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terça-feira, 4 de julho de 2017

Preguiça, desperdício de tempo

Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio” Pv 6.6

“Como um machado recém afiado, o conhecimento tem o poder penetrante de mover você rapidamente da oportunidade para a realização.
Se está começando uma empresa, um trabalho, um produto ou um projeto, comece a jornada, expandindo sua base de conhecimentos relevantes para a tarefa em mãos. (...) Napoleon Hill (...) escreveu: ‘Homens prósperos, em todas as vocações, nunca deixam de adquirir conhecimento especializado relacionado ao projeto, negócio, a profissão que abraçaram’.
(...) Para verdadeiramente ser inteligente, você terá que se esforçar em muitos níveis. Você lerá mais do que jamais pensou que leria. Terá que pensar propositadamente sobre o que leu e digerir em pepitas de novas ideias. Precisará colocar-se lá fora, discutindo estas pepitas com os colegas e estando disposto a debater essas questões.
Se você não tomar cuidado, poderá cair na armadilha das distrações, em cuja situação realiza menos atividades conscientes que produzem progresso.
Se você se encontra diante de um desafio intelectual assustador e, então, recorre à distração de ‘fazer uma pausa’, caiu na armadilha. (...) Minha experiência me ensinou que dez horas sendo inteligente produz o mesmo valor criativo que quarenta horas de distração” (SANDERS, Tim. Hoje somos Ricos. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.114,115).

O preguiçoso administra mal seu tempo, ama apenas a si próprio e manifesta indiferença quanto às necessidades do próximo. Suas atitudes revelam falta de espiritualidade, sabedoria e senso de propósito.

Caro professor, para que os alunos entendam o foco da lição, é importante que eles compreendam as consequências do desperdício do tempo (preguiça). A inércia em relação aos projetos da vida produz, em regra, consequências das quais não se pode fugir. É a lei da semeadura. Para tanto, de início, projete dois pequenos vídeos ou mesmo apresente imagens com legendas explicativas (na internet tudo isso pode ser achado facilmente) que demonstrem como é a vida da formiga e também do animal preguiça. Isso trará seus alunos ao cerne do assunto. Na conclusão da lição, pergunte aos alunos se eles se identificam mais com a formiga ou com o bicho-preguiça. (Não se surpreenda se a segunda opção for a mais escolhida). Você tem muito a ensinar aos seus alunos sobre como viver de forma sábia e produtiva.

TEXTO BÍBLICO:  Provérbios 6.6-11

INTRODUÇÃO

A Bíblia diz que Deus estabeleceu a Terra “para que fosse habitada” (Is 45.18). Ele também fez o homem para cuidar da sua criação e lhe deu algumas determinações sociais: frutificai, multiplicai, enchei, sujeitai e dominai os peixes, as aves e os animais (Gn 1.28). Tais deliberações exigiam esforço e a administração correta do tempo, a fim de que fosse cumprido o propósito para o qual foram criados. O trabalho foi dado ao homem antes mesmo da Queda. Nesta lição veremos que a preguiça é um erro que conduz o ser humano para longe da vontade de Deus. Contra esse pecado, o livro de Provérbios sugere que o homem visite um formigueiro e aprenda lições vitais que podem ajudá-lo a cumprir com suas tarefas sociais primordiais.

I. APRENDENDO COM AS FORMIGAS

1. Encontro formidável.
“Vai ter com a formiga, ó preguiçoso [...]” (Pv 6.6). A Palavra de Deus orienta que o preguiçoso observe o formigueiro. Por que o formigueiro? Porque a organização de uma colônia de formigas traz excelentes ensinamentos para todos nós. Elas são incansáveis, sabem trabalhar em equipe e respeitam-se mutuamente.

2. Compreensão da realidade.
“[...] Olha pra os seus caminhos e sê sábio” (Pv 6.6). Formigas não têm calendário para saber quando chegou o verão. Porém, elas conhecem as estações e agem de forma proativa de acordo com o tempo. Nós, discípulos de Jesus, também precisamos ter a visão correta para vermos as necessidades e oportunidades que são colocadas em nosso caminho, como uma oportunidade divina de sermos abençoados e abençoarmos os outros.

