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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

A Palavra de Deus após o Arrebatamento

...Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” Ap 14.7

Uma das características dos habitantes do mundo atual é o estilo de vida baseado na incredulidade do juízo final. Paradoxalmente, na Grande Tribulação essa característica será mais aflorada. Todavia, os moradores da terra, através de um anjo, serão alertados para a realidade da iminência do juízo vindouro de Deus (Ap 14.7). Nações, tribos, línguas e todos os povos do mundo terão de se confessar perante o Rei dos reis e Senhor dos senhores, Cristo Jesus: Ricos e pobres; poderosos e fracos; intelectuais e ignorantes; todos os homens, sem exceção, se prostrarão diante do Eterno e confessarão que só Ele é Deus; seja para a vida ou perdição eterna (Ap 14.6; Mt 25.31-46).

Apesar de sua influência e poder, o Anticristo não poderá calar a verdade do Evangelho — a Palavra de Deus é para sempre.

Atualmente deparamo-nos com alguns personagens que causam algumas controvérsias na interpretação bíblica escatológica. Por isso, apresentamos abaixo a explicação do renomado teólogo pentecostal Stanley M. Horton quanto a relevância desses personagens bíblicos na proclamação da Palavra eterna de Deus durante a Grande Tribulação.

144 mil selados
“Tem havido muita controvérsia acerca desses santos. Dizem alguns serem os mesmos 144.000 saídos das 12 tribos de Israel, conforme nos mostra o capítulo sete. Outros dizem ser [...] crentes fiéis [...] de diferentes lugares e épocas. [...] Veem-no como um número de plenitude de maneira a incluir todos os crentes que tem andado com o Senhor [...]. Seja como for, podemos ter certeza de que Jesus conhece os que lhe pertencem” (Horton, p.198).

As duas Testemunhas
“Tem havido muita especulação a respeito de quem são estas duas testemunhas. Alguns interpretam como duas comunidades, ou dois grupos de pessoas. Contudo, a descrição é específica. Tratam-se realmente de duas pessoas. [...] As duas testemunhas de Apocalipse 11.3 são descritas como castiçais que estão diante do Deus da terra; isto é, diante do Deus verdadeiro. Estão constantemente em sua presença. Quando profetizam espargem a luz que vem de Deus [...]” (Horton, p.154).

O Evangelho eterno
“O evangelho eterno é o mesmo proclamado pelos apóstolos e registrado no Novo Testamento. Não há outro evangelho, como bem acentuou Paulo: ‘Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que temos pregado, seja anátema’ (Gl 1.18). Mesmo em meio a Grande Tribulação, Deus tudo faz para trazer os pecadores ao arrependimento. A mensagem do evangelho é sempre redentora; convida o povo a reconhecer o amor, a soberania e a santidade de Deus” (Horton, p.202).

Apesar de sua truculência e soberba, o Anticristo não conseguirá emudecer a voz do Evangelho nem calar a voz dos mártires. Durante a Grande Tribulação, Deus levantará muitas vozes eloquentes e poderosas que não temerão proclamar-lhe a Palavra. É o que nos mostra claramente o Apocalipse. O que disso concluímos? A Bíblia Sagrada continuará a ser a inspirada, inerrante e soberana Palavra de Deus. E a sua pregação e ensino não serão interrompidos. Logo, haverá também salvação de almas após o arrebatamento.
Nesse tempo, a Igreja de Cristo já não estará na terra. Todavia, Deus continuará no controle de tudo. Até o próprio Diabo, que dará a impressão de reinar absoluto, estará sob o seu comando. A voz divina não pode ser calada.

Muita gente ainda supõe que, após o rapto da Igreja, a Bíblia Sagrada perderá a sua inspiração. Tal crença origina-se de teologias e narrativas extravagantes e anti-bíblicas. A Palavra de Deus, porém, subsiste eternamente (Is 40.8). "Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente."


1. A Palavra de Deus é eterna.
A própria Escritura testifica de sua perenidade: “A palavra do Senhor permanece para sempre” (1Pe 1.25). Ora, se a Bíblia viesse a perder a sua inspiração após o arrebatamento, como ficariam os últimos atos do plano divino? A propósito, será com base nas Escrituras, que o Israel do Milênio será reorganizado. Leia com atenção os últimos oito capítulos de Ezequiel.

