“E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” Mc 12.29
O Deus único e verdadeiro se revelou de maneira suficiente em Jesus Cristo e por intermédio de Sua Palavra. Não há outro meio de conhecermos a Deus, senão por seu Filho, Jesus Cristo — “E Jesus clamou e disse: Quem crê em mim crê não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim vê aquele que me enviou.” (Jo 12.44,45) —, conforme está revelado em Sua poderosa Palavra.
A existência de Deus
Para nos relacionarmos com Deus é necessário nos aproximarmos dEle e crer que Ele existe (Hb 11.6). De acordo com as Escrituras Sagradas, a existência de Deus é um fato incontestável. Não há preocupação alguma por parte da Bíblia em provar a existência de Deus, pois desde o primeiro versículo já se subentende essa maravilhosa realidade: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Como também é uma realidade confirmada por João 1.1: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Logo, o autor aos Hebreus conclui: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados” (Hb 11.3). Que maravilhosa realidade! Deus é! Nele, não há início nem fim, pois de eternidade em eternidade Ele é Deus (Sl 90.2).
Uma verdade gloriosa
Ao confirmarmos a verdade maravilhosa da existência do Deus Criador e sustentador de tudo o que há no universo, não há como não se maravilhar com Sua grandeza, poder e majestade. A Criação é obra das Suas mãos. Saber que Deus é onisciente, onipresente, onipotente, imutável, eterno (atributos incomunicáveis aos seres humanos) nos traz a segurança em um Deus tão grande que se importa conosco, seres humanos tão pequenos, finitos e limitados. Ao mesmo tempo em que se mostra fiel, bom, paciente, amoroso, gracioso, misericordioso, santo, reto, justo (atributos comunicáveis aos seres humanos), somos constrangidos, uma vez alcançados pela Sua graça, a manifestarmos tais características que emergem de Seu infinito amor.
O Deus único e verdadeiro é um Deus de amor, mas de justiça também. Fruto do Seu amor, Ele enviou o Seu filho para tirar o pecado do mundo; fruto de Sua justiça, Ele proveu um sacrifício suficiente para apagar os nossos pecados, pois nós que deveríamos estar no lugar do nosso Senhor Jesus. Dentro dessa perspectiva de amor e justiça, que as Escrituras revelam a obra de um Deus que deseja salvar homens e mulheres, reconciliando-os consigo mesmo por intermédio de Jesus Cristo (2Co 5.19). Revista Ensinador Cristão nº71
Cremos em um só Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
Prezado professor, você crê que há somente um Deus verdadeiro e que Ele criou os céus e a Terra? Então não terá dificuldade no ensino desta lição. Deus é real e Ele se revela ao homem de diferentes maneiras, porém uma das formas que Ele se revela a nós é mediante a sua criação. O relato da criação da terra, do céu e do homem, não é uma alegoria. A narrativa da criação é um fato histórico, ou seja, algo que aconteceu exatamente como a Palavra de Deus afirma. Quando o assunto é a criação do universo e da vida, sabemos que existem várias teorias que tentam explicar a origem de tudo, como por exemplo, a teoria do Big Bang e da Evolução. Mas, cremos que o universo e a vida não são produtos de uma evolução como alguns cientistas tentam afirmar ou o resultado da explosão de uma partícula. Cremos que o Deus é o grande Criador.
O Deus único e verdadeiro se revelou de maneira suficiente em Jesus Cristo e por intermédio de Sua Palavra. Não há outro meio de conhecermos a Deus, senão por seu Filho, Jesus Cristo — “E Jesus clamou e disse: Quem crê em mim crê não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim vê aquele que me enviou.” (Jo 12.44,45) —, conforme está revelado em Sua poderosa Palavra.
A existência de Deus
Para nos relacionarmos com Deus é necessário nos aproximarmos dEle e crer que Ele existe (Hb 11.6). De acordo com as Escrituras Sagradas, a existência de Deus é um fato incontestável. Não há preocupação alguma por parte da Bíblia em provar a existência de Deus, pois desde o primeiro versículo já se subentende essa maravilhosa realidade: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Como também é uma realidade confirmada por João 1.1: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Logo, o autor aos Hebreus conclui: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados” (Hb 11.3). Que maravilhosa realidade! Deus é! Nele, não há início nem fim, pois de eternidade em eternidade Ele é Deus (Sl 90.2).
