“Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” Jo 15.2
Só é possível frutificar no Reino de Deus se
estivermos em Cristo Jesus. Esta é a conclusão que seu aluno precisa chegar ao
final deste trimestre. Ao longo dele, vimos o caráter bíblico e prático acerca
do Fruto do Espírito como oposição às Obras da Carne. Neste trimestre,
destacamos o embate que se dá na vida do cristão em relação ao “frutificar” no
Reino de Deus e o de manifestar as obras da carne. Nesse aspecto, trabalhamos
as seguintes oposições: Alegria x Invejas; Paz x Inimizades; Paciência x Dissensões;
Benignidade x Porfias; Bondade x Homicídios; Fidelidade x Idolatria e Heresias;
Mansidão x Pelejas; Temperança x Prostituição e Glutonaria. Concluindo que o
amor é a razão ímpar para frutificarmos na presença do Senhor. Propositalmente,
o tema do amor foi colocado como o último na lista do Fruto do Espírito.
Por isso, a parábola da vinha ganha uma
grande importância em nosso estudo. Fomos chamados para dar fruto no Reino de
Deus, onde, segundo o teólogo Benny C. Aker, “Jesus é o tronco, o Pai é o
jardineiro e os crentes em Jesus são os ramos” (Comentário Bíblico Pentecostal
Novo Testamento, p.587). O que João 15 deixa muito claro é que ninguém pode
frutificar no Reino de Deus se não estiver firmado em nosso Senhor: “Eu sou a
videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto,
porque sem mim nada podereis fazer” (15.5). Todo discípulo é chamado por Jesus
para dar muito fruto. Mas há uma pergunta imediata que precisa ser feita: Que
fruto é este?
O texto bíblico responde taxativamente: “O
meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
[...] Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. [...] Isto vos
mando: que vos ameis uns aos outros” (vv.12,14,17). De modo que o teólogo
Donald Stamps confirma esse entendimento e o amplia conforme Gálatas 5: “Todos
os cristãos são escolhidos ‘do mundo’ (v.19) para ‘dar fruto’ para Deus
(vv.2,4,5). Essa frutificação se refere (1) às virtudes espirituais tais como
as mencionadas em Gl 5.22,23 — amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança (cf. Ef 5.9; Cl 1.10; Hb 12.11; Tg 3.18) e
(2) à conversão a Cristo doutras pessoas (4.36,12.24)” (Bíblia de Estudo
Pentecostal, p.1603).
Portanto,
conscientize os alunos a buscarem a frutificar no Reino de Deus, na força do
Espírito Santo amando a Deus e ao próximo na perspectiva do Fruto do Espírito. (Revista Ensinador Cristão nº69)
Fomos chamados pelo Pai para produzirmos bons
frutos a fim de que o nome dEle seja glorificado. Os dons espirituais são
importantes para o crente, mas estes precisam ser acompanhados do fruto, pois o
fruto está relacionado ao caráter de Cristo em nós. Ele evidencia a nossa
comunhão com o Pai e o quanto temos aprendido com Ele.
INTRODUÇÃO
Nesta última lição do trimestre, estudaremos
a respeito da frutificação na vida do crente. Você tem produzido o fruto do
Espírito? Precisamos frutificar! Por isso, necessitamos estar ligados à Videira
Verdadeira. É Cristo em nós que nos permite produzir o fruto do Espírito. Sem
Ele nada podemos (Jo 15.4). O propósito de uma vida frutífera é tão somente glorificar
o Pai (Jo 15.8).
O crente só terá uma vida frutífera se estiver ligado à Videira Verdadeira, Jesus Cristo.
Leitura Bíblica em classe: João 15. 1-6 (sugestão: estude o capitulo todo)
Frutificar
é frutescer, produzir resultados, ser útil, dar lucro. Deus fez a terra com
a capacidade de ser produtiva. Nela constam elementos que a fazem produzir.
Porque a terra por si mesma frutifica; primeiro, a erva, depois, a espiga, e,
por último, o grão cheio na espiga (Mc 4.28).
