Hc 3.2
“Aviva, ó Senhor - O profeta sabia que o povo não sobreviveria se o Senhor não intervisse com uma nova manifestação do seu Espírito. Somente assim a vida espiritual dos fiéis seria preservada, por isso o clamor. Tal fato fica ainda mais evidente quando Habacuque diz para que Deus, na ira, em meio à aplicação do seu juízo, não se esqueça da misericórdia. Ele está querendo dizer com isso que só a misericórdia divina poderá preservar o justo em tempos de aflição e angústia. Sem a Sua misericórdia, o povo haveria de perecer.” [1]
O avivamento só é possível através do estudo amoroso, persistente e sistemático da Bíblia Sagrada.
A doutrina bíblica deve ser contemplada pelos fiéis (Sl 119.18); desejada piedosamente (Sl 119.29,174); amada (Sl 119.97); obedecida (Sl 119.34); e não deve ser esquecida no momento da perseguição (Sl 119.61).
O termo hebraico traduzido por “avivar” em Hc 3.2, aparece em diversos textos do Antigo Testamento com o sentido de “viver”, “ter vida”, “ser vivificado”, “restaurar”, “curar”, entre outros importantes sentidos — todos traduzem o verbo hāya, “viver” ou “ter vida”. Portanto, avivamento, no contexto de Habacuque, contempla tanto o sentido imediato de reviver, renovar; quanto o sentido escatológico de pôr em execução o programa salvífico de Deus (Hc 1.5-2; At 2.16-21).
introdução
Certa feita, declarou Charles Finney: “Todos os ministros devem ser ministros de avivamento, e toda pregação deve ser pregação de avivamento”. Um ministro de avivamento é um obreiro comprometido com o ensino sistemático da Bíblia.
I. O QUE É O AVIVAMENTO
O avivamento pode ser definido como o retorno aos princípios que caracterizavam a Igreja Primitiva. É o retorno à Bíblia como a nossa única regra de fé e prática. É a retomada da oração como a mais bela expressão do sacerdócio universal do crente. É o regresso à Grande Comissão, cujo lema continua a ser: Até aos confins da Terra.
II. HABACUQUE E O AVIVAMENTO (Hc 3.2)
O profeta roga ao Senhor que desperte os judeus a reerguerem-se como sua particular herança, a fim de que proclamem o seu conhecimento entre as nações.
III. O AVIVAMENTO E A PALAVRA DE DEUS
O avivamento promovido pelo bom rei Josias teve início com a descoberta do Livro da Lei na Casa do Senhor (2 Rs 22.8).
1. Um avivamento superficial (2 Rs 23.25).
Infelizmente, não teve esse avivamento resultados permanentes; morrendo o rei, morreu o avivamento (2 Rs 23.31-37). Em menos de vinte anos, voltava Judá aos antigos pecados, forçando o Senhor a entregá-lo nas mãos dos babilônios (2 Rs 24.1-7).
2. Um avivamento mais duradouro.
Depois de um exílio de setenta anos, voltaram os filhos de Judá à sua herdade (Ed 1.1-11). E sob a liderança de homens como Zorobabel e Neemias, começaram a ser instruídos por Esdras na Lei de Deus. Leia Neemias 8.
Revendo a História Sagrada, constatamos: o avivamento foi mais do que suficiente para conduzir os judeus por todos aqueles anos de silêncio profético até que, no deserto da Judéia, fosse ouvida a voz de João Batista, anunciando a chegada do Reino de Deus com a vinda de Jesus Cristo (Mt 3.1-11).
IV. O ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS
Do capítulo oito de Neemias, concluímos: o que se deu em Judá, após o cativeiro e depois de reconstruído o Santo Templo, foi um grande avivamento espiritual. Os judeus foram despertados pelo ensino amoroso e persistente da Palavra de Deus.
1. O anseio do povo pelo ensino da Palavra.
O povo ansiava por ser instruído na Palavra de Deus (Ne 8.1).
