“Também não oprimirás o estrangeiro; porque
vós conheceis o coração do estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do
Egito” Êx 23.9
A atual crise de refugiados ganhou repercussão internacional em 2015, quando a imagem do corpo do menino sírio Aylan Kurdi, de apenas três anos, morto à beira da praia, rodou o mundo. Aylam viajava com a família na tentativa de fugir do conflito de seu país. O episódio expôs uma das maiores tragédias do nosso tempo. Todavia, o problema não é novo. Ao longo da história, por motivos religiosos, sociais, políticos e/ou sociais, milhares de famílias tiveram de abandonar seus países em busca de proteção em outras nações. O povo israelita e até mesmo cristãos perseguidos por causa da fé em Cristo viveram refugiados, estrangeiros pelo mundo. Logo, refletir a respeito da aludida temática é algo premente. É crucial que a juventude cristã esteja sintonizada com o que ocorre no mundo à sua volta, e saiba responder cristãmente sobre tal tema.
Numa época em que refugiados são perseguidos e marginalizados, a Igreja deve servir como exemplo de acolhimento e hospitalidade.
TEXTO BÍBLICO - Mateus 25.31-46
INTRODUÇÃO
Você já parou para refletir sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas refugiadas, que deixam seus países de origem por causa de algum tipo de perseguição e saem pelo mundo à procura de um local seguro para viverem? Pense por um momento acerca das barreiras geográficas, físicas, culturais, sociais e linguísticas que lhes são impostas pela força irresistível das circunstâncias, assim como a discriminação e preconceito que geralmente sofrem em terras estranhas. É exatamente sobre esse tema que trataremos nesta lição: os refugiados. Embora o assunto tenha ressurgido em anos recentes, em decorrência da crise migratória que eclodiu na Europa, o problema é tão antigo quanto a humanidade.
I. O CONCEITO DE REFUGIADOS
1. Um breve conceito.
De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), são refugiadas as pessoas que se “encontram fora do seu país por causa de fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou participação em grupos sociais, e que não possa (ou não queira) voltar para casa”.
2. Quem é o refugiado.
Também são assim considerados aqueles que foram obrigados a deixar seu país devido a conflitos armados, violência generalizada e violação massiva dos direitos humanos. Em outras palavras, refugiado significa muito mais que um estrangeiro, é aquele que está em busca de proteção e segurança, tentando escapar de um perigo de sua terra natal.
II. O POVO DE ISRAEL COMO PEREGRINO EM TERRA ESTRANGEIRA
1. Israel como peregrino no Egito.
Embora a crise dos refugiados seja um tema recente, o problema é antigo. Nas Escrituras, encontramos o exemplo semelhante dos israelitas como peregrinos em terra estrangeira. Escravos no Egito eles trabalharam na edificação de cidades, na agricultura e em outros serviços forçados (Êx 1.11-14).
Evidentemente, o Egito não era local de refúgio, mas de opressão e trabalho penoso. Segundo o Manual do Pentateuco(CPAD), a submissão dos hebreus a esse tipo de trabalho tinha a intenção de “desmoralizá-los, convencê-los de sua posição de escravos e reduzir ao máximo qualquer possibilidade de insurreição”. Porém, quanto mais os egípcios castigavam-nos, mais eles cresciam. Afinal, a graça de Deus, mesmo no sofrimento, pairava sobre o seu povo!
2. Refugiados pelo mundo.
A experiência dos israelitas como forasteiros não se ateve à terra de Faraó. A descendência de Abraão viveu como estrangeira em várias outras oportunidades ao longo de sua história (assírios — 2Rs 17.6, babilônios — 2Rs 25.21, gregos — Alexandria no século III a.C). Após a diáspora de 70 d.C, quando os romanos invadiram Jerusalém e destruíram o Templo, milhares de israelitas foram dispersos pelo mundo, vivendo exilados de sua pátria como refugiados (Lc 21.24).
