“E disse-me:
Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.
E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus”
Ap 19.9
Leitura Bíblica: Mateus 22. 1-14
Após o episódio do
julgamento das obras no Tribunal de Cristo, virá o tempo das Bodas do Cordeiro.
Antes de prosseguir a explicação, dê uma relembrada no caminho que você já fez
com a classe ao longo das seis lições anteriores. Por intermédio do gráfico, abaixo,
mostre a dimensão linear dos acontecimentos, lembrando que a imagem é apenas
para fins didáticos:
Então, explique a classe que até o momento,
apesar de não termos visto ainda o tema da Grande Tribulação, vimos um evento
que ocorrerá paralelamente à Grande Tribulação, o Tribunal de Cristo, e, nesta
lição, nos deteremos ao outro evento que ocorrerá simultaneamente a Grande
Tribulação: As Bodas do Cordeiro.
A palavra “bodas” quer dizer: enlace
matrimonial, casamento, festa ou banquete em que se celebram as núpcias. É um
momento de festa e de alegria o noivo e a noiva que farão um voto de casamento
até que a morte os separe. Na Escatologia Bíblica, o período que lembra esse
momento íntimo entre o noivo e a sua noiva, isto é, Jesus Cristo e a sua Igreja.
Em uma passagem dos Evangelhos, quando
próximo da sua crucificação, na verdade em sua última Páscoa com os discípulos,
nosso Senhor disse: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei
deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus”
(Mc 14.25). É bem significativo que o apóstolo João escreva no livro do
Apocalipse esta mensagem: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das
bodas do Cordeiro” (19.9). O cumprimento dessa bem-aventurança se dá exatamente
no advento das Bodas do Cordeiro.
Nas Bodas do Cordeiro, os crentes foram
plenamente adornados de atos de justiça, pois já estiveram diante do Tribunal
de Cristo, foram ressuscitados, transformados e levados ao céu. Assim como
temos um momento de intimidade com Cristo por intermédio da comunhão da Ceia do
Senhor, as Bodas do Cordeiro é o momento mais íntimo de Cristo com a sua
Igreja. É o tempo de refrigério, de glória, de graça e de alegria. É um tempo
que marcará a consumação da redenção dos santos. Portanto, de fato, é
bem-aventurado quem passa pelas Bodas do Cordeiro. O momento do nosso encontro
com Jesus Cristo, o Rei dos reis, é o momento para além da história, em que
todo crente estará para sempre com o Senhor. - Revista Ensinador Cristão - Ed.65-pg.39.
Nas Bodas do Cordeiro todos os salvos em Jesus Cristo estarão reunidos e viverão para sempre com o Senhor.
No cenário dos
fins dos tempos, segundo a Palavra de Deus, já sabemos que o próximo acontecimento
cósmico será o arrebatamento da Igreja de Jesus Cristo. “Jesus vem breve!” É o
brado, mesmo silencioso, nas igrejas que amam a sua vinda. Em tempos passados,
essa frase estava na parte superior dos púlpitos das igrejas Assembleias de
Deus em todo o Brasil. Com os anos, houve igrejas que reduziram-na para apenas
“Jesus Vem”; depois, em muitos lugares, resumiu-se numa palavra: “Jesus”.
Alguém, não se sabe com que inspiração ou motivo, entendeu que era “mais
elegante”, “soava melhor”, colocar apenas o nome de Jesus. Nome maravilhoso,
acima de qualquer nome. Contudo, o alerta para a volta de Jesus deve ser uma
constante proclamação por parte de sua Igreja.
Porém, nas igrejas
mais conservadoras, a frase completa, alertando a todos que entram no templo,
continua como alerta eloquente, lembrando que a vinda de Jesus se aproxima para
o arrebatamento da Igreja. Mas para que Ele vem? Todos sabemos. Ele vem como
Noivo para buscar a sua Noiva para as “Bodas do Cordeiro”, e viver com ela para
sempre, na eternidade. Após galardoar seus servos fiéis, no seu Tribunal, Jesus
introduzirá a Igreja nas mansões celestiais, onde a espera para servir a grande
Ceia, em sua festa nupcial. “Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o
Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará
assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá” (Lc 12.37).
