"Alimpai-vos,
pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem
fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso
façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da
malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade." 1 Coríntios
5:7,8
Já postamos neste blog, algumas mensagens sobre o cristão e a Festa de Natal. Citamos:
As abordagens são diversas e assunto para comentar sempre teremos, inclusive, apesar das criticas, reitero, esta comemoração é uma festa sem respaldo bíblico. Então ouvimos, ano apos ano, que essa data é o nascimento de Jesus, que deveríamos ser mais sensíveis, que precisamos aproveitar a data, e por ai vai. Quando vamos buscar a resposta nas Escrituras, não encontramos nada. Nada que fortaleça tal afirmação/comemoração.
Mas quem quer ouvir isso? Poucos, alias pouquíssimos! (e ainda zombam, "mas no seu aniversário presente você quer ganhar né!" é uma confusão só! e não entendem que o assunto é apologético!)
Leiamos o texto abaixo, e quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas...
O CRISTÃO E O
NATAL
por: Pr.
Adaylton de Almeida Conceição
O QUE É O NATAL?
Para
a religião cristã é a festa que lembra o nascimento de Jesus. Esta
festividade teve seu inicio dentro deste contexto religioso, durante o século
IV de nossa era, e desde então se estendeu por todo mundo. A palavra que dá
origem a “Natal” ou “Natividade“, e que significa “Natalício”, quer dizer,
“Nascimento”.
A “Enciclopédia
Americana” (edição 1944) diz que: “A Natividade (ou o Natal) não foi celebrado
nos primeiros séculos da Igreja Cristã; já que geralmente o costume do
cristianismo era celebrar – não o nascimento, mas – a morte das pessoas
importantes. Em memória desse acontecimento (o nascimento de Cristo) foi
instituído uma festa no século IV. No século V, a Igreja Ocidental ordenou que
a mesma fosse celebrada para sempre, no mesmo dia da antiga festa romana em
honra ao nascimento do sol (Deus Sol), já que não se conhecia a data exata do
nascimento de Cristo”.
Numa
informação jornalística transmitida pela Agencia DyN para a Argentina, com data
de 16/01/87, lemos no jornal El Clarim, publicado na cidade de Buenos Aires, o
seguinte: “A primeira noticia que se tem conhecimento da Natividade (Natal) de
25 de Dezembro, aparece durante o papado de São Julio (337-352). A data
certamente vem do calendário romano, onde se celebrava a Páscoa ou Festa dos
pães sem fermento (Êxodo capitulo 12), se celebra na primavera (conforme as
estações da Terra de Israel), o que seria nos meses de março/abril, e as
primeira chuvas começam, conforme o calendário hebreu, nos meses de
setembro/outubro (mês de Tishri)”.
Por isso
entendemos que os pastores estavam durante todo esse período no campo, já que o
começo das chuvas, anunciando o inverno, indicaria que os rebanhos deviam ser
guardados e protegidos das inclemências do tempo, no seu redil. Os pastores que
escutaram a majestosa noticia do nascimento do Messias, Redentor e Salvador,
realmente estiveram no campo, de vigília, cuidando de seus rebanhos, porém não
era o mês de dezembro, mas entre os meses de março e outubro.
O Dicionário
Bíblico (edição 1977) diz que: “A Terra Santa se caracteriza por duas estações:
a chuvosa ou inverno (que vai desde novembro até abril), e a seca ou verão
(desde maio até outubro). A chuva forte e fria cai em dezembro e janeiro. É
frequente ver tempestades de granizo, com algumas geadas, acompanhadas de
ventos que sopram do norte vindo do deserto”.
É praticamente
IMPOSSÍVEL que os pastores, aos quais se refere o livro de Lucas, tenham estado
em um 24 de dezembro, pastoreando suas ovelhas, pela simples razão de ser tempo
de chuva e frio intenso, durante o qual os rebanhos eram guardados para sua
proteção.
Jesus, o Messias e
Cristo, nasceu entre os meses de março e outubro, provavelmente entre os anos 7
a.C. e 4 a.C.; esta é a conclusão dos eruditos bíblicos.
COISAS A QUE
CONVÉM LEMBRAR
A
Bíblia, que é a Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo, não nos deixou
nenhuma data exata, para recordar ou comemorar o nascimento do Senhor, Messias
e Redentor.
