“E o Senhor Deus lhe deu esta ordem..., mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás...
A QUEDA DO HOMEM – A MAIOR TRAGÉDIA DA HISTÓRIA
por Prof. Adaylton A. Conceição
Falar na Queda do Homem é tratar do mais trágico evento da história da humanidade, pois todas as tragédias posteriores são devidas a essa. Nenhuma forma de ação humana contrária ao caráter de Deus pode ser encontrada fora das origens do pecado na história do homem. Nenhuma forma de mal vista na história do homem é mais trágica do que a que vemos aqui, pois é aqui que nascem todas as desventuras da humanidade.
Alguns objetariam a isso por ser demais simplista com a realidade, uma vez que grandes e terríveis males tem se sucedido à humanidade, especialmente na história recente. Contudo, o defeito fundamental do ser humano e do mundo é demonstrado em sua desconexão com Seu Criador e com sua Rejeição à Sua Palavra. Tal atitude vista em Adão e Eva, repetida diariamente é a evidência fundamental dessa desconexão do homem com o Seu Criador. Por isso, o evento narrado aqui é o mais trágico evento da humanidade.
O homem, um privilegiado por Deus
Enquanto todas as coisas foram originadas por ordens imperativas: haja luzeiros, Produza a terra, etc., o homem foi criado de uma forma meiga, maravilhosa e especial. Foi uma criação da Trindade: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.” (Gênesis.: 1: 26).
Portanto, o homem é o único ser que está nominalmente citado como uma criação coletiva da Trindade, demonstrando o imensurável amor do Pai pela sua criatura. Estava destinado a viver na plenitude da comunhão com o Criador. Podia falar diretamente a Deus sem intermediários, face a face, como fazia na virada do dia. Teria pleno e absoluto domínio sobre toda a terra e tudo o que nela existisse.
Em seguida, vendo Deus que ainda faltava ao homem algo para completá-lo, criou a mulher. Uma companheira e auxiliadora para completar-lhe a vida. Iniciando a instituição da família, o núcleo mais importante e fundamental na vida do homem e da nossa sociedade.
Entretanto, Deus colocara apenas uma única restrição. Adão poderia tudo, exceto uma coisa: “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás: porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis 2: 16-17)
Circunstancias favoráveis.
1) Não conheciam o pecado,
2) Não tinham doenças,
3) Tinham perfeita liberdade (Todas espécies de comida, Pouco trabalho, Nenhum inimigo visível),
4) Tinham vida espiritual, diretamente do Espírito de Deus,
5) Tinham domínio sobre toda a criação,
6) Havia um fiel companheiro para cada um.
A prova era que não deviam comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2.16-17).
Satanás tem um único propósito: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. (João 10:10). O propósito da serpente era roubar a benção da mulher que vivia na presença do Pai, seduzir para condena-la a morte e, assim, destruir a sua fé, destruindo a Obra do Senhor na sua vida.
O Senhor Jesus nos oferece outra perspectiva: Que tenhamos vida eterna em abundância.
Acreditem, os métodos do inimigo não mudaram nada desde então até os nossos dias.
“Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?”
Esse é o modo típico como satanás agiu e continua agindo em nossos dias, para destruir nossas vidas. Modificando, distorcendo as palavras e os fatos, ludibriando os incautos. Mentindo descaradamente, por isso é conhecido como o pai da mentira. Vejam, não foi isso que o Senhor havia falado, mas no seu projeto diabólico para destruir o homem, manipula as palavras. Na atualidade é comum usar seus partidários, na forma dos “falsos amigos”, insistindo com você para leva-lo a pecar.
A QUEDA E A MORTE DO HOMEM
A mulher caiu sob a tentação, levando seu marido, Adão a uma condição lamentável. Assim, Adão que foi constituído como chefe da criação, se sujeitou a Satanás, passando sua lealdade de Deus ao Diabo. Naquele momento, ele, Adão entregou o mundo nas mãos do maligno. Desde então o diabo se constituiu como, príncipe deste mundo (João 14.30); deus deste século (II Coríntios 4.4).
Os resultados da caída já eram conhecidos pelo homem. A “morte” foi o pior castigo que veio em consequência da desobediência do homem.
O castigo pode ser dividido em três diferentes manifestações:
1. MORTE FÍSICA
2. MORTE ESPIRITUAL
3. MORTE ETERNA
Deus tinha dito que, no dia em que comessem do fruto proibido, morreriam. Alguns se confundem com esta promessa de julgamento. Embora o processo de morte física começasse naquele dia fatídico, eles não morreram fisicamente. Vamos relembrar que a morte espiritual é a separação de Deus.
