“Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” Apocalipse 3.10
" E esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura." 1Tessalonicenses 1.10
“Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” Mateus 24.21
Em Lucas 21.28 (Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima.) Jesus está referindo-se aos sinais que precederão a Sua vinda. Com esta palavra e a dos versículos seguintes, Ele tinha por objetivo alertar o povo sobre a Sua iminente vinda. Já estamos nos últimos momentos da Igreja de Cristo na Terra, e Deus colocou esta tarefa em suas mãos: alertar os possíveis crentes despercebidos.
" E esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura." 1Tessalonicenses 1.10
“Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” Mateus 24.21
Em Lucas 21.28 (Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima.) Jesus está referindo-se aos sinais que precederão a Sua vinda. Com esta palavra e a dos versículos seguintes, Ele tinha por objetivo alertar o povo sobre a Sua iminente vinda. Já estamos nos últimos momentos da Igreja de Cristo na Terra, e Deus colocou esta tarefa em suas mãos: alertar os possíveis crentes despercebidos.
Leitura Bíblica - Lucas 21.28-31; 1 Tessalonicenses 5.1-4,9
Lucas 21
28 — Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima.
29 — E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira e para todas as árvores.
30 — Quando já começam a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão.
31 — Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto.
1 Tessalonicenses 5
1 — Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva;
2 — porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite.
3 — Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.
4 — Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;
9 — Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo.
Os juízos de Deus sobre o mundo no período da Grande Tribulação serão inevitáveis porque a Palavra de Deus os revela e a Igreja se fortalece na esperança de que não passará por esse período
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
A ideia prevalecente quanto à Grande Tribulação é a do Dia do Senhor. A expressão ocorre em vários textos da Bíblia como em Is 2.12; 13.6,9; Ez 13.5: 30.3; Jl 1.15; 2.1,11,31; 3.14; Am 5.18; Sf 1.7.14; Zc 14.1; Ml 4.5; At 2.20; 2Ts 2.2; 2Pe 3.10. Tem grande importância na linguagem profética da Bíblia. Por exemplo, em Sofonias 1.14-18, o Dia do Senhor aparece como juízo sobre Israel e sobre as nações nos dias da volta do Messias e, em Zacarias 14.1-4, os eventos da segunda vinda de Cristo estão no contexto do programa do Dia do Senhor.
[Pr.Claudionor Corrêa de Andrade] - A Grande Tribulação será após o arrebatamento da Igreja. Não há qualquer base bíblica que fundamente a ideia de que a Igreja passará por aqueles tenebrosos e angustiantes dias. Segundo a visão pré-tribulacionista, a Igreja, tanto os santos que agora dormem no Senhor, quanto os que estiverem vivos na ocasião do arrebatamento, serão retirados da terra “antes” de se iniciar a 70ª Semana de Daniel. Entretanto, alguns negam esta realidade, são: os mesotribulacionistas (acreditam que a Igreja será arrebatada no final do primeiro período da Tribulação); e os pós-tribulacionistas (que admitem a passagem da Igreja pela Grande Tribulação, sendo arrebatada na manifestação de Jesus em Glória).
A Igreja de Cristo está isenta deste período profético pelas seguintes razões:
- Ela será arrebatada antes (2 Ts 2.3,6-8);
- é a Noiva do Cordeiro, não será maculada (2 Co 11.2);
- é luz e sal da terra, não ficará nas trevas espirituais (Mt 5.13,14);
- é santa, não sofrerá nas mãos do iníquo (2 Ts 2.8);
- tem o penhor e o selo do Espírito Santo (Ef 1.13,14);
- e guarda com paciência a Palavra de Deus (Ap 3.10).
INTRODUÇÃO - Na seqüência dos eventos escatológicos, enquanto a Igreja arrebatada e ressuscitada está no céu (nos ares) com Cristo, inicia-se um novo e terrível período na Terra, identificado na linguagem bíblica como a Grande Tribulação. Esse período será precedido por vários sinais reconhecidos pelos que lêem e estudam as profecias bíblicas.
I. O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO
1. O sentido da palavra “tribulação” na Bíblia.
Na língua grega do Novo Testamento, tribulação aparece como thilipsis que significa “colocar uma carga sobre o espírito das pessoas”. Na tradução Vulgata Latina, a palavra é tribulum e se refere a uma espécie de grade para debulhar o trigo. Ou seja: instrumento que o lavrador usa para separar o trigo da sua palha. A ideia figurada, aqui, é a de afligir, pressionar.
Analisada à luz do contexto bíblico, a palavra pode referir-se tão-somente a um tipo de pressão, aflição ou angústia que se passa na vida cotidiana. Outras vezes, tem o sentido escatológico.
Definição.[Pr.Claudionor Corrêa de Andrade] A Grande Tribulação é o período de maior angústia da história humana, em que os ímpios serão obrigados a reconhecer quão terrível é cair nas mãos do Deus vivo. Na língua hebraica, a palavra angústia é particularmente forte: tsará, que significa, ainda, necessidade e esposa rival. Evoca este termo as contendas que havia, por exemplo, entre Penina e Ana, que levaram esta a uma aflição quase que indescritível (1 Sm 1.15).
2. O sentido da expressão Grande Tribulação.
A expressão é essencialmente escatológica. No Antigo Testamento é identificada por outros nomes tais como “o dia do Senhor” (Sf 1.14-18; Zc 14.1-4); “a angústia de Jacó” (Jr 30.7); “a grande angústia” (Dn 12.1); “o dia da vingança” (Is 63.1-4); “o dia da ira de nosso Deus” (ira do Cordeiro-Ap 6.15-17). No Novo Testamento, a expressão ganha maior sentido com o próprio Senhor Jesus ao identificar aquele tempo como período de “grande aflição” (Mt 24.21), depois em Ap 7.14, como Grande Tribulação.