Se isso tivesse
sido importante, o Mestre teria instruído a seus discípulos para que se
lembrassem do momento de tal acontecimento.
A Bíblia, não nos
diz, em nenhuma parte , que os discípulos festejavam de alguma forma o
nascimento do Senhor.
A Palavra de Deus
nos ensina que devemos celebrar a “Ceia do Senhor”, compartilhando o pão e o
vinho, anunciando sua morte até que Ele regresse para buscar seus fiéis.
A vitória do Rei
Jesus, não se marcou na data do seu nascimento, e sim no Calvário, derrotando as
potestades das trevas com sua entrega (foi fiel até a morte e morte de cruz –
Filipenses 2.8), e na sua gloriosa ressurreição para toda a eternidade.
O
Teólogo Hebert Armstrong na sua síntese “A pura Verdade Sobre o natal” (edição
1976), assim nos relata: “Ninrode, neto de Cão, filho de Noé, foi o verdadeiro
fundador do sistema babilônico. Sistema de competição organizada, de impérios e
governos humanos, do sistema econômico de lucro, o qual se apoderou do mundo
desde aquele período. Ninrode foi um dos que participou da construção da Torre
de Babel, a Babilônia original, Nínive e muitas outras cidades. Organizou o
primeiro reino deste mundo. O nome Ninrode é derivado da voz hebraica “marad”,
que significa “rebelar”.
De alguns escritos
antigos, aprendemos que foi este homem quem começou a grande apostasia mundial
organizada, que tem dominado o mundo desde os antigos tempos, até os dias de
hoje.
Ninrode era
perverso, e diz-se que se casou com sua própria mãe cujo nome era
Semiramis. Mas esse jovem morreu de forma prematura, e depois
sua mãe-esposa, Semiramis, propagou a perversa doutrina da
sobrevivência de Ninrode como um ser espiritual. Ela afirmava que da noite para
o dia, surgiu uma grande árvore (da espécie sempre verde) originada de um
tronco morto, o qual simbolizava o nascimento de Ninrode a uma nova vida. Ela
declarou que em cada aniversario do seu nascimento Ninrode deixaria presentes
na árvore. A data do seu nascimento era 25 de dezembro. Este é um dos vários significados
da árvore de Natal.
No livro
“Respostas a algumas perguntas”, o autor Frederich J. Haskins, diz que “a
árvore de Natal vem do Egito, e sua origem é anterior a era cristã”. Muitas
IGREJAS não só armam a árvore de natal, mas comemoram a data como se fosse um
principio bíblico. Pecado de ignorância.
Este
simpático e risonho personagem das festas natalícias também tem como nome
“Santa Claus” e “São Nicolau”, que foi um bispo católico romano do século V que
pelas suas ações samaritanas, foi elevado a uma categoria de veneração por
parte dos gregos e latinos. Sobre esse tema, a Enciclopédia Britânica (edição
11 volume 19) diz que “São Nicolau, bispo de Mira, é santo venerado pelos
gregos e latinos, em 6 de dezembro". Uma lenda diz que presenteava de
forma clandestina dotes a três filhas de um cidadão pobre, e assim teve origem
o costume de obsequiar presentes em segredo, na véspera do dia de São Nicolau
(6 de dezembro), que posteriormente foi mudado o dia de Natal, 25 de dezembro,
pela tradição”. Segundo o Dicionário Larouse (edição 1964) o nome de Santa Claus
está relacionado com São Nicolau, que nos países anglo-saxônicos é considerado
o patrono das crianças.
OS REIS MAGOS
A
Bíblia nos relata que nos dias do rei Herodes, vieram uns Magos do Oriente
dizendo “onde está o rei dos judeus que nasceu” (Mat. 2.1-2). O vocábulo “mago”
que é utilizado nesta parte do relato bíblico, não tem nada que ver com os
conceitos relacionados com a adivinhação, espiritismo e ocultismo. Esta palavra
vem do grego “magoi”, que por sua vez, vem do persa antigo “magav”. Nos domínios
medo-persa, os chamados “magos” constituíam uma casta sacerdotal que se
especializavam na astronomia, astrologia e sonhos; eram consultados por reis e
ministros, sobre assuntos que os mesmos consideravam importantes para suas
funções.
