Achados arqueológicos valiosos tem relação com passagens Bíblicas
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Itay Halperin segurando a cabeça de uma escultura do período do Primeiro Templo
descoberta em Beit Shemesh. (crédito da foto: ARIK HALPERIN)
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Foi destaque nas primeiras semanas de Dezembro/2015, uma descoberta arqueológica na cidade de Beit Shemesh (ou Bete-Semes em português).
Citada pela primeira vez no livro de Josué (Josué 19.38; 21.16, 1Samuel 6.13)), o lugar ficou mais conhecido por ser parte do Vale de Soreque, onde viveu Sansão.
Um menino de oito anos, chamado Itai Halpern, fazia uma caminhada com sua família no sítio arqueológico (Tel) quando encontrou a cabeça de uma estatueta de Astarote (ou Asserá), divindade pagã dos cananeus.
Neste mesmo Tel, em 2012, foi descoberto o chamado “selo de Sansão”. Com menos de uma polegada de diâmetro, retrata um homem com cabelo comprido lutando contra uma figura felina.
Especialistas acreditam que é uma representação da história bíblica de Juízes 14.
O artefato foi encontrado perto do rio Sorekm, que servia como a antiga fronteira entre Israel e os territórios filisteus. A datação aponta para o século 11 a.C., o que coincide com a data bíblica onde governavam os “juízes”, um dos quais era Sansão, de acordo com a Bíblia.
O grupo de escavação "arqueólogos" também está fazendo uma pesquisa nesta região sobre as diferenças claras entre os filisteus, que atravessaram o Mar Egeu, os primeiros cananeus e os judeus.
Um dos elementos marcantes é que foi encontrada uma grande quantidade de ossos de porco no território dos filisteus, mas não havia vestígios deste animal no território israelense. Isso mostra que os habitantes locais optavam por não comer carne de porco, conforme os costumes bíblicos indicam.
Esses tipos de detalhes, disse Bunimovitz ao Haaretz, “estabelecem uma fronteira clara no processo social em que dois grupos hostis tiveram suas identidades formadas de maneira distintas, e como isso influencia suas fronteiras ainda hoje”.
No início de julho/2012, uma expedição de arqueólogos norte-americanos encontrou o que acreditam ser uma imagem de Sansão em um mosaico na parede de uma sinagoga em Huqoq. Essa antiga aldeia judaica fica a poucos quilômetros a oeste de Cafarnaum, na Galileia.
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A descoberta foi feita no kibutz de Hokuk, onde ficava a antiga cidade de mesmo nome,
em que rabinos se reuniam para escrever o Talmude, livro sagrado dos judeus. |
Segundo a Autoridade para as Antiguidades (IAA), a sinagoga data da época entre o 4º e o 6º século d.C.
“Esta descoberta é significativa porque um pequeno número de sinagogas antigas são decoradas com mosaicos que mostram cenas bíblicas. Apenas dois outros locais têm cenas com Sansão”, explicou em um comunicado Jodi Magness, da Universidade da Carolina do Norte, co-participante da escavação.
A cabeça da 'deusa'
A confirmação que o achado do jovem Itai realmente é a cabeça da ‘deusa’ foi feita pela Autoridade de Antiguidades de Israel. Embora não seja a primeira do tipo, mostra que essas pequenas figuras de mulher eram muito comuns nas casas dos moradores do reino de Judá durante a época do Primeiro Templo.
Curiosamente, esta não é a primeira descoberta arqueológica importante feita por uma criança este ano. Dois meses atrás (setembro/2015), o russo Matvei Tcepliaev, de 10 anos, achou um raro sinete de 3 mil anos de idade, em Jerusalém.
O pequeno objeto, que funcionava como uma espécie de carimbo oficial, data da época do Templo de Salomão. O objeto foi descoberto em um projeto que analisa toneladas de “aterro” retirado pelos muçulmanos do Monte do Templo em 1999.
A Waqf, autoridade jordaniana que controla a chamada Esplanada das Mesquitas, autorizou uma escavação para uma entrada subterrânea para o local, considerado sagrado por muçulmanos.
O sinete deve ter pertencido a uma personalidade importante, sendo usado para assinar documentos e cartas. Possui uma abertura na parte superior, indicando por onde seria pendurado, possivelmente no pescoço de seu dono.
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Selo do tempo do Primeiro Templo é encontrado em Israel. |
O arqueólogo Hillel, diretor do Sifting Project [Projeto Peneira], conta que há anos tentam encontrar algum artefato do tempo do Primeiro Templo. “Para mim foi como se tivesse encontrado um tesouro”.
De acordo com o Dr. Gabriel Barkay, um dos responsáveis pela escavação, vários sinetes parecidos foram encontrados em Israel. Contudo, este é o primeiro descoberto em Jerusalém. Todos os sinetes datam do século 11 e 10 a.C., da época dos jebuseus e da conquista da Cidade pelo rei Davi. Nessa mesma época ocorreu a construção do Templo, sob o reinado do seu filho Salomão.
Deusa dos Sidônios
O culto a Asserá, conhecida por ser filha de Baal, foi condenado pelos profetas bíblicos repetidas vezes. Ela é chamada de “deusa dos Sidônios” (1Reis 11:5) e geralmente era representada com seios grandes ou múltiplos, o que a associava à ideia de fertilidade.
No livro de 1 Samuel, Bete-Semes é mencionada como a cidade para onde os filisteus levaram a “arca da aliança”, capturada por eles após uma batalha. O achado arqueológico do menino apenas confirma outras descobertas sobre a vida no território do antigo reino de Judá na época imediatamente anterior ao período do Primeiro Templo, chamada de “Idade do Ferro” pelos estudiosos.
Alon De Groot, um especialista, afirmou ao Jerusalém Post que “figuras como esta, com forma de mulheres nuas que representam a fertilidade, eram comuns nas casas dos moradores da Judéia no século 8 a.C. Possivelmente até a destruição do reino pelos babilônios nos dias de Zedequias (em 586 a.C.)”.
Segundo a história, o rei assírio Senaqueribe invadiu e saqueou Bete-Semes no ano 701 a.C, e sua destruição foi concluída em 86 a.C pelo rei babilônico Nabucodonosor.
Fonte:
The Jerusalem Post;
Gospel Prime - com informações Telegraph e Christian Post;
Gospel Prime - sinete de 3000 anos - com informações Jerusalem Post e Ynet News
Aqui eu Aprendi!
É um achado muito valioso. Cada vez que essas coisas aparecem vou ficando mais fascinado do que já sou pela história, religiões e culturas antigas.
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