3. Estará a Igreja na Grande Tribulação?
Existem duas linhas de entendimento acerca desse assunto: uma acredita que a Igreja não estará no primeiro período da Grande Tribulação; outra afirma que a Igreja sofrerá no primeiro período da Grande Tribulação. Os partidários do arrebatamento da Igreja depois da Grande Tribulação insistem que os rigores da tribulação são exclusivamente para Israel. Porém, entendemos que o arrebatamento dos santos em Cristo se dará, nem na metade nem depois da tribulação, mas exatamente antes dela, para livrar a Igreja desse inigualável tempo de sofrimento (1Ts 1.10; 3.10).
Podemos perceber que os juízos catastróficos de Deus sobre Israel e o mundo naqueles dias só terão início depois que a Igreja for retirada da Terra. Até o capítulo 5 de Apocalipse se fala da Igreja, mas no capítulo 6, quando se iniciam os juízos, a Igreja não mais aparece, senão no capítulo 19.
Os partidários da ideia de que a Igreja estará na primeira metade da Grande Tribulação confundem essa metade, que será de uma falsa paz negociada entre Israel e o Anticristo (Dn 9.27). Não cremos que a Igreja necessite da paz do Anticristo bem como não podemos interpretar o cavaleiro do cavalo branco de Ap 6.2 como sendo Cristo, uma vez que na seqüência do texto os outros cavalos e seus cavaleiros são demonstrações dos juízos divinos (Ap 6.2-8).
II. PROPÓSITOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Dois principais propósitos se destacam:
- o primeiro é levar Israel a receber o seu Messias;
- o segundo é trazer juízo sobre todo o mundo, especialmente, sobre as nações incrédulas.
1. Levar Israel a receber o Messias.
O profeta Jeremias profetizou que esse tempo seria identificado como “o tempo da angústia de Jacó” (Jr 30.7). Revela que será um tempo especialmente para os filhos de Jacó, isto é, Israel. Todos os eventos desse período são indicados na Bíblia, como “o povo de Daniel”, “a fuga no sábado”, “o templo e o lugar santo”, “o santuário”, “o sacrifício”, e outras mais. São expressões típicas da experiência política e religiosa de Israel. Portanto, antes de qualquer outra coisa, esse período é especialmente para o povo judeu.
Outrossim, o propósito de Deus para com Israel na tribulação é o de trazer conversão a esse povo, porque parte dele se converterá e entrará com o Messias no reino milenial (Ml 4.5,6).
Quando o Messias surgir, não só os judeus povoarão a Terra, mas uma multidão de gentios se converterá pela pregação do remanescente judeu (Mt 25.31-46; Ap 7.9), e entrará no reino milenial de Cristo.
2. Trazer juízo sobre o mundo.
Ap 3.10 revela esse propósito quando fala a igreja de Filadélfia: “também eu te guardarei da hora da angústia que há de vir sobre o mundo inteiro”. A mensagem é para a Igreja e dá a garantia de que será guardada daquele tempo. Mais uma vez compreende-se que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Entendemos que esse período alcançará a todas as nações da Terra (Jr 25.32,33; Is 26.21; 2Ts 2.11,12), e Deus estará julgando-as por sua impiedade. Diz a Bíblia que as nações da Terra terão sido enganadas pelo ensino da grande meretriz religiosa, chamada Babilônia (Ap 14.8), e seguido ao Falso Profeta na adoração a Besta (Ap 13.11-18). Esses juízos virão para purificar a Terra e, quando o Messias assumir o comando mundial de governo, haverá paz e justiça.
III. O TEMPO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Não há texto bíblico mais explícito quanto ao tempo da Grande Tribulação do que a profecia de Daniel 9.24-27 acerca das setenta semanas determinadas por Deus para a manifestação dos juízos de Deus sobre Israel e sobre o mundo.
1. O que são as setenta semanas.
A identificação começa com Dn 9.24: “Setenta semanas estão determinadas”. A palavra semana interpreta-se como semana de dias. O número sete indica a quantidade de dias da referida semana. Porém, a palavra dia interpreta-se como ano. Cada dia equivale a um ano e, sete dias multiplicados por setenta (70 x 7) dá o total de 490 anos.
2. Os três períodos das 70 semanas.
O primeiro período de sete semanas, equivalente a 49 anos, teve o seu início no reinado de Artaxerxes através de Neemias, copeiro-mor (Ne 2.1,5,8), quando pediu ao rei para voltar à sua terra e reedificar a cidade e os seus muros. Ocorreu em 445 a.C. quando foi dada a ordem “para restaurar e reedificar Jerusalém” (Dn 9.25).
O segundo período de 62 semanas, equivalente a 434 anos, refere-se ao tempo do fim do Antigo Testamento até a chegada do Ungido, o Messias. Nesse período, o Ungido seria rejeitado e ultrajado pelo seu povo, e morto (Dn 9.26). Cumpriu-se esse segundo período até o ano 32 d.C, quando Cristo, o Ungido, foi rejeitado e morto pelos judeus. Até então, 69 semanas (ou 483 anos) se cumpriram.
O terceiro período abrange “uma semana” (7 anos) conforme está no texto de Dn 9.27. Misteriosamente, acontece um intervalo profético na seqüência natural das 70 semanas identificado como os tempos dos gentios (o nosso tempo), no qual se destaca, especialmente, a Igreja constituída de um povo remido por Jesus e que está em evidência até o seu arrebatamento para o céu. Terá início, em seguida, a última semana, a 70ª.
