“E, perseverando unânimes todos os dias no
templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de
coração” At 2.46
A falta de acesso à alimentação básica ainda
é um grave problema social na sociedade contemporânea. As estatísticas são
tristes: 30 mil crianças morrem de fome a cada dia, e um terço das crianças dos
países em desenvolvimento apresentam atraso no crescimento físico e
intelectual. Uma pessoa, a cada sete, padece fome no mundo. Nesta lição,
analisaremos esse tema à luz das Escrituras e realçaremos aos nossos alunos,
primordialmente, que a escassez e a má divisão de comida são decorrentes da
Queda do primeiro casal. Assim o pecado — em suas várias faces — é o
responsável por essa mazela. Não obstante, tendo como exemplo a vida do jovem
José e da Igreja Primitiva, os cristãos da atualidade podem contribuir para
minimizar esse problema social, com sabedoria divina, no poder do Espírito
Santo.
Texto Bíblico: Lucas 9.12-17
Os crentes expressam a graça e o amor divino na sociedade quando partilham o alimento com os famintos.
INTRODUÇÃO
Todos nós sentimos fome, aquele desejo normal
por alimento e certamente, esta não é uma sensação agradável, não acha? Agora
imagine aquelas pessoas que passam fome por não terem condições de adquirir o
sustento básico. No mundo atual, milhares de pessoas encontram-se nessa
situação.
Nesta lição, veremos que no Gênesis está a
origem da fome e da escassez de alimentos. A Queda do homem afetou toda a ordem
do universo, e provocou esse problema que persiste até hoje, e que será um dos
sinais dos últimos dias. Mas a Igreja de Cristo tem exemplos bíblicos
suficientes para saber como enfrentar a crise de alimentos.
1. Origem da fome.
Deus criou a Terra com fartura, produzindo
mantimento suficiente para a sobrevivência do homem (Gn 1.11,12,28,29). Antes
da Queda havia abundância, pois até então o pecado não tinha sido introduzido
no mundo. Além de afastar o homem de Deus, a desobediência do primeiro casal
afetou toda a criação, provocando desordem no Universo. Disse Deus: [...]
“maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua
vida” (Gn 3.17). Desse momento em diante o trabalho passou a ser realizado com
mais dificuldade, em virtude dos “cardos” e “espinhos” que vieram a existir (Gn
3.18).
2. A fome e o pecado.
Os efeitos da Queda sobrepujam a escassez e
as dificuldades naturais. O pecado acarretou ainda consequências danosas na
natureza humana, gerando condições sociais e comportamentos responsáveis pelo
aumento da fome, guerras, governos injustos, egoísmo, ociosidade (Pv 19.15),
corrupção e consumo descontrolado (Lc 15.14). As Escrituras relatam vários
casos de fome durante os dias de Abraão (Gn 12.10), Isaque (Gn 26.1), José (Gn
41.56,57), Elimeleque e Noemi (Rt 1.1), Davi (2Sm 21.1), Elias (1Rs 18.2),
Eliseu (2Rs 6.25) e do cerco final de Jerusalém (2Rs 25.3). Isso nos leva a
compreender que os problemas sociais, incluindo a falta de comida, começam
quando os homens desobedecem a Deus!
Pense!
O propósito original de Deus é fartura e
abundância para a humanidade.
Ponto Importante
A Queda ocasionou condições sociais e
comportamentos responsáveis pelo aumento da fome, guerras, governos injustos,
egoísmo, ociosidade, corrupção e consumo descontrolado.
1. Profecia escatológica.
No sermão proferido no Monte das Oliveiras,
Jesus predisse que a fome seria um dos sinais do tempo da sua volta (Mt 24.7).
Isso porque os últimos dias serão caracterizados pelo aumento da iniquidade (Mt
24.12), o colapso dos padrões morais (2Tm 3.1-5) e a operação da injustiça (2Ts
2.7), formando assim, juntamente com as guerras e os terremotos, um contexto
propício para a proliferação da miséria em todo o mundo.
2. O esfriamento do amor.
O esfriamento do amor (Mt 24.12) será,
igualmente, um dos principais fatores responsáveis pela pobreza extrema que
assolará a Terra nos tempos do fim. Não havendo compaixão e sentimento de
solidariedade, o contingente de pessoas sem acesso à alimentação básica, em
situação de miséria, será enorme.
3. A fome e o amor de Deus.
A Bíblia também preconiza que haverá um tempo
de fome; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor.
As pessoas irão errantes de um lado para outro, e do norte até ao oriente;
correrão por toda a parte, buscando a Palavra do Senhor, mas não a acharão (Am
8.11,12). Você tem aproveitado o seu tempo para se alimentar espiritualmente da
Palavra de Deus?