3. Deus manda proteger o estrangeiro.
Não é de admirar, portanto, que Deus tenha ordenado ao povo de Israel a proteção e o cuidado do estrangeiro. As exortações bíblicas para não oprimir (Êx 23.9), permitir a colheita remanescente (lei da respiga, Dt 24.19-22) e amar o estrangeiro (Lv 19.33,34) levam em consideração a experiência vivenciada pelos israelitas como peregrinos. Em um tempo em que os estrangeiros eram considerados inimigos, Deus instrui seu povo ao acolhimento, agindo com compaixão. Isso porque, assim como o pobre, o órfão e a viúva, o estrangeiro, nos termos aqui mencionados, encontra-se igualmente em condição de vulnerabilidade, a depender de proteção e amparo. Viver longe do lar e tendo de enfrentar barreiras geográficas, culturais, sociais, linguísticas, ao tempo em que sofre discriminação e preconceito étnico, inegavelmente é uma situação que evoca cuidados especiais.
Refugiado significa muito mais que um imigrante; é o estrangeiro que está em busca de proteção e segurança, tentando escapar de um perigo de sua terra natal.
III. OS REFUGIADOS NA EUROPA E NO BRASIL
1. A atual crise de refugiados.
Devido a conflitos internos, terrorismo, guerras civis, perseguição religiosa e outras formas de perseguição, a última década tem testemunhado a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Em várias partes do mundo, milhares de pessoas fogem de seus países em busca de abrigo em outras nações, com famílias inteiras deixando seus lares e arriscando suas vidas em viagens e travessias perigosas, a pé ou pelos mares. Estudo realizado pela ACNUR/ONU, em 2015, apontou um total de 65,3 milhões de pessoas deslocadas por guerras e conflitos até o final daquele ano. É um verdadeiro caos humanitário!
2. Refugiados na Europa.
O continente europeu é uma das regiões mais afetadas pela crise de refugiados. Isso se deve ao crescente número de migrantes que chegam às suas fronteiras em busca de abrigo, oriundas, em sua maioria, do Oriente Médio e da África, especialmente em decorrência do terrorismo do Estado Islâmico. Na tentativa de atravessar o Mediterrâneo e chegar à Europa, famílias inteiras arriscam suas vidas em viagens a bordo de embarcações clandestinas. Muitos não completam o percurso. Outros tantos desaparecem.
3. Refugiados no Brasil.
O Brasil também recebe refugiados do mundo todo. Segundo estatísticas, o número total de solicitações de refúgio aumentou mais de 2.868% entre 2010 e 2015. Entre as principais causas dos pedidos de refúgio estão a violação de direitos humanos, perseguições políticas, reencontro de famílias e perseguição religiosa. A grande maioria dessas pessoas advém da África, Ásia (inclusive Oriente Médio) e do Caribe. Jovem, você conhece ou já viu alguma pessoa refugiada em sua cidade? Qual foi a sua reação?
Importante
A última década tem testemunhado a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.
IV. OS REFUGIADOS E A IGREJA
1. Um problema dos últimos tempos.
As guerras e os rumores de guerras serão sinais dos últimos dias (Mc 13.7), ocasionando em grande medida a crise dos refugiados. Mas isso não pode nos anestesiar em face desse problema humanitário. Os eventos escatológicos não afastam a responsabilidade do povo de Deus de dar mostras do seu amor e justiça para com o próximo e necessitado (Sl 72.13; Pv 31.20), enquanto aqui estiver.
2. Amor e compaixão pelo estrangeiro.
Em o Novo Testamento, temos o exemplo do próprio Jesus que, ainda criança, foge com seus pais para o Egito em razão da perseguição de Herodes (Mt 2.13). O Filho de Deus encarnado, portanto, foi um refugiado nessa terra. Cristo se importa e se compadece daqueles que se encontram nessa condição, pois conhece o seu sofrimento e infortúnio (Hb 2.17,18). Por esse motivo, aqueles que acolhem o estrangeiro necessitado são dignos de honra.
3. Oração e hospitalidade.
Além da oração, é possível promover o acolhimento e amparo aos refugiados, colocando em prática a recomendação bíblica da hospitalidade (Rm 12.13; Hb 13.2; 1Tm 3.2; 1Pe 4.9). Tal hospitalidade faz parte do serviço cristão, e se estende aos crentes e àqueles que estão no mundo. Sem adentrar aos aspectos que envolvem a segurança nacional e a política migratória, que competem ao Estado, o povo do Senhor serve como uma comunidade de refúgio e apoio às pessoas e famílias fragilizadas que sofrem perseguição.