3. A última semana profética.
No texto de Dn 9.26 surge “um povo e um príncipe” que virão para assolar e destruir Israel sob “as asas das abominações”. Esse príncipe não é outro senão “o assolador”, o “Anticristo”, “o homem do pecado” e “o príncipe que há de vir” (Dn 9.26). Ele fará uma aliança com Israel “por uma semana” (Dn 9.27). Virá com astúcia e inteligência. Sua capacidade de persuasão será enorme e, na aliança que fará com Israel, não terá a plena aprovação desse povo. Sua tentativa será a de restabelecer a paz, sobretudo no Oriente Médio oferecendo um tratado. O mundo todo o honrará e o admirará naqueles dias. Ele se levantará de uma força política mundial, uma confederação européia, que, na linguagem figurada da profecia, aparece como “um chifre pequeno” que surge do meio de “dez chifres” do “animal terrível e espantoso”, conforme Dn 7.8. Esse “animal terrível e espantoso” pode ser identificado como o sistema europeu, equivalente ao antigo Império Romano.
Num breve espaço, “metade da semana” (três anos e meio), esse líder alcançará o apogeu do seu domínio mundial e então haverá uma falsa paz. Nesse momento se dará o rompimento da aliança com Israel. O príncipe, embriagado pelo poder político, entrará em Israel e então se iniciará “a grande angústia de Israel” (2Ts 2.4; Ap 13.8-15), a Grande Tribulação.
IV. QUEM PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO
Há dois grupos distintos que passarão pela Grande Tribulação:
1. Os judeus que não tiverem aceitado a Cristo.
“Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.1-7). Leia também Apocalipse 12.1-7. Nesta passagem, Israel é tipificado pela mulher que, perseguida pelo dragão, vai procurar refúgio no deserto. E o dragão, que é o próprio Diabo, buscando sempre arruinar os planos de Deus, sai para fazer guerra aos descendentes da mulher que se acham espalhados pelo mundo.
2. Os gentios.
“Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9,13,14). Nesta passagem, somos apresentados aos gentios que serão salvos durante a Grande Tribulação.
V. AS QUATRO FASES DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Durante a 70ª Semana de Daniel, na qual situa-se a Grande Tribulação, haverá quatro fases distintas:
1. A falsa paz oferecida pelo Anticristo.
“E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer” (Ap 6.2).
Não podemos confundir este cavaleiro com o Senhor Jesus Cristo que, em Apocalipse 19.11, aparece gloriosamente, voltando à terra para implantar o Reino de Deus (Ap 19.11). A paz a ser oferecida pelo Anticristo é ilusória e passageira (1 Ts 5.3).
2. A guerra.
“E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada” (Ap 6.4).
3. A fome.
“E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho” (Ap 6.5,6).
4. A morte.
“E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra” (Ap 6.7,8).
Os quatro primeiros selos do Apocalipse são uma admirável síntese do que ocorrerá durante a Grande Tribulação. Em primeiro lugar, há a falsa paz oferecida pelo Anticristo. Paz esta, aliás, que, por ser estabelecida com base na injustiça, acabará por gerar guerras e desinteligências entre as nações. Como acontece em períodos de conflagrações, os conflitos armados trarão a fome que, por seu turno, haverá de gerar epidemias e pestilências.
VI. HAVERÁ SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO
Quando se estuda a Grande Tribulação, a pergunta é inevitável: haverá salvação neste período?
O livro do Apocalipse mostra dois grupos distintos de salvos: os israelitas e os gentios (Ap 7.4-14). Isto significa que, apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia continuará a ser divulgada em escala mundial. Enganam-se, portanto, os que afirmam que, após o arrebatamento da Igreja, as Sagradas Escrituras perderão a sua inspiração sobrenatural e única. Tal ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico. Afirma o profeta Isaías: “Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40.8).
veja também Os 144 mil e As duas Testemunhas
CONCLUSÃO
A Grande Tribulação não se destina à Igreja de Cristo e, sim, para o povo de Israel e o mundo gentio. Todos os juízos de Deus profetizados terão o seu cumprimento. Ninguém sabe quando se dará o arrebatamento da Igreja findando o parêntese profético entre a 69ª semana e 70ª. Não sabemos o dia da volta do Senhor, mas sabemos que é a nossa missão principal — pregar o Evangelho e dar testemunho de Cristo diante dos homens.
Que jamais venhamos nos esquecer da recomendação bíblica: “Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.22,23).
Subsídio Teológico I
O que Vai Acontecer na Grande Tribulação
1. O Anticristo se Manifestará
a) Quem é ele?
Será o governante mundial, um ditador ardiloso, que usará toda a sua influência para obter o apoio dos povos. O Anticristo é a besta que João viu que subiu “do mar”; “mar”, na tipologia bíblica, significa povos (Lc 21.25): E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia” (Ap 13.1). “Sete cabeças” - um homem superinteligente; “dez chifres” - poder global; dez diademas - será muito “glorioso” perante a humanidade; “um nome de blasfêmia” - ele é anti-Deus, anticristo e anti-Espírito Santo, e blasfemará e levará os povos a blasfemarem contra Deus. O espírito dele já está no mundo (1 Jo 2.18; 4.3) há mais de dois mil anos. Esse personagem sinistro já pode estar no mundo, no presente século.
b) Suas características.