Na vida espiritual, para que de fato haja
frutificação, isto é, o efeito de frutificar, é imprescindível que a terra do
coração seja trabalhada pela Palavra de Deus. Dessa forma, os bons frutos irão
aparecer, e é por meio dessa fertilidade que se prova a fidelidade do crente
(Mt 13.8).
A Parábola da Videira e seus Ramos
1. Limpeza pela Palavra (Jo 15.1-6)
A primeira coisa que vemos quando lemos o
capítulo 15 de João, é que não há como acontecer produtividade se não houver
investimento, mas note que Deus investiu grandemente em Israel, que é comparado
a uma videira (Is 5.1,2; Sl 80.8-19), esperando fruto, mas não aconteceu.
Deus investe no seu Filho, que no texto aparece
como a genuína videira. Ele faz isso porque sabe que é por intermédio do seu
filho que a vida verdadeira para o mundo irá surgir. É dEle que vem a seiva
para a salvação, a capacidade para a frutificação. Há um cuidado especial do
Pai com a videira, Cristo, mas Ele cuida dos ramos produtivos, eliminando os
galhos que não servem para nada, para que a produção seja ainda maior.
A produtividade espiritual é possível quando
acontece tanto o aírei, que aqui é
uma ação direta de Deus de tirar, arrancar, quanto o kathaírei, que é a ação de limpar, podar, ou fazer sua própria
análise. Essas duas ações acontecem por meio da Palavra.
2. Capacitados para produzir frutos (Jo
15.7,8)
Não há capacidade em nós mesmos para
produzirmos o fruto; ele é resultado da nossa permanência em Cristo Jesus.
Observe que o verbo imperativo grego meínate,
permanecei, é o segredo para que a produtividade aconteça, pois é de Cristo que
sai a vida para o ramo a fim de que a produção do fruto do Espírito seja real.
Quem permanece em Cristo recebe a seiva para
não ser um ramo inútil, infrutífero. Muitas pessoas ficam impressionadas com o
desempenho do grande ministério do apóstolo Paulo, como ele conseguiu levar tão
longe a mensagem do evangelho e escrever tantas cartas. O segredo é que ele
sempre permanecia em Cristo, recebia dEle a vida verdadeira: “Já estou
crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida
que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou
a si mesmo por mim” (G1 2.20).
Improdutividade, esterilidade, falta de
fruto, é resultado da quebra de comunhão com Cristo. Israel desvencilhou-se da
vontade de Deus, por isso se tornou apenas um galho seco de uma videira, que
não prestava para nada, a não ser para ser queimada.
A produtividade é frutescente quando Cristo e sua
Palavra habita no crente. Note que a preposição grega en, que tem vários
sentidos: de lugar, de causa, de tempo, nesse texto de João está sendo usada
para expressar o envolvimento completo de estar dentro de Cristo ou Ele estar
dentro de nós.
É interessante ressaltar que em João 1.1 diz-se que
o verbo se fez carne. A palavra “verbo” já aparecia nas páginas do Antigo
Testamento, só que com o conceito de sabedoria. Logos quer dizer palavra. A
razão de João fazer uso dessa palavra é porque no seu tempo todos sabiam muito
bem o sentido e a expressão que essa palavra tinha, o que ela enunciava;
todavia, o propósito de João fazer uso dessa palavra é que ele usa esse logos
para denotar a palavra de Deus em ação conforme também registra o escritor aos
hebreus (Hb 1.1-3). Esse logos, palavra, pode ser entendido como o logos
cósmico, isto é, o agente de toda a criação. João especifica que dEle não vem
somente a vida, mas que Ele é a própria vida, é Ele quem dá a verdadeira luz,
conhecimento da própria vida de Deus (Jo 17.3). Esse conhecimento que o verbo
dá de Deus, possibilita ao homem receber as verdades divinas; assim ele pode
deixar as trevas, que é a vida moral comprometida com o pecado.
