"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim." João 14:1
"Enquanto a maioria das religiões tem algumas crenças que são verdadeiras, nem todas as crenças religiosas podem ser verdadeiras porque elas são mutuamente excludentes, ou seja, ensinam coisas opostas. Em outras palavras, algumas crenças religiosas devem estar erradas. Mas não é conveniente dizer isso no mundo atual. Você deve ser "tolerante" com todas as crenças religiosas. Em nossa cultura atual, a tolerância não significa mais suportar alguma coisa que você acha que é falsa (além do mais, você não tolera coisas com as quais concorda). Hoje em dia, tolerância significa aceitar que toda a crença é verdadeira! Em um contexto religioso, isso é conhecido como pluralismo religioso - a crença de que todas as religiões são verdadeiras. Existe um grande número de problemas com essa nova definição de tolerância.
Em primeiro lugar, digamos que somos gratos por termos liberdade religiosa em nosso país e que não acreditamos na imposição legislativa e uma religião (consulte nosso livro Legislating Morality [Legislando sobre a moralidade]). Estamos bastante conscientes dos perigos da intolerância religiosa e acreditamos que devemos respeitar as pessoas que têm diferentes crenças. Mas isso não significa que devamos abraçar pessoalmente a impossível noção de que todas as crenças religiosas sejam verdadeiras. Uma vez que crenças religiosas mutuamente excludentes não podem ser verdadeiras, não faz sentido fingir que sejam. O fato é que, no nível individual, pode ser muito perigoso fazer isso. Se o cristianismo é verdadeiro, então não ser cristão é arriscar seu destino eterno. Do mesmo modo, se o islã é verdadeiro, então é perigoso não ser muçulmano se o assunto é o seu destino final.
Em segundo lugar, a afirmação de que "você não deve questionar as crenças religiosas de uma pessoa" é, ela própria, uma crença religiosa para o pluralista. Mas essa crença é apenas tão exclusiva e "intolerante" como qualquer outra crença religiosa de um cristão ou de um muçulmano. Em outras palavras, os pluralistas acham que as crenças não pluralistas estão erradas. Desse modo, os pluralistas são tão dogmáticos e possuem uma mente fechada tanto quanto qualquer outra pessoa que faz declarações em praça pública. Eles querem que todo mundo que discorda deles veja as coisas da maneira deles.
Em terceiro lugar, a proibição contra o questionamento das crenças religiosas também é uma posição moral absoluta. Por que não devemos questionar as crenças religiosas? Seria imoral fazer isso? Se é, em quais padrões estamos nos baseando? Por acaso os moralistas têm alguma boa razão que apoie sua crença de que nós não devemos questionar suas crenças religiosas, ou é apenas sua opinião pessoal que querem impor sobre todos nós? A não ser que eles possam nos dar boas razões para tal padrão moral, por que deveríamos permitir que o impusessem sobre nós? E por que os pluralistas estão tentando impor essa posição moral sobre nós de qualquer maneira? Isso não é muito " tolerante " da parte deles.
Em quarto lugar, a Bíblia ordena aos cristãos que questionem as crenças religiosas (e.g., Dt 13.1-5; l Jo 4.1; GI 1.8; 2 Co 11.13 etc.). Uma vez que os cristãos têm uma crença religiosa que diz que devem questionar as crenças religiosas, então os pluralistas - de acordo com seu próprio padrão - deveriam aceitar a crença cristã também. Mas, naturalmente, não fazem isso. Ironicamente, os pluralistas - defensores da nova tolerância - não são nem um pouco tolerantes. Eles apenas "toleram" aqueles com os quais já concordam, o que, por definição, não é tolerância.
Em quinto lugar, a afirmação dos pluralistas de que não devemos questionar as crenças religiosas é um derivativo da falsa proibição cultural em relação a se fazer julgamentos. A proibição contra julgamentos é falsa porque ela não satisfaz o seu próprio padrão: "Você não deve julgar" é, em si mesmo, um julgamento! (Os pluralistas interpretam erradamente a ordem de Jesus quanto a não julgar, conforme apresentada em Mateus 7.1-5. Jesus não proibiu um julgamento como esse, mas sim o julgamento hipócrita.) O fato é que todo mundo - pluralistas, cristãos , ateus, agnósticos - faz julgamentos. Portanto, a questão não é se fazemos ou não julgamentos, mas se fazemos ou não o julgamento correto.
Em último lugar, será que os pluralistas estão prontos para aceitar como verdadeiras as crenças religiosas dos terroristas muçulmanos, especialmente quando essas crenças dizem que todos os não-muçulmanos (incluindo os pluralistas) devem ser mortos? Estão prontos para aceitar como verdadeiras as crenças religiosas daqueles que acreditam no sacrifício de crianças ou na realização de outros atos hediondos? Esperamos que não.
Embora devamos respeitar os direitos que os outros têm de acreditarem naquilo que quiserem, seremos tolos e, talvez, até não amorosos, se aceitarmos tacitamente todas as crenças religiosas como verdadeiras. Por que isso não seria amoroso? Porque se o cristianismo é verdadeiro, então não seria amoroso sugerir a alguém que sua crença religiosa oposta também é verdadeira. Afirmar tal erro seria manter a outra pessoa no seu caminho rumo à destruição. Em vez disso, se o cristianismo é verdadeiro, devemos gentilmente lhes dizer a verdade, porque somente a verdade pode libertá-los.
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6
trecho do livro "Não tenho fé suficiente para ser ateu" Norman Geisler e Frank Turek editora Vida Acadêmica
abraço fraterno a irmã em Cristo Fernanda Souza.
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