacificaram e batizaram um continente e o chamou de cristianismo, a Europa cristã. Entretanto, batizar multidões significa batizar pagãos’. Como uma igreja cheia de ‘pagãos batizados’ afeta os que são realmente sinceros a respeito do Deus? Os cristãos genuínos se afastam. E foi exatamente isto que muitos cristãos fizeram. Eles eram chamados de monásticos” (GARLOW, James L. Deus e o seu Povo: A História da Igreja como Reino de Deus. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007, p.67).

Fonte:
Lições Bíblicas - 1º trim.2017 - A Igreja de Jesus Cristo - Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno - Comentarista: Alexandre Coelho - CPAD


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