Em I João 2.16, temos a lição que toda tentação do mundo consiste em três pontos:
1) Os desejos da carne: O que satisfaz os apetites ou desejos carnais;
2) Os desejos dos olhos: O que satisfaz à vista;
3) A vanglória da vida: O que satisfaz o orgulho próprio.
Na tentação da mulher, o tentador empregou todas as formas de tentação. Vejamos:
Os desejos da carne.
“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer…”
Corrompida pela serpente a mulher começou a ver a árvore de outra forma. A primeira coisa que saltou aos seus olhos foi que ela era boa para se comer. Expressando o desejo da carne que estava amortecida em sua vida. Até então, Adão e Eva viviam em plena liberdade física e espiritual.
Vendo a Mulher: Sobre o olhar da mulher, Calvino diz: Este olhar impuro de Eva, contaminados com o veneno da concupiscência, tanto era o mensageiro e o testemunho de um coração impuro. Ela podia anteriormente olhar a árvore com tal sinceridade, e nenhum desejo de comer afetou sua mente, pois a fé que tinha na palavra de Deus foi o melhor guardião do seu coração, e de todos os seus sentidos. Mas agora, depois que o coração tinha diminuído a fé e a obediência à palavra, ela corrompeu a si mesmo e todos os seus sentidos.
O maior obstáculo para a nossa vida espiritual é o desejo carnal que existe em nós.
Os desejos dos olhos.
“…agradável aos olhos…”. Dos órgãos dos sentidos no corpo humano – visão, audição, paladar, tato e olfato, os olhos são os mais importantes, porque potencializam todos os outros. Com a visão de um prato bem ornamentado e bonito, o órgão da degustação é ativado e aguçado, enchemos a boca de saliva, nos preparando para saborear uma comida de bom paladar.
“deleite para os olhos.” Este é paralelo com “a concupiscência dos olhos”: o desejo de ter algo além da vontade de Deus (isto é, possuir o belo fruto). “Parece bom.” O poder da visão tem uma incrível capacidade de estimular o desejo de pecado.
Os olhos são importantes para as nossas vidas, mas, tornam-se um grande perigo para nossa vida espiritual. Eles podem liberar o dragão carnal. Eles influenciam e liberam a nossa imaginação.
A vanglória da vida
…e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido e ele comeu.
A busca pelo entendimento, pelo conhecimento do bem e do mal, era o objetivo da mulher estimulada pela serpente. Influenciada pelo inimigo, desabrochou a sua soberba desmesurada, “como Deus sereis”. Achava que poderia ser como Deus, conhecendo todos os Seus segredos. Todos os Seus mistérios. Alcançando a plenitude da sabedoria imensurável do Senhor.
Este terceiro é o intelectual: “desejável para dar entendimento”. Este é paralelo com “a soberba da vida”: o desejo de ser algo além da vontade de Deus (isto é, tão sábio quanto Deus). “Isso vai me fazer melhor.” “Eu preciso de algo que eu não tenho que ser feliz”.
Relativização da queda
Se a queda do homem ocorresse em nossos dias, mal se poderiam imaginar as consequências. Acho que a União Internacional dos Direitos Civis imediatamente abriria um processo - contra Deus, e em defesa de Eva e seu marido, Adão (a ordem dos dois não é acidental). O processo alegado ato pecaminoso foi consumado na privacidade do jardim, e com o consentimento de dois adultos.” Mas, acima de tudo, seria dito que o castigo foi totalmente desproporcional ao crime (se é que de fato houve algum). Deus poderia realmente estar falando sério na denúncia feita neste relato? Por causa de uma simples mordida em algum “fruto proibido” o homem e a mulher são despejados e sofrerão as consequências por toda a vida? E mais que isso, por causa desse único ato, o mundo inteiro e toda a raça humana continuarão a sofrer seus males, até nós?
Aqueles que não levam a Bíblia a sério, ou literalmente, têm um pouco de dificuldade neste ponto. Simplesmente anulam o terceiro capítulo de Gênesis, como se fosse uma lenda. Para eles é simplesmente uma história simbólica que se esforça para explicar as coisas como elas são. Os detalhes da queda não apresentam nenhum problema pois não são fatos, mas ficção.
A estrutura dos primeiros capítulos de Gênesis requer esta descrição da queda do homem.
Em Gênesis capítulos um e dois lemos sobre a criação perfeita que recebeu a aprovação de Deus como sendo “boa” (cf. 1:10/12/18/21). No capítulo quatro encontramos ciúme e assassinato. Nos capítulos seguintes a raça humana vai de mal a pior. O que aconteceu? Gênesis três responde esta questão.
Assim, este capítulo é essencial porque explica o mundo e a sociedade como os vemos hoje. Ele nos informa sobre as estratégias de Satanás para tentar aos homens. Ele nos desafia a considerar se continuamos ou não a “cair” como o fizeram Adão e sua esposa.
