Em
visita à França, primeiro-ministro de Israel manda recado ao mundo
O presidente francês, Emmanuel Macron,
recebeu neste domingo (10), o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu
para uma visita oficial ao país. Durante a coletiva de imprensa, expressou
sua desaprovação sobre o reconhecimento dos EUA de Jerusalém como capital de
Israel e, ao mesmo tempo, pediu ao líder israelense que “mostre coragem” no
avanço das negociações de paz.
“Essas declarações não promovem a segurança,
especialmente a segurança de palestinos e israelenses”, disse Macron após três
horas de conversações com o primeiro-ministro israelense.
Netanyahu, por sua vez, questionou: “Onde
mais seria a capital de Israel, além de Jerusalém?”. O líder israelense
enfatizou que desde a refundação do país (em 1948) a sede do governo e os
tribunais estão localizados na cidade sagrada. Essa é uma tradição histórica e
religiosa que é mencionada desde que a Bíblia foi escrita.
“Jerusalém nunca foi capital de nenhum outro
povo”, disse ele, numa referência velada ao fato de não haver comprovação
histórica que um “povo palestino” tenha se estabelecido algum dia na cidade.
“Paris é a capital da França. Jerusalém é a
capital de Israel. Tem sido a capital de Israel por 3.000 anos, sendo capital
do Estado moderno de Israel há 70 anos. Respeitamos sua história e suas escolhas
e, como amigos, esperamos que respeitem as nossas”, enfatizou Netanyahu.
Ressaltando que há abundantes provas históricas da relação dos judeus com sua
capital, disse que as tentativas da ONU e dos outros países em negar isso por
motivações políticas são “um absurdo”. “Vocês podem ler sobre tudo isso em um
livro muito bom chamado a Bíblia”
Falando com Macron, mas com isso
deixando claro ao mundo sua postura, assegurou “Isso também é essencial para a
paz. Penso que a paz deve ser construída sobre o alicerce da verdade, sobre os
fatos do passado e sobre o presente. Esta é a única maneira de construirmos um
futuro pluralista e bem-sucedido”.
Por sua vez, Macron reiterou que “o
congelamento da construção de assentamentos e medidas que mostrem confiança em
relação à Autoridade Palestiniana são atos importantes para começarmos”.
Desde o anúncio de Trump, na quarta-feira,
tem havido ataques na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Gaza, onde os
palestinos protestaram. Nos confrontos com as forças de segurança, pelo menos 4
pessoas foram mortas. Vários foguetes foram disparados da Faixa de Gaza, mas
foram interceptados ou caíram em áreas desertas.
Respondendo a Macron, Netanyahu disse que a
paz não seria possível, a menos que os palestinos aceitassem que Jerusalém é a
capital de Israel. Ele enfatizou que o mais importante em qualquer acordo de
paz é que ambos os lados reconheçam que o outro tem o direito de existir. “Isso
é o que bloqueia a paz israelense-palestina”, insistiu.
Lembrou ainda que deseja retomar as negociações,
mas nunca obteve resposta dos palestinos. “Eu invoquei repetidamente o
presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e eu faço isso aqui
novamente, no Elysee. Isso é um gesto de paz. Nada poderia ser mais simples.”
Netanyahu também falou de um plano de paz
regional “externo”, que veria a normalização com países árabes pavimentar o
caminho para a paz com os palestinos. Publicamente, a ideia foi amplamente
rejeitada pelo mundo árabe.
Anunciando que visitará Israel no ano que
vem, Macron finalizou dizendo: “Israel é nosso amigo e não aceitamos ataques
terroristas”.
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Com informações de Times of Israel
via GOSPELPRIME
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