2. A Palavra de Deus é o fundamento do Juízo Final.
Além do livro da vida, outros livros serão abertos no dia do Juízo Final. Conclui-se, pois, que as Escrituras Sagradas lá estarão; nelas se encontram tanto as promessas quanto os juízos divinos (Ap 20.12). E cada um dos juízos de Deus é para sempre (Sl 119.160).
Posto que a Bíblia Sagrada não perderá a sua divina inspiração, quem a proclamará após o arrebatamento da Igreja? O Apocalipse mostra que esse trabalho ficará a cargo dos mártires, dos cento e quarenta e quatro mil, das duas testemunhas e do anjo que percorrerá os céus com o evangelho eterno.

OS LIVROS
Os Livros que serão abertos no dia do juízo final:

O livro da consciência - Rm 2.15; Rm 9.1
O livro da natureza - Sl 19.1-14;
O livro da lei - Rm 2.12;
O livro do Evangelho - Rm 2.16; Jo 12.48
O livro das memórias - Lc 16.25;
O livro das obras - Ap 20.12; (ou Livro dos atos dos homens)
O livro da vida - Ap 20.15.

Todas as pessoas serão julgadas, e todas receberão de Deus o que merecem, ninguém se dará por inocente diante de Deus, porque cada um será julgado de acordo com os livros citados acima.(Pr.Gesiel Gomes)

3. O Espírito Santo após o arrebatamento da Igreja.
Se o Apocalipse mostra que haverá salvação nesse período e que nesse período a Palavra de Deus continuará a ser proclamada, perguntamos: Estará o Espírito Santo na terra durante a Grande Tribulação? Sim! Ele aqui estará. Mas, como conciliar essa assertiva com 2 Tessalonicenses 2.7?
Deixo a resposta com o pastor Donald Stamps, comentarista da Bíblia de Estudo Pentecostal: “No começo dos sete anos de tribulação, o Espírito Santo será ‘afastado’. Isso não significa ser Ele tirado do mundo, mas que cessará sua influência restritiva à iniquidade e ao surgimento do Anticristo. Todas as restrições contra o pecado serão removidas, e começará a rebelião inspirada por Satanás. O Espírito Santo, todavia, agirá na terra durante a tribulação, convencendo pessoas dos seus pecados, convertendo-as a Cristo e dando-lhes poder (Ap 7.9,14; 11.1-11; 14.6,7)”.

2 Tessalonicenses 2.7 “Com efeito o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém (o Espírito Santo)”. Por ocasião do arrebatamento, o Espírito Santo subirá ao céu com a Igreja, ao encontro de Jesus, como o servo Eliezer conduziu antigamente a noiva Rebeca a Isaque. Mas esse mesmo Espírito Santo não permanecerá inativo, pois agirá na terra nos e com os 144.000 selados sobre “todas as nações, tribos, povos e línguas” – e será salva uma “grande multidão que ninguém podia enumerar”. (Winn Malgo 1922-1992)

A Palavra de Deus subsiste eternamente, mesmo após o arrebatamento da Igreja.


A PROCLAMAÇÃO DOS MÁRTIRES
Tanto no Império Romano como em nossos dias, muitos são os torturados e mortos por amor a Cristo. Todavia, os martírios durante o governo do Anticristo superarão a todas as cifras já registradas. Será o Holocausto dos holocaustos.
1. A identidade dos mártires.
Chamaremos de mártires aqueles que, na Grande Tribulação, arrepender-se-ão de seus pecados e se recusarão a adorar a imagem da besta e a receber o seu código. Eles são mostrados no Apocalipse como “uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas” (Ap 7.9).

2. A fé sob o martírio. Por causa de sua postura confessante e testemunhal, serão degolados pelo governo do Anticristo (Ap 20.4). Eles, porém, não temerão perturbar o império do mal com o Evangelho do Reino.


A PROCLAMAÇÃO DOS 144 MIL
Além dos mártires oriundos de todos os povos e nações, haverá um grupo de 144 mil judeus, que também estará confessando a Cristo durante o governo do Anticristo.
1. A identidade dos 144 mil.
São israelitas que se converterão a Cristo logo após o arrebatamento da igreja (Ap 7.1-8). E precederão a conversão nacional de Israel, que se dará no final da Grande Tribulação (Zc 12.10). Por isso são tratados por Deus como as suas primícias (Ap 14.3).

2. A elevada posição dos 144 mil.
Inferimos do texto sagrado, que Deus os tomará para si após os terem assinalado. Isto porque, mais adiante, João os vê no monte Sião acompanhando o Cordeiro (Jo 14.1). Em sua testa, o nome do Pai e do Filho.


