A AJUDA DO USO DOS IDIOMAS ORIGINAIS NA PREGAÇÃO
O argumento parece
bom; mas aquele que faz a objeção falha em perceber o fato óbvio de que quanto
mais possibilidades de traduções tivermos para escolher, mais precisaremos
conhecer (ao menos algo a respeito) os idiomas originais; além disso, quando as
traduções diferem (e elas diferem!), como saber qual está correta? A partir de
qual devemos pregar? Qual representa mais fielmente o texto original dos
escritores? Este é um problema especial hoje, quando tantas traduções têm
decidido se tornarem interpretativas. A própria riqueza das opções modernas
deve (ainda mais) apontar para a necessidade de um conhecimento dos idiomas
originais.
“Onde posso
adquirir este conhecimento?” Atualmente estamos tendo uma revisão do hebraico
bíblico. Livros auto-instrucionais e cursos de idiomas impressos, tanto do
grego como do hebraico, existem. Mas (mais fácil) muitos institutos bíblicos,
todos os seminários conservadores e várias outras escolas fornecem cursos nos
idiomas originais. Qualquer pastor que nunca teve grego ou hebraico (mesmos que
ele não tenha jamais terminado um seminário) deve fazer estes cursos. “Por
que?”. Bem, não somente para decidir entre traduções, mas:
1_ Para ser capaz de
“captar o sentimento” de uma. As traduções tendem a desviar-se do tom original
dos escritores. Somente tornando-se familiarizado com o original isto pode ser
restaurado. Este “sentimento” é essencial para uma boa pregação.
2_ Para estar apto a
usar os melhores comentários e ler as melhores referências da Bíblia (a maioria
das quais se refere ao texto original). Sem certo conhecimento dos
idiomas, ninguém pode seguir o raciocínio que está por trás das traduções
sugeridas.
3_ Estar apto a
avaliar outros livros que (novamente, não usando o original) podem estar bem
longe em suas interpretações e/ou uso de muitas;
4_ Pregação que flui
do estudo de uma passagem no original avança em chão mais seguro; outras
pregações freqüentemente Uma certa confiança deriva de se ter examinado o texto
por si mesmo.
“Mas eu nunca vou ser
um erudito em grego ou hebraico”. Correto! Isto é verdadeiro para a maioria dos
pastores. E bem aí reside o problema. Muitos bons homens, que poderiam ter se
beneficiado de um uso sensível dos idiomas originais foram desestimulados por
professores de seminários que ensinaram a eles o estudo dos idiomas como se sua
profissão tivesse que ser ensinar Literatura Clássica ou Semítica em
universidades. Eles nunca recomendaram atalhos (e.g., como esquecer tudo sobre
as regras para acentos gregos — aprender isto é uma tarefa quase totalmente
desnecessária. Alguns podem progredir bem aprendendo apenas aqueles acentos
diferenciados que contam). Eles tentaram construir uma consciência contra o uso
de léxicos e traduções interlineares (duas referências de grande valor que
ninguém deveria se sentir culpado de usar livremente). Eles falam negativamente
sobre livros tais como Reader’s Lexicon de Kubo e não
contam aos alunos sobre o plágio de Spiros Zodhiates da gramática de Machen.
Todo esse “purismo” é pura tolice. Quem se importa que um pastor tende para a
referência de Bagster? Quem se importa como uma pessoa consegue as respostas
corretas para as suas questões exegéticas concernente aos idiomas originais,
conquanto que ela as consiga? Certamente alguém deveria usar o Englishman’s
Hebrew and Chaldee Concordance se ele achá-la útil. Por que não?
Com tudo que um
pastor ocupado tem para fazer, é totalmente correto que ele use toda ajuda
disponível que ele possa comprar, para manter suas mãos no uso contínuo do
hebraico e do grego. Ele seria um mau mordomo de seu tempo e energia se não o
fizesse.
Muitos homens têm
perdido certa habilidade com o idioma uma vez adquirido porque acreditaram (o
que lhes fora dito, ou o que fortemente os levava a pensar) que era errado usar
qualquer coisa além do simples texto e dos dicionários, gramáticas e léxicos
padrões. Absoluta e pura tolice! Pastor, se usar uma tradução interlinear o
ajudará a voltar ao grego e hebraico, use-a — deixe-me emancipá-lo das
correntes de culpa forjadas nas fábricas de professores de idiomas que nunca
tiveram de lidar com problemas do dia-a-dia do pastorado. Use-a! Use o que
estiver à disposição. De fato, todo professor de hebraico e grego num seminário
teológico deveria tomar tempo para comparar e contrastar essas ajudas, dando
sua opinião sobre qual é a melhor (e por que) e instruir pastores para o uso
mais efetivo e inteligente de cada uma delas.
Pregue; pregue a
partir do estudo do texto original, e você pregará com confiança e prazer.
(Jay E. Adams – O artigo faz parte de uma série que apareceu no The Journal of Pastoral Practice, vol. 3, no. 3.)
- via: A Universidade da Bíblia
(Jay E. Adams – O artigo faz parte de uma série que apareceu no The Journal of Pastoral Practice, vol. 3, no. 3.)
- via: A Universidade da Bíblia
"Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina." 2 Timóteo 4:1,2
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