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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O Espiritismo e a Bíblia

O Espiritismo e a Bíblia

Ressurreição vs Reencarnação

O tema é polemico! A intenção deste post não é causar discriminação mas, esclarecer.
Em atenção aos leitores do Blog que solicitaram sobre o assunto, espero que apreciem a leitura.

...e ouvimos alguns dizendo: o espiritismo e o cristianismo estão andando juntos! Será?

...entro logo, sem perca de tempo, no campo doutrinário da Bíblia, com o fim de se refutar a ideia de uma comunhão entre o cristianismo bíblico e o espiritismo. Na verdade ao se refutar biblicamente os ensinos do espiritismo kardecista, está-se aniquilando a pretensa ideia desta moderna e mais influente linha espírita no ocidente, que é a ideia de um respaldo bíblico para os seus ensinos.

Pulando-se os antigos expoentes do espiritismo primitivo, bem como as suas filosofias e doutrinas, chegamos ao chamado e famoso espiritismo kardecista, o qual é realmente o de maior valia para ser abordado, haja vista ser a linha mais moderna e mais difundida no Brasil e ocidente. O espiritismo kardecista e sua doutrina espírita é o fruto do trabalho direto do francês Hippolyte Leon Denizard Rivail (1804-1869), que passou a adotar o famoso nome “Allan Kardec”. Rivail (ou Kardec), em 1857, retomou a análise e disseminação de antigos argumentos defendidos pelos cristãos e judeus reencarnacionistas séculos atrás. Em seu famoso “Livro dos Espíritos”, Kardec levantou novamente a ideia da reencarnação, buscando respaldar biblicamente sua filosofia reencarnacionista. Portanto, o espiritismo kardecista alega ter respaldo e apoio bíblico para as suas doutrinas, notadamente a reencarnação, sendo que ao se desqualificar esta suposta comunhão, está-se verdadeiramente desqualificando o kardecismo.

Kardec alegou que a condenação da doutrina da reencarnação pelos cristãos seria o fruto direto de uma manipulação da Igreja Católica Romana, a qual teria substituído o termo “reencarnação” por “ressurreição” no Segundo Concílio de Constantinopla (também conhecido como o Quinto Concílio Ecumênico, realizado de 5 de maio a 2 de junho de 553). E é exatamente neste ponto que irei me deter neste primeiro artigo puramente doutrinário/bíblico sobre o espiritismo: a Ressurreição, notadamente como um fator que condena a ideia reencarnacionista.

Primeiramente cabe distinguir os termos. Reencarnar significa o espírito voltar a habitar em um novo corpo, enquanto que Ressurreição significa o espírito voltar a habitar o mesmo corpo. A Bíblia não faz nenhuma alusão à reencarnação, conquanto que à ressurreição há dezenas de alusões apenas no Novo Testamento.

O ensino bíblico sobre a ressurreição é pacífico e uno. Já no Antigo Testamento encontramos ensinos referentes à ressurreição. Citemos, dentre inúmeras referências, apenas duas, que se encontram em Isaías e em Daniel. “Os teus mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos” Is 26:19, e “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” Dn 12:2. Os textos são claros, ambos demonstram os caracteres envolventes da ressurreição bíblica. Primeiro percebemos a existência dos “mortos”, que são os que morreram e se encontram nesta situação, ou seja, não reencarnaram em outro corpo para tornar a vida; este ensino é confirmado por Isaías no paralelo relacional que ele faz entre os mortos (i.e., os que habitam no pó, ou seja, não ressuscitaram e permanecem com seus próprios corpos mortos, sem terem reencarnado em outro corpo) e o seu próprio cadáver (seu próprio corpo na condição de morto), afirmando que ambos tornarão a viver por ocasião da ressurreição, ou seja, o mesmo corpo (e não um novo) já morto tornará a vida na ressurreição (‘a terra lançará de si os mortos’). Por fim, o verso de Daniel confirma os ensinos de Isaías, afirmando que os que dormem no pó (os que morreram e tem seus corpos físicos já decompostos em pó) ressuscitarão em seus próprios corpos, seja para a vida eterna ou para o desprezo eterno (cf. At 24:15). O próprio uso do termo “dormir” denota o sentido de descanso e inconsciência desta vida terrena, fato que contraria a ideia espírita de reencarnação.

Selecionando algumas palavras de Jesus, haja vista muitas tratarem do tema, citemos neste momento uma passagem do Evangelho de João. “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” Jo 5:28,29. Jesus deixa claro que a ressurreição abrange ‘todos os que estão nos sepulcros’, ou seja, todos os mortos em seus próprios corpos físicos; mais um fato que contraria a ideia espírita da reencarnação (que sempre se dá em outro corpo). Estas palavras de Jesus ainda confirmam a ideia de uma ressurreição para julgamento (Hb 9:27), seja para a vida ou para a condenação.

Destaquemos que na passagem de Lc 20:27-38, onde Jesus responde a um questionamento dos saduceus, Jesus deixa implícito que os sete irmãos e a mulher serão as mesmas pessoas (com a mesma personalidade) no mundo vindouro (clara alusão ao céu, onde não se pode morrer, cf. verso 36), por ocasião da ressurreição, com o detalhe de não se casarem. Fato este também que contraria o ensino da reencarnação, pois com a reencarnação estar-se-ia adquirindo um novo corpo e uma nova personalidade, aniquilando a pessoa e corpo (com suas características) que morrera.

O texto sublime de Paulo sobre a ressurreição, 1 Co 15:12-54, vem também a contrariar a ideia reencarnacionista. O texto fala da ressurreição dos mortos comparando-a a ressurreição de Jesus (vs. 12, 13, 15 e 16), a qual sabemos que fora uma ressurreição física do próprio Jesus, da mesma pessoa, e não uma reencarnação em outro corpo/pessoa. O texto ainda fala da ‘ressurreição dos mortos’ (vs. 12, 13, 21 e 52). Fala que o último inimigo a ser vencido é a morte (v. 26), sendo que a mesma é vencida pela vitória proporcionada por Jesus (vs. 54 e 57), em uma clara alusão à ressurreição de Cristo. Afirma-se ainda que a ressurreição será no mesmo corpo, apenas com mudanças em relação a algumas de suas características, como a corrupção pela incorrupção (v. 42), desonra por glória e fraqueza por vigor (v. 43), natural por espiritual (v. 44), mortal por imortalidade (vs. 53 e 54).

Por fim, Paulo rogou aos irmãos de Tessalônica dizendo: “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele” 1 Ts 4:13,14. Aqui Paulo deixa claro que a tristeza dos crentes de Tessalônica era referente a falta de esperança dos mesmos reverem seus entes queridos por ocasião da ressurreição. Paulo os conforta dizendo que assim como Jesus morreu e ressuscitou (e não reencarnou, como acima já exposto), Deus irá trazer consigo os salvos (i.e., ‘aos que em Jesus dormem’), demonstrando e confirmando o ensino da ressurreição corporal e pessoal de cada crente. Destaque-se ainda que se Paulo os incentiva a ter esperança de reverem os seus entes queridos por ocasião da ressurreição, logo conclui-se por mera dedução lógica que os mesmos não reencarnaram em outro corpo e pessoa, mas ressuscitarão como sendo as mesmas pessoas, com semelhança física de seu corpo terreno, fato este que também contraria o ensino espírita da reencarnação.

Autor: Anchieta Campos
Fonte: blog do Anchieta

em breve:
  • Espiritismo - analise bíblica sobre os princípios da doutrina espírita

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