A Lei de Deus no Éden
Uma das informações mais importantes que encontramos no início de Gênesis é o conceito legal que a Palavra de Deus tem. Por ser Ele Criador de todas as coisas, é também Juiz de Todos os atos e por isso, a expressão da Sua vontade constituísse como Regra, Padrão, Canon, Lei para a Criatura.
A terminologia hebraica para descrever Lei favorece nossa compreensão de que Lei exige um legislador. Três palavras são principalmente usadas em Hebraico para descrever uma lei/legislação:
Mitsvah: O termo é originado de “tsavah” que significa basicamente ordenar. Observe que Deus ordenou a existência do mundo (Sl.33.9; Is.45.12) e por essa razão todas as criaturas e elementos lhe obedecem as ordens (1Re.17.4; Jó.37.12; Sl.78.23). Esse é o termo usado em 2.16. Assim, o termo “Mistvah” assume clara conotação de ordem, como estipulações específicas da Aliança (Ex.24.12) e por isso violá-los implica em culpa (Lv.4).
Chuq: É normalmente traduzido como estatuto decretos, ordenanças, dever e obrigação. É visto como uma regra ou prescrição imposta por Deus (Ex.18.16), embora homens também possam decretar seus estatutos (Gn..47.26; 2Cr.35.25; Jz.11.39; Ez.20.18; 1Sm.30.25). Em geral implica em deveres e direitos (Sl.2.27).
Torah: O sentido básico do termo é ensinar. Em função da relação com “yarah”, diversas vezes retrata o ensino de Deus para com seus servos (Ex.4.15; Sl.25.8; 27.11; 86.11; 119.33). Tal sentido aproxima ainda mais o conceito de que a Palavra, que deve ser ensinada (Lv.10.11; Dt.33.10), e a Lei que provém de Deus (Is.1.10).
Em todos os casos, Lei pressupõe um Legislador, e as palavras Hebraicas utilizadas para descrever a ação de Deus em ordenar refletem o caráter Legal da Vontade de Deus.
Podemos dizer que o termo Lei não está presente na cena da Criação, mas o conceito de Lei permeia todas as atividades de Deus na Criação e no Seu relacionamento com Adão e Eva. O fato de que Deus, com sua palavra, ordena e tudo vem a existência indica que tipo de poder para ordenar esse Deus tem. Por isso, sua legislação deve se leva à sério.
Em outras palavras, podemos encontrar na cena da Criação evidências da manifestação da vontade restritiva e permissiva de Deus e que a omissão ou violação dessa vontade implica em violação do Caráter do Criador, e, por conseguinte, em pecado.
O TENTADOR E O PECADO DO HOMEM
De repente, abruptamente e sem nenhuma introdução, aparece no verso um a serpente. Estamos preparados para encontrar Adão, Eva e o jardim, pois já os vimos antes. Diz-se que a serpente é uma das criaturas de Deus, então, devemos pensar nessa criatura literalmente. Apesar de ter sido uma cobra real, a revelação posterior nos informa que o animal estava sendo usado por Satanás, que é descrito como dragão e serpente (cf. II Coríntios 11:3 e Apocalipse 12:9, 20:2).
Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.
O inimigo atingiu seu primeiro alvo. Confundiu a mulher, levando a modificar a palavra do Senhor, porque Deus não disse “nem tocareis nele”. Na confusão, inadvertidamente, acrescentou algo que o Senhor não havia dito, modificou a Palavra de Deus, abrindo uma brecha para que a serpente aprofundasse a sua investida. Mas, qual foi essa brecha? Ela não guardou a Palavra do Senhor em seu coração. Esqueceu o que o Senhor havia falado, por isso, a modificou. Jesus nos disse: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mateus 22:29) O Salmista relata: “Guardei a Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra Ti” (Salmo 119:11).
Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus sereis, conhecedores do bem e do mal.
A primeira coisa que a serpente fez foi contradizer o Senhor. Desautoriza-lo. Negar Sua autoridade e poder. Nada acontecerá! Essa bobagem de pecado, isso não existe! Céu e inferno, isso é coisa da religião. O céu e o inferno estão aqui mesmo na terra. Tudo isso não passa de idiotice de religiosos fanáticos. Deus não vai punir ninguém. Ele não pode. Isso é só para amedrontar os fracos de mente. Não tenha medo, você é livre para fazer o que quiser da sua vida.
Repare especialmente na abordagem de Satanás. Ele não se aproxima como um ateu, ou como alguém que desafiaria logo de cara a fé que Eva tinha em Deus.