Mas no texto Jesus diz que se suas palavras
estivessem nos seus discípulos. Observe que nesse caso Ele faz uso de hêma, que
é a palavra falada, dizeres, expressão, mas tudo se resume em Cristo, de modo
que quer eles estivessem em Jesus, quer na Palavra, estariam vivendo e
recebendo a verdadeira vida.
É a fé que leva a oração do crente a ser
atendida quando segue todo o ensino dito por Jesus, e os que permanecem em sua
Palavra são transformados, purificados para dar muitos frutos. É importante
entender uma coisa: oração respondida é também frutificação espiritual (Jo
14.13), e pela produção de fruto o Pai é glorificado, pois isso prova o
relacionamento perfeito que o crente está tendo com Ele. Entendemos então que estar
em Cristo e nos seus ditos é a forma de sermos capacitados para produzirmos
muito para Deus. Isso dá glorificação ao Pai, pois prova que o crente está
produzindo o fruto segundo a sua espécie, ou seja, ele está sendo semelhante a
Jesus, e tal fruto é o descrito em Gálatas 5.22. Não há como duvidar, quem está
em Cristo reproduz seu caráter (Jo 8.31; l Jo 3.2).
3. Permanecendo no amor de Cristo (Jo
15.9-11)
É no relacionamento do Pai com o Filho e do
discípulo com Cristo que o verdadeiro amor se processa, gerando vida, alegria,
obediência, sem qualquer constrangimento. O desejo de Jesus para que todos
permanecessem nEle, isto é, no seu amor, é porque tudo vinha do Pai, pois assim
como Ele era amado, quem permanecesse nEle seria amado também (Jo 3.35; 5.20).
Jesus sempre permaneceu no amor do Pai, isso é comprovado por causa de sua
obediência, sempre fazendo aquilo que lhe agradava (Jo 8.29). A grande prova do
amor dos discípulos para com Jesus estava na obediência plena ao Pai. Se assim eles
procedessem, estariam sempre tendo aprovação em tudo e gozando da companhia
divina. É impossível um cristão ser produtivo fora da obediência a Cristo, aos
seus ensinos, pois o amor, como virtude do fruto do Espírito, leva o crente a
ser obediente, para que Deus possa se comprazer nele.
4. amor de uns para com os outros (Jo
15.12-17)
Jesus ensina os discípulos a amar não tomando
como base qualquer filosofia ou uma figura humana, mas Ele usa a si mesmo,
dizendo: Como eu vos amei... Jesus amou se doando (Jo 3.16). Os discípulos foram
objetos do amor verdadeiro de Jesus cristo, por isso logo, logo eles irão se
multiplicar, porque irão amar de modo semelhante.
A frutificação espiritual só acontece quando
o amor verdadeiro é posto em pratica, se doando, se sacrificando. Foi nesse
mesmo sentimento que Paulo disse que, se possível, queria ser separado de
Cristo por causa de seus irmãos (Rm 9.3). O amor que está em evidencia aqui é o Ágape.
Jesus procurou desenvolver com esses discípulos
um bom relacionamento, uma amizade marcada pelo amor e obediência. Ele abre o
seu coração e lhes diz o porquê de sua vinda ao mundo e morte. Naquele momento,
Jesus não estava se relacionando com eles no nível de escravo, posição que eles
continuarão tendo, mas como amigo estaria manifestando seus sentimentos,
planos, esperanças, pois o escravo não precisa saber do que o seu Senhor pensa.
Note que sempre Jesus procura voltar ao tema
do assunto que abriu a seção: videira e ramo, pois seu alvo é que todos sejam
frutescentes. Os discípulos teriam que produzir o fruto da videira, isto é,
Cristo, pois desse modo dariam frutos bons, duráveis. Ligados em Jesus, tudo
que seus servos fazem é bem aceitável, é de qualidade.
Podemos dizer que, vivendo no amor de Cristo,
é do sacrifico, da doação, do bom relacionamento, da amizade, que fica provado
que esta é a base, o fundamento para que aconteça a verdadeira frutificação
espiritual. Se o amor não estiver presente, tudo será em vão, como disse Paulo.