4. A igreja e os refugiados.
Devemos lembrar de que muitos refugiados são cristãos que se encontram afastados de seus países por diversos motivos, alguns por causa da perseguição religiosa, por professarem a fé em Cristo. Enquanto arauto da justiça, a igreja também pode agir estrategicamente no enfretamento desse problema social, alçando sua voz profética para que o assunto seja devidamente tratado pelo poder público, apoiando organizações sérias que trabalham nessa causa, inclusive levantando recursos para a ajuda humanitária.
Importante
A comunidade cristã pode promover o acolhimento e o amparo aos refugiados, colocando em prática a recomendação bíblica da hospitalidade.
CONCLUSÃO
A questão dos refugiados é um tema atual e complexo. Não obstante, considerando que o Senhor é um alto refúgio para o oprimido (Sl 9.9), a comunidade cristã deve também ser uma comunidade de refúgio para os estrangeiros perseguidos. Sem desconsiderar os aspectos que envolvem a segurança nacional e a política migratória, aos cristãos cabe, do ponto de vista prático, dar acolhimento àqueles que precisam de proteção.
SUBSÍDIO
“Serviço e Comunhão
Hebreus também apresenta um testemunho poderoso sobre a necessidade de o cristão alcançar os outros em serviço amoroso e abnegado e responder a Deus em adoração sincera. O fato de estar sob pressão pessoal não é desculpa para viver uma existência autocentrada e de ingratidão.
O principal ensinamento a respeito do serviço cristão é apresentado em uma série de exortações do capítulo final de Hebreus. Algumas são instruções padrões a respeito da vida cristã, necessárias em qualquer tempo e lugar, mas a maioria reflete a situação específica dos leitores. Essas são exortações ao amor fraternal, à hospitalidade, ao cuidado dos prisioneiros e dos perseguidos, ao contentamento financeiro e à estabilidade e firmeza espiritual em face de opiniões distintas e de oposição (13.1-14). Tudo isso é necessário, em especial, para uma comunidade que passa por uma situação difícil. No entanto, elas revelam a orientação particularmente cristã de cuidar das necessidades dos outros e buscar de forma ativa o bem deles, em vez de se absorver nos interesses pessoais ou na autocomiseração” (ZUCK, Roy B. (ed.). Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.459,460).
A atual crise de refugiados ganhou repercussão internacional em 2015, quando a imagem do corpo do menino sírio Aylan Kurdi, de apenas três anos, morto à beira da praia, rodou o mundo. Aylam viajava com a família na tentativa de fugir do conflito de seu país. O episódio expôs uma das maiores tragédias do nosso tempo. Todavia, o problema não é novo. Ao longo da história, por motivos religiosos, sociais, políticos e/ou sociais, milhares de famílias tiveram de abandonar seus países em busca de proteção em outras nações. O povo israelita e até mesmo cristãos perseguidos por causa da fé em Cristo viveram refugiados, estrangeiros pelo mundo. Logo, refletir a respeito da aludida temática é algo premente. É crucial que a juventude cristã esteja sintonizada com o que ocorre no mundo à sua volta, e saiba responder cristãmente sobre tal tema.
Numa época em que refugiados são perseguidos e marginalizados, a Igreja deve servir como exemplo de acolhimento e hospitalidade.
TEXTO BÍBLICO - Mateus 25.31-46
INTRODUÇÃO
Você já parou para refletir sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas refugiadas, que deixam seus países de origem por causa de algum tipo de perseguição e saem pelo mundo à procura de um local seguro para viverem? Pense por um momento acerca das barreiras geográficas, físicas, culturais, sociais e linguísticas que lhes são impostas pela força irresistível das circunstâncias, assim como a discriminação e preconceito que geralmente sofrem em terras estranhas. É exatamente sobre esse tema que trataremos nesta lição: os refugiados. Embora o assunto tenha ressurgido em anos recentes, em decorrência da crise migratória que eclodiu na Europa, o problema é tão antigo quanto a humanidade.
I. O CONCEITO DE REFUGIADOS
1. Um breve conceito.
De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), são refugiadas as pessoas que se “encontram fora do seu país por causa de fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou participação em grupos sociais, e que não possa (ou não queira) voltar para casa”.
2. Quem é o refugiado.
Também são assim considerados aqueles que foram obrigados a deixar seu país devido a conflitos armados, violência generalizada e violação massiva dos direitos humanos. Em outras palavras, refugiado significa muito mais que um estrangeiro, é aquele que está em busca de proteção e segurança, tentando escapar de um perigo de sua terra natal.