Naquele momento
glorioso, os salvos de todos os lugares do mundo, em todos os tempos, ao longo
da História, estarão reunidos, sob os olhares dos milhões de anjos, querubins,
serafins e demais seres celestiais, participando da celebração do maior evento
nupcial do universo. Haverá os que, na terra, nunca foram convidados para um
casamento sequer; haverá os que nunca foram chamados para ser testemunhas de
nenhum casamento, nas igrejas; haverá os que sequer fizeram uma pequena festa
em seu casamento, por falta de condições; haverá os que foram deserdados por
seus pais, por serem fiéis a Cristo; haverá os que foram perseguidos e até
torturados por amor a Cristo, por não negarem o nome de Jesus.
Haverá os que não
passaram por tantas agruras em sua vida, servindo a Deus, mas foram igualmente
fiéis. Sim, porque a “prova” da bonança é fatal para muitos crentes. A ilusão
das riquezas permitidas ou concedidas por Deus faz com que muitos percam de
vista a expectativa da vinda de Jesus. E passam a ter uma vida de prazeres
carnais, de hipocrisia e de fachada, no meio das igrejas. Se não se
arrependerem e voltarem ao “primeiro amor” (Ap 2.4), ficarão para trás. Não
estarão no Tribunal de Cristo para serem premiados por suas obras, nem
participarão das Bodas do Cordeiro. Que Deus nos guarde ante a proximidade da
volta de Jesus, que façamos parte da “Igreja que vai subir”, e não da que vai
ficar.
Após galardoar seus servos fiéis, no seu Tribunal, Jesus conduzirá a Igreja às mansões celestiais, onde será servida a grande Ceia do Senhor.
I - O Significado
das Bodas do Cordeiro
1. O que Será
Será o maior
evento matrimonial do universo. Os chamados “casamentos do século” nem de longe
podem comparar-se às Bodas do Cordeiro. Jesus previu esse acontecimento: “E eu
vos destino o Reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha
mesa no meu Reino” (Lc 22.29,30). Na visão do Apocalipse, João teve o
privilégio de registrar o anúncio do grande acontecimento, que marcará para
sempre a união entre Cristo e sua Igreja. Será o encontro glorioso, já nos
céus, entre Cristo e sua Igreja amada: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e
demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se
aprontou” (Ap 19.7). Há uma tradução que diz: “a sua noiva se aprontou”.19
2. Quem
Participará das Bodas do Cordeiro?
Milhões e milhões
de salvos entrarão nas Bodas do Cordeiro. João viu a multidão incalculável de
remidos por Cristo, que estarão com Ele nos céus: “E cantavam um novo cântico,
dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto
e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo,
e nação” (Ap 5.9). A Noiva do Cordeiro (a Igreja) será composta dos cristãos
verdadeiros, e os crentes de todas as épocas, incluindo os que morreram fiéis a
Deus, no Antigo Testamento, sobre quem o sacrifício de Cristo teve efeito
retroativo. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do
Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade
pelas portas” (Ap 22.14).
Serão os que forem
arrebatados, na volta de Jesus. Como vimos no capítulo 5, os mortos em Cristo
ressuscitarão e terão o privilégio de subir primeiro ao encontro de Jesus,
seguidos dos que estiverem vivos e serão transformados. “Porque o mesmo Senhor
descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e
os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor
nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16,17).
3. Quem Ficará de
Fora
O Apocalipse nos
diz quem não entrará na nova Jerusalém. Quem não puder entrar lá é porque não
terá sido arrebatado. “E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para
dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim,
o Primeiro e o Derradeiro. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras
no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar
na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem,
e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Ap
22.12-15 - grifo nosso).