3. Usando o tempo com sabedoria
“[...] e sê sábio” (Pv 6.6). Deus nos exorta a utilizarmos o tempo que nos é oferecido diariamente com sabedoria. Ser sábio significa saber entender o tempo em que se vive e fazer tudo para o seu bem-estar atual e futuro, bem como para o bem da sua família e do próximo.
Os formigueiros são resistentes às intempéries da vida porque as formigas cuidam umas das outras, seguindo o exemplo de unidade deixado por Jesus (Jo 17.21). Este é o grande desafio de todo ser humano: saber usar seus dons e talentos para criar um ambiente seguro para que todos vivam bem e tenham suas necessidades supridas. O preguiçoso insulta a Deus com sua conduta egoísta.

Não desperdice o seu tempo. Trabalhe, estude e seja sábio aprendendo a remir o tempo ao seu favor.

II. VISÃO DE FUTURO

1. Planejamento.
O cuidado que as formigas têm ao planejar e estocar o alimento para o inverno é algo extraordinário. Mesmo sabendo que algumas não comerão daquele alimento que foi estocado, pois morrerão antes, elas trabalham em unidade e ajudam a abastecer o formigueiro. Mesmo diante da brevidade da vida, precisamos fazer planos e projetos em todas as áreas da nossa existência. Planeje sua vida financeira, seus estudos, sua vida sentimental. Faça projetos, mas não se esqueça de planejar tudo segundo as orientações de Deus.

2. Motivação total.
As formigas não possuem um rei, um chefe, mas são cônscias de suas responsabilidades. A Palavra de Deus nos exorta a perseverarmos nos propósitos divinos, independentemente de qualquer determinação hierárquica. João Batista, por exemplo, cumpriu o propósito de Deus, no deserto, com uma extraordinária motivação (Mc 1.4-8). Ele se sentia motivado pelo projeto de Deus para o futuro do seu povo. Nunca foi movido por honrarias (Jo 1.25). Fazer o bem e preparar-se para o futuro é um dever que transcende qualquer ordem ou circunstância. É sinal de prudência e sabedoria.

3. Aproveitando as oportunidades.
As formigas são experts em aproveitar oportunidades, notadamente no verão, para suprirem-se na época das chuvas. Essa mesma estratégia foi desenvolvida por José no Egito: na fartura, ajuntar para a escassez (Gn 41.34-36). Por tal motivo, milhões de pessoas na antiguidade não morreram de fome, inclusive os descendentes de Abraão. Essa capacidade de aproveitar as oportunidades impactou tanto o Faraó que ele, logo, nomeou José para desenvolvê-la (Gn 41.38-40). O rei egípcio entendia como era difícil aproveitar, no tempo, as oportunidades mais importantes da vida. E aquilo era uma questão de vida ou morte. No dia a dia, o Senhor espera que, como José, seus servos saibam administrar corretamente as oportunidades que surgem.

Planeje o seu futuro com sabedoria. Não desperdice o seu tempo hoje, pois amanhã ele fará falta.

III. PREGUIÇA: UMA DISFUNÇÃO DO USO DO TEMPO

1. Imobilismo.
“Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado?” [...] (Pv 6.9). Ficar deitado, neste contexto, demonstra um profundo imobilismo, o que desagrada ao Senhor. É necessário ter atividade, iniciativa, como aconteceu com Adão. Se houve alguém que poderia ser o mais inativo de todos os homens, esse foi o mais antigo ancestral da raça humana, haja vista que morava no paraíso, entretanto ele foi um exímio trabalhador. Cumpriu os sete propósitos sociais estabelecidos pelo Senhor (Gn 1.28). Aliás, Deus logo deu a Adão um emprego, tendo ele ido além e colocado nome em todos os animais. Frequentemente o Senhor falava com os seus servos a respeito do fato de que precisavam se esforçar, porque Deus ajuda a quem se esforça nEle (Sl 89.19). Isso foi dito a Josué (Js 1.6). Davi também ao aconselhar o seu filho Salomão, futuro rei disse: “esforça-te” (1Rs 2.2). Aliás, a marca distintiva de muitos heróis da fé é que das fraquezas eles tiraram forças (Hb 11.34) e fizeram grandes proezas. Certamente eles não eram preguiçosos.

