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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Hezbollah - Movimento xiita libanês

HEZBOLLAH


Grupo apoiado por Irã e Síria surgiu contra ocupação de Israel no Líbano e cresceu graças à ação política e social


Hezbollah, foi criado por um grupo de clérigos muçulmanos xiitas radicais, com ajuda da Guarda Revolucionária do Irã, no Vale do Bekaa, na fronteira com o outro patrocinador do movimento, o governo Sírio.

Hezbollah, que em árabe significa ‘Partido de Deus’, é uma força islâmica xiita com estrutura similar à do Exército e, ao mesmo tempo, um grupo político com sede no Líbano. Ele nasceu em 1982, durante a Guerra Civil Libanesa, a princípio como uma milícia, ou seja, constituída por cidadãos libaneses portadores de armas e de um suposto poder policial.

Esta organização paramilitar se destaca cada vez mais na vida política do Líbano, ocupando-se de administrar os trabalhos sociais e instituições escolares e hospitalares xiitas, além de se responsabilizar também pelas atividades agrícolas do país. Ela é apoiada ativamente pelos iranianos, seja no campo doutrinário ou no financeiro.

Externamente ele é visto como um grupo terrorista, principalmente nos EUA, em Israel, no Canadá, nos Países Baixos e no Reino Unido. Enquanto isso, no mundo árabe e muçulmano, é respeitado como uma força de defesa contra a inferência exterior. Pode-se afirmar que sua meta principal é construir um Estado Islâmico Libanês, além de extinguir Israel.

O Hezbollah sobreviveu ao fim da guerra de Israel contra o Líbano e continua a atuar no Oriente Médio, principalmente a partir do Vale do Bekah, no sul do país. Sua fatia armada é conhecida como Jihad Islâmica, acusada de cometer inumeráveis atentados e assassinatos em Israel e região. Seu poder é tão intenso, que é possível encontrar subdivisões dela na Europa, África e Américas do Norte e Sul.

Seus criadores, em grande parte eclesiásticos xiitas, foram profundamente influenciados pelos ideais do aiatolá Khomeini, e seus membros foram formados e disciplinados por um grupo da Guarda Revolucionária Iraniana. Em 1985, um manifesto do Hezbollah expunha seus três objetivos principais – eliminar toda organização de tendência colonialista, julgar os falangistas pelos crimes cometidos e criar um estado muçulmano no Líbano -, embora ultimamente seus adeptos não falem mais sobre a edificação de uma nação islâmica.

O ódio principal do Hezbollah tem se voltado cada vez mais para Israel, país considerado ‘sionista’, estruturado a partir do arrebatamento violento das terras dos muçulmanos. Este sentimento cresceu desde julho de 1993, quando os israelitas desencadearam contra esta organização a ‘Operação Ajuste de Contas’, que resultou em 86 mortos, 480 feridos, 360 mil libaneses transferidos do Sul do Líbano para Beirute e na condenação externa de Israel.

Hoje o ‘Partido de Deus’, de mera organização paramilitar, converteu-se em um grupo político, com cargos conquistados no parlamento do Líbano, uma rádio e um canal de TV via satélite. Além disso ele detém vários projetos de progresso social. O Hezbollah goza de um grande prestígio entre os populares xiitas libaneses, e de algumas manifestações de simpatia da parte de sunitas, drusos e cristãos.

Esta força xiita desenvolveu, junto a outras organizações políticas do Líbano, os chamados protestos políticos do Líbano de 2006-2008, contra o primeiro-ministro Fuad Siniora. Mais tarde, graças ao Acordo de Doha, o Hezbollah conquistou o direito ao veto no Parlamento, ao mesmo tempo em que se estruturou um governo de unidade nacional, dentro do qual ele detém um ministro e onze das trinta cadeiras disponíveis. Apesar da retirada oficial dos israelenses do território libanês, este Partido é preservado como força armada com o poder de resgatar qualquer território invadido.

O Hezbollah não está livre das fissuras internas, que ganharam vigor de 1989 em diante. Em 1991 Abbas Musawi foi escolhido para liderar o grupo, mas foi morto logo em seguida, em fevereiro de 1992, por um grupo de Israel. Este assassinato teria possivelmente deflagrado o atentado à embaixada de Israel em Buenos Aires, pouco tempo depois.

Mapa do Líbano
Google Images

O Hizbollah constitui-se em um dos principais movimentos de combate à presença israelense no Oriente Médio, utilizando de ataques de guerrilha.

O Hizbollah recebe ajuda financeira do Irã e da Síria, além de doações de libaneses e de outros xiitas pelo mundo. O partido também ganhou uma força militar significante nos últimos anos. Apesar de uma certificação de junho de 2008, pelas Nações Unidas, de que Israel havia se retirado de todo o território libanês, em agosto daquele ano o novo gabinete de governo do Líbano aprovou uma proposta que assegura a existência do partido como uma organização armada, e garante o seu direito de "liberar ou recuperar terras ocupadas." Desde 1992 a organização é chefiada por Hassan Nasrallah, seu secretário-geral.

Atualmente goza de certa popularidade no mundo muçulmano xiita por ter assumido a responsabilidade de levar Israel a deixar o sul do Líbano em Junho de 2000. Sendo porém duramente criticado por governos sunitas e da irmandade muçulmana de diversos países por estar envolvido na guerra civil Síria. Em Bahrain, o ministro do Exterior descreveu o chefe da Hezbollah como terrorista e o presidente do Egito pediu que o Hezbollah pare sua agressão ao povo sirio.

O Hezbollah parece estar se espalhando pelo mundo, sendo inclusive acusado pelos EUA de ter membros venezuelanos

Fontes:
http://www.midiasemmascara.org/artigos/terrorismo/7559-hezbollah-o-partido-de-deus.html 
http://www.infoescola.com/


Aqui eu Aprendi!

2 comentários:

  1. Amado pastor. Permita-me que eu repasse em meu blog esse artigo bem elucidativo. É bem importante que vá em meu blog rsrsrsr.

    Belo trabalho!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Meu grande amigo Ezequiel, é um prazer poder cooperar contigo, sinta-se a vontade. Fico agradecido a Deus.
      Grande abraço
      Pastor Ismael

      Excluir

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