Uma verdade gloriosa
Ao confirmarmos a verdade maravilhosa da existência do Deus Criador e sustentador de tudo o que há no universo, não há como não se maravilhar com Sua grandeza, poder e majestade. A Criação é obra das Suas mãos. Saber que Deus é onisciente, onipresente, onipotente, imutável, eterno (atributos incomunicáveis aos seres humanos) nos traz a segurança em um Deus tão grande que se importa conosco, seres humanos tão pequenos, finitos e limitados. Ao mesmo tempo em que se mostra fiel, bom, paciente, amoroso, gracioso, misericordioso, santo, reto, justo (atributos comunicáveis aos seres humanos), somos constrangidos, uma vez alcançados pela Sua graça, a manifestarmos tais características que emergem de Seu infinito amor.
O Deus único e verdadeiro é um Deus de amor, mas de justiça também. Fruto do Seu amor, Ele enviou o Seu filho para tirar o pecado do mundo; fruto de Sua justiça, Ele proveu um sacrifício suficiente para apagar os nossos pecados, pois nós que deveríamos estar no lugar do nosso Senhor Jesus. Dentro dessa perspectiva de amor e justiça, que as Escrituras revelam a obra de um Deus que deseja salvar homens e mulheres, reconciliando-os consigo mesmo por intermédio de Jesus Cristo (2Co 5.19). Revista Ensinador Cristão nº71
Cremos em um só Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
Prezado professor, você crê que há somente um Deus verdadeiro e que Ele criou os céus e a Terra? Então não terá dificuldade no ensino desta lição. Deus é real e Ele se revela ao homem de diferentes maneiras, porém uma das formas que Ele se revela a nós é mediante a sua criação. O relato da criação da terra, do céu e do homem, não é uma alegoria. A narrativa da criação é um fato histórico, ou seja, algo que aconteceu exatamente como a Palavra de Deus afirma. Quando o assunto é a criação do universo e da vida, sabemos que existem várias teorias que tentam explicar a origem de tudo, como por exemplo, a teoria do Big Bang e da Evolução. Mas, cremos que o universo e a vida não são produtos de uma evolução como alguns cientistas tentam afirmar ou o resultado da explosão de uma partícula. Cremos que o Deus é o grande Criador.
LEITURA BÍBLICA:
Deuteronômio 6
4 — Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é
o único SENHOR.
Gênesis 1
1 — No princípio, criou Deus os céus e a
terra.
O enfoque do presente capítulo é a unicidade do
Deus Pai Todo-poderoso e Criador do universo. A declaração de fé dos
ateus é “Deus não existe”, o oposto da confissão cristã. A Bíblia
não é uma apologia à existência de Deus; não há nela a preocupação em
comprovar que Deus existe. A existência de Deus é um fato consumado, uma
verdade primária que não necessita ser provada, pois Ele transcende à
existência. O conhecimento humano sobre a existência do Criador está na própria
intuição e razão no interior das pessoas (Rm 1.20, 21; 2.14, 15). A Bíblia é a
única fonte confiável e confirma a experiência humana.
Os principais credos ecumênicos apresentam
características especiais existentes em Deus. O Credo dos Apóstolos declara:
“Creio em Deus Pai Todo-poderoso, Criador do céu e da terra”; da mesma forma o
Credo Niceno afirma: “Cremos em um só Deus, Pai Onipotente, Criador de todas as
coisas visíveis e invisíveis”; e o Credo Niceno-Constantinopolitano reafirma a
fórmula nicena: “Cremos em um só Deus, o Pai Todo-poderoso, Criador do céu e da
terra, de todas as coisas, visíveis e invisíveis”. Alguns dos antigos credos
locais dos primeiros cinco séculos da história da Igreja serviram como a base
dessas formulações ecumênicas. Todas essas declarações a respeito de Deus
afirmam que Ele é um, exceto o Credo dos Apóstolos, que é Pai Onipotente ou
Todo-Poderoso e Criador de todas as coisas. Trata-se da revelação bíblica posta
de maneira sistemática. Há nas Escrituras provas abundantes que
fundamentam essas declarações dos credos. Muitos outros credos regionais dos
cinco primeiros séculos dizem a mesma coisa, empregando, às vezes, fraseologia
similar. São informações importantes, pois falam que o nosso Deus é único, que
é Pai, que é o Todo-poderoso e Criador de tudo o que há no Universo. Tais
declarações nada mais são do que interpretações precisas das Escrituras que
serviram para proteger a fé cristã do politeísmo e da idolatria dos gentios e
os cristãos das heresias. Isso se reveste de uma importância especial na época,
quando os gnósticos ganhavam espaço no seio da Igreja.