Diante dessa grave
advertência, todo crente em Jesus deve vigiar e orar para não cair na tentação
do pecado, e ser apanhado de surpresa pelo arrebatamento e ficar para a Grande
Tribulação; e seguir o conselho de Paulo: “Segui a paz com todos e a
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Mais incisiva e
contundente é a exortação do apóstolo quanto à integridade do crente ante a vinda
de Jesus: “Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos
santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente
conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts
5.22,23).
“A Bíblia descreve muitos casamentos. O próprio Deus celebrou o primeiro de todos os casamentos (Gn 2.18-25). Dentre alguns casamentos célebres, podemos destacar o de Jacó e Lia, o de Rute e Boaz, o de Acabe e Jezabel, e o casamento em Caná, onde Jesus realizou seu primeiro milagre.
No entanto, o mais maravilhoso dos casamentos ainda está por vir. Jesus profetizou acerca dele por meio de parábolas (Mt 22.2; 25.1; Lc 12.35,36) e João descreveu o que Deus lhe mostrou em uma visão: ‘Regozije-mo-nos, e alegremo-nos, e demo-lhes glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou’ (Ap 19.7).
O anfitrião deste casamento será Deus Pai. Ele é descrito preparando a cerimônia e enviando seus servos para chamar os convidados (Lc 14.16-23). O noivo é Jesus Cristo, o Filho amado do Pai. Em João 3.27-30, João Batista referiu-se a Jesus como ‘esposo’ e a si mesmo como o ‘amigo do esposo’. Em Lucas 5.32-35, Jesus, em uma alusão à sua morte, disse: ‘Dias virão, porém, em que o esposo lhe será tirado, e, então, naqueles dias, jejuarão’” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.105-6).
II - A Rejeição ao
Convite do Rei
1. O Convite ao
Povo de Israel
Na parábola das Bodas, Jesus quis
antecipar o que acontecerá com os que não estiverem preparados para entrar no
céu. No texto de Mateus 22.1-14, vê-se que “um certo rei que celebrou as
bodas de seu filho” (v.2). Esse rei representa Deus, o Pai, que já preparou
tudo nos céus, para as Bodas do Cordeiro, de seu Filho Jesus Cristo. Num
primeiro momento, aquele rei manda “seus servos a chamar os convidados para as
bodas; e estes não quiseram vir” (v.3). Refere-se aos judeus, que, durante
séculos, não quiseram ouvir os profetas que lhes transmitiram a Palavra de
Deus, convidando-os para viver com Ele. Mas deram as costas para os
mensageiros. Noutro momento, o rei manda outros servos, ou outros mensageiros para
convidar o povo de Israel para as bodas do Filho do rei, mas eles rejeitam, e
até matam os homens enviados (v.4-6). Esse texto resume, sem dúvida, o que
aconteceu no relacionamento de Deus com o povo escolhido, no Antigo Testamento.
2. A Tragédia dos que
Rejeitaram a Deus
Figuradamente, o
rei da parábola, que representa Deus, executou terrível juízo sobre os que
rejeitaram seu honroso convite para as bodas de seu Filho. Os judeus sofreram,
ao longo dos tempos antigos, a experiência terrível do cativeiro egípcio, de
onde foram libertos por Deus; sofreram os cativeiros assírio e babilônico, onde
amargaram a dor por causa de sua desobediência. “E o rei, tendo notícias disso,
encolerizou-se, e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e
incendiou a sua cidade” (Mt 22.7). No ano 70 d.C., Jerusalém foi invadida pelos
romanos, sob o comando do general Tito, e todos foram dispersos e perseguidos
por várias nações. Até hoje, Israel como um todo não reconhece Jesus como o
Messias.
