“Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo” Hb 3.12
O neopaganismo é um termo que
descreve uma variedade de credos e religiosidades que, com roupagem moderna,
cultuam a natureza, valorizam os mitos e as divindades pagãs da Antiguidade e
da Idade Média. É o antigo paganismo destituído de seus rituais ofensivos ao
homem pós-moderno.
Ilustrando o assunto: - a diferença entre o neopaganismo e o
paganismo tradicional pode ser visto na imagem da bruxa popular. Antes, feia,
nariguda, velha, enrugada e verrugosa. Agora bela, educada e jovem - como
aparece na mídia e na indústria de entretenimento.
O neopaganismo é conhecido nos meios de
comunicação pelo nome de Wicca. São politeístas, praticam a feitiçaria,
valorizam o horóscopo, cultuam a natureza e as pretensas divindades femininas. Atualmente,
as ideias neopagãs são difundidas através dos desenhos animados, dos filmes e
das revistas como a Witch (bruxa, em inglês - esta revista é destinada a
crianças de 8 a 13 anos).
Senhores Pais; fica o alerta quanto a esse perigo.
INTRODUÇÃO
Nesses últimos dias, a Igreja precisa estar
alerta quanto ao perigo do retorno às práticas religiosas pagãs da antiguidade,
isto é, o neopaganismo, que sorrateiramente tenta macular a Igreja do Senhor.
Neste estudo, apresentaremos alguns enganos desta sutil estratégia de Satanás.
1. A sutileza do paganismo.
A Igreja Primitiva passou por um período
sombrio, obscuro, onde o paganismo e a idolatria imperavam. Hoje, enfrentamos
os mesmos desafios. O mundo está impregnado do misticismo oriental e de outras
seitas pagãs. O paganismo na pós-modernidade não persegue nem mata os crentes,
mas os seduz por meio de propostas hedonistas, repletas de entretenimentos,
respostas rápidas e sexo promíscuo. Tudo com muita sutileza.
2. A Nova Era.
Sua influência está presente em vários setores
da sociedade moderna. Em todo mundo, há milhões de profissionais e pessoas
influentes que estão, de alguma forma, ligados à prática e aos ensinamentos da
Nova Era, por meio de livros, DVDs, televisão, sites, etc.
3. Uma cultura pagã.
O paganismo impregnou o mundo. Vejamos como ele
atua em algumas áreas:
a) Indústria cinematográfica. O ocultismo
e o espiritismo têm tomado conta de Hollywood. Filmes como Harry Potter,
têm feito sucesso nos cinemas do mundo inteiro. George Lucas, diretor do filme Guerra
nas Estrelas, declara que o cinema e a televisão suplantaram a igreja como grandes
comunicadores de valores e crença. A Palavra de Deus nos adverte: “Não porei
coisas má diante dos meus olhos...” (Sl 101.3). A única maneira de ensinarmos
às crianças, aos adolescentes e jovens a discernir entre o bem e o mal é
colocarmos à disposição deles literatura que ensinem os preceitos divinos (Pv
22.6).
b) Jogos de vídeo-game e desenhos animados. Esses
“inofensivos” entretenimentos contêm mensagens subliminares repletas de
referências à bruxaria e ao satanismo. Os valores promovidos pela televisão,
com pretexto de cultura popular, nada têm a ver com os princípios da fé cristã.
O que se propaga é o egoísmo, a cobiça, a vingança, a luxúria, o orgulho, etc.
Tudo isso, em detrimento do fruto do Espírito, recomendado pela Palavra de Deus
(Gl 5.22).
4. Culto aos anjos.
No início da cristandade muitos falsos mestres
ensinavam que para se ter comunhão com Deus era preciso reverenciar e adorar os
anjos como mediadores. A Bíblia diz que os anjos são servos de Cristo e
daqueles que mantém o “testemunho de Jesus”, portanto, não devem ser adorados
(Cl 2.18; Ap 19.10; 22.9).
O neopaganismo não persegue e nem mata os
crentes, mas os seduz por meio do hedonismo e de sua cultura pagã expostas nos
filmes e jogos de entretenimento.
1. O perigo das insinuações heréticas na
Igreja.
Vários textos bíblicos nos alertam contra essas
ameaças. Vejamos:
a) Atos 20.28-30 fala de “lobos cruéis”
que entrariam no meio do povo de Deus.
b) Gálatas 1.6-10 menciona pessoas que
experimentam a graça de Deus e, facilmente, abandonam a “fé recebida”,
trocando-a por “outro evangelho”.
Todavia, em 2 Pedro 1.1,2 o apóstolo se refere
"aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa". Essa fé preciosa
deve ser vivida e ensinada a todas as pessoas.
2. Apostasia na igreja.
À medida que se aproxima a vinda de Jesus, o
número de apóstatas aumenta assustadoramente. O evangelho da cruz, com o
desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar ao pecado (Rm 8.13), de
sacrificar-se pelo Reino de Deus e de renunciar a si mesmo, vem sofrendo
constantes e impiedosos ataques (Mt 24.12; 2 Tm 3.1-5; 4.3). A Bíblia afirma
que, nos dias que antecedem a manifestação do Anticristo, ocorrerá uma grande
onda de apostasias (2 Ts 2.3,4). É hora de redobrarmos a vigilância!
