“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” Rm 12.2
“Em anos recentes, todas as grandes
proposições avançadas durante o século XIX caíram, uma por uma, como
soldadinhos de brinquedo. O século XX foi a era da ideologia, dos grandes
‘ismos’: comunismo, socialismo, nazismo, liberalismo etc. Em todos os lugares,
os ideólogos alimentaram visões de criar uma sociedade ideal com um esquema
utópico. Mas hoje todas as grandes construções ideológicas estão jogadas nos
montes de cinzas da história. Tudo o que resta é o cinismo do pós-modernismo,
com suas afirmações falidas de que não existe verdade objetiva ou significado,
que somos livres para criar a nossa própria verdade, enquanto entendemos que
tal teoria nada mais é do que um sonho subjetivo, uma ilusão confortante.
Enquanto as ideologias reinantes esmigalham-se, as pessoas são pegas diante de
um impasse: tendo acreditado que a autonomia individual era o santo graal que
as levaria à libertação, elas agora vêem que foram levadas apenas para o caos
moral e a coerção do Estado. O tempo está maduro para a mensagem em que a paz
social e a satisfação pessoal que as pessoas realmente almejam estão
disponíveis somente no Cristianismo. A igreja se manteve inabalável através do
fluxo e refluxo de dois milênios. Ela tem sobrevivido à perseguição dos
primeiros séculos, à invasão dos bárbaros e da idolatria da Idade Média e aos
assaltos intelectuais da era moderna. Suas paredes sólidas soerguem-se acima
das ruínas espalhadas através da paisagem intelectual. Deus nos livre que nós,
herdeiros de santos e mártires, venhamos a falhar neste momento primordial”
(COLSON, C.; PEARCEY. E Agora, Como Viveremos? 2ª Edição. RJ: CPAD,
2000, p.360).
Desenvolver uma visão de mundo essencialmente cristã é crucial para discernir a vontade de Deus em uma época cheia de ideologias vãs.
A juventude é a fase dos sonhos e dos grandes
ideais de vida. Nesse período existencial, é comum se interessar e até mesmo
aderir a alguma causa social ou sistema político. Até certo ponto, não há
nenhum problema nisso, contanto que a ideia central de tal sistema não seja
incompatível com as doutrinas da fé cristã. O fato é que vivemos em um momento
de pluralismo e diversidade, em que se multiplicam pontos de vistas, teorias,
doutrinas e religiões de todos os tipos e origens. Em meio a isso, como separar
o joio do trigo? Este é o tema desta lição.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, no decorrer do trimestre
utilizaremos em várias oportunidades — implícita ou explicitamente — a palavra
cosmovisão. Por isso, é importante que os seus alunos sejam familiarizados com
este termo (Tópico 3). Cosmovisão é uma visão de mundo; a forma como enxergamos
intelectualmente as coisas e os acontecimentos à nossa volta. Sendo assim,
cosmovisão cristã é a compreensão de todas as coisas a partir da perspectiva
bíblica; a leitura da realidade através das lentes das Escrituras Sagradas e da
vontade de Deus. A visão de mundo cristã se direciona por três pressupostos bíblicos
básicos, que respondem às grandes questões da humanidade, conforme sintetizados
no quadro a seguir:
TEXTO BÍBLICO - Romanos 12.1,2; Colossenses
2.4-8
INTRODUÇÃO
Sabemos que a sociedade atual é dominada por
ideologias incompatíveis com o evangelho. Tais formas de pensamento negam a
soberania de Cristo e tentam substituir os valores cristãos por concepções
secularizadas do mundo. Saber, portanto, como elas funcionam e quais são os
seus fundamentos é crucial para o crente não ser enredado por engodos e vãs
sutilezas.
Nesta lição, além do conceito de ideologia e
as características que contradizem a fé cristã, veremos como formar uma
mentalidade essencialmente cristã, uma visão de mundo abrangente, pela qual
possamos discernir as vozes do nosso tempo e refutar os sistemas de ideias
incompatíveis com as Escrituras.