Mas haverá um remanescente
que despertará do equívoco espiritual e reconhecerá que Jesus de Nazaré era (e
é) de fato o “Desejado de todas as nações” (Ag 2.7). Diz Paulo: “Também Isaías
clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a
areia do mar, o remanescente é que será salvo” (Rm 9.27). João viu, na Ilha de
Patmos, a revelação dos últimos tempos, o futuro da Igreja, e o destinos dos
salvos em Cristo Jesus, incluindo os que pertencem à nação de Israel. E ouvi o
número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de
todas as tribos dos filhos de Israel” (Ap 7.4). Certamente,
será um grupo especial de israelitas salvos, que terão uma missão muito
elevada, de proclamar o evangelho de Cristo às nações, e subirão ao encontro do
Senhor para participar das Bodas do Cordeiro e, na segunda fase da volta de
Jesus, estarem com Ele em Jerusalém. E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre
o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham
escrito o nome dele e o de seu Pai” (Ap 14.1).
3. O Convite a
Todos
A parábola diz que
“os convidados não eram dignos” (Mt 22.8). Ou se tornaram indignos por sua
rejeição a Deus e a seu Filho prometido, o Messias de Israel. Diante dessa
recusa desrespeitosa ao “rei”, este disse: “Ide, pois, às saídas dos caminhos e
convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os servos, saindo pelos
caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa
nupcial ficou cheia de convidados” (Mt 22.9,10). Isso se cumpriu, por
intermédio de Cristo, quando Ele disse: “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
Por meio de
Cristo, Deus lançou o convite inclusivo, a todos os homens, para serem salvos,
mediante a condição de arrependerem-se e crerem no evangelho (Mc 1.15). O
evangelho de Cristo não é excludente, desde que quem o busque aceite as
condições para ser seu discípulo (Lc 9.23). Em várias ocasiões, são vistas
pessoas que desobedecem frontalmente à Lei de Deus, e procuram justificar
suas práticas abomináveis, invocando o grande amor de Deus. Os homossexuais,
normalmente, em seus desfiles ou paradas, usam faixas com dizeres alusivos ao
amor de Deus: “Deus não exclui ninguém”, “Deus ama a todos”, etc. Mas tais
manifestações só aumentam sua reprovação da parte do Senhor. O amor de Deus
jamais encobrirá ou justificará os pecados ou iniquidades condenados na sua
Lei. “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os
homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Ap 22.15 -
grifo nosso). A palavra “cães”, no texto de Apocalipse, eqüivale a
homossexuais.
Em Deuteronômio,
vemos Deus rejeitando as ofertas dos homossexuais e das prostitutas, de modo
bem incisivo: “Não trarás salário de rameira nem preço de cão à casa do Senhor,
teu Deus, por qualquer voto; porque ambos estes são igualmente abominação ao
Senhor, teu Deus” (Dt 23.18). Champlin corrobora esse entendimento sobre a
palavra “cão”, nesse texto, dizendo: “A palavra sodomita, usada no versículo
18, no original hebraico é keleb, ‘cão’, provavelmente servia tanto a homens
como a mulheres, e sem dúvida a bissexuais, em muitos casos”.20 Quanto aos
feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas, os idólatras e mentirosos, não
há necessidade de comentários, pois são qualificações bem conhecidas de pessoas
que vivem na prática da impiedade. Destacamos a questão dos homossexuais
porque, nos últimos tempos, haverá um aumento acentuado de suas práticas
abomináveis, como verdadeira afronta ao Criador.
4. Os que não
Estão Preparados
Na parábola das
bodas, o rei surpreende um homem que foi convidado, mas não estava trajado
adequadamente para a festa nupcial. “E o rei, entrando para ver os convidados,
viu ali um homem que não estava trajado com veste nupcial” (Mt 22.11). E o rei
mandou que seus servos lançassem o intruso “nas trevas exteriores”, onde
“haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 22.13). Notemos que ele tinha
autorização para estar ali, pois fora convidado. Mas sua veste não era apropriada
para estar lá. E uma figura dos crentes que estão nas igrejas, fazem parte dos
convidados, aceitaram a Cristo um dia, mas não se prepararam espiritualmente
para o grande dia das Bodas do Cordeiro. João viu os mártires da Grande
Tribulação, que foram salvos e puderam chegar aos céus, pelo fato de terem suas
vestes devidamente lavadas para estarem ali. “E um dos anciãos me falou,
dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram?