O neopaganismo insinua suas heresias à igreja,
e muitos crentes, inadvertidamente, são seduzidos por seus entretenimentos, sua
política ecológica e cultura.
1. Combatendo pela defesa da fé.
Como a Igreja pôde combater o neopaganismo nos
primeiros séculos de sua existência?
Certamente, pela defesa da fé que “uma vez
foi dada aos santos” (Jd v.3). Do lado humano, foram os apologistas que
garantiram a vitória da Igreja em meio às ferozes perseguições do Império
Romano. Eles se utilizaram de fortes e seguros argumentos baseados nas
Escrituras. De igual modo, hoje a Igreja precisa de homens que se dediquem ao
confronto de todo tipo de heresias que se infiltram sorrateiramente no meio do
povo de Deus (2 Pe 2.1). Assim como o apóstolo Paulo, devemos nos considerar
convocados para a defesa do evangelho (Fp 1.16).
2. Combatendo pelo não conformismo.
O posicionamento anterior exige, também, uma
atitude de não-conformismo (Rm 12.2). Elias acreditava estar sozinho quando
fora perseguido por Jezabel. Ele não imaginava que havia outros sete mil fiéis
tão corajosos quanto ele (1 Rs 19.8-18). Ainda hoje, Deus continua levantando
milhares de servos inconformados com o sistema mundano do neopaganismo.
3. Combatendo pelo conhecimento.
A Bíblia nos diz que todo crente deve estar bem
informado e alerta quanto aos ataques de Satanás (1 Pe 5.8). Para derrotar um
inimigo é preciso saber o máximo sobre ele, inclusive sua tática. O apóstolo
Paulo afirma que não devemos ignorar “seus ardis” (2 Co 2.10,11). Na Palavra de
Deus encontramos todo conhecimento de que precisamos para derrotarmos o
Inimigo.
A igreja além de combater o neopaganismo
através do conhecimento e do não conformismo, deve preparar os crentes para
defender a fé cristã.
CONCLUSÃO
É necessário que a Igreja de Cristo se mantenha
vigilante e precavida contra as heresias que contestam as verdades fundamentais
da fé cristã. Precisamos orar mais e vigiar com mais seriedade, para que não
sejamos tragados pela onda do paganismo que assola a sociedade moderna.
VOCABULÁRIO
Sorrateiro: Que faz as coisas manhosamente, pela calada, de sorrate.
Utopia: Projeto irrealizável; quimera; fantasia.
VOCABULÁRIO
Sorrateiro: Que faz as coisas manhosamente, pela calada, de sorrate.
Utopia: Projeto irrealizável; quimera; fantasia.
“A Sedução da Cultura
[...] Simulacros, ou imagens virtualmente
reais, podem facilmente nos seduzir. Começamos com um movimento lento e
descuidado no ciberespaço, um mundo artificial e aparentemente infinito, onde
os humanos viajam nas auto-estradas da informação e interagem digitalmente em
vez de estarem face a face [...] A sedução pela mídia pode ocorrer nos âmbitos
teológicos, éticos ou até estéticos. O cinema e a televisão nos tentam com
visões do mundo que são niilistas, utópicas e neopagãs. Provocam-nos com
histórias que dizem que nossas ações não têm consequência moral, que podemos
escapar do salário do orgulho, da vingança, da luxúria, do roubo e de outros
pecados. Ou procuram nos hipnotizar com imagens que sejam excessivamente
românticas ou asquerosas”. (PALMER, M. D. (org.) Panorama do pensamento
cristão. RJ: CPAD, 2001, pp. 401, 403.)
APLICAÇÃO PESSOAL
“A cultura da Babilônia acentuava a beleza, a
excelência, a inovação, a vaidade e a intemperança. Facilmente poderia ter
seduzido um jovem religioso que caísse em seu regaço de luxúria. Contudo,
Daniel criou uma contracultura consistente, que transcendeu a opulência
babilônica. Num país de paganismo subjugante e atraente, o jovem israelita
recusou firmemente a comida e os favores reais. Sua recusa era algo mais que o
ascetismo de um purista. Era uma afirmação clara sobre coisas que realmente
importavam - sua fé e herança hebraica”. (Panorama do pensamento cristão. RJ:
CPAD, 2001, p. 404.)
Fonte: As Doenças do nosso século. As Curas que a Bíblia oferece. Lições Bíblicas 3º trim.2008 - Comentarista Pastor Wagner dos Santos Gaby
Sugestão de leitura: As doenças do nosso século
Fonte: As Doenças do nosso século. As Curas que a Bíblia oferece. Lições Bíblicas 3º trim.2008 - Comentarista Pastor Wagner dos Santos Gaby
Sugestão de leitura: As doenças do nosso século
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