1. Ideologia e seu sentido.
Diariamente,
as pessoas são compelidas a decidir sobre uma série de coisas ou a se
pronunciar a respeito dos mais variados temas que emergem na sociedade. Tais
ações não são adotadas em completa neutralidade. Um dos aspectos que moldam a
conduta e a opinião de alguém, especialmente nos temas mais complexos, é a sua
ideologia. Em linhas gerais, os dicionários definem “ideologia” como o conjunto
de ideias, convicções e princípios filosóficos, sociais, políticos que
caracterizam o pensamento de um indivíduo ou grupo social. A ideologia é um
elemento crucial em qualquer visão de mundo, pois fornece as crenças básicas e
estabelece os ideais de vida de uma pessoa.
2. Ideias e consequências.
“Ideias têm consequências” é a frase que melhor explica o caráter orientador das ideologias, seja de forma individual ou coletiva. Jesus afirmou que uma árvore é conhecida pelos seus frutos (Mt 7.15-20). Assim como árvores ruins não podem dar bons frutos, ideologias maléficas, portadoras de visões distorcidas acerca da humanidade e da moralidade, não podem dar bons resultados para a sociedade; ao contrário, elas trazem prejuízos e levam ao caos social. Por esse motivo, devemos ter cautela e discernimento para não nos tornarmos presas de ideologias desvirtuadas, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo (Cl 2.8).
Pense!
Ideologia não é algo puramente teórico. Tem consequência prática na vida das pessoas.
Ponto Importante
A ideologia é um elemento crucial em qualquer cosmovisão, pois fornece as crenças básicas e estabelece os ideais de vida.
II. CARACTERÍSTICAS DAS IDEOLOGIAS CONTRÁRIAS AO EVANGELHO
1. Idolatram algo dentro da criação.
O ponto comum a todas as ideologias contrárias ao Evangelho é a ênfase excessiva a algum aspecto da criação, o que faz surgir um tipo de idolatria (Êx 20.3; Rm 1.25; 1Co 10.7). Tal ocorre quando se valoriza mais a liberdade (individualismo), a nação (nacionalismo), o dinheiro (capitalismo), a propriedade comum (socialismo) ou o meio ambiente (ambientalismo), por exemplo, acima de Deus, crendo que tais elementos, por si sós, possam proporcionar prosperidade, segurança e salvação para o homem.
Ainda que possam expressar desejos legítimos, a devoção demasiada a cada um desses aspectos equipara-se à idolatria. Afinal, compreendemos que o pecado de idolatria se expressa não somente pela adoração aos deuses feitos de pedra ou madeira, mas também pela veneração a ideias e doutrinas humanas, que possam levar a um estilo de vida correspondente (Sl 115.8). Nesse aspecto, cabe o alerta paulino para fugir da idolatria (1Co 10.14). Não se deixe enganar por ideias que têm aparência de piedade (2Tm 3.5) e dizem defender o bem, mas no fundo estão cheias de mentiras (Jo 8.44).
2. Negam a realidade do pecado.
As ideologias mundanas negam os efeitos do pecado, ao dizer que a natureza humana é essencialmente boa. O filósofo francês do Século XVIII Jean-Jacques Rousseau dizia que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Tal concepção, além de defender a completa liberdade e autonomia do indivíduo, como forma de libertação das instituições da sociedade, especialmente família e igreja, leva a uma visão utópica da realidade, na qual acredita ser possível criar uma sociedade perfeita nesse mundo, bastando estabelecer as estruturas econômicas e sociais adequadas. O utopismo não se coaduna com as bases cristãs, pois sabemos que os problemas deste mundo, embora possam ser remediados pela lei e pelos bons costumes, nunca serão solucionados completamente, diante da falibilidade humana. Depois da Queda, nos tornamos falhos e precisamos de regeneração, por isso o teólogo holandês Jacó Armínio afirmou ser necessária uma renovação do nosso intelecto, afeições ou vontade.