O gnosticismo atingiu o apogeu entre 130 e 170
d.C., mas o movimento já existia antes. O termo “gnosticismo” vem do grego
gnōsis, que significa “conhecimento”. Trata-se, grosso modo, de um enxerto das
filosofias pagãs nas doutrinas vitais do cristianismo. Sua marca registrada era
o sincretismo. Suas ideias sobre a identidade de Jesus eram estranhas ao Novo
Testamento e as ideais sobre Deus eram ainda mais exóticas. A escola gnóstica
de Valentino (aproximadamente 130-170 d.C.) ensinava a existência de inúmeros
seres eternos que viviam em perfeita harmonia, sendo o Pai do Universo um
deles. Nesse modelo gnóstico, um dos seres eternos, Sofia, “sabedoria” em
grego, teria destruído essa harmonia ao criar mundos para si, na tentativa de
imitar o pai do Universo, e o resultado foi sua expulsão do reino divino. Essa
tentativa resultou no demiurgo, do grego demiurgos, “artesão”, um deus criador
inferior que aparece no diálogo de Platão intitulado Timeu. Para os gnósticos,
o demiurgo criou o mundo físico. Outra linha de pensamento gnóstica era de
Marcião, falecido em 165 d.C. Ele ensinava que o Deus do Antigo Testamento era
inferior e até mesmo defeituoso; e dizia ainda que não era esse o mesmo Deus do
Novo Testamento. Na sua mensagem, pregava que Jesus revelou um Deus até então
desconhecido, por isso todos os cristãos deviam rejeitar tanto o Antigo
Testamento quanto o seu Deus. Assim, a declaração “Creio em Deus Pai
Todo-poderoso Criador do céu e da terra” é um ato de adoração a Deus a quem
damos crédito. A ideia aqui diz respeito “àquele que governa tudo, que controla
tudo”, para enfatizar o poder e a soberania de Deus em governar todo o
universo. Isso neutralizava o pensamento marcionita que ensinava ser o universo
criado e governado por demiurgos, e não pelo grande Deus Javé de Israel,
revelado no Antigo Testamento. Paul Tillich, teólogo luterano e filósofo, diz o
seguinte sobre as palavras iniciais do Credo dos Apóstolos, o que, sem dúvida,
vale também para os outros: “Deveríamos pronunciar essas palavras com grande
reverência, porque, por meio dessa confissão, o cristianismo se separou da
interpretação dualista da realidade presente no paganismo... O primeiro artigo
do Credo é a grande muralha que o cristianismo ergueu contra o paganismo. Sem
essa separação a cristologia seria mais do que um dos poderes cósmicos entre
outros, embora, talvez, o maior deles” (TILLICH, 2004, p. 41).
O Deus da Bíblia é o mesmo Deus dos credos. A
diferença está apenas na forma de apresentação, não na essência divina. A
Bíblia é a Palavra de Deus para todos os seres humanos; o credo é a resposta do
homem a Deus. Assim, os credos em sua forma embrionária estão presentes na
Bíblia: “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é único SENHOR” (Dt 6.4). Deus é um
em essência ou natureza, subsistindo por Si mesmo; só o SENHOR é Deus: “Eu sou
o SENHOR, e não há outro; fora de mim não há deus...” (Is 45.5). Nosso Senhor
Jesus Cristo ensinou o monoteísmo como parte do primeiro de todos os
mandamentos: “... Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Mc
12.29); “... com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além
dele” (Mc 12.32); “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus
verdadeiro...” (Jo 17.3).
O apóstolo Paulo declara: “Todavia para nós há
um só Deus” (1 Co 8.6); “Ora o medianeiro não é de um só, mas Deus é um” (Gl
3.20); “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em
todos” (Ef 4.6). “Porque há um só Deus” (1 Tm 2.5). Foi o Senhor Jesus quem
revelou Deus aos seres humanos por meio da Bíblia: Mt 11.27; Jo 1.18).