A PROCLAMAÇÃO DAS DUAS TESTEMUNHAS
Se bastou Moisés para perturbar o Egito e Elias para conturbar o reino apóstata de Israel, o que não farão dois profetas semelhantes a eles atuando conjuntamente? É o que se dará durante o governo do Anticristo.
1. A identidade das duas testemunhas.
Quem serão as duas testemunhas do Apocalipse?
Moisés e Elias?
A Bíblia não o diz. Por isso, não quero especular sobre as suas identidades. Aprendi que não preciso ter voz quando a Palavra de Deus se cala.
São eles as duas oliveiras e os dois castiçais, que se encontram diante de Deus (Ap 11.4). Os dois profetas agitarão o reino do Anticristo, desmascarando-o como emissário de Satanás e proclamando sobre toda a terra os juízos divinos. O seu ministério durará 1260 dias (Ap 11.1-3). Eles “têm poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem” (Ap 11.6).

2. A morte das duas testemunhas.
Terminado o seu ministério de quarenta e dois meses, a besta os matará. E expor-lhes-á os corpos na praça da cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito (Ap 11.8). E todos se alegrão com a sua morte.

3. A ressurreição das duas testemunhas.
Depois de três dias e meio, Deus enviar-lhes-á o espírito de vida, pondo-os de pé à vista de todos. Em seguida, serão levados para o céu. Logo após o seu arrebatamento, a cidade será abalada por um grande terremoto (Ap 11.11-13).


A PROCLAMAÇÃO DO ANJO
Agora, entra em cena um anjo solitário, que proclama o Evangelho Eterno (Ap 14.6). Toda a terra o ouve. Sua mensagem é de arrependimento.
1. O anjo evangelista.
Os anjos são criaturas divinas, cuja função é adorar a Deus e zelar pelos que hão de herdar a vida eterna (Is 6.1-3; Hb 1.14). No Apocalipse, são encarregados de ministrar os juízos divinos.

2. O Evangelho Eterno.
O que é o Evangelho Eterno?
É o evangelho que pregamos e, que às vezes, é chamado de Evangelho do Reino (Mt 24.14). É o evangelho que vem sendo proclamado desde o Gênesis. Sim, é o evangelho que, um dia, Abraão ouviu do próprio Deus (Gl 3.8). Será este também o evangelho a ser anunciado por ocasião do governo do Anticristo.

3. A mensagem de arrependimento.
Não obstante a Igreja já ter sido arrebatada, Deus, em seu inexplicável amor, continuará a estender a sua graça a um mundo perverso e impenitente. Através de seu anjo, insta a todos ao arrependimento: “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14.7). Mesmo na pior apostasia da humanidade, Deus insistirá com os filhos de Adão, buscando levá-los ao arrependimento.

O Evangelho Eterno é aquele que vem sendo proclamado desde o Gênesis, por Jesus Cristo e, em o Novo Testamento, através dos apóstolos e por toda Igreja.

CONCLUSÃO
Conforme vimos, a Palavra de Deus será amplamente proclamada durante a Grande Tribulação. E muitas serão as conversões nesse período. Deus não ficará sem testemunho.
Os crentes desta geração, porém, porfiaremos por tomar parte no arrebatamento da Igreja. Se hoje já enfrentamos dificuldades para professar a santíssima fé, quanto mais naqueles dias. Este é o momento da oportunidade.
Por que desperdiçar um momento como este? Maranata! Ora vem, Senhor Jesus.


Bibliografia
Horton. S.M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed.RJ:CPAD,2001
Horton. S.M. (Ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed.,RJ:CPAD,2007
Fonte:Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia Defesa da Fé
Dicionário Bíblico Wycliffe-CPAD
As Sete Cartas do Apocalipse - A mensagem final de Cristo á Igreja - Claudionor de Andrade-2ºtrim.2012,CPADLahaye, T.; Hindson, E. (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed.,RJ-CPAD,2008


Leia também:
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Um comentário:

  1. O testemunho de João Batista
    ( Mt 3:1-12 Mc 1:1-8 Lc 3:1-18 )
    15 João testificou dele, e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
    16 E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça.
    17 Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
    18 Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.
    19 E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?
    20 E confessou, e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
    21 E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.
    22 Disseram-lhe pois: Quem és? para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de ti mesmo?

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