Sacrifico de Cordeiro Pascal volta a ser realizado em Jerusalém
Pela primeira vez na atualidade, cerimônia
será realizada dentro das muralhas da capital
A Suprema Corte de Justiça de Israel havia
proibido membros do Instituto do Templo de realizar o sacrifício de um cordeiro
no Parque Davidson, o sítio arqueológico adjacente ao Muro das Lamentações, no
lado sul do Monte do Templo.
Contudo, a polícia deu permissão para que a
reconstituição da cerimônia tradicional de Páscoa seja realizada na próxima
quinta-feira (13) na praça principal do Bairro Judeu, dentro das muralhas da
Cidade Velha.
O evento está marcado para as 17h30, no pátio
da histórica sinagoga de Hurva. Ele será precedido de um debate público sobre
as leis judaicas do ritual e o lançamento de um pedido formal junto ao governo
para coordenação das visitas ao Monte do Templo.
São aguardadas centenas de
pessoas, incluindo rabinos e lideranças políticas, para testemunharem a
cerimônia. O Instituto deixa claro que o sacrifício é apenas uma reprodução do
que era feito nos tempos bíblicos, uma vez que o sacrifício da Páscoa
“real” só pode ser realizado quando o Terceiro Templo for construído.
A ideia por trás da ação é “educativa”, para
familiarizar os judeus modernos com os requisitos e mandamentos da lei da Torah
[Antigo Testamento]. Assim como foi instruído por Moisés, um cordeiro
será morto, seu sangue retirado da maneira tradicional e jogado sobre um altar.
O animal será assado e comido no local.
Há mais de uma década os membros do Instituto
do Templo realizam
a reconstituição do sacrifícios rituais, mas sempre fora das muralhas que
cercam Jerusalém. Em 2014, membros do Instituto foram
presos após tentarem realizar um sacrifício sem autorização no local.
Eles anualmente pedem permissão para realizar
a cerimônia tradicional de Páscoa junto ao Monte do Templo, onde os levitas
preparavam os animais quando o Templo ainda estava no local. Desde que o
Segundo Templo foi destruído pelo exército romano no ano 70, os judeus
cessaram os sacrifícios de animais.
Temendo represálias dos muçulmanos que
controlam o Monte do Templo, o pedido é sempre recusado pela polícia e pelos
tribunais. Desta vez a permissão foi concedida, o que é marco para o Instituto,
uma vez que é o primeiro registo de sacrifício desse tipo desde a refundação do
Estado de Israel, em 1948.
Existe uma tradição de sacrifício nessa época
do ano seguida pela pequena comunidade samaritana, mas como o sangue é
derramado no monte Gerizim, não segue estritamente a tradição bíblica.
Fonte: GospelPrime
com
informações Times of Israel
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