O Deus que Jesus revelou é o Deus de Israel e
isso ele deixou claro ao pronunciar o primeiro e grande mandamento: “E Jesus
respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: “Ouve, Israel, o Senhor,
nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas
forças; este é o primeiro mandamento” (Mc 12.29, 30). Essa é uma das várias
declarações do Novo Testamento que ensina ser o cristianismo monoteísta. A
declaração aqui é reveladora porque não deixa dúvida de que o Deus dos cristãos
é o mesmo Deus de Israel, pois Jesus citou as palavras diretamente do Antigo
Testamento (Dt 6.4-6).
A PATERNIDADE E A ONIPOTÊNCIA DE DEUS
Assim como os antigos credos sintetizam o
ensino bíblico sobre a unidade de Deus e o monoteísmo, da mesma forma eles o
fazem sobre a paternidade de Deus. Há abundantes declarações na Escrituras
sobre a paternidade de Deus.
A figura do pai numa família é conhecida e compreensível em todas as
civilizações desde a Antiguidade. Aplicada a Deus, torna-se um recurso
extraordinário. Em primeiro lugar, porque mostra a doutrina de Deus não é
abstrata (Dt 1.31; Ml 1.6). E não somente isso, pois são os pais que geram os
filhos e são responsáveis por seu bem-estar, sustento, alimentação, vestimentas,
saúde, educação e segurança. Essa manifestação de afeto e carinho acontece de
maneira natural e ao mesmo tempo misteriosa. É a melhor e a mais perfeita
maneira de ilustrar e explicar o grande amor de Deus pelo ser humano.
A quem se refere à expressão “Deus Pai
Todo-poderoso” ou fraseologia similar nos antigos credos? Os antigos
intérpretes e exegetas tomaram essas palavras desde muito cedo em relação
especial à santíssima Trindade: “o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (1
Pe 1.3); “porque a este o Pai, Deus, o selou” (Jo 6.27). Mas Deus como Pai na
Bíblia tem significado mais abrangente. O título “Pai” no Antigo Testamento se
refere aos filhos de Israel, denota relação mediante aliança, concerto (Jr
31.9; Ml 2.10), de maneira coletiva, a Israel no todo (Êx 4.22; Os 11.1), às
pessoas como seus filhos (Is 1.2; 30.1; 45.11; Jr 3.22) e ao Ungido Rei, o
Messias (2 Sm 7.14; Sl 2.7; 89.27). No Novo Testamento, é frequente a frase “o
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 15.6; 2 Co 1.3; 11.31; Ef 1.3) e
fraseologia similar (Cl 1.3), e também “nosso Deus e Pai” ou “Pai nosso” (1 Co
8.6; 1 Ts 3.11, 13; 2 Ts 2.16), principalmente nas introduções das epístolas
paulinas (1 Co 1.3; Gl 1.4; Ef 1.2; Fp 1.2; Cl 1.2).
Jesus nos tornou filhos de Deus por adoção,
razão pela qual temos a liberdade e o direito de chamá-lo de Pai (Mt 6.13; Jo
1.12). A palavra aramaica abba, “aba”, ou, literalmente, “papai”, demonstra uma
relação de intimidade dos crentes em Jesus com Deus (Rm 8.15; Gl 4.6). A ideia
de que Deus é o Pai de todos os seres humanos é biblicamente válida por causa
da criação (At 17.28, 29; Ef 4.6), mas isso não implica relação pessoal ou
espiritual. No evangelho de João, o termo grego patēr, “pai”, aparece 136
vezes, e 120 delas se referem a Deus. Nos evangelhos sinópticos, essa
referência a Deus é bem menor, mas permanece a mesma ideia.
O título de “Pai” se diferencia dos demais
títulos e funções de Deus porque nunca se aplica a Jesus nem ao Espírito Santo.
Há uma vasta lista de atributos, títulos, funções e obras de Deus Pai presentes
no Filho e no Espírito Santo, mas o título de Pai é exclusivo ao Deus Pai.
Alguém pode argumentar sobre a profecia messiânica que emprega as palavras “Pai
da Eternidade” (Is 9.6). O bispo Sabélio costumava citar palavra profética para
fundamentar a crença unicista de que Pai é Filho e Filho é Pai. Mas o que a
Bíblia ensina aqui é que o Messias, como rei, “o principado está sobre os seus
ombros”, é pai do seu povo (Is 22.21), e não o Deus-Pai. O Filho é Deus igual
ao Pai (Jo 5.17, 18; 10.30), mas não é o Pai, senão “o Filho do Pai” (2 Jo 3).