"Ainda que eu
falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o
metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e
conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé,
de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para
sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e
não tivesse amor, nada disso me aproveitaria." 1 Coríntios 13:1-3
5. O amor que nos torna fortes (Jo 15.18-25)
Nos tempos antigos, especialmente quando eram
intensas as perseguições contra os servos de Cristo, eles venceram porque
cultivaram o amor de Cristo em seus corações. Em nossos dias estamos vendo a
revolta de muitos contra os cristãos, aqueles que procuram fazer a vontade de Deus,
mas a igreja só poderá vencer se realmente firmar no amor ensinado pela
Palavra.
O mundo sem Deus está no controle do maligno,
seu propósito sempre é ser contrario àquilo que fere seus desejos pecaminosos.
Jesus foi objeto de ódio dos pecadores, porque falava a verdade; os discípulos foram
perseguidos da mesma forma, porque estavam no mundo, mas fora do mundanismo, da
carnalidade. Nisso consistia o ódio para com eles.
Jesus passa a dar instrução aos seus discípulos
quanto aos sofrimentos a que seriam submetidos e como eles poderiam suportar
(Mt 10.22). quem permanecesse nEle ficaria de pé. O relacionamento de Jesus com
os seus discípulos era tão forte, o amor que os ligava era tão lindo, que
quando Paulo estava perseguindo os crentes, o próprio Jesus lhe disse: Por que
me persegues? (At 9.4; 22.7).
Jesus diz que a geração do seu tempo estaria
em condições lamentáveis, porque nenhuma outra teve o privilégio que agora
estava tendo, pois estavam contemplando o amor de Deus expresso em sua pessoa,
viram suas grandes obras, ouviram suas palavras, pelas quais poderiam mudar de
vida, mas rejeitaram, por isso teriam uma sentença maior (Mt 11,23,24).
Alguém pode perguntar: Mas por que tanto ódio
contra esses discípulos? Jesus vinha de Deus, os discípulos vinham dEle, todo o
relacionamento aqui era espiritual, estava fora do poder do mundo pecaminoso,
era contra o pecado, sendo que essa oposição não era tolerada. É o que acontece atualmente;
muitas pessoas não gostam dos crentes porque reprovam as obras da carne, das
trevas, as quais são praticadas por aqueles que não querem vir par a luz. Paulo
diz que até falar das obras que os homens sem Deus praticam é vergonhoso (Ef
5.12). Jesus se revelou como amor, o mundo o odiou. Jesus se revelou como a
luz, o mundo não quis brilhar. Jesus se revelou como a vida, eles não quiseram.
Jesus se revelou como o caminho, pão, água, e eles descartaram.
Jesus diz que
todo o ensino que transmitiu aos seus discípulos não deixaria de ter seu vigor,
pois quando Ele fosse retirado deste mundo, o Espírito Santo estaria com eles,
capacitando-os a suportarem toda e qualquer situação ou perseguição difícil (Mt
10.19) e uma prova de que isso aconteceu pode ser vista em Atos 5.32. O
Espírito Santo estaria no coração dos discípulos fortalecendo-os nas verdades
ensinadas por Jesus, posto que Ele é a própria verdade (Jo 14.17).
O fundamento da frutificação espiritual está em ser cheio do Espírito Santo e de amor.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
“A poda dos ramos (Jo 15.1-10)
‘Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
lavrador’. Neste versículo, ‘eu’ e ‘verdadeira’ em grego são enfáticos. Assim,
em contraste com os outros (os líderes religiosos) que reivindicam ser parte do
verdadeiro povo de Deus, Jesus e seus seguidores emergem como o verdadeiro
povo. Isto enfatiza sua singularidade como o caminho para Deus.
No versículo 2, surge o assunto desta seção:
a santificação. A palavra que a expressa é o verbo ‘limpar’ (cortar, desbastar,
podar). Esta palavra pertence ao aspecto religioso de ‘tornar santo’ ou
‘santificar’. O que se presume, então, é uma visão da Igreja discutida acima,
mas o que fica óbvio é que Deus limpa o crente; e esta alegoria da vinha
apropriadamente expressa isso. Também deve ser observado que a santificação é um
processo normal do discipulado. O propósito da poda é aumentar a frutificação.