Será um super-homem”, nascido de mulher (Ap 13.1, “a besta que subiu do mar”, de povos); será o líder político-espiritual. Fará grandes coisas (Dn 7.8, 20,25); enganará a terra, que clama por soluções (1Ts 2.9,10). A maioria não quer saber de Jesus, mas aceitará o Anticristo. Ele é chamado de “a Besta” (Ap 13.1), “o homem do pecado”, “o filho da perdição” (2 Ts 2.3), o “Anticristo (1 Jo 4.3), o assolador” (Dn 9.27); é “a ponta que tinha olhos” (Dn 7.8,20,25). Será uma pessoa superinteligente, com alto poder de oratória e demagogia (Ap 13.2, 5), que impressionará o mundo, como o fez Hitler na Alemanha nazista. Com capacidade diabólica, o ditador alemão convenceu um povo culto a se tornar sanguinário e destruir milhões de pessoas, como os judeus, por causa de sua raça, e eliminar doentes, deficientes, homossexuais, ciganos, todo esse crime em nome de uma raça pura . O Diabo cega os entendimentos dos ímpios (2 Co 4.4).
c) O mundo clama por um governo único.
Em 1968, foi fundado o Clube de Roma, que concluiu ser necessário que haja um governo único na terra. Isso é significativo em termos proféticos. Além disso, a situação caótica do mundo fará com que o povo busque “um salvador potente, e o Anticristo se apresentará como tal. Terá “a eficácia de Satanás (1 Ts 2.9,10). Será por excelência um líder político. Haverá uma “confederação de nações”, sob a liderança do Anticristo. Em 1957, em Roma, foram criados “Os Estados Unidos da Europa”, hoje no âmbito da Comunidade Européia, que conta, atualmente, com 28 estados-membros (2015).
Na visão de Nabucodonosor, de uma grande estátua, que representava todos os reinos do mundo, até o final dos tempos, os dez dedos da estátua representam dez reinos (Dn 2.40-43), resultantes do antigo Império Romano (o quarto animal - Dn 7.24), que estarão em evidência nos fins dos tempos; correspondem aos 10 chifres do 4º animal de Daniel 7.24 e aos 10 chifres da Besta de Apocalipse 13.1 e 17.3. Refere-se a um poder que “existiu, e que no momento não existe, mas que voltará a existir” (Ap 17.8). Trata-se de uma confederação de nações que se unirão no território do antigo Império Romano. Hoje, é identificado como a União Européia, que já tem um parlamento e uma moeda única, o Euro. O número dez, na profecia, é simbólico, e significa globalização, um todo unido em torno de ideias, objetivos e causas gerais.
2. O Número 666
Lucas 21
28 — Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima.
29 — E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira e para todas as árvores.
30 — Quando já começam a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão.
31 — Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto.
1 Tessalonicenses 5
1 — Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva;
2 — porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite.
3 — Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.
4 — Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;
9 — Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo.
Os juízos de Deus sobre o mundo no período da Grande Tribulação serão inevitáveis porque a Palavra de Deus os revela e a Igreja se fortalece na esperança de que não passará por esse período
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
A ideia prevalecente quanto à Grande Tribulação é a do Dia do Senhor. A expressão ocorre em vários textos da Bíblia como em Is 2.12; 13.6,9; Ez 13.5: 30.3; Jl 1.15; 2.1,11,31; 3.14; Am 5.18; Sf 1.7.14; Zc 14.1; Ml 4.5; At 2.20; 2Ts 2.2; 2Pe 3.10. Tem grande importância na linguagem profética da Bíblia. Por exemplo, em Sofonias 1.14-18, o Dia do Senhor aparece como juízo sobre Israel e sobre as nações nos dias da volta do Messias e, em Zacarias 14.1-4, os eventos da segunda vinda de Cristo estão no contexto do programa do Dia do Senhor.
[Pr.Claudionor Corrêa de Andrade] - A Grande Tribulação será após o arrebatamento da Igreja. Não há qualquer base bíblica que fundamente a ideia de que a Igreja passará por aqueles tenebrosos e angustiantes dias. Segundo a visão pré-tribulacionista, a Igreja, tanto os santos que agora dormem no Senhor, quanto os que estiverem vivos na ocasião do arrebatamento, serão retirados da terra “antes” de se iniciar a 70ª Semana de Daniel. Entretanto, alguns negam esta realidade, são: os mesotribulacionistas (acreditam que a Igreja será arrebatada no final do primeiro período da Tribulação); e os pós-tribulacionistas (que admitem a passagem da Igreja pela Grande Tribulação, sendo arrebatada na manifestação de Jesus em Glória).
A Igreja de Cristo está isenta deste período profético pelas seguintes razões:
- Ela será arrebatada antes (2 Ts 2.3,6-8);
- é a Noiva do Cordeiro, não será maculada (2 Co 11.2);
- é luz e sal da terra, não ficará nas trevas espirituais (Mt 5.13,14);
- é santa, não sofrerá nas mãos do iníquo (2 Ts 2.8);
- tem o penhor e o selo do Espírito Santo (Ef 1.13,14);
- e guarda com paciência a Palavra de Deus (Ap 3.10).
A Grande Tribulação será um tempo de angústia e aflição que virá sobre a Terra.
I. O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO
1. O sentido da palavra “tribulação” na Bíblia.
Na língua grega do Novo Testamento, tribulação aparece como thilipsis que significa “colocar uma carga sobre o espírito das pessoas”. Na tradução Vulgata Latina, a palavra é tribulum e se refere a uma espécie de grade para debulhar o trigo. Ou seja: instrumento que o lavrador usa para separar o trigo da sua palha. A ideia figurada, aqui, é a de afligir, pressionar.
Analisada à luz do contexto bíblico, a palavra pode referir-se tão-somente a um tipo de pressão, aflição ou angústia que se passa na vida cotidiana. Outras vezes, tem o sentido escatológico.
