A maior prova da divindade de Jesus é a sua ressurreição. Os adversários do cristianismo se utilizam de vários argumentos para anular a veracidade da ressurreição de Cristo. As evidências diretas somente podem ser comprovadas por quem as presenciou. No entanto, as evidências circunstanciais podem ser constatadas pela própria história. Por isso, nesta lição estudaremos algumas dessas provas que auxiliam na constatação da ressurreição de Jesus.
Texto Bíblico - Mateus 28.1-15
I - A RESSURREIÇÃO DE JESUS É ACOMPANHADA DE SINAIS (Mt 28.1-7)
1. A aparente vitória dos líderes religiosos.
No sábado, o dia seguinte ao da preparação da Páscoa, considerado sagrado pelos judeus, tudo parecia estar perfeito para os principais líderes religiosos judaicos. Aparentemente seus planos contra Jesus tinham dado certo. Eles haviam persuadido Pilatos a enviar um destacamento para guardar o túmulo de Jesus. Os primeiros discípulos, que haviam deixados seus próprios projetos de vida para acompanhar Jesus, agora estavam dispersos, amedrontados e desolados.
As autoridades religiosas e romanas acreditavam que tudo iria voltar a ser como antes, pois o principal “problema” deles, Jesus, havia sido morto. Enquanto as autoridades comemoravam a aparente vitória, os discípulos de Jesus estavam passando o pior momento de suas vidas. Mas a tranquilidade dos oponentes de não iria durar por muito tempo.
2. Maria Madalena e Maria vão até o túmulo (v.1).
As mulheres tiveram um papel importante no ministério de Jesus, na sua paixão e ressurreição. Todos os Evangelhos destacam a atuação delas durante a crucificação, a morte, o sepultamento e ressurreição do Messias. O destaque dado às mulheres era algo incomum na cultura judaica, para quem Mateus escreveu o Evangelho que leva o seu nome.
As mulheres que contemplaram, de longe, a crucificação do Salvador (Mt 27.55-60), agora olham o túmulo de Jesus de perto (Mt 27.61). Elas retornam ao sepulcro no alvorecer do domingo. Pela fé aquelas mulheres se tornaram as primeiras testemunhas da ressurreição. Que privilégio!
3. O túmulo é aberto de forma sobrenatural (v.2).
Quando as mulheres chegaram no domingo pela manhã ao sepulcro ele estava vazio; a pedra havia sido removida da entrada e o selo romano, que havia sido posto sobre o túmulo, fora quebrado. Tanto os judeus como os romanos admitem este fato.
Mateus menciona que enquanto as mulheres caminhavam rumo ao sepulcro, houve um “grande terremoto” que removeu a pedra que lacrava a entrada. Terremoto é um fenômeno natural e que acontece em alguns lugares. Entretanto, para Mateus, o terremoto não foi um fato isolado e casual; ele afirma que o tremor de terra foi consequência da descida de um anjo.
Ponto Importante
Todos os Evangelhos destacam a atuação das mulheres durante a crucificação, a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus.
II - EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS (Mt 28.9-15)
1. A ressurreição de Jesus ao terceiro dia.
Algumas pessoas questionam a veracidade do relato da ressurreição, afirmando ser contradizente ela ter ocorrido no terceiro dia. Jesus foi crucificado, morto e sepultado rapidamente na sexta-feira, antes do pôr do sol. O pôr do sol é o começo do dia seguinte para os judeus e a ressurreição ocorreu no domingo, antes do nascer do sol. Portanto, Jesus morreu na sexta-feira e passou a noite e o início do segundo dia, o sábado, no túmulo. Então, quando chega o pôr do sol do sábado, que já é o início do terceiro dia, e antes do sol nascer no domingo, Ele ressuscita. Portanto, considerando a forma de contar os dias e noites dos judeus, não há contradição quando afirmamos que Jesus ressuscitou no terceiro dia.
2. A aparição de Jesus para as mulheres.
O anjo do Senhor diz às mulheres que Jesus havia ressuscitado. Ele também pede que elas anunciem este fato aos discípulos, pois o Mestre iria encontrá-los na Galileia (vv. 6,7). Mas Jesus as surpreende enquanto elas caminhavam para cumprir as ordens recebidas. Ele vai ao encontro delas e as saúda. Elas imediatamente caem aos pés dEle e o adoram. Mateus destaca o fato de as mulheres abraçarem os pés de Jesus. O Mestre repete a ordem dada pelo anjo e as encoraja a não temerem. O fato de as mulheres serem as primeiras a testemunhar a ressurreição de Jesus, também é uma evidência favorável à ressurreição.
3. A trama para esconder o fato da ressurreição (vv. 11-15).
Enquanto as mulheres vão até os discípulos para dar as boas-novas, os soldados que guardavam o sepulcro vão até os príncipes dos sacerdotes contar o que havia ocorrido. Então, eles se reuniram com os anciãos para tomar uma decisão a respeito do assunto. A deliberação do conselho foi mentirosa e desonesta: pagar propina aos soldados para que eles mentissem a respeito da ressurreição de Jesus.