Você percebeu que Satanás sequer mencionou a árvore da vida ou a árvore do conhecimento do bem e do mal? Que ataque sutil! Sua pergunta trouxe a árvore proibida ao centro do pensamento de Eva, mas sem mencioná-la. Ela o fez. Com sua pergunta Satanás não somente envolveu Eva no diálogo, mas também levou seus olhos à generosa provisão de Deus e fez com que ela pensasse somente na Sua proibição. Satanás não deseja que consideremos a graça de Deus, mas que meditemos rancorosamente nas Suas proibições.
O LIVRE ARBÍTRIO
Desde aquele dia, muitas pessoas têm citado a história do pecado do primeiro casal como prova de alguma injustiça por parte de Deus. Acham injusto Deus criar o homem e permitir uma tentação, sabendo que as consequências seriam tão graves. Ironicamente, as mesmas pessoas que assim julgam Deus desejam exercer exatamente o mesmo privilégio que levou à queda no Éden: a capacidade de escolher e tomar suas próprias decisões.
Deus poderia ter criado os homens como uma raça de robôs, mas não o fez. Ele nos criou à sua imagem e semelhança, como seres inteligentes e capazes de amar. Se tivesse feito pessoas incapazes de escolher, não teriam condições de amar. Mas uma vez que Deus deu aos seres humanos o direito de escolher, ele admitiu a possibilidade de decidirem não amar. Por isso, por querer criaturas que amariam a ele voluntariamente ou não; Deus deixou que decidissem. Poderiam amar, fazendo a vontade dele, ou odiar, sendo rebeldes e desobedientes.
CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO
O castigo da Mulher.
A mulher ainda teria um papel fundamental no plano de Deus, mas esse papel se tornou muito mais difícil. Especificamente, sofreria para ter filhos, sentindo dores de parto, e teria que superar grandes dificuldades para aceitar sua posição de submissão ao homem (Gênesis 3:16). Devemos observar que a submissão não foi consequência do pecado, e sim a dificuldade em aceitar esta posição. A submissão da mulher ao homem já foi determinada por Deus na criação do primeiro casal (1 Timóteo 2:11-13).
O castigo do Homem (versos 17 a 20)
Da mesma forma que o castigo de Eva se relaciona ao centro de sua vida, assim também é o caso com Adão. Ele tinha sido colocado no jardim, mas agora terá que obter seu sustento do solo “pelo suor de sua fronte” (versos 17 a 19).
Você notará que, embora a serpente tenha sido amaldiçoada, aqui somente a terra é amaldiçoada e não Adão e Eva. Deus amaldiçoou Satanás porque Ele não pretendia reabilitá-lo ou redimi-lo. Mas o propósito de Deus em salvar o homem já tinha sido revelado (verso 15).
Adão não somente terá que lavrar o solo para obter seu sustento, mas ele finalmente retornará ao pó. A morte espiritual já aconteceu (cf. versos 7 e 8). A morte física começou. Distante da vida que Deus dá, o homem simplesmente (embora lentamente) retorna ao seu estado original - pó (cf. 2:7).
A Serpente Sentenciada (versos 14-15)
A serpente é a primeira a quem Deus se dirige e estabelece o castigo. A criatura, como um instrumento de Satanás, é amaldiçoada e sujeita a uma existência de humilhação, rastejando-se no pó (verso 14).
A última consequência do pecado é a culpa hereditária. O pecado original significa que o pecado não é meramente uma ação, mas também uma condição transmitida de nossos primeiros pais para cada um de nós. O pecado é um habitus, algo que “habita” a nossa natureza humana. Este estado, condição ou hábito de pecar continua através da procriação, de geração a geração. O pecado original é transmitido diretamente através do processo natural de geração humana.
A separação que Adão e Eva causaram é aquela que Deus procura preencher. Deus procurou pelo homem no jardim. Enquanto as perguntas de Satanás foram planejadas para causar a queda do homem, as perguntas de Deus buscam sua reconciliação e restauração.
A condenação para quem pecar continua a mesma porque Deus é justo e a sua Palavra dura para sempre, mas pelo sacrifico do Seu Filho Unigênito para salvar o pecador, descortinou uma esperança de vida nova para nós. Vida em abundância.
Pelo sacrifício de Jesus, poderemos alcançar a vida eterna, viver na presença do Pai como o primeiro homem viveu no jardim do Éden. Poderemos ver a Deus face a face, outra vez. Um alto preço foi pago para que essa esperança fosse criada.
Pr. Dr. Adaylton Conceição de Almeida (Th.B.;Th.M.Th.D.;D.Hu.)
Blog: www.adayltonalm.spaceblog.com.br
Fonte: SpaceBlog
O Pr. Dr. Adaylton de Almeida Conceição foi Missionário no Amazonas e por mais de 20 anos exerceu seu ministério na Republica Argentina, é Bacharel, Mestre e Doutor em Teologia, Escritor, Professor Universitário, Psicanalista e Pós Graduado em Ciências Políticas e em Psicanálise, Doutor em Psicologia e em Humanidade, Diretor da Faculdade Teológica Manancial e Professor do Seminário Teológico Kerigma).