2. O compromisso de Esdras com a Palavra.
Se por um lado, ansiava a nação pelo ensino da Palavra de Deus; por outro, os seus líderes, tendo à frente Neemias, o governador, e Esdras, um sacerdote e escriba versado na Lei de Deus, achavam-se comprometidos com a Palavra. Observemos o compromisso de Esdras com o ensino das Sagradas Escrituras (Ne 8.2).
3. O ensino persistente da Palavra.
A carência espiritual do povo era tão flagrante, que a instrução bíblica estendeu-se da alva ao meio dia (Ne 8.3).
4. A explicação da Palavra.
Embora erudito, Esdras não se estendeu à erudição; através de sua didática magna, tornava o ensino da Palavra de Deus inteligível e claro para toda a nação (Ne 8.8).
5. O avivamento que vem do ensino da Palavra.
Já devidamente instruído na Palavra de Deus, o povo pôs-se a chorar; a Palavra de Deus era irresistível; o avivamento havia chegado. Entretanto, o que era choro, converteu-se em júbilo (Ne 8.12).
CONCLUSÃO
De acordo com Arthur Wallis, o avivamento é a intervenção divina no curso normal das coisas.
No tempo de Esdras, o avivamento veio através do ensino das Sagradas Escrituras. Portanto, se quisermos igrejas avivadas, comecemos pela Palavra de Deus. Sem ela, não pode haver avivamento.
...mais sobre o HABACUQUE
profeta do Antigo Testamento
Seu nome - em sua tradução significa "abraço"; ou ainda "abraçado por Deus";
Seu Livro - escrito pelo próprio profeta, contém 3 capítulos - Um dos Profetas Menores;
Contemporâneo de Sofonias e Jeremias;
Data - provavelmente, tenha sido escrito durante o intercalo entre a queda de Nínive, em 612 a.C. e a queda de Jerusalém, em 586 a.C..
A declaração Hc 2:4 "...mas o justo pela sua fé viverá." inspiração para o Apostolo Paulo (Rm 1:17); inspiração para Martin Lutero - Reforma Protestante.
Subsídio Teológico
“O significado da fé em Habacuque
Além de estar dizendo claramente que os justos de Judá, apesar do sofrimento pelo qual passarão no ataque caldeu, serão poupados (como aconteceu com Jeremias, Daniel e tanto outros), o Senhor mostra ao profeta que sua compreensão concernente à vida espiritual ainda era superficial. Ainda faltava a Habacuque considerar alguns aspectos essenciais da vida com Deus. Sua Teologia ainda ignorava nuanças vitais, e que agora são sintetizadas para o profeta em uma única frase: ‘O justo viverá pela sua fé’.
O justo não vive pelo que vê, sente, percebe, imagina ou pensa, mas pela fé. ‘Porque andamos por fé e não por vista’ (2 Co 5.7). Não que essas coisas não sirvam, vez por outra, para alimentar a nossa fé, mas não podem ser considerados fundamentos para ela. Nossa fé está fundamentada no próprio Deus, em sua Palavra. O justo está baseado nela” (DANIEL, S. Habacuque: A vitória da fé em meio ao caos. 1 ed. RJ: CPAD, 2005, p.90).
"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas. (Para o cantor-mor sobre os meus instrumentos de corda)." Habacuque 3:17-19
[1]Daniel, S. Habacuque. A vitória da fé em meio ao caos. RJ:CPAD,2005, pag.143
A paz Pr Ismael neste nossos dias que estamos vivendo precisamos cada dia mais da palavra de Deus, pois e ela que nos traz o avivamneto sem a palavra de Deus nao a avivamento, Deus continue lhe usando cada dia mais.
ResponderExcluirA Paz do Senhor meu nobre amigo Deno Lemes.
ExcluirQue o Espírito Santo nos capacite a cada dia. Aleluia!
Obrigado pela rica participação.
abraço fraterno
Pastor Ismael
Glória Deus!!! Creio que a igreja do SENHOR marchar triunfante em fé
ResponderExcluirAmem
ExcluirGloria a Deus
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