“Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e
eternamente” Hb 13.8
1 — Sabe, porém, isto: que nos últimos
dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 — porque haverá homens amantes de si
mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e
mães, ingratos, profanos,
3 — sem afeto natural, irreconciliáveis,
caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 — traidores, obstinados, orgulhosos,
mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 — tendo aparência de piedade, mas
negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
6 — Porque deste número são os que se
introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados,
levadas de várias concupiscências,
7 — que aprendem sempre e nunca podem
chegar ao conhecimento da verdade.
INTRODUÇÃO
No final do século XX o mundo passou por
profundas mudanças sociais, culturais e tecnológicas, dando início à
pós-modernidade. Acompanhando o espírito desta época, a filosofia educacional
das escolas e faculdades de hoje é marcada pelo relativismo, pelo naturalismo
ateísta e pela doutrinação ideológica, representando, assim, enorme desafio aos
estudantes cristãos.
O intuito desta lição é demonstrar que a
Bíblia não aprova o anti-intelectualismo e a aversão ao estudo sistematizado.
Ao mesmo tempo, veremos a necessidade de preparo bíblico e apologético do jovem
cristão, para confrontar os ataques proferidos pelos inimigos da cruz.
1. Relativismo.
A filosofia educacional
que dita grande parte do ensino nas salas de aula de hoje fundamenta-se no
relativismo, o qual nega a existência da verdade objetiva e afirma que cada
pessoa pode construir a sua própria verdade. Nessa concepção, a sua verdade é a
sua verdade, e a minha verdade é a minha verdade; e as crenças são, em última
análise, questão de contexto social, gostos e interesses pessoais. “O que é
certo para nós talvez não o seja para você” e “o que está errado em nosso
contexto talvez seja aceitável ou até mesmo preferível no seu”, dizem os
relativistas. Ao desconstruir valores e princípios imutáveis, o relativismo
pedagógico promove inversão de valores e acaba com os referenciais éticos para
a sociedade e consequentemente, os que se submetem a esse tipo de educação
aprendem sempre, mas nunca chegam ao conhecimento da verdade (2Tm 3.7).
Isso não é perigoso somente para a fé cristã
— que têm na existência da verdade objetiva um de seus fundamentos — mas é
perigoso para a sociedade em geral. Ao desconstruir valores e princípios
imutáveis, o relativismo pedagógico promove inversão de valores e acaba com os
referenciais éticos para a sociedade.
2. Naturalismo ateísta.
Apesar de ser
fruto da modernidade, período que depositou a confiança no método científico, o
naturalismo ateísta predomina ainda hoje nas escolas e universidades. Ao
desconsiderar antecipadamente a existência de Deus como algo possível (Rm
1.21), tal pensamento defende que o universo, a vida e o ser humano são
resultantes de fatores aleatórios e acidentais, destituídos de qualquer
sentido, propósito e valor intrínseco.
Esse tipo de pensamento que dita hoje as
aulas da grande maioria das universidades seculares, a partir da premissa que o
avanço científico fez desaparecer a necessidade de um Criador para explicar a
origem do universo e da espécie humana. Essa é a razão pela qual hoje boa parte
dos estudantes universitários são convidados a deixarem suas “crenças
religiosas ultrapassadas” longe das salas de aulas, pois esse espaço, segundo
dizem, é destinado à produção imparcial de conhecimento segundo evidências
cientificas (e não baseado na fé). Essa filosofia está presente não somente nas
ciências naturais, mas em todas as áreas da produção acadêmica, incluindo-se aí
as ciências exatas, biológicas, humanas e sociais.