O homem, um privilegiado por Deus
Enquanto todas as coisas foram originadas por ordens imperativas: haja luzeiros, Produza a terra, etc., o homem foi criado de uma forma meiga, maravilhosa e especial. Foi uma criação da Trindade: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.” (Gênesis.: 1: 26).
Portanto, o homem é o único ser que está nominalmente citado como uma criação coletiva da Trindade, demonstrando o imensurável amor do Pai pela sua criatura. Estava destinado a viver na plenitude da comunhão com o Criador. Podia falar diretamente a Deus sem intermediários, face a face, como fazia na virada do dia. Teria pleno e absoluto domínio sobre toda a terra e tudo o que nela existisse.
Em seguida, vendo Deus que ainda faltava ao homem algo para completá-lo, criou a mulher. Uma companheira e auxiliadora para completar-lhe a vida. Iniciando a instituição da família, o núcleo mais importante e fundamental na vida do homem e da nossa sociedade.
Entretanto, Deus colocara apenas uma única restrição. Adão poderia tudo, exceto uma coisa: “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás: porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis 2: 16-17)
Circunstancias favoráveis.
1) Não conheciam o pecado,
2) Não tinham doenças,
3) Tinham perfeita liberdade (Todas espécies de comida, Pouco trabalho, Nenhum inimigo visível),
4) Tinham vida espiritual, diretamente do Espírito de Deus,
5) Tinham domínio sobre toda a criação,
6) Havia um fiel companheiro para cada um.
A prova era que não deviam comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2.16-17).
Satanás tem um único propósito: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. (João 10:10). O propósito da serpente era roubar a benção da mulher que vivia na presença do Pai, seduzir para condena-la a morte e, assim, destruir a sua fé, destruindo a Obra do Senhor na sua vida.
O Senhor Jesus nos oferece outra perspectiva: Que tenhamos vida eterna em abundância.
Acreditem, os métodos do inimigo não mudaram nada desde então até os nossos dias.
“Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?”
Esse é o modo típico como satanás agiu e continua agindo em nossos dias, para destruir nossas vidas. Modificando, distorcendo as palavras e os fatos, ludibriando os incautos. Mentindo descaradamente, por isso é conhecido como o pai da mentira. Vejam, não foi isso que o Senhor havia falado, mas no seu projeto diabólico para destruir o homem, manipula as palavras. Na atualidade é comum usar seus partidários, na forma dos “falsos amigos”, insistindo com você para leva-lo a pecar.
A QUEDA E A MORTE DO HOMEM
A mulher caiu sob a tentação, levando seu marido, Adão a uma condição lamentável. Assim, Adão que foi constituído como chefe da criação, se sujeitou a Satanás, passando sua lealdade de Deus ao Diabo. Naquele momento, ele, Adão entregou o mundo nas mãos do maligno. Desde então o diabo se constituiu como, príncipe deste mundo (João 14.30); deus deste século (II Coríntios 4.4).
Os resultados da caída já eram conhecidos pelo homem. A “morte” foi o pior castigo que veio em consequência da desobediência do homem.
O castigo pode ser dividido em três diferentes manifestações:
1. MORTE FÍSICA
2. MORTE ESPIRITUAL
3. MORTE ETERNA
Deus tinha dito que, no dia em que comessem do fruto proibido, morreriam. Alguns se confundem com esta promessa de julgamento. Embora o processo de morte física começasse naquele dia fatídico, eles não morreram fisicamente. Vamos relembrar que a morte espiritual é a separação de Deus.
Em I João 2.16, temos a lição que toda tentação do mundo consiste em três pontos:
1) Os desejos da carne: O que satisfaz os apetites ou desejos carnais;
2) Os desejos dos olhos: O que satisfaz à vista;
3) A vanglória da vida: O que satisfaz o orgulho próprio.
Na tentação da mulher, o tentador empregou todas as formas de tentação. Vejamos:
Os desejos da carne.
“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer…”
Corrompida pela serpente a mulher começou a ver a árvore de outra forma. A primeira coisa que saltou aos seus olhos foi que ela era boa para se comer. Expressando o desejo da carne que estava amortecida em sua vida. Até então, Adão e Eva viviam em plena liberdade física e espiritual.
Vendo a Mulher: Sobre o olhar da mulher, Calvino diz: Este olhar impuro de Eva, contaminados com o veneno da concupiscência, tanto era o mensageiro e o testemunho de um coração impuro. Ela podia anteriormente olhar a árvore com tal sinceridade, e nenhum desejo de comer afetou sua mente, pois a fé que tinha na palavra de Deus foi o melhor guardião do seu coração, e de todos os seus sentidos. Mas agora, depois que o coração tinha diminuído a fé e a obediência à palavra, ela corrompeu a si mesmo e todos os seus sentidos.