Ser todo-poderoso é o mesmo que ser onipotente (Sl 91.1). Esse atributo é
exclusividade divina, no Deus trino e uno. Os credos começam reconhecendo
esse atributo no Deus Pai: “Creio em Deus Pai Todo-poderoso”. A expressão
“Todo-poderoso” é um dos nomes de Deus no Antigo Testamento (Gn 17.1; Êx 6.3),
e a ideia nos antigos credos é de poder fazer todas as coisas, tudo o que
deseja (Is 46.10). A onipotência ad extra está limitada somente pela natureza
ou essência do próprio Deus e por nada externo a ele; por exemplo, “Deus não
pode mentir” (Tt 1.2). Isso não deve ser interpretado como limite de seu poder;
antes, trata-se da sua essência, pois ele mesmo é a Verdade. Os cristãos
reconhecem que Deus pode todas as coisas: “Porque para Deus nada é impossível”
(Lc 1.37).
Não é verdade que a ciência contradiz a Bíblia
e vice-versa. É necessário saber o que realmente é ciência e se os pressupostos
científicos são realmente científicos. Se o resultado dessa investigação for
positivo, resta ainda saber se o pensamento teológico é realmente bíblico ou se
não está fundamentado numa falsa interpretação das Escrituras. Um exemplo
clássico disso são as descobertas científicas de Galileu Galilei, que
contrariavam a interpretação da Igreja Católica, e não a Bíblia, pois o papa achava
que apenas o Sol e a Lua se moviam, e não a terra, com base na interpretação
dada à passagem do dia longo de Josué (Js 10.12-14).
Os cientistas já investigaram diversas áreas do
saber humano: astronomia e cosmologia, biologia e genética, paleontologia e
geologia, métodos de datação geofísica e hidrodinâmica. Por que um número
considerável deles rejeita completamente o evolucionismo? Muitas coisas no
currículo escolar na área de ciências naturais precisam ser revistas, segundo
um número considerável de cientistas.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[...] Quando consideramos a possibilidade de
que Deus usou o processo evolucionário para criar ao longo de milhões de anos,
confrontamo-nos com sérias consequências: a Palavra de Deus não é mais
competente e o caráter de nosso Deus amoroso é questionado.
Já na época de Darwin, um dos principais
evolucionistas entendia o problema de fazer concessão ao afirmar que Deus usou
a evolução. Uma vez que você aceite a evolução e suas implicações para a
história, então o homem está livre para escolher as partes da Bíblia que quer
aceitar” (HAM, Ken. Criacionismo: verdade ou mito? 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2011, pp.35,36).
Toda a
criação louva a Deus
– seres espirituais, racionais e irracionais e toda a natureza (Sl 148.2-12).
Os ateus não adoram nem louvam a Deus; acham que não precisam dele e não
participam da adoração a Deus. A existência de Deus é um fato; trata-se de uma
verdade primária que não precisa ser provada. Seria insulto à inteligência
humana dizer a alguém que um relógio simplesmente apareceu do nada, como
resultado do acaso. O Salmo 19 mostra que o Universo, por si só, comprova a
existência de Deus (Sl 19.1-6). As coisas visíveis de Deus são claramente
vistas como recursos que Deus deixou para que o ser humano reconheça a
existência do Criador: “para que eles fiquem inescusáveis” (Rm 1.20). Será que
eles pensam que, negando a existência do Criador, escaparão da condenação
eterna? Se for isso, estão enganados. A única salvação é o Senhor Jesus Cristo
(Jo 14.6; At 16.31).
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Fonte: Lições Bíblicas CPAD Adultos - 3º Trimestre de 2017 - Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Livro de Apoio - Comentarista: Esequias Soares
Revista Adultos 3º Trim.2017 - A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista: Esequias Soares
Leia também:
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Em Gênesis 1, a palavra hebraica para dia
é yom. A maior parte do uso dela no Antigo Testamento é com o sentido de
dia, dia literal; e, nas passagens em que o sentido não é esse, o contexto
deixa isso claro.