Os versículos 3 a 5
falam da união de Jesus e os crentes em termos figurativos dos ramos e do
tronco. Jesus expressa o fato dessa união de palavras: ‘Vós já estais limpos
pela palavra que vos tenho falado’ (v.3). Mas resultado dessa união é o
processo de crescimento — em termos figurativos: dar frutos. Considerando que
um ramo não pode dar frutos a menos que esteja ligado ao tronco (a pessoa tem
que permanecer em Cristo), o fruto tem um significado certo. No contexto dos
capítulos 13 a 17, o fruto é o amor, característica fundamental de Deus. Para
poder viver como Deus, a pessoa tem de nascer de novo e segui-lo. Este amor tem
de ser desenvolvido pelo ‘processo da poda’” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo
Testamento. 4ª Edição. Volume 1. RJ: CPAD, 2009, p.586).
Podar é aparar os ramos
que estão atrapalhando o desenvolvimento da planta. A poda ajuda a produzir
novos ramos, fazendo com que a produção de frutos seja maior. Na vida
espiritual, também somos podados e cuidados pelo Senhor. Ele retira de nós tudo
que nos impede de frutificar. Contudo, se depois de cuidados não produzirmos
frutos, não resta alternativa a não ser o corte e o descarte no fogo (Jo 15.2).
Na vinha do Senhor, não há ramos para enfeitar, todos precisam ser frutíferos.
Sendo
produtivos
“Uma videira que produz muito fruto glorifica
a Deus, pois Ele envia diariamente a luz do sol e a chuva para fazer crescer as
colheitas, e nutre constantemente cada planta, preparando-a para florescer. Que
momento de glória será para o Senhor quando a colheita for trazida aos
celeiros, madura e pronta para usar! Ele fez isto acontecer! Esta analogia
agrícola mostra como Deus é glorificado quando estamos em um relacionamento
correto com Ele e começamos a ‘dar muito fruto’ em nossas vidas”. Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, CPAD, p.578.
Segundo os agrônomos, a videira leva três
anos para dar os primeiros frutos. As uvas não nascem logo depois da semente
germinar no solo. É preciso tempo e muitos cuidados. Na vida espiritual, é
preciso discipulado, ensino da Palavra de Deus. Contudo, para ser frutífero é
imprescindível estar ligado a Cristo, a Videira Verdadeira. Longe dEle não
existe vida, apenas morte. Quando os ramos se afastam da Videira, logo deixam
de receber da sua seiva, tornando-se secos e infrutíferos.
“O princípio da frutificação está revelado no
primeiro capítulo de Gênesis (Gn 1.1). Note que a lei agrária estabelecida por
Deus determina que cada planta e árvore produza fruto segundo a sua espécie.
A frutificação espiritual segue o mesmo
princípio. João Batista, o precursor do Messias, exigiu dos seus convertidos:
‘Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento’ (Mt 3.8). Em João 15.1-16,
Jesus enfatizou este princípio deixando claro aos seus seguidores que para
darem fruto exuberante para Deus, necessário é que antes cresçam em Cristo e
nisso perseverem seguindo os ensinos da Palavra de Deus. Boas condições de
crescimento e desenvolvimento da planta no reino vegetal, sem esquecer da boa
saúde da semente e do meio ambiente ideal e da limpeza, são elementos
indispensáveis para a boa frutificação. É também o que ocorre no reino
espiritual, na vida do crente, na Igreja, para que haja em todos nós fruto
abundante para Deus.
De que tipo de fruto
Jesus estava falando em João 15.1-16?
A resposta nos é dada em Gálatas 5.22: ‘O
fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fé, mansidão, temperança’. Em outras palavras, o fruto do Espírito é no crente
a existência de um caráter semelhante a Cristo: um caráter que testemunha de
Jesus e que o revela em seu viver diário. É a breve vida de Cristo manifesta no
cristão. Como é que o povo à nossa volta está vendo Cristo em nós? Em família,
no emprego, nas viagens, na escola, na igreja, nos relacionamentos pessoais,
nos tratos, no lazer, no porte em geral, na vida cristã?” (Bíblia de Estudo
Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.1723).