O maior obstáculo para a nossa vida espiritual é o desejo carnal que existe em nós.
Os desejos dos olhos.
“…agradável aos olhos…”. Dos órgãos dos sentidos no corpo humano – visão, audição, paladar, tato e olfato, os olhos são os mais importantes, porque potencializam todos os outros. Com a visão de um prato bem ornamentado e bonito, o órgão da degustação é ativado e aguçado, enchemos a boca de saliva, nos preparando para saborear uma comida de bom paladar.
“deleite para os olhos.” Este é paralelo com “a concupiscência dos olhos”: o desejo de ter algo além da vontade de Deus (isto é, possuir o belo fruto). “Parece bom.” O poder da visão tem uma incrível capacidade de estimular o desejo de pecado.
Os olhos são importantes para as nossas vidas, mas, tornam-se um grande perigo para nossa vida espiritual. Eles podem liberar o dragão carnal. Eles influenciam e liberam a nossa imaginação.
A vanglória da vida
…e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido e ele comeu.
A busca pelo entendimento, pelo conhecimento do bem e do mal, era o objetivo da mulher estimulada pela serpente. Influenciada pelo inimigo, desabrochou a sua soberba desmesurada, “como Deus sereis”. Achava que poderia ser como Deus, conhecendo todos os Seus segredos. Todos os Seus mistérios. Alcançando a plenitude da sabedoria imensurável do Senhor.
Este terceiro é o intelectual: “desejável para dar entendimento”. Este é paralelo com “a soberba da vida”: o desejo de ser algo além da vontade de Deus (isto é, tão sábio quanto Deus). “Isso vai me fazer melhor.” “Eu preciso de algo que eu não tenho que ser feliz”.
Relativização da queda
Se a queda do homem ocorresse em nossos dias, mal se poderiam imaginar as consequências. Acho que a União Internacional dos Direitos Civis imediatamente abriria um processo - contra Deus, e em defesa de Eva e seu marido, Adão (a ordem dos dois não é acidental). O processo alegado ato pecaminoso foi consumado na privacidade do jardim, e com o consentimento de dois adultos.” Mas, acima de tudo, seria dito que o castigo foi totalmente desproporcional ao crime (se é que de fato houve algum). Deus poderia realmente estar falando sério na denúncia feita neste relato? Por causa de uma simples mordida em algum “fruto proibido” o homem e a mulher são despejados e sofrerão as consequências por toda a vida? E mais que isso, por causa desse único ato, o mundo inteiro e toda a raça humana continuarão a sofrer seus males, até nós?
Aqueles que não levam a Bíblia a sério, ou literalmente, têm um pouco de dificuldade neste ponto. Simplesmente anulam o terceiro capítulo de Gênesis, como se fosse uma lenda. Para eles é simplesmente uma história simbólica que se esforça para explicar as coisas como elas são. Os detalhes da queda não apresentam nenhum problema pois não são fatos, mas ficção.
A estrutura dos primeiros capítulos de Gênesis requer esta descrição da queda do homem.
Em Gênesis capítulos um e dois lemos sobre a criação perfeita que recebeu a aprovação de Deus como sendo “boa” (cf. 1:10/12/18/21). No capítulo quatro encontramos ciúme e assassinato. Nos capítulos seguintes a raça humana vai de mal a pior. O que aconteceu? Gênesis três responde esta questão.
Assim, este capítulo é essencial porque explica o mundo e a sociedade como os vemos hoje. Ele nos informa sobre as estratégias de Satanás para tentar aos homens. Ele nos desafia a considerar se continuamos ou não a “cair” como o fizeram Adão e sua esposa.
A Lei de Deus no Éden
Uma das informações mais importantes que encontramos no início de Gênesis é o conceito legal que a Palavra de Deus tem. Por ser Ele Criador de todas as coisas, é também Juiz de Todos os atos e por isso, a expressão da Sua vontade constituísse como Regra, Padrão, Canon, Lei para a Criatura.
A terminologia hebraica para descrever Lei favorece nossa compreensão de que Lei exige um legislador. Três palavras são principalmente usadas em Hebraico para descrever uma lei/legislação:
Mitsvah: O termo é originado de “tsavah” que significa basicamente ordenar. Observe que Deus ordenou a existência do mundo (Sl.33.9; Is.45.12) e por essa razão todas as criaturas e elementos lhe obedecem as ordens (1Re.17.4; Jó.37.12; Sl.78.23). Esse é o termo usado em 2.16. Assim, o termo “Mistvah” assume clara conotação de ordem, como estipulações específicas da Aliança (Ex.24.12) e por isso violá-los implica em culpa (Lv.4).