Definição.[Pr.Claudionor Corrêa de Andrade] A Grande Tribulação é o período de maior angústia da história humana, em que os ímpios serão obrigados a reconhecer quão terrível é cair nas mãos do Deus vivo. Na língua hebraica, a palavra angústia é particularmente forte: tsará, que significa, ainda, necessidade e esposa rival. Evoca este termo as contendas que havia, por exemplo, entre Penina e Ana, que levaram esta a uma aflição quase que indescritível (1 Sm 1.15).
2. O sentido da expressão Grande Tribulação.
A expressão é essencialmente escatológica. No Antigo Testamento é identificada por outros nomes tais como “o dia do Senhor” (Sf 1.14-18; Zc 14.1-4); “a angústia de Jacó” (Jr 30.7); “a grande angústia” (Dn 12.1); “o dia da vingança” (Is 63.1-4); “o dia da ira de nosso Deus” (ira do Cordeiro-Ap 6.15-17). No Novo Testamento, a expressão ganha maior sentido com o próprio Senhor Jesus ao identificar aquele tempo como período de “grande aflição” (Mt 24.21), depois em Ap 7.14, como Grande Tribulação.
3. Estará a Igreja na Grande Tribulação?
Existem duas linhas de entendimento acerca desse assunto: uma acredita que a Igreja não estará no primeiro período da Grande Tribulação; outra afirma que a Igreja sofrerá no primeiro período da Grande Tribulação. Os partidários do arrebatamento da Igreja depois da Grande Tribulação insistem que os rigores da tribulação são exclusivamente para Israel. Porém, entendemos que o arrebatamento dos santos em Cristo se dará, nem na metade nem depois da tribulação, mas exatamente antes dela, para livrar a Igreja desse inigualável tempo de sofrimento (1Ts 1.10; 3.10).
Podemos perceber que os juízos catastróficos de Deus sobre Israel e o mundo naqueles dias só terão início depois que a Igreja for retirada da Terra. Até o capítulo 5 de Apocalipse se fala da Igreja, mas no capítulo 6, quando se iniciam os juízos, a Igreja não mais aparece, senão no capítulo 19.
Os partidários da ideia de que a Igreja estará na primeira metade da Grande Tribulação confundem essa metade, que será de uma falsa paz negociada entre Israel e o Anticristo (Dn 9.27). Não cremos que a Igreja necessite da paz do Anticristo bem como não podemos interpretar o cavaleiro do cavalo branco de Ap 6.2 como sendo Cristo, uma vez que na seqüência do texto os outros cavalos e seus cavaleiros são demonstrações dos juízos divinos (Ap 6.2-8).
II. PROPÓSITOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Dois principais propósitos se destacam:
- o primeiro é levar Israel a receber o seu Messias;
- o segundo é trazer juízo sobre todo o mundo, especialmente, sobre as nações incrédulas.
1. Levar Israel a receber o Messias.
O profeta Jeremias profetizou que esse tempo seria identificado como “o tempo da angústia de Jacó” (Jr 30.7). Revela que será um tempo especialmente para os filhos de Jacó, isto é, Israel. Todos os eventos desse período são indicados na Bíblia, como “o povo de Daniel”, “a fuga no sábado”, “o templo e o lugar santo”, “o santuário”, “o sacrifício”, e outras mais. São expressões típicas da experiência política e religiosa de Israel. Portanto, antes de qualquer outra coisa, esse período é especialmente para o povo judeu.
Outrossim, o propósito de Deus para com Israel na tribulação é o de trazer conversão a esse povo, porque parte dele se converterá e entrará com o Messias no reino milenial (Ml 4.5,6).
Quando o Messias surgir, não só os judeus povoarão a Terra, mas uma multidão de gentios se converterá pela pregação do remanescente judeu (Mt 25.31-46; Ap 7.9), e entrará no reino milenial de Cristo.
2. Trazer juízo sobre o mundo.
Ap 3.10 revela esse propósito quando fala a igreja de Filadélfia: “também eu te guardarei da hora da angústia que há de vir sobre o mundo inteiro”. A mensagem é para a Igreja e dá a garantia de que será guardada daquele tempo. Mais uma vez compreende-se que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Entendemos que esse período alcançará a todas as nações da Terra (Jr 25.32,33; Is 26.21; 2Ts 2.11,12), e Deus estará julgando-as por sua impiedade. Diz a Bíblia que as nações da Terra terão sido enganadas pelo ensino da grande meretriz religiosa, chamada Babilônia (Ap 14.8), e seguido ao Falso Profeta na adoração a Besta (Ap 13.11-18). Esses juízos virão para purificar a Terra e, quando o Messias assumir o comando mundial de governo, haverá paz e justiça.
III. O TEMPO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Não há texto bíblico mais explícito quanto ao tempo da Grande Tribulação do que a profecia de Daniel 9.24-27 acerca das setenta semanas determinadas por Deus para a manifestação dos juízos de Deus sobre Israel e sobre o mundo.
1. O que são as setenta semanas.
A identificação começa com Dn 9.24: “Setenta semanas estão determinadas”. A palavra semana interpreta-se como semana de dias. O número sete indica a quantidade de dias da referida semana. Porém, a palavra dia interpreta-se como ano. Cada dia equivale a um ano e, sete dias multiplicados por setenta (70 x 7) dá o total de 490 anos.
2. Os três períodos das 70 semanas.
O primeiro período de sete semanas, equivalente a 49 anos, teve o seu início no reinado de Artaxerxes através de Neemias, copeiro-mor (Ne 2.1,5,8), quando pediu ao rei para voltar à sua terra e reedificar a cidade e os seus muros. Ocorreu em 445 a.C. quando foi dada a ordem “para restaurar e reedificar Jerusalém” (Dn 9.25).