3. Descrêem no mundo espiritual.
A ideologia materialista não concebe a existência de algo além da matéria, assim como rejeita a concepção bíblica sobre os eventos escatológicos, tais como a volta de Jesus (1Ts 4.16,17), o julgamento dos pecadores (Ap 20.11) e a eternidade (Êx 15.18). Pense no perigo que essa ideia representa. Se não existe nada além do que podemos enxergar, a vida não tem propósito e o ser humano não deve prestar contas de seus atos a ninguém. Fiódor Dostoiévski escreveu: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. Nessa mentira diabólica está a justificação para o hedonismo, o liberalismo moral, o antropocentrismo e todo tipo de “ismo” iníquo, destruidor da moral e dos bons costumes.
Contradizendo a natureza e a narrativa bíblica (Gn 1.27), a mundana “ideologia de gênero”, por exemplo, apregoa que os dois sexos — masculino e feminino — são construções culturais e sociais, razão pela qual cada pessoa tem o direito de fazer a sua opção sexual (gênero). É uma prova do poder devastador das ideologias defendidas pelos ímpios. Paulo vaticinou que o “fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas” (Fp 3.19). Mas nós pensamos nas coisas que são de cima! (Cl 3.2).
Pense!
Enquanto as ideologias são concebidas pelos homens, as verdades da fé cristã são reveladas por Deus.
III. MENTES RENOVADAS PARA UM MUNDO CHEIO DE IDEOLOGIAS VÃS
1. Inconformados com o mundo.
Diante de um contexto repleto de filosofias e ideologias nocivas à fé cristã, é preciso vivenciar na íntegra a recomendação paulina para não nos conformarmos (gr. syschematizesthe) com este mundo (Rm 12.2a). O sentido deste aconselhamento é que não nos amoldemos à forma, ao modelo, ao esquema do mundo. Nesta passagem, a palavra “mundo” não se refere às pessoas ou ao universo físico, e sim ao sistema filosófico, ideológico e espiritual fomentado pelo deus deste século e pela carne, em oposição à vontade de Deus. Nesse aspecto, expressou A. W Tozer: “A cruz ergue-se em ousada oposição ao homem natural. Sua filosofia é contrária aos processos da mente não regenerada”.
Não permita que o mundo à sua volta e as tendências da presente época definam o seu modo de viver. Mantenha a sua identidade, ainda que a maioria o ridicularize por suas convicções cristãs!
2. Transformação permanente.
O aconselhamento bíblico não se encerra no inconformismo. Além de rejeitar o costume do mundo, o salvo em Cristo deve ser transformado (gr. metamorphos). Isto ocorre primeiramente com a nova vida (Rm 6.4), mas deve prosseguir como uma prática constante (2Co 3.18). É um processo contínuo, como explica o Comentário Beacon: “Transformai-vos tem a força de ‘continuem sendo transformados’. Ao invés de nos entregarmos às influências que tendem a nos moldar à semelhança das coisas que estão ao nosso redor, devemos, dia após dia, empreender uma mudança na direção oposta”.
3. Em direção a uma cosmovisão cristã.
A transformação a que Paulo alude se dá pela renovação da mente. Enquanto cristãos, somos conclamados a desenvolver uma mentalidade eminentemente cristã, uma visão de mundo direcionada pelo pensamento de Deus, aplicável a todos os setores da sociedade. Em uma sociedade cada vez mais secularizada, renovar a mente, moldando-a aos valores do Reino, é algo crucial. O apóstolo Paulo expressou isso da seguinte forma: “Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1Co 2.16). No original grego, a palavra mente (gr. nous) significa o lugar da consciência reflexiva, compreendendo as faculdades de percepção e entendimento, e do sentimento, julgamento e determinação.
Pense!
“No âmago do sistema cristão está a cruz de Cristo com o seu divino paradoxo. O poder do cristianismo aparece em sua antipatia pelos caminhos do homem decaído, jamais em seu acordo com ele” (A. W. Tozer).
Ponto Importante
A vida de Jesus é o paradigma de todo cristão, por isso raciocinar como Ele não é uma questão de escolha, mas de obediência.
CONCLUSÃO
Além de formar a própria lente do cristianismo, a tríade bíblica: Criação, Queda e Redenção nos ajuda a compreender e a refutar as ideologias não cristãs, pois toda visão de mundo pode ser analisada pela maneira como responde a três perguntas básicas: De onde viemos e quem somos nós (criação)? O que deu errado com o mundo (Queda)? E o que podemos fazer para consertar isso (redenção)? A Bíblia responde plausivelmente a todos esses questionamentos.