Chuq: É normalmente traduzido como estatuto decretos, ordenanças, dever e obrigação. É visto como uma regra ou prescrição imposta por Deus (Ex.18.16), embora homens também possam decretar seus estatutos (Gn..47.26; 2Cr.35.25; Jz.11.39; Ez.20.18; 1Sm.30.25). Em geral implica em deveres e direitos (Sl.2.27).
Torah: O sentido básico do termo é ensinar. Em função da relação com “yarah”, diversas vezes retrata o ensino de Deus para com seus servos (Ex.4.15; Sl.25.8; 27.11; 86.11; 119.33). Tal sentido aproxima ainda mais o conceito de que a Palavra, que deve ser ensinada (Lv.10.11; Dt.33.10), e a Lei que provém de Deus (Is.1.10).
Em todos os casos, Lei pressupõe um Legislador, e as palavras Hebraicas utilizadas para descrever a ação de Deus em ordenar refletem o caráter Legal da Vontade de Deus.
Podemos dizer que o termo Lei não está presente na cena da Criação, mas o conceito de Lei permeia todas as atividades de Deus na Criação e no Seu relacionamento com Adão e Eva. O fato de que Deus, com sua palavra, ordena e tudo vem a existência indica que tipo de poder para ordenar esse Deus tem. Por isso, sua legislação deve se leva à sério.
Em outras palavras, podemos encontrar na cena da Criação evidências da manifestação da vontade restritiva e permissiva de Deus e que a omissão ou violação dessa vontade implica em violação do Caráter do Criador, e, por conseguinte, em pecado.
O TENTADOR E O PECADO DO HOMEM
De repente, abruptamente e sem nenhuma introdução, aparece no verso um a serpente. Estamos preparados para encontrar Adão, Eva e o jardim, pois já os vimos antes. Diz-se que a serpente é uma das criaturas de Deus, então, devemos pensar nessa criatura literalmente. Apesar de ter sido uma cobra real, a revelação posterior nos informa que o animal estava sendo usado por Satanás, que é descrito como dragão e serpente (cf. II Coríntios 11:3 e Apocalipse 12:9, 20:2).
Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.
O inimigo atingiu seu primeiro alvo. Confundiu a mulher, levando a modificar a palavra do Senhor, porque Deus não disse “nem tocareis nele”. Na confusão, inadvertidamente, acrescentou algo que o Senhor não havia dito, modificou a Palavra de Deus, abrindo uma brecha para que a serpente aprofundasse a sua investida. Mas, qual foi essa brecha? Ela não guardou a Palavra do Senhor em seu coração. Esqueceu o que o Senhor havia falado, por isso, a modificou. Jesus nos disse: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mateus 22:29) O Salmista relata: “Guardei a Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra Ti” (Salmo 119:11).
Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus sereis, conhecedores do bem e do mal.
A primeira coisa que a serpente fez foi contradizer o Senhor. Desautoriza-lo. Negar Sua autoridade e poder. Nada acontecerá! Essa bobagem de pecado, isso não existe! Céu e inferno, isso é coisa da religião. O céu e o inferno estão aqui mesmo na terra. Tudo isso não passa de idiotice de religiosos fanáticos. Deus não vai punir ninguém. Ele não pode. Isso é só para amedrontar os fracos de mente. Não tenha medo, você é livre para fazer o que quiser da sua vida.
Repare especialmente na abordagem de Satanás. Ele não se aproxima como um ateu, ou como alguém que desafiaria logo de cara a fé que Eva tinha em Deus.
Você percebeu que Satanás sequer mencionou a árvore da vida ou a árvore do conhecimento do bem e do mal? Que ataque sutil! Sua pergunta trouxe a árvore proibida ao centro do pensamento de Eva, mas sem mencioná-la. Ela o fez. Com sua pergunta Satanás não somente envolveu Eva no diálogo, mas também levou seus olhos à generosa provisão de Deus e fez com que ela pensasse somente na Sua proibição. Satanás não deseja que consideremos a graça de Deus, mas que meditemos rancorosamente nas Suas proibições.
O LIVRE ARBÍTRIO
Desde aquele dia, muitas pessoas têm citado a história do pecado do primeiro casal como prova de alguma injustiça por parte de Deus. Acham injusto Deus criar o homem e permitir uma tentação, sabendo que as consequências seriam tão graves. Ironicamente, as mesmas pessoas que assim julgam Deus desejam exercer exatamente o mesmo privilégio que levou à queda no Éden: a capacidade de escolher e tomar suas próprias decisões.