O segundo período de 62 semanas, equivalente a 434 anos, refere-se ao tempo do fim do Antigo Testamento até a chegada do Ungido, o Messias. Nesse período, o Ungido seria rejeitado e ultrajado pelo seu povo, e morto (Dn 9.26). Cumpriu-se esse segundo período até o ano 32 d.C, quando Cristo, o Ungido, foi rejeitado e morto pelos judeus. Até então, 69 semanas (ou 483 anos) se cumpriram.
O terceiro período abrange “uma semana” (7 anos) conforme está no texto de Dn 9.27. Misteriosamente, acontece um intervalo profético na seqüência natural das 70 semanas identificado como os tempos dos gentios (o nosso tempo), no qual se destaca, especialmente, a Igreja constituída de um povo remido por Jesus e que está em evidência até o seu arrebatamento para o céu. Terá início, em seguida, a última semana, a 70ª.
3. A última semana profética.
No texto de Dn 9.26 surge “um povo e um príncipe” que virão para assolar e destruir Israel sob “as asas das abominações”. Esse príncipe não é outro senão “o assolador”, o “Anticristo”, “o homem do pecado” e “o príncipe que há de vir” (Dn 9.26). Ele fará uma aliança com Israel “por uma semana” (Dn 9.27). Virá com astúcia e inteligência. Sua capacidade de persuasão será enorme e, na aliança que fará com Israel, não terá a plena aprovação desse povo. Sua tentativa será a de restabelecer a paz, sobretudo no Oriente Médio oferecendo um tratado. O mundo todo o honrará e o admirará naqueles dias. Ele se levantará de uma força política mundial, uma confederação européia, que, na linguagem figurada da profecia, aparece como “um chifre pequeno” que surge do meio de “dez chifres” do “animal terrível e espantoso”, conforme Dn 7.8. Esse “animal terrível e espantoso” pode ser identificado como o sistema europeu, equivalente ao antigo Império Romano.
Num breve espaço, “metade da semana” (três anos e meio), esse líder alcançará o apogeu do seu domínio mundial e então haverá uma falsa paz. Nesse momento se dará o rompimento da aliança com Israel. O príncipe, embriagado pelo poder político, entrará em Israel e então se iniciará “a grande angústia de Israel” (2Ts 2.4; Ap 13.8-15), a Grande Tribulação.
IV. QUEM PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO
Há dois grupos distintos que passarão pela Grande Tribulação:
1. Os judeus que não tiverem aceitado a Cristo.
“Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.1-7). Leia também Apocalipse 12.1-7. Nesta passagem, Israel é tipificado pela mulher que, perseguida pelo dragão, vai procurar refúgio no deserto. E o dragão, que é o próprio Diabo, buscando sempre arruinar os planos de Deus, sai para fazer guerra aos descendentes da mulher que se acham espalhados pelo mundo.
2. Os gentios.
“Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9,13,14). Nesta passagem, somos apresentados aos gentios que serão salvos durante a Grande Tribulação.
V. AS QUATRO FASES DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Durante a 70ª Semana de Daniel, na qual situa-se a Grande Tribulação, haverá quatro fases distintas:
1. A falsa paz oferecida pelo Anticristo.
“E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer” (Ap 6.2).
Não podemos confundir este cavaleiro com o Senhor Jesus Cristo que, em Apocalipse 19.11, aparece gloriosamente, voltando à terra para implantar o Reino de Deus (Ap 19.11). A paz a ser oferecida pelo Anticristo é ilusória e passageira (1 Ts 5.3).
2. A guerra.
“E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada” (Ap 6.4).
3. A fome.
“E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho” (Ap 6.5,6).
4. A morte.
“E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra” (Ap 6.7,8).
Os quatro primeiros selos do Apocalipse são uma admirável síntese do que ocorrerá durante a Grande Tribulação. Em primeiro lugar, há a falsa paz oferecida pelo Anticristo. Paz esta, aliás, que, por ser estabelecida com base na injustiça, acabará por gerar guerras e desinteligências entre as nações. Como acontece em períodos de conflagrações, os conflitos armados trarão a fome que, por seu turno, haverá de gerar epidemias e pestilências.
VI. HAVERÁ SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO
Quando se estuda a Grande Tribulação, a pergunta é inevitável: haverá salvação neste período?
O livro do Apocalipse mostra dois grupos distintos de salvos: os israelitas e os gentios (Ap 7.4-14). Isto significa que, apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia continuará a ser divulgada em escala mundial. Enganam-se, portanto, os que afirmam que, após o arrebatamento da Igreja, as Sagradas Escrituras perderão a sua inspiração sobrenatural e única. Tal ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico. Afirma o profeta Isaías: “Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40.8).
veja também Os 144 mil e As duas Testemunhas
CONCLUSÃO
A Grande Tribulação não se destina à Igreja de Cristo e, sim, para o povo de Israel e o mundo gentio. Todos os juízos de Deus profetizados terão o seu cumprimento. Ninguém sabe quando se dará o arrebatamento da Igreja findando o parêntese profético entre a 69ª semana e 70ª. Não sabemos o dia da volta do Senhor, mas sabemos que é a nossa missão principal — pregar o Evangelho e dar testemunho de Cristo diante dos homens.
Que jamais venhamos nos esquecer da recomendação bíblica: “Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.22,23).
Subsídio Teológico I
O que Vai Acontecer na Grande Tribulação
1. O Anticristo se Manifestará
a) Quem é ele?