“Qual o propósito da frutificação na vida do crente?”
Fomos alcançados pela graça e o amor de
Cristo (Rm 3.24). A graça divina, além de destruir os pecados, enxerta em nós a
semente do amor. O amor nos ajuda a vencer os efeitos da arrogância, o egoísmo
e a incredulidade.
Cristo é o nosso exemplo por excelência de
amor altruísta.
Por que o amor é a base da frutificação?
Porque
ele é o alicerce de todas as virtudes (1Co 13.13). Não podemos nos esquecer que
o amor deve ser revelado em atitudes. Não adianta dizer que ama e tem fé se não
tiver as boas obras (Tg 2.14). A fé sem obras e sem amor é morta (Tg 2.17,26).
O amor precisa ser visto mediante as nossas obras. Existem muitas pessoas
carentes e necessitadas que precisam do nosso amor e ajuda.
O amor é gerado em
nossos corações pela ação do Espírito Santo.
CHAMADOS
PARA FRUTIFICAR
1.
Revestidos de amor.
Em
Colossenses 3.12, Paulo orienta os crentes para que se vistam de misericórdia,
benignidade, mansidão e longanimidade. Busquemos “as coisa que são de cima” (Cl
3.1,2). Suas atitudes devem refletir tal verdade. Mediante a fé no sacrifício
de Cristo, já retiramos a “roupa velha”, nossos trapos de imundícia, que é a
natureza pecaminosa.
O
amor, fruto do Espírito, em nossa vida nos conduz:
a)
A frutificar em nosso relacionamento espiritual. Passamos a experimentar
uma maior comunhão com o Pai mediante a oração, o jejum e a leitura da Palavra
de Deus.
b)
A ter um relacionamento conjugal frutífero. Se amarmos a Deus amamos
também o nosso cônjuge com um amor altruísta. Amar a esposa é um princípio
divino para os maridos: “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo
amou a igreja e a si mesma se entregou por ela” (Ef 5.25).
c)
A ter um relacionamento familiar frutífero. A esposa será submissa ao
marido e os filhos lhe serão obedientes (Ef 5.22, 6.1);
2.
Se a Palavra estiver em nós.
Só
é possível frutificar se Cristo e suas palavras estiverem plantados em nós.
Essa também é a condição para que as nossas orações sejam ouvidas e respondidas
(Jo 15.7). É por intermédio das palavras de Jesus, ou seja, por meio de seus
ensinamentos, que podemos orar corretamente, segundo a vontade do Pai. As
palavras de Jesus fazem com que venhamos nos tornar semelhantes a Ele.
3.
Cumprindo a lei.
Na
Epístola aos Romanos, Paulo trata com profundidade a respeito da lei. Ele
mostra que somente o que ama tem condições de cumprir a lei: “[...] quem ama
aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8). O apóstolo também exorta os crentes,
afirmando que “o cumprimento da lei é o amor” (Rm 13.10). O amor de Cristo, em
nós, nos ajuda a observar os mandamentos e princípios divinos para a nossa
vida.
"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." 1 Coríntios 13:13
CONCLUSÃO
O
amor de Deus por nós é singular. Quando experimentamos desse amor somos
transformados e, então, passamos a produzir o fruto do Espírito. Que venhamos a
frutificar em todas as áreas da nossa vida, a fim de que o nome de Jesus, o
nosso amado, seja glorificado e exaltado.
Fonte:
Livro de Apoio 1º trim 2017 - As Obras da Carne e o Fruto do Espírito - CPAD - Osiel Gomes
Revista Bíblica As Obras da Carne e os Frutos do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente - 1º sem_2017 - CPAD - Comentarista Osiel Gomes
Bíblia Defesa da Fé
Bíblia de Estudo Pentecostal
Dicionário Wycliffe
Aqui eu Aprendi!
Glorias a Deus! muito bom.
ResponderExcluirCarlos