Deus poderia ter criado os homens como uma raça de robôs, mas não o fez. Ele nos criou à sua imagem e semelhança, como seres inteligentes e capazes de amar. Se tivesse feito pessoas incapazes de escolher, não teriam condições de amar. Mas uma vez que Deus deu aos seres humanos o direito de escolher, ele admitiu a possibilidade de decidirem não amar. Por isso, por querer criaturas que amariam a ele voluntariamente ou não; Deus deixou que decidissem. Poderiam amar, fazendo a vontade dele, ou odiar, sendo rebeldes e desobedientes.
CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO
O castigo da Mulher.
A mulher ainda teria um papel fundamental no plano de Deus, mas esse papel se tornou muito mais difícil. Especificamente, sofreria para ter filhos, sentindo dores de parto, e teria que superar grandes dificuldades para aceitar sua posição de submissão ao homem (Gênesis 3:16). Devemos observar que a submissão não foi consequência do pecado, e sim a dificuldade em aceitar esta posição. A submissão da mulher ao homem já foi determinada por Deus na criação do primeiro casal (1 Timóteo 2:11-13).
O castigo do Homem (versos 17 a 20)
Da mesma forma que o castigo de Eva se relaciona ao centro de sua vida, assim também é o caso com Adão. Ele tinha sido colocado no jardim, mas agora terá que obter seu sustento do solo “pelo suor de sua fronte” (versos 17 a 19).
Você notará que, embora a serpente tenha sido amaldiçoada, aqui somente a terra é amaldiçoada e não Adão e Eva. Deus amaldiçoou Satanás porque Ele não pretendia reabilitá-lo ou redimi-lo. Mas o propósito de Deus em salvar o homem já tinha sido revelado (verso 15).
Adão não somente terá que lavrar o solo para obter seu sustento, mas ele finalmente retornará ao pó. A morte espiritual já aconteceu (cf. versos 7 e 8). A morte física começou. Distante da vida que Deus dá, o homem simplesmente (embora lentamente) retorna ao seu estado original - pó (cf. 2:7).
A Serpente Sentenciada (versos 14-15)
A serpente é a primeira a quem Deus se dirige e estabelece o castigo. A criatura, como um instrumento de Satanás, é amaldiçoada e sujeita a uma existência de humilhação, rastejando-se no pó (verso 14).
A última consequência do pecado é a culpa hereditária. O pecado original significa que o pecado não é meramente uma ação, mas também uma condição transmitida de nossos primeiros pais para cada um de nós. O pecado é um habitus, algo que “habita” a nossa natureza humana. Este estado, condição ou hábito de pecar continua através da procriação, de geração a geração. O pecado original é transmitido diretamente através do processo natural de geração humana.
A separação que Adão e Eva causaram é aquela que Deus procura preencher. Deus procurou pelo homem no jardim. Enquanto as perguntas de Satanás foram planejadas para causar a queda do homem, as perguntas de Deus buscam sua reconciliação e restauração.
A condenação para quem pecar continua a mesma porque Deus é justo e a sua Palavra dura para sempre, mas pelo sacrifico do Seu Filho Unigênito para salvar o pecador, descortinou uma esperança de vida nova para nós. Vida em abundância.
Pelo sacrifício de Jesus, poderemos alcançar a vida eterna, viver na presença do Pai como o primeiro homem viveu no jardim do Éden. Poderemos ver a Deus face a face, outra vez. Um alto preço foi pago para que essa esperança fosse criada.
Pr. Dr. Adaylton Conceição de Almeida (Th.B.;Th.M.Th.D.;D.Hu.)
Blog: www.adayltonalm.spaceblog.com.br
Fonte: SpaceBlog
O Pr. Dr. Adaylton de Almeida Conceição foi Missionário no Amazonas e por mais de 20 anos exerceu seu ministério na Republica Argentina, é Bacharel, Mestre e Doutor em Teologia, Escritor, Professor Universitário, Psicanalista e Pós Graduado em Ciências Políticas e em Psicanálise, Doutor em Psicologia e em Humanidade, Diretor da Faculdade Teológica Manancial e Professor do Seminário Teológico Kerigma).
BIBLIOGRAFIA
- Adaylton de Almeida Conceição – Dispensaciones –Ed Manantial – Argentina.
- CALVINO, João, Commentary on Genesis.
- CLARKE, Adam, Adam Clarke`s Commentary on the Bible.
- GAEBELEIN, Arno Clement, Annotated Bible.(http://bartimaeus.us/a_c_gaebelein.html).
- H. C. Leupold, Exposition of Genesis (Grand Rapids: Baker Book House, 1942), I, p. 170.
- JAMIERSON, Robert, FAUSSET, A. R., BROWN, David, A Commentary on the Old and New Testaments.
- Pedro Motta - A queda do homem e a salvação de Deus
- R. C. Sproul - Agostinho e as Consequências da Queda
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