3. Doutrinação ideológica.
De muitas
maneiras, o ensino contemporâneo está impregnado de ideologias partidárias,
antirreligiosas e até mesmo imorais. Educadores tendenciosos, em vez de
ensinarem tão somente o conteúdo de suas disciplinas, buscam realizar
verdadeira doutrinação ideológica dos alunos, enredando-os com filosofias e vãs
sutilezas (Cl 2.8). Em outros casos, o próprio poder público tenta induzir os
alunos a assimilarem noções distorcidas sobre ética, sexualidade e religião em
sintonia com as ideias daqueles que ocupam o poder, mediante programas e adoção
de material literário que sirvam aos seus interesses.
Pense!
“Os homens se tornaram cientistas porque
esperavam haver leis na natureza, porque acreditavam num legislador” (C. S.
Lewis).
Ponto Importante!
A filosofia educacional que dita grande parte
do ensino nas salas de aula de hoje fundamenta-se no relativismo, o qual nega a
existência da verdade objetiva e afirma que cada pessoa pode construir a sua
própria verdade.
1. O valor da educação.
Somente a fé
cristã fornece adequadamente o pressuposto que fundamenta a necessidade da
educação. A doutrina da depravação humana (Rm 3.23) explica a natureza do homem
e ao mesmo tempo exige um processo pedagógico de constante instrução acerca da
Lei de Deus. Nessa perspectiva, a educação não é um fim e si mesmo. Ela serve
para nos proporcionar conhecimento e desenvolver habilidades e atitudes que
honrem o propósito de Deus para o ser humano. Certo teólogo inglês captou essa
verdade ao dizer que “o conhecimento deve, em primeiro lugar, nos conduzir à
adoração a Deus, a quem nos submetemos com plena admiração” (Rm 11.33).
2. O surgimento das universidades.
Em
decorrência disso, a história da educação e do surgimento das primeiras
universidades no Ocidente (Paris, Bolonha, Oxford, Cambridge) está intimamente
ligada ao cristianismo. A própria palavra “universidade” foi concebida com a
ideia de encontrar unidade na diversidade. Com base nas Escrituras,
acreditava-se numa verdade fundamental, que interligava todas as áreas do
pensamento humano. Como o Deus cristão é único, a fonte de todas as verdades, o
currículo era unificado pois esperava-se que toda disciplina lançasse luz sobre
as demais e com elas se harmonizasse.
3. Fé cristã e a ciência.
Igualmente,
não há como falar em ciência sem mencionar a contribuição cristã. O pensamento
de que o universo obedece a um conjunto de leis fixas e que o papel do
cientista é basicamente desvendar tais leis, surge da concepção cristã. Nesse
sentido, C. S. Lewis escreveu: “Os homens se tornaram cientistas porque
esperavam haver leis na natureza, porque acreditavam num legislador”. Isso
explica porque proeminentes cientistas do passado acreditavam em Deus, homens
como Galileu, Kepler, Pascal, Boyle, Newton, Faraday, Babbage e Mendel. A boa
ciência, portanto, não refuta a existência do Criador! Ela revela as maravilhas
da criação de Deus (Rm 1.19,20).
Pense!
“A Educação Cristã, tendo como base o
Evangelho de Cristo, transforma radicalmente o ser humano, tornando-o útil a
Deus, à sociedade e a si mesmo” (Claudionor de Andrade).
Ponto Importante!
O pensamento de que o universo obedece a um
conjunto de leis fixas e que o papel do cientista é basicamente desvendar tais
leis, surge da concepção cristã.
CONCLUSÃO
Não há, afinal, incompatibilidade entre fé
cristã e intelectualidade. Assim como Daniel e seus amigos, os crentes podem
sobressair no meio estudantil, inclusive no ambiente universitário, visto que
somente a Palavra de Deus fornece as bases adequadas para a plena formação do
ser humano.
Fonte: Lições Bíblicas CPAD - Jovens - 4º Trimestre de 2017
Fonte: Lições Bíblicas CPAD - Jovens - 4º Trimestre de 2017
Título: Seguidores de Cristo — Testemunhando numa Sociedade em ruínas - Comentarista: Valmir Nascimento
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