Primeiro, yom é definido na primeira
vez em que é usado na Bíblia (Gn 1.4,5) em seus dois sentidos literais: a
porção clara do ciclo luz/trevas e todo o ciclo luz/trevas. Segundo, yom é
usado com ‘noite’ e ‘manhã’. Em todas as passagens em que essas duas palavras
são usadas no Antigo Testamento, juntas ou separadas, e no contexto de yom ou
não, elas sempre tem o sentido literal de noite ou manhã de um dia literal.
Terceiro, yom é modificado por um número: primeiro dia, segundo dia,
terceiro dia, etc., o que em todas as passagens do Antigo Testamento indicam
dias literais. Quarto, Gênesis 1.14 define literalmente yom em relação aos
corpos celestiais” (HAM, Ken. Criacionismo: Verdade ou mito? 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2011, p.30).
O Shemá. É o imperativo de um verbo
hebraico que significa “ouvir, obedecer”, o qual inicia o versículo que se
tornou, ao longo dos séculos, a confissão de fé dos judeus: “Ouve, Israel, o
SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4). A cláusula final “é o único SENHOR”
também se traduz por “o SENHOR é um” (Gl 3.20), conforme as versões espanhola
Reina-Valera e judaica, conhecida no Brasil como Bíblia Hebraica. A
construção hebraica aqui permite ambas as traduções, de acordo com a declaração
de Jesus: “o Senhor é um só!” (Mc 12.29, Tradução Brasileira). Há aqui um
significado teológico importante, porque a mensagem não se restringe apenas ao
monoteísmo, mas a ideia de existir um só Deus, e de Deus ser um só, diz
respeito tanto à “singularidade” quanto à “unidade” de Deus (Zc 14.9; Sl
86.10).
O monoteísmo. É a crença em um só Deus e
se distingue do politeísmo, a crença em vários deuses. As principais religiões
monoteístas do planeta são o judaísmo (Dt 6.4; 2Rs 19.15; Ne 9.6), o
cristianismo (Mc 12.29; 1Co 8.6) e o islamismo. Mas o monoteísmo islâmico não é
bíblico. O deus Alá dos muçulmanos é outro deus, e não o mesmo Deus Javé da
Bíblia. Alá era um dos deuses da Meca pré-islâmica, deus da tribo dos
coraixitas, de onde veio Maomé, que o adotou como a divindade de sua religião.
O nome Alá não vem da Bíblia e nunca foi conhecido dos patriarcas, nem dos
reis, nem dos profetas do Antigo Testamento, menos ainda dos apóstolos do
Senhor Jesus. Os teólogos muçulmanos se esforçam para fazer o povo crer que Alá
é uma forma alternativa do nome do Deus Javé de Israel, mas evidências
históricas e arqueológicas provam que Alá não veio dos judeus nem dos cristãos.
O monoteísmo judaico-cristão. Jesus não
somente ratificou o monoteísmo judaico do Antigo Testamento como também afirmou
que o Deus Javé de Israel, mencionado em Deuteronômio 6.4-6, é o mesmo Deus que
Ele revelou à humanidade (Jo 1.18), a quem todos os cristãos servem e amam
acima de todas as coisas (Mc 12.29,30). Assim, o Deus de Israel é o mesmo Deus
do cristianismo; é o nosso Deus. O apóstolo Paulo pregava para os judeus e
gentios o mesmo Deus revelado por Jesus: “O Deus de nossos pais de antemão te
designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz
da sua boca” (At 22.14).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Nossa maneira de
compreender a Deus não deve basear-se em pressuposições a respeito dEle, ou em
como gostaríamos que Ele fosse. Pelo contrário: devemos crer no Deus que
existe, e que optou por se revelar a nós através das Escrituras. O ser humano
tende a criar falsos deuses, nos quais é fácil crer; deuses que se conformam
com o modo de viver e com a natureza pecaminosa do homem. Essa é uma das
características das falsas religiões. Alguns até mesmo caem na armadilha de se
desconsiderar a autorrevelação divina para desenvolver um conceito de Deus que
está mais de acordo com as suas fantasias pessoais do que com a Bíblia, que é a
nossa fonte única de pesquisa, que nos permite saber que Deus existe e como Ele
é” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva
pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, pp.125-6).
Revista Adultos 3º Trim.2017 - A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista: Esequias Soares
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