2. Ideias e consequências.
“Ideias têm consequências” é a frase que melhor explica o caráter orientador das ideologias, seja de forma individual ou coletiva. Jesus afirmou que uma árvore é conhecida pelos seus frutos (Mt 7.15-20). Assim como árvores ruins não podem dar bons frutos, ideologias maléficas, portadoras de visões distorcidas acerca da humanidade e da moralidade, não podem dar bons resultados para a sociedade; ao contrário, elas trazem prejuízos e levam ao caos social. Por esse motivo, devemos ter cautela e discernimento para não nos tornarmos presas de ideologias desvirtuadas, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo (Cl 2.8).
Pense!
Ideologia não é algo puramente teórico. Tem consequência prática na vida das pessoas.
Ponto Importante
A ideologia é um elemento crucial em qualquer cosmovisão, pois fornece as crenças básicas e estabelece os ideais de vida.
II. CARACTERÍSTICAS DAS IDEOLOGIAS CONTRÁRIAS AO EVANGELHO
1. Idolatram algo dentro da criação.
O ponto comum a todas as ideologias contrárias ao Evangelho é a ênfase excessiva a algum aspecto da criação, o que faz surgir um tipo de idolatria (Êx 20.3; Rm 1.25; 1Co 10.7). Tal ocorre quando se valoriza mais a liberdade (individualismo), a nação (nacionalismo), o dinheiro (capitalismo), a propriedade comum (socialismo) ou o meio ambiente (ambientalismo), por exemplo, acima de Deus, crendo que tais elementos, por si sós, possam proporcionar prosperidade, segurança e salvação para o homem.
Ainda que possam expressar desejos legítimos, a devoção demasiada a cada um desses aspectos equipara-se à idolatria. Afinal, compreendemos que o pecado de idolatria se expressa não somente pela adoração aos deuses feitos de pedra ou madeira, mas também pela veneração a ideias e doutrinas humanas, que possam levar a um estilo de vida correspondente (Sl 115.8). Nesse aspecto, cabe o alerta paulino para fugir da idolatria (1Co 10.14). Não se deixe enganar por ideias que têm aparência de piedade (2Tm 3.5) e dizem defender o bem, mas no fundo estão cheias de mentiras (Jo 8.44).
2. Negam a realidade do pecado.
As ideologias mundanas negam os efeitos do pecado, ao dizer que a natureza humana é essencialmente boa. O filósofo francês do Século XVIII Jean-Jacques Rousseau dizia que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Tal concepção, além de defender a completa liberdade e autonomia do indivíduo, como forma de libertação das instituições da sociedade, especialmente família e igreja, leva a uma visão utópica da realidade, na qual acredita ser possível criar uma sociedade perfeita nesse mundo, bastando estabelecer as estruturas econômicas e sociais adequadas. O utopismo não se coaduna com as bases cristãs, pois sabemos que os problemas deste mundo, embora possam ser remediados pela lei e pelos bons costumes, nunca serão solucionados completamente, diante da falibilidade humana. Depois da Queda, nos tornamos falhos e precisamos de regeneração, por isso o teólogo holandês Jacó Armínio afirmou ser necessária uma renovação do nosso intelecto, afeições ou vontade.
3. Descrêem no mundo espiritual.
A ideologia materialista não concebe a existência de algo além da matéria, assim como rejeita a concepção bíblica sobre os eventos escatológicos, tais como a volta de Jesus (1Ts 4.16,17), o julgamento dos pecadores (Ap 20.11) e a eternidade (Êx 15.18). Pense no perigo que essa ideia representa. Se não existe nada além do que podemos enxergar, a vida não tem propósito e o ser humano não deve prestar contas de seus atos a ninguém. Fiódor Dostoiévski escreveu: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. Nessa mentira diabólica está a justificação para o hedonismo, o liberalismo moral, o antropocentrismo e todo tipo de “ismo” iníquo, destruidor da moral e dos bons costumes.