O fato de soldados romanos terem sido enviados para guardar o túmulo, deu mais credibilidade à ressurreição de Jesus. Quem poderia retirar o corpo de um túmulo que estava lacrado e guardado por um destacamento de Roma? Os chefes dos sacerdotes e os fariseus que haviam feito o pedido a Pilatos para guardar o túmulo de Jesus, sem querer, acabaram por colaborar com a comprovação da sua ressurreição.
Ponto Importante
O fato das mulheres serem as primeiras testemunhas e a trama dos judeus para esconder a ressurreição são fortes evidências da ressurreição de Jesus.
III - EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. A Igreja de Cristo, um fenômeno histórico.
Como os sacerdotes e demais líderes religiosos judaicos não podiam apresentar o corpo de Jesus, restou-lhes ameaçar os discípulos de morte se anunciassem a ressurreição. Mas, os discípulos não se intimidaram. Eles pregaram, com convicção, o Cristo ressurreto, mesmo correndo o risco de serem mortos. Milhares de pessoas se converteram ao ouvirem as pregações deles (At 2.41).
Os discípulos arriscariam suas vidas por mentiras? Como tantas pessoas, contemporâneas de Jesus e moradoras de Jerusalém, poderiam se converter se não houvesse evidências da ressurreição? Sem mencionar o risco de morte que estas pessoas que se convertiam também estariam correndo. A Igreja também é um fenômeno histórico que evidencia a ressurreição de Jesus. Interessante é o fato de que ela teve o seu início na cidade onde Jesus foi crucificado, morto e sepultado.
2. O domingo, um fenômeno sociológico.
O livro de Atos dos Apóstolos registra que os primeiros cristãos passaram a se reunir para adorar ao Senhor no primeiro dia da semana (dia da ressurreição). Mudar o dia de adoração de sábado para o domingo foi uma decisão radical, considerando que os judeus guardavam o sábado e que a Igreja Primitiva, na sua grande maioria, era formada por eles.
Os judeus, mesmo os convertidos ao cristianismo, tinham receio de quebrar a guarda do sábado, pois temiam desagradar a Deus e serem amaldiçoados. Somente algo divino, como a ressurreição de Jesus, seria capaz de fazer com que eles deixassem uma vida inteira de tradições e treinamento religioso.
3. A transformação de vidas, um fenômeno divino.
Declarar a fé em Cristo como Senhor e na sua ressurreição era o mesmo que assinar uma sentença de morte. Por isso, somente alguém que tivesse experimentado uma conversão genuína e uma transformação interior profunda, teria coragem de se declarar cristão. Os crentes do primeiro século foram muito perseguidos e tiveram que enfrentar toda a sorte de males: a morte por apedrejamento (At 6.8-15) ou crucificação, prisões, ser lançados aos leões para entretenimento dos romanos, etc. Mesmo assim, não negavam a fé e não deixavam de testemunhar o Cristo ressurreto.
4. As duas ordenanças de Cristo para a Igreja.
O batismo e a Santa Ceia são as duas ordenanças do Mestre para a sua Igreja. A imersão nas águas representa a morte do crente para o pecado, enquanto a saída das águas simboliza a ressurreição (o ressurgimento de uma nova vida). O batismo é uma ordenança de Jesus que passou a ser obedecida pela Igreja, com base na ressurreição histórica do próprio Salvador.
Outra ordenança de Cristo para a Igreja é a Santa Ceia. Esta ordenança possui dois elementos que são símbolos da morte e do derramamento de sangue de Cristo pelos pecados da humanidade. Quando participamos da Santa Ceia estamos reconhecendo publicamente que Cristo morreu por nós, mas que ao terceiro dia Ele ressuscitou em um corpo glorificado e que em breve voltará. A Santa Ceia também é uma das evidências circunstanciais da ressurreição de Cristo.
Ponto Importante
No primeiro século, confessar a fé em Jesus era enfrentar perseguição, sofrimento e dor.
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que o testemunho das mulheres e a trama dos líderes judeus ao subornar os soldados para dizerem que os discípulos roubaram o corpo de Jesus durante a noite são evidências do relato da ressurreição de Jesus.
SUBSÍDIO
“Na Bíblia, a palavra cumprir é normalmente usada como referência a profecia. Aqui Jesus usa a palavra cumprir para falar sobre a Lei. Ele esclarece que nenhuma Lei morrerá até que tudo se cumpra, e no caso de algumas das categorias das leis judias, o seu ministério trouxe claramente o cumprimento de leis específicas. Por exemplo, Ele cumpriu as leis sobre o sacrifício pelos pecados. A partir da sua morte na cruz, o Senhor Jesus serviu como o sacrifício definitivo pelos pecados da humanidade. Já não há mais a necessidade de trazer touros, cabritos, ovelhas e pombos à igreja para que sejam sacrificados pelos pecados (GUTHRIE, Geroge H. Lendo a Bíblia para Vida: Seu guia para entender e viver a Palavra de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.172).
Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 1º Trimestre de 2018 - Título: Seu Reino não terá fim — Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus - Comentarista: Natalino das Neves
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Olá Ismael
ResponderExcluirLinda postagem. Jesus está vivo e em breve voltará. Abraços.
A Paz do Senhor Lucinalva. Obrigado pela participação.
ExcluirO SENHOR virá buscar Sua Igreja! Aleluia!
abraço fraterno