Será o governante mundial, um ditador ardiloso, que usará toda a sua influência para obter o apoio dos povos. O Anticristo é a besta que João viu que subiu “do mar”; “mar”, na tipologia bíblica, significa povos (Lc 21.25): E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia” (Ap 13.1). “Sete cabeças” - um homem superinteligente; “dez chifres” - poder global; dez diademas - será muito “glorioso” perante a humanidade; “um nome de blasfêmia” - ele é anti-Deus, anticristo e anti-Espírito Santo, e blasfemará e levará os povos a blasfemarem contra Deus. O espírito dele já está no mundo (1 Jo 2.18; 4.3) há mais de dois mil anos. Esse personagem sinistro já pode estar no mundo, no presente século.
b) Suas características.
Será um super-homem”, nascido de mulher (Ap 13.1, “a besta que subiu do mar”, de povos); será o líder político-espiritual. Fará grandes coisas (Dn 7.8, 20,25); enganará a terra, que clama por soluções (1Ts 2.9,10). A maioria não quer saber de Jesus, mas aceitará o Anticristo. Ele é chamado de “a Besta” (Ap 13.1), “o homem do pecado”, “o filho da perdição” (2 Ts 2.3), o “Anticristo (1 Jo 4.3), o assolador” (Dn 9.27); é “a ponta que tinha olhos” (Dn 7.8,20,25). Será uma pessoa superinteligente, com alto poder de oratória e demagogia (Ap 13.2, 5), que impressionará o mundo, como o fez Hitler na Alemanha nazista. Com capacidade diabólica, o ditador alemão convenceu um povo culto a se tornar sanguinário e destruir milhões de pessoas, como os judeus, por causa de sua raça, e eliminar doentes, deficientes, homossexuais, ciganos, todo esse crime em nome de uma raça pura . O Diabo cega os entendimentos dos ímpios (2 Co 4.4).
c) O mundo clama por um governo único.
Em 1968, foi fundado o Clube de Roma, que concluiu ser necessário que haja um governo único na terra. Isso é significativo em termos proféticos. Além disso, a situação caótica do mundo fará com que o povo busque “um salvador potente, e o Anticristo se apresentará como tal. Terá “a eficácia de Satanás (1 Ts 2.9,10). Será por excelência um líder político. Haverá uma “confederação de nações”, sob a liderança do Anticristo. Em 1957, em Roma, foram criados “Os Estados Unidos da Europa”, hoje no âmbito da Comunidade Européia, que conta, atualmente, com 28 estados-membros (2015).
Na visão de Nabucodonosor, de uma grande estátua, que representava todos os reinos do mundo, até o final dos tempos, os dez dedos da estátua representam dez reinos (Dn 2.40-43), resultantes do antigo Império Romano (o quarto animal - Dn 7.24), que estarão em evidência nos fins dos tempos; correspondem aos 10 chifres do 4º animal de Daniel 7.24 e aos 10 chifres da Besta de Apocalipse 13.1 e 17.3. Refere-se a um poder que “existiu, e que no momento não existe, mas que voltará a existir” (Ap 17.8). Trata-se de uma confederação de nações que se unirão no território do antigo Império Romano. Hoje, é identificado como a União Européia, que já tem um parlamento e uma moeda única, o Euro. O número dez, na profecia, é simbólico, e significa globalização, um todo unido em torno de ideias, objetivos e causas gerais.
2. O Número 666
A Besta tem “sinal”, “nome” e “número” (Ap 13.17). Mas a Bíblia só revela o seu número simbólico. Será uma identificação dos moradores da terra, na Grande Tribulação. O governo ditatorial do Anticristo vai numerar as pessoas para ter sobre elas o controle total. Quem não aceitar ter esse número marcado ou tatuado em seu corpo não poderá sobreviver. Primeiro, porque quem não adorar a Besta será morto: “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta” (Ap 13.15). Em segundo lugar, porque quem não tiver a identificação da Besta não poderá comprar nem vender qualquer coisa: “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome” (Ap 13.16,17).
Na tipologia bíblica, o número 6 é o número do homem. Em seis dias, Deus fez o homem (ser humano). A repetição do número 6 equivale a uma dízima periódica, que pode repetir-se indefinidamente, sem nunca chegar a 7, que é o número da perfeição, o número de Deus. Isso quer dizer que o Anticristo será um homem, exaltado ao extremo, com pretensões de ser igual a Deus, como o fez Lúcifer. Esse número, ou código, certamente, será o meio pelo qual o governo do Anticristo controlará todas as pessoas, desde o seu nascimento até a morte.
Ao que tudo indica, a tecnologia do código controlador de pessoas já está em andamento. Um novo sistema de cartão de crédito já está sendo utilizado. Esse sistema foi criado em 1993, na Inglaterra. Funciona com a implantação de um “chip” (“VeriChip”, ou bio-chip ) no corpo humano. Pesquisas constataram que os lugares mais apropriados para o implante são a testa ou sob a pele da mão direita. Já foi desenvolvida uma seringa que implanta o chip sob a pele de seres humanos. Executivos de multinacionais já estão usando o chip inteligente , do tamanho de um grão de arroz, pois permite que sejam localizados imediatamente, em caso de sequestros. Em alguns países, pais já estão implantando o dispositivo eletrônico em seus filhos, para que sejam localizados em caso de sequestros ou por outras razões. Vejamos o que diz a Bíblia:
“E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome” (Ap 13.16,17).
Não vale a pena o crente viver descuidado, sem ter compromisso sério com Deus, com sua Palavra e com sua Igreja. O fato de ser membro da Assembleia de Deus ou de qualquer outra denominação evangélica não garante a salvação. Quem não for santo não subirá ao encontro de Jesus (1Ts 4.17; 5.23). Ficará na Terra e experimentará os horrores da Grande Tribulação.