E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse- me: Estes são os que vieram de
grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do
Cordeiro” (Ap 7.13,14).
“A Tragédia da Oportunidade Perdida
Enquanto esperamos pela volta do Senhor não podemos ficar na ponta dos pés, a cada momento, olhando para o céu. A vida precisa continuar. Este é o verdadeiro argumento da parábola das dez virgens: Cristo pode postergar o seu retorno e, se assim for, devemos manter a nossa esperança, continuar aguardando e, enquanto isso, continuar a servi-lo fielmente. Aqueles que não levam em conta que o Senhor pode demorar mais do que esperam, no fim, irão se encontrar desesperados quando estiverem diante de um futuro que não planejaram. Então, quando o Senhor voltar realmente, eles se sentirão envergonhados (cf. 1Jo 2.28 — ARA).
A única maneira de nos certificar se estamos prontos para a volta do Senhor é nos mantermos prontos todos os dias. O bom senso deverá nos ensinar que, de qualquer forma, essa é a única perspectiva adequada sobre o futuro. Afinal de contas, não sabemos quando vamos morrer. Isso pode acontecer a qualquer momento, mesmo que o Senhor atrase a sua volta por mais uma geração. Precisamos estar sempre preparados para a morte, assim como para a volta do Senhor, porque de qualquer maneira iremos enfrentar um julgamento (Hb 9.27). Estar preparado para a volta do Senhor irá, portanto, preparar-nos também para enfrentar a morte.
Enquanto isso, devemos continuar a nossa vida e fazer o nosso trabalho, planejando para o futuro com sabedoria e santo entendimento. Aqueles que pensam que o iminente retorno do Senhor cancela toda necessidade de um planejamento prudente, não entendem o que a Escritura está esperando de nós” (MACARTHUR, John. A Segunda Vinda. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.165,66).
III - A
Apresentação da Noiva do Cordeiro
1. Jesus
Apresentará a Igreja ao Pai
Será gloriosa a
apresentação da Igreja a Deus. Os salvos de todo o mundo, após passarem pelo
Tribunal de Cristo, serão apresentados ao Pai, numa solenidade divina, jamais
imaginada por qualquer pessoa na história do universo. Os crentes do Antigo
Testamento juntar-se-ão aos fiéis da Igreja, num só corpo, num só rebanho,
num só grupo, para assentar-se à mesa do Rei: “E virão do Oriente, e do
Ocidente, e do Norte, e do Sul e assentar-se-ão à mesa no Reino de Deus” (Lc
13.29). Será a festa gloriosa para os que vencerem todas as lutas, obstáculos e
barreiras que se apresentam diante dos salvos. “O que vencer será vestido de
vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e
confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5);
Jesus apresentará sua Noiva, “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante” (Ef
5.27).
2. Características
da Noiva do Cordeiro
1) Ela é fiel.
“Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para
vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Co
11.2,3; 1 Co 4.2; Mt 25.21);
2) Ela é santa.
“[...] como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para
a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a
apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.25-27).
3) Só pertence a
Ele, e não dá lugar ao mundo.
“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou
há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não
podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24; Ap 2.10); “Não ameis o mundo, nem o
que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 Jo
2.15);
4) Espera pelo seu
Noivo.
“Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor,
justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que
amarem a sua vinda” (2 Tm 4.8);
5) E perfeita.
“Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27; 1 Ts 5.23);
6) Adora a Deus.
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (Jo
4.23).
7) Proclama a
mensagem do Noivo.
“Mas digo: Porventura, não ouviram? Sim, por certo, pois por
toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até aos confins do mundo” (Rm
10.18; Mc 16.15).
3. Haverá uma
Grande Ceia nos Céus
1) Serão reunidos
os salvos de todos os tempos.