II. O POVO DE ISRAEL COMO PEREGRINO EM TERRA ESTRANGEIRA
1. Israel como peregrino no Egito.
Embora a crise dos refugiados seja um tema recente, o problema é antigo. Nas Escrituras, encontramos o exemplo semelhante dos israelitas como peregrinos em terra estrangeira. Escravos no Egito eles trabalharam na edificação de cidades, na agricultura e em outros serviços forçados (Êx 1.11-14).
Evidentemente, o Egito não era local de refúgio, mas de opressão e trabalho penoso. Segundo o Manual do Pentateuco(CPAD), a submissão dos hebreus a esse tipo de trabalho tinha a intenção de “desmoralizá-los, convencê-los de sua posição de escravos e reduzir ao máximo qualquer possibilidade de insurreição”. Porém, quanto mais os egípcios castigavam-nos, mais eles cresciam. Afinal, a graça de Deus, mesmo no sofrimento, pairava sobre o seu povo!
2. Refugiados pelo mundo.
A experiência dos israelitas como forasteiros não se ateve à terra de Faraó. A descendência de Abraão viveu como estrangeira em várias outras oportunidades ao longo de sua história (assírios — 2Rs 17.6, babilônios — 2Rs 25.21, gregos — Alexandria no século III a.C). Após a diáspora de 70 d.C, quando os romanos invadiram Jerusalém e destruíram o Templo, milhares de israelitas foram dispersos pelo mundo, vivendo exilados de sua pátria como refugiados (Lc 21.24).
3. Deus manda proteger o estrangeiro.
Não é de admirar, portanto, que Deus tenha ordenado ao povo de Israel a proteção e o cuidado do estrangeiro. As exortações bíblicas para não oprimir (Êx 23.9), permitir a colheita remanescente (lei da respiga, Dt 24.19-22) e amar o estrangeiro (Lv 19.33,34) levam em consideração a experiência vivenciada pelos israelitas como peregrinos. Em um tempo em que os estrangeiros eram considerados inimigos, Deus instrui seu povo ao acolhimento, agindo com compaixão. Isso porque, assim como o pobre, o órfão e a viúva, o estrangeiro, nos termos aqui mencionados, encontra-se igualmente em condição de vulnerabilidade, a depender de proteção e amparo. Viver longe do lar e tendo de enfrentar barreiras geográficas, culturais, sociais, linguísticas, ao tempo em que sofre discriminação e preconceito étnico, inegavelmente é uma situação que evoca cuidados especiais.
Refugiado significa muito mais que um imigrante; é o estrangeiro que está em busca de proteção e segurança, tentando escapar de um perigo de sua terra natal.
III. OS REFUGIADOS NA EUROPA E NO BRASIL
1. A atual crise de refugiados.
Devido a conflitos internos, terrorismo, guerras civis, perseguição religiosa e outras formas de perseguição, a última década tem testemunhado a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Em várias partes do mundo, milhares de pessoas fogem de seus países em busca de abrigo em outras nações, com famílias inteiras deixando seus lares e arriscando suas vidas em viagens e travessias perigosas, a pé ou pelos mares. Estudo realizado pela ACNUR/ONU, em 2015, apontou um total de 65,3 milhões de pessoas deslocadas por guerras e conflitos até o final daquele ano. É um verdadeiro caos humanitário!
2. Refugiados na Europa.
O continente europeu é uma das regiões mais afetadas pela crise de refugiados. Isso se deve ao crescente número de migrantes que chegam às suas fronteiras em busca de abrigo, oriundas, em sua maioria, do Oriente Médio e da África, especialmente em decorrência do terrorismo do Estado Islâmico. Na tentativa de atravessar o Mediterrâneo e chegar à Europa, famílias inteiras arriscam suas vidas em viagens a bordo de embarcações clandestinas. Muitos não completam o percurso. Outros tantos desaparecem.
3. Refugiados no Brasil.
O Brasil também recebe refugiados do mundo todo. Segundo estatísticas, o número total de solicitações de refúgio aumentou mais de 2.868% entre 2010 e 2015. Entre as principais causas dos pedidos de refúgio estão a violação de direitos humanos, perseguições políticas, reencontro de famílias e perseguição religiosa. A grande maioria dessas pessoas advém da África, Ásia (inclusive Oriente Médio) e do Caribe. Jovem, você conhece ou já viu alguma pessoa refugiada em sua cidade? Qual foi a sua reação?