A águia é uma excelente caçadora, não é a toa que ela é chamada de “máquina mortal dos ares”. As águias possuem uma excelente visão, rapidez e força. Contudo, às vezes, ela precisa fazer várias tentativas para obter êxito na busca pelo seu alimento. Haja esforço! Da mesma maneira, nós não podemos ficar esperando que as coisas “caiam do céu”. É preciso ir à luta, esforçar-se, ainda que todas as portas estejam fechadas. Esforçar-se é uma regra de ouro para todos.

2. Entorpecimento mental.
“Um pouco de sono, um pouco tosquenejando [...]” (Pv 6.10). O texto de Provérbios não trata somente a respeito do sono, da preguiça, mas ele trata da indisposição mental, da falta de interesse em crescer no intelecto. Salomão demonstra que o preguiçoso se acha entorpecido quanto aos fatos da vida. Na verdade, a descrição mais parece à posição de um cadáver, com as mãos cruzadas sobre o peito e dormindo um profundo sono. Essa imagem descreve bem a forma como o Senhor vê o preguiçoso. O preguiçoso também pode ser comparado àquele que enterrou o talento (Mt 25.24-30), pois deixou de pensar coerentemente, proativamente, e se tornou como um defunto ambulante. Não há vida em suas ações.

3. Consequências.
“Assim te sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado” (Pv 6.11). As consequências da preguiça são contundentes: a pobreza virá inesperadamente, e a necessidade o atingirá fortemente. O preguiçoso, que é considerado um tolo, de tanta necessidade, terminará comendo “sua própria carne” (Ec 4.5). Sua queda será inevitável.

As coisas do mundo preenchem cada vez mais o dia a dia dos jovens, e a maioria delas promove o imobilismo e a indisposição mental, com terríveis consequências.

CONCLUSÃO

Jesus ensinou aos discípulos um princípio básico do Reino: independentemente das condições pessoais, deve-se agir com coragem, movidos por amor e fé, para ajudar o próximo. Os seguidores de Cristo, mesmo cansados, não devem perder a chance de serem úteis ao plano de Deus. A preguiça é um mal que pode destruir grandes projetos, pois há enorme poder destruidor na inércia.

SUBSÍDIO
O procrastinador, normalmente, tem razões lógicas, desculpas válidas e explicações plausíveis para não agir. (...) empurra o objetivo para a lama pegajosa do tempo indefinido, aquele pântano tenebroso em que todas as boas intenções afundam em meio a desculpas.
Ao longo de toda a Bíblia, somos encorajados a ser pessoas diligentes, comprometidos com as tarefas que precisamos realizar na vida. Alguns, no entanto, não consideram isto um privilégio, mas um peso.
Para essas pessoas, a engrenagem diária da preguiça é uma realidade inegável (...).
De todas as passagens das Escrituras que tratam do assunto da preguiça, as mais eloquentes são os dizeres de Salomão. Entre as palavras que ele usou preguiçoso parece ser a sua favorita. Quando examino o livro de Provérbios, encontro seis características dos preguiçosos.
1. O preguiçoso tem dificuldades para começar.
2. O preguiçoso é inquieto: pode ter desejos, mas o problema é implementá-los.
3. O preguiçoso cobra dos outros um preço elevado.
4. O preguiçoso, normalmente, é defensivo.
5. O preguiçoso desiste.
6. O preguiçoso vive de desculpas” (SWINDOLL, Charles R. Vivendo Provérbios. RJ: CPAD, 2013, pp.120,149-151,153-156).

Fonte: Lições Bíblicas 3º Trimestre de 2017 Título: Tempo para todas as coisas — Aproveitando as oportunidades que Deus nos dá - Comentarista: Reynaldo Odilo

Aqui eu Aprendi!

2 comentários:

  1. A paz do Senhor meu amigo pastor Ismael!

    Ótimo este estudo. Instruir sobre o mal que a preguiça causa é um passo muito importante para formar um povo sábio que valoriza a importância de administrar bem cada oportunidade que Deus proporciona.

    Que Deus abençoe você e sua família cada dia mais!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Neiva, estimada irmã e grande amiga em Cristo. Paz do Senhor.
      Também gostei muito desta abordagem quando estava estudando/meditando. Deus abençoe!

      Grande e Fraterno abraço a você e Família

      Excluir

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