Contradizendo a natureza e a narrativa bíblica (Gn 1.27), a mundana “ideologia de gênero”, por exemplo, apregoa que os dois sexos — masculino e feminino — são construções culturais e sociais, razão pela qual cada pessoa tem o direito de fazer a sua opção sexual (gênero). É uma prova do poder devastador das ideologias defendidas pelos ímpios. Paulo vaticinou que o “fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas” (Fp 3.19). Mas nós pensamos nas coisas que são de cima! (Cl 3.2).
Pense!
Enquanto as ideologias são concebidas pelos homens, as verdades da fé cristã são reveladas por Deus.
III. MENTES RENOVADAS PARA UM MUNDO CHEIO DE IDEOLOGIAS VÃS
1. Inconformados com o mundo.
Diante de um contexto repleto de filosofias e ideologias nocivas à fé cristã, é preciso vivenciar na íntegra a recomendação paulina para não nos conformarmos (gr. syschematizesthe) com este mundo (Rm 12.2a). O sentido deste aconselhamento é que não nos amoldemos à forma, ao modelo, ao esquema do mundo. Nesta passagem, a palavra “mundo” não se refere às pessoas ou ao universo físico, e sim ao sistema filosófico, ideológico e espiritual fomentado pelo deus deste século e pela carne, em oposição à vontade de Deus. Nesse aspecto, expressou A. W Tozer: “A cruz ergue-se em ousada oposição ao homem natural. Sua filosofia é contrária aos processos da mente não regenerada”.
Não permita que o mundo à sua volta e as tendências da presente época definam o seu modo de viver. Mantenha a sua identidade, ainda que a maioria o ridicularize por suas convicções cristãs!
2. Transformação permanente.
O aconselhamento bíblico não se encerra no inconformismo. Além de rejeitar o costume do mundo, o salvo em Cristo deve ser transformado (gr. metamorphos). Isto ocorre primeiramente com a nova vida (Rm 6.4), mas deve prosseguir como uma prática constante (2Co 3.18). É um processo contínuo, como explica o Comentário Beacon: “Transformai-vos tem a força de ‘continuem sendo transformados’. Ao invés de nos entregarmos às influências que tendem a nos moldar à semelhança das coisas que estão ao nosso redor, devemos, dia após dia, empreender uma mudança na direção oposta”.
3. Em direção a uma cosmovisão cristã.
A transformação a que Paulo alude se dá pela renovação da mente. Enquanto cristãos, somos conclamados a desenvolver uma mentalidade eminentemente cristã, uma visão de mundo direcionada pelo pensamento de Deus, aplicável a todos os setores da sociedade. Em uma sociedade cada vez mais secularizada, renovar a mente, moldando-a aos valores do Reino, é algo crucial. O apóstolo Paulo expressou isso da seguinte forma: “Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1Co 2.16). No original grego, a palavra mente (gr. nous) significa o lugar da consciência reflexiva, compreendendo as faculdades de percepção e entendimento, e do sentimento, julgamento e determinação.
Pense!
“No âmago do sistema cristão está a cruz de Cristo com o seu divino paradoxo. O poder do cristianismo aparece em sua antipatia pelos caminhos do homem decaído, jamais em seu acordo com ele” (A. W. Tozer).
Ponto Importante
A vida de Jesus é o paradigma de todo cristão, por isso raciocinar como Ele não é uma questão de escolha, mas de obediência.
CONCLUSÃO
Além de formar a própria lente do cristianismo, a tríade bíblica: Criação, Queda e Redenção nos ajuda a compreender e a refutar as ideologias não cristãs, pois toda visão de mundo pode ser analisada pela maneira como responde a três perguntas básicas: De onde viemos e quem somos nós (criação)? O que deu errado com o mundo (Queda)? E o que podemos fazer para consertar isso (redenção)? A Bíblia responde plausivelmente a todos esses questionamentos.
Fonte: Lições Bíblicas CPAD - Jovens - 4º Trimestre de 2017
Título: Seguidores de Cristo — Testemunhando numa Sociedade em ruínas - Comentarista: Valmir Nascimento
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