Importante
A última década tem testemunhado a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.
IV. OS REFUGIADOS E A IGREJA
1. Um problema dos últimos tempos.
As guerras e os rumores de guerras serão sinais dos últimos dias (Mc 13.7), ocasionando em grande medida a crise dos refugiados. Mas isso não pode nos anestesiar em face desse problema humanitário. Os eventos escatológicos não afastam a responsabilidade do povo de Deus de dar mostras do seu amor e justiça para com o próximo e necessitado (Sl 72.13; Pv 31.20), enquanto aqui estiver.
2. Amor e compaixão pelo estrangeiro.
Em o Novo Testamento, temos o exemplo do próprio Jesus que, ainda criança, foge com seus pais para o Egito em razão da perseguição de Herodes (Mt 2.13). O Filho de Deus encarnado, portanto, foi um refugiado nessa terra. Cristo se importa e se compadece daqueles que se encontram nessa condição, pois conhece o seu sofrimento e infortúnio (Hb 2.17,18). Por esse motivo, aqueles que acolhem o estrangeiro necessitado são dignos de honra.
3. Oração e hospitalidade.
Além da oração, é possível promover o acolhimento e amparo aos refugiados, colocando em prática a recomendação bíblica da hospitalidade (Rm 12.13; Hb 13.2; 1Tm 3.2; 1Pe 4.9). Tal hospitalidade faz parte do serviço cristão, e se estende aos crentes e àqueles que estão no mundo. Sem adentrar aos aspectos que envolvem a segurança nacional e a política migratória, que competem ao Estado, o povo do Senhor serve como uma comunidade de refúgio e apoio às pessoas e famílias fragilizadas que sofrem perseguição.
4. A igreja e os refugiados.
Devemos lembrar de que muitos refugiados são cristãos que se encontram afastados de seus países por diversos motivos, alguns por causa da perseguição religiosa, por professarem a fé em Cristo. Enquanto arauto da justiça, a igreja também pode agir estrategicamente no enfretamento desse problema social, alçando sua voz profética para que o assunto seja devidamente tratado pelo poder público, apoiando organizações sérias que trabalham nessa causa, inclusive levantando recursos para a ajuda humanitária.
Importante
A comunidade cristã pode promover o acolhimento e o amparo aos refugiados, colocando em prática a recomendação bíblica da hospitalidade.
CONCLUSÃO
A questão dos refugiados é um tema atual e complexo. Não obstante, considerando que o Senhor é um alto refúgio para o oprimido (Sl 9.9), a comunidade cristã deve também ser uma comunidade de refúgio para os estrangeiros perseguidos. Sem desconsiderar os aspectos que envolvem a segurança nacional e a política migratória, aos cristãos cabe, do ponto de vista prático, dar acolhimento àqueles que precisam de proteção.
SUBSÍDIO
“Serviço e Comunhão
Hebreus também apresenta um testemunho poderoso sobre a necessidade de o cristão alcançar os outros em serviço amoroso e abnegado e responder a Deus em adoração sincera. O fato de estar sob pressão pessoal não é desculpa para viver uma existência autocentrada e de ingratidão.
O principal ensinamento a respeito do serviço cristão é apresentado em uma série de exortações do capítulo final de Hebreus. Algumas são instruções padrões a respeito da vida cristã, necessárias em qualquer tempo e lugar, mas a maioria reflete a situação específica dos leitores. Essas são exortações ao amor fraternal, à hospitalidade, ao cuidado dos prisioneiros e dos perseguidos, ao contentamento financeiro e à estabilidade e firmeza espiritual em face de opiniões distintas e de oposição (13.1-14). Tudo isso é necessário, em especial, para uma comunidade que passa por uma situação difícil. No entanto, elas revelam a orientação particularmente cristã de cuidar das necessidades dos outros e buscar de forma ativa o bem deles, em vez de se absorver nos interesses pessoais ou na autocomiseração” (ZUCK, Roy B. (ed.). Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.459,460).
Fonte: Lições Bíblicas CPAD - Jovens - 4º Trimestre de 2017
Título: Seguidores de Cristo — Testemunhando numa Sociedade em ruínas - Comentarista: Valmir NascimentoLeia também:
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