Será algo nunca visto. Jesus é quem vai servir à
mesa, com os salvos sentados, ao lado de Abraão, Isaque e Jacó: “Mas eu vos
digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com
Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus” (Mt 8.11); este versículo dá base
bíblica para afirmarmos que, nos céus, conheceremos uns aos outros; se vamos
conhecer Abraão, Isaque e Jacó, certamente, também conheceremos os irmãos com
quem convivemos na terra. Sem dúvida, será um privilégio indizível poder estar
ao lado dos santos da Antiga Aliança, falar com eles, e compartilhar da alegria
de estar nas Bodas do Cordeiro.
2) Jesus é quem
vai servir.
“Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier,
achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa,
e, chegando-se, os servirá” (Lc 12.37); é uma inferência consistente, pois a
parábola é uma figura da realidade que Cristo quis explicar sobre a vida
futura. Ele prometeu cear outra vez no reino de seu Pai (Mt 26.29; Mc 14.25).
Se estar nas Bodas do Cordeiro já será uma honra jamais vista, imaginemos o que
será ser servido pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).
Diante de tamanha
revelação acerca do futuro glorioso da Igreja, podemos afirmar que vale a pena
ser fiel a Deus; vale a pena renunciar ao mundo e seguir a Cristo; vale a pena
buscar a santificação para poder participar dessa maravilhosa festa celestial.
Nas Bodas do Cordeiro, só haverá alegria, festa celestial, com a presença de
bilhões de crentes salvos, de todo o mundo, de todos os tempos, rodeados de
anjos, do arcanjo, de querubins, serafins, dos quatro seres viventes e dos
vinte e quatro anciãos.
* Bodas do Cordeiro
"Consumação da união mística entre Cristo e a sua Igreja. Será uma celebração tão elevada e inefável, que não encontrará precedente algum quer no tempo, quer no espaço; começará com o arrebatamento dos santos, e há de continuar por toda a eternidade. Nas Bodas do Cordeiro, a Igreja apossar-se-á de toda a sua herança como a Noiva de Cristo, e Cristo a possuirá, concretizando, assim, de maneira amorosa e eterna, o alvo maior do Plano Redentivo: Deus entre o seu povo, e o seu povo a desfrutar-lhe de todos os benefícios advindos desta comunhão. Será um acontecimento tão ímpar na história do amor de Deus, que todos são convidados a tomar parte (Ap 19.9)." Leia mais em Dicionário de Profecia Bíblica, CPAD, p. 35.
A Noiva de Cristo vai assentar-se à mesa com o Noivo.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“As Bodas do Cordeiro
Quando Jesus aparecer para destruir o Anticristo e as suas tropas, os exércitos dos céus seguirão a Jesus, montados em cavalos brancos (que simbolizam o triunfo) ‘e vestidos de linho fino, branco e puro’ (Ap 19.14). Esse fato identifica-os com a noiva do Cordeiro (a Igreja) que participam das bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). Isto significa que já estiveram no céu, e já estão plenamente vestidos da ‘justiça dos santos’ (v.8). Esse fato também deixa subentendido que aqueles atos de justiça já estão completos, e que os crentes foram ressuscitados, transformados e levados ao céu. Ficaria subentendido, também, que já tinham comparecido diante do tribunal de Cristo (2Co 5.10). Que tempo de alegria e deleite aquelas bodas serão!” (HORTON, Stanley.Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.639).
Bibliografia
19 Ibid., p. 73.
20 CHAMPLIN, R. N.
O Antigo Testamento interpretado - versículo por versículo, Vol.2, p. 842.
Fonte:
O final de todas as coisas - Esperança e glória para os salvos - 1º trim.2016
O final de todas as coisas - Escatologia - Livro de Apoio - Elinaldo Renovato
Guia do Leitor da Bíblia - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD - nº65
Enciclopédia Popular de Profecia Bíblia - CPAD
Dicionário de Profecia Bíblica
A Segunda vinda 4ªed.CPAD
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal 1ªed.CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia Defesa da Fé
Aqui eu Aprendi!
Marcos 14;25 e Mateus 26;29 fala que Jesus Cristo irá beber o vinho da vide e não cear
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