Pense!
O principal motivo da fome dos últimos dias
não será a falta de comida, mas a ausência de amor.
Ponto Importante
No sermão proferido no Monte das Oliveiras
Jesus predisse que a fome seria um dos sinais do tempo da sua volta.
1. Má distribuição e desperdício.
Existem hoje cerca de 800 milhões de pessoas
que passam fome no mundo, e pelo menos 2 milhões sofrem de deficiências
nutritivas graves. Outro levantamento indica que cerca de 3,5 milhões de
crianças morrem anualmente pela falta de refeição básica e doenças relacionadas
com a desnutrição. Apesar dos avanços científicos da civilização e do aumento
da produção de alimentos, as altas cifras de pessoas famintas comprovam a má
distribuição e o desperdício de alimentos no mundo todo. O Brasil está entre os
dez países mais impactados pela fome. Mais de 7 milhões de brasileiros convivem
com esse problema e 15 milhões de crianças são consideradas desnutridas. Não
sejamos indiferentes a essa situação, ouçamos o clamor dos famintos!
2. Dando de comer aos famintos.
Diante desse cenário, aos servos de Deus cabe
testemunhar do amor cristão para com aqueles que passam fome, pois a fé, se não
tiver as obras, é morta em si mesma (Tg 2.17). Dar pão ao faminto é, também,
uma forma de fazer a vontade de Deus (Mt 25.40). Lembremo-nos dos milagres de
multiplicação dos pães e peixes operados por Jesus que se compadeceu da
multidão faminta (Mc 6.30-44; 8.1-10; Lc 9.12-17). A ordem do Mestre aos
discípulos em relação ao povo é significativa e continua a reverberar:
“Dai-lhes vós de comer” (Lc 9.13).
3. Pentecostalismo solidário.
A Igreja Primitiva, como vemos em Atos dos
Apóstolos, expandiu-se de uma forma extraordinária. Após o recebimento da
virtude do Espírito, os discípulos saíram a influenciar a sociedade, pois em
todos eles havia “abundante graça” (At 4.33). Ao anunciarem com ousadia a
Palavra de Deus, não olvidaram de ajudar os necessitados (At 4.34). A Bíblia
retrata isso com fidelidade ao dizer que eles “perseveravam na doutrina dos
apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2.42). A
partilha do alimento, portanto, não foi algo ignorado pelo pentecostalismo
primitivo, especialmente com os domésticos da fé. Os primeiros crentes viviam
um pentecostalismo solidário. Será que é isso que temos visto em nossas
igrejas? Estamos igualmente preocupados com a fome das pessoas necessitadas?
Clamemos a Deus por um despertamento integral, que envolva tanto o mover do
Espírito quanto o partir do pão.
Pense!
Antes de desperdiçar alimentos, lembre-se
daqueles que passam fome.
Ponto Importante
A partilha do alimento, portanto, não foi
algo ignorado pelo pentecostalismo primitivo, especialmente com os domésticos
da fé. Os primeiros crentes viviam um pentecostalismo solidário.
CONCLUSÃO
A fome continua a ser um grave problema
social dos tempos atuais. Em virtude da Queda, a escassez de alimentos e a sua
má distribuição são resultado direto do pecado do homem. Não obstante, o
cristão não pode viver indiferente diante da existência de milhares de famintos
pelo mundo, pois, ao olharmos para o livro de Atos encontramos o exemplo de
solidariedade daqueles cristãos que, no poder do Espírito, impactaram o mundo
pela pregação da Palavra e serviço. Sigamos esse modelo!
Fonte: Lições Bíblicas CPAD - Jovens - 4º Trimestre de 2017
Título: Seguidores de Cristo — Testemunhando numa Sociedade em ruínas - Comentarista: Valmir Nascimento
Aqui eu Aprendi!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O comentário será postado assim que o autor der a aprovação.
Respeitando a liberdade de expressão e a valorização de quem expressa o seu pensamento, todas as participações no espaço reservado aos comentários deverão conter a identificação do autor do comentário.
Não serão liberados comentários, mesmo identificados, que contenham palavrões, calunias, digitações ofensivas e pejorativas, com falsidade ideológica e os que agridam a privacidade familiar.
Comentários anônimos:
Embora haja a aceitação de digitação do comentário anônimo, isso não significa que será publicado.
O administrador do blog prioriza os comentários identificados.
Os comentários anônimos passarão por criteriosa analise e, poderão ou não serem publicados.
Comentários suspeitos e/ou "spam" serão excluídos automaticamente.
Obrigado!
" Aqui eu Aprendi! "