O Comentário Bíblico
(editorial Caribe, edição 1980) diz que: “Os magos a que Mateus faz referência,
que visitaram a Belém, provinham do Oriente Médio, seguramente de Media ou
Pérsia. De alguma forma haviam escutado a promessa de um rei messiânico na
Judeia, e ao observar uma nova e brilhante estrela, entenderam que anunciava
seu nascimento, e se prepararam para irem ao lugar onde se encontrava”.
O Dicionário
Bíblico (editorial Caribe, edição 1977) explica que: “originalmente os magos
eram de uma tribo que exercia a religião persa e uma função sacerdotal. Os
magos de Mateus 2.1-2, seriam naturais de algum pais como Pérsia, Arábia ou
Babilônia, onde viviam judeus desterrados, e onde por meio deles se conhecia a
profecia da Estrela de Jacó (Números 24.17).”
Tendo especificado
este importante ponto sobre a condição dessas pessoas, também podemos supor e
entender que naquele tempo, uma viagem de Media ou Pérsia até Jerusalém, não
podia ser feita em uns poucos dias, e ainda mais se tratando de sacerdotes, os
quais deviam ir preparados de forma adequada para apresentar-se diante do Rei.
Seguramente eles não chegaram a Jerusalém em poucos dias. O relato bíblico no
livro de Mateus nos diz que, ao saber da noticia, o rei Herodes mandou
assassinar a todas as crianças de até dois anos de idade (Mateus 2.16). Se
Jesus tivesse sido um “recém nascido”, apenas os bebés teriam sido mortos.
Portanto, o
Messias e Redentor teria mais de um ano e menos de dois, quando estes ministros
sacerdotes chegaram ao palácio de Jerusalém.
O
Comentário Bíblico de Adám Clarck, comentando sobre o livro de Mateus 2.11, diz
que: “No Oriente, não se acostuma entrar na presença de reis e grandes
personagens com as mãos vazias". Este costume frequentemente é mencionado
no Antigo Testamento, e ainda persiste no Oriente”.
Herbert Armstrong,
diz que: “Os magos não estavam instituindo um novo costume cristão de trocar
presentes para honrar o nascimento de Jesus Cristo, eles simplesmente atuaram
de acordo com um antigo costume oriental, que consistia em levar presentes ao
apresentar-se diante de um rei”. Esta compreensão de época, nos explica que
estes sacerdotes ao levarem presentes a Jesus, o reconheciam como Rei e Senhor.
Compare com os
presentes que se faz atualmente, e verá que não tem nenhuma relação com o
significado do nascimento de Jesus. Inclusive, nem sequer se menciona seu
nascimento quando se oferece ou recebe um presente no Natal.
CONCLUSÃO
Como
Ministro do Evangelho, temos ensinado que nossa vitória está na morte e
ressurreição de Jesus Cristo. Temos o exemplo do Apóstolo Paulo, que em todas
suas mensagens, coloca ênfase no significado da morte e ressurreição de Cristo.
Bom seria que seguíssemos seu exemplo, e que o Natal que se constituiu mais em
uma festa pagã, que numa comemoração do nascimento do Salvador Jesus, onde o
lema é beber, embriagar-se, comer e presentear tivesse outro significado. Porém
se perguntássemos a aqueles que tanto falam e comemoram o Natal: “Que
significado tem em sua vida o nascimento de Cristo?” Não creio que eles saibam
como responder, pois em sua grande maioria, não tem a mínima noção de quem é
Jesus Cristo.
Espero que cada
cristão saiba aproveitar este momento para anunciar o real significado do
nascimento e morte de Jesus Cristo, e que as pessoas possam ser convencidas
pelo Espírito Santo do pecado, da justiça e do juízo, permitindo que Cristo
possa nascer em cada coração.
Que Deus os abençoe rica e abundantemente.
Texto:
por Revdº. Adaylton de Almeida Conceição
www.adayltonalm.spaceblog.com.br
O
Revdº. Adaylton Almeida Conceição é Professor, Jornalista Profissional,
Bacharel, Mestre e Doutor em Teologia, Escritor, Psicanalista Clinico, Pós
Graduado em Psicanálise e em Ciências Políticas.
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