3. O Falso Profeta Estará em Ação
Será um homem (a Besta que veio da terra - de entre os homens Ap 13.11,18). Será o líder religioso, a terceira pessoa da trindade satânica. Fará grandes milagres. Imporá que todos tenham o sinal da Besta, o número 666 (Ap 13.16,17). Procurará imitar o Espírito Santo, e será o líder religioso que cooperará com o Anticristo.
Juntamente com o Diabo, eles constituirão a trindade satânica, que dominará o mundo após o arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus Cristo. Como os homens, ao longo da História, em sua maioria, preferiram servir ao Diabo, Deus dará liberdade para que este tenha total poder sobre suas vidas. Ele atuará com seus demônios (Ef 6.12; Ap 12.9; 9.1,3; 12.12); os homens passarão por sofrimentos inimagináveis, e saberão o quanto perderam por terem rejeitado a Cristo. A base do governo da trindade satânica serão as nações historicamente oriundas do antigo Império Romano. No sonho de Nabucodonosor, essas nações eram representadas pelos dez dedos da estátua, ou na visão da Besta com dez chifres, que representam dez reis que se levantarão contra Deus, e serão vencidos (Dn 7.7,8,19,27). (Veja Ap 13.1,2; 17.11,13). Haverá um caos e anarquia total, pois o mal terá pleno curso no coração das pessoas. O desespero será tão grande que as pessoas aceitarão as propostas e ameaças do Anticristo para tentarem sobreviver.
Subsídio Teológico II
Aspectos da
natureza da Grande Tribulação:
1. Base na
profecia bíblica.
Esse assunto não é
uma invenção dos teólogos. Ele tem todo o seu respaldo nas Escrituras.
No
Antigo e no Novo Testamentos vemos toda a linha de revelação expressa na
presciência divina. Para termos um conhecimento amplo dessa revelação devemos
estudar Dt 4.30,31; Is 2.19; 24.1,3, 6.19-21; 26.20,21; Jr 30.7; Dn 9.27; 12.1;
Jl 1.15; 2.1,2; Am 5.18,20; Sf 1.14.15,18; Mt 24.21,22; Lc 21.25,26; 1Ts 5.3;
Ap 3.10.
Todos esses textos falam da Grande Tribulação identificada por termos como “castigo”, “quebrantamento”, “indignação”, “angústia de Jacó”, “destruição do Todo-Poderoso”, “dia de trevas e obscuridade”, “tempo de ira”, “angústia das gentes”, “prova”, “ira do Cordeiro”, etc
Todos esses textos falam da Grande Tribulação identificada por termos como “castigo”, “quebrantamento”, “indignação”, “angústia de Jacó”, “destruição do Todo-Poderoso”, “dia de trevas e obscuridade”, “tempo de ira”, “angústia das gentes”, “prova”, “ira do Cordeiro”, etc
2. O
caráter.
Será um período da
manifestação da ira de Deus contra o pecado, especialmente, contra Israel. Esse
período é identificado nas Escrituras como:
“tempo de ira” (Sf 1.15,18; 1Ts
1.10; 5.9; Ap 6.16,17; 11.18; 14.10,19; 15.1,7; 16.1,19);
“tempo de juízo” (Ap
14.7; 15.4; 16.5,7; 19.2);
“tempo de indignação” (Is 26.20,21; 34.1-3);
“tempo
de prova” (Ap 3.10);
“tempo de angústia” (Jr 30.7; Sf 1.14,15; Dn 12.1);
“tempo
de destruição” (Jl 1.15; 1Ts 5.3);
“tempo de trevas” (Jl 2.2; Am 5.18; Sf
1.14-18);
“tempo de desolação” (Dn 9.27; Sf 1.14,15);
“tempo de transtorno” (Is
24.1-4,19-21);
“tempo de castigo” (Is 24.20,21). Na verdade, será um tempo
inevitável e nada poderá aliviar a severidade daqueles dias sobre a terra.
Subsídio Doutrinário
Os três períodos
distintos das 70 semanas são: um período de sete semanas; o segundo
período de 62 semanas e o terceiro período de uma semana. No entanto, dentro
destes três períodos de tempos, pode-se, ainda, destacar duas etapas distintas
(Dn 9.24).
A primeira que
começa nos dias de Daniel até Cristo, no Calvário. Nesse período inicial três
fatos distintos deveriam acontecer: “cessar a transgressão”, “dar fim aos
pecados” e “expiar a iniquidade”. Somente Cristo podia realizar essa tríplice
obra e Ele assim fez cabalmente.
Entre a primeira
etapa e a seguinte há um intervalo profético, que já dura quase 2.000 anos e no
qual prevalece a Igreja.
A segunda etapa é futura e se refere ao que Cristo fará na Sua segunda volta como o Messias esperado de Israel, na instalação do reino milenial sobre a Terra. Esse tempo é identificado pelas expressões finais do texto de Dn 9.24, as quais dizem que Ele haveria de "trazer a justiça eterna", "selar a visão e a profecia" e "ungir o Santo dos santos".
Fonte:
I,II,III,Conclusão - Escatologia- O estudo das últimas coisas - Comentarista: Elienai Cabral - 3ºtrim/1998
IV,V,VI - Vem o fim, o fim vem. A doutrina das últimas coisas - Claudionor Corrêa de Andrade - 4ºtrim/2004
Subs.Teológico I - O final de todas as coisas -Livro Apoio- A Grande Tribulação - Elionaldo Renovato - 1ºtrim/2016
Menzies, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Uma perspectiva Pentecostal.CPAD.1995
Stanley Horton - Doutrinas Bíblicas - CPAD
O Calendário da Profecia - CPAD
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia Defesa da Fé
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