Membros / Amigos

Conheça mais de nossas Postagens

Research - Digite uma palavra ou assunto e Pesquise aqui no Blog

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

O Ministério da Igreja

“E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, glória e poder para todo o sempre. Amém!” Ap 1.6

O exercício do ministério na igreja do Senhor é muito mais do que apenas possuir um cargo na igreja. É preciso entender que o serviço ministerial possui um significado muito especial que norteia e dá sentido ao que fazemos na obra de Deus. 

Ministrar está intrinsecamente ligado a nossa identidade cristã. Somos chamados por Deus para exercer o sacerdócio real, cujo objetivo é trazer aos homens as verdades do evangelho eterno de nosso Senhor Jesus Cristo.

O exercício do ministério cristão requer santidade, conhecimento e obediência aos valores e princípios da Palavra de Deus.

“No Antigo testamento, o sacerdócio era restrito a uma minoria qualificada. Sua atividade distintiva era oferecer sacrifícios a Deus, em prol do seu povo e comunicar-se diretamente com Deus (Êx 19.6; 28.1; 2Cr 29.11). Agora, por meio de Jesus Cristo, todo crente é constituído sacerdote para o serviço de Deus (Ap 1.6; 5.10; 20.6). Esse sacerdócio de todos os crentes abrange o seguinte:

(1) Todos os crentes têm acesso direto a Deus, através de Cristo (1Pe 3.18; Jo 14.6; At 4.12; Ef 2.18).

(2) Todos os crentes têm a obrigação de viver uma vida santa (1Pe 2.5,9; 1.14-17).

(3) Todos os crentes devem oferecer ‘sacrifícios espirituais’ a Deus, inclusive:

(a) viver em obediência a Deus, sem conformar-se com o mundo (Rm 12.1,2);
(b) orar a Deus e louvá-lo (Sl 50.14; Hb 13.15);
(c) servir com o coração íntegro e mente disposta (1Cr 28.9; Fp 2.17; Ef 5.1,2);
(d) praticar boas ações (Hb 13.16);
(e) contribuir com nossas posses materiais (Rm 12.13; Fp 4.18) e
(f) apresentar nossos corpos a Deus como instrumentos de justiça (Rm 6.13,19).

(4) Todos os crentes devem interceder e orar uns pelos outros e por todos (Cl 4.12; 1Tm 2.1; Ap 8.3).

(5) Todos os crentes devem proclamar a Palavra e orar pelo sucesso dela (1Pe 2.9; 3.15; At 4.31; 1Co 14.26; 2Ts 3.1; Hb 13.15)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.1940).

O ministério da Igreja é um lugar para os servos de Deus, visando o aperfeiçoamento dos santos.

Leitura Bíblica: 1 Pedro 2.1-10

INTRODUÇÃO

Muitas pessoas dizem que desejam ter um ministério. E o que é, essencialmente, ministrar? É dar ordens, ter prerrogativas de privilégio, ou estar em uma plataforma falando às pessoas? Não.

Ministrar é servir.

Aquele que ministra o faz porque é servo de Deus em primeiro lugar, e servo de seus irmãos, pois assim foi comissionado por Deus.

Nesta lição, trataremos da importância do ministério na Igreja e do ministério de todos os crentes diante de Deus e dos homens.

I. O QUE É MINISTÉRIO

1. Ministério é uma forma de adorar a Deus.
Adorar é uma manifestação de fé, uma forma de aproximar a criatura de seu Criador. Por meio da adoração, demonstramos nosso apreço e afeição pelo nosso Deus, sem precisar pedir nada em troca. Nossas petições ficam na esfera de nossas orações, ao passo que, na adoração, simplesmente nos regozijamos na presença de Deus e agradecemos a Ele por sua presença entre nós, por suas bênçãos e pela salvação manifesta ao seu povo.

2. Ministério, adoração e fé.
A adoração como manifestação da nossa fé, é um serviço, um ministério. A expressão hebraica abad traz a ideia de “trabalhar, servir, adorar”. A expressão grega latreuo traz a mesma ideia de serviço e adoração (dessa expressão vem as palavras “idolatria”, adoração ou serviço a um ídolo). Aquele que ministra a um ídolo, o idólatra, também o adora, ignorando o verdadeiro Deus.

Nesse contexto, precisamos entender que quando servimos ao Senhor, devemos igualmente ter um comportamento que demonstra que o adoramos também.

3. Ministério é serviço.
Quando falamos que uma pessoa trabalha em um ministério dentro da igreja local, estamos igualmente falando que essa pessoa está fazendo um trabalho específico dentro daquela igreja. Os obreiros da igreja, por exemplo, exercem seu ministério, seu serviço a Deus, servindo à igreja para a qual foram chamados a pastorear. Pessoas que lidam com departamentos infantis também estão prestando um serviço a Deus quando estão instruindo crianças em suas classes. Ministério, nessa acepção, é serviço.

Há três palavras gregas que designam o termo ministro: leitourgos, um funcionário público que prestava um serviço ao Estado; hūperetes, a pessoa que trabalhava em um navio de escravos, e diaconos, aqueles que serviam às mesas. Por essas informações, podemos perceber que o ministro é um servo, uma pessoa que, por força de suas atribuições, tem mais obrigações e deveres do que necessariamente privilégios. Cremos, com isso, que devemos cuidar bem daqueles que são chamados por Deus para servir aos seus irmãos e à Igreja, pois o serviço cristão é mútuo, uns servindo aos outros.

Servir é uma forma de demonstrar aos que nos cercam a nossa adoração a Deus. Quando amamos a Deus nos tornamos servos dEle.

II. O MINISTÉRIO SACERDOTAL DOS CRENTES

1. Ministério no Antigo Testamento.
No Antigo Testamento, o ministério era tido como uma atividade espiritual. Os sacerdotes e levitas integravam o ministério religioso em Israel, e posteriormente, Deus levantou profetas que também tinham um ministério. Enquanto os levitas e sacerdotes oficiavam no sentido de intermediar a aproximação do homem para com Deus, os profetas falavam em nome de Deus ao povo.

2. Ministério no Novo Testamento.
No Novo Testamento, a palavra ministério traz a ideia de serviço, e de forma peculiar, apresenta aqueles que são salvos em Cristo como pessoas que atuam em um ministério como sacerdotes de Deus aos homens. Esse ministério é conhecido como “sacerdócio universal dos crentes”.

3. O cristão como um sacerdote.
Pela ideia do sacerdócio universal dos crentes queremos dizer que todos aqueles que já experimentaram a salvação são chamados a servir ao Senhor como sacerdotes, como mediadores da mensagem da salvação. Essa premissa, baseada em 1 Pedro 2.9 foi criada na Reforma Protestante, e é atribuída a Lutero, para contrapor a ideia de que apenas os sacerdotes da igreja romana eram detentores da salvação e da autoridade divina. Por ocasião da Reforma, Lutero ensinou que Deus chama a todos para que sejam sacerdotes do Deus Altíssimo.

"Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;"

Essa definição não deve ser confundida com o ministério pastoral de nossas igrejas. Lutero nunca disse que não poderia haver pastores, ou que todas as pessoas seriam pastores na igreja, pois o ministério pastoral é para pessoas com vocação e formação para ministrar ao rebanho de Cristo. Deus chama pastores para que possam ser responsáveis pelo rebanho do Senhor, e eles são nossos sacerdotes. Isso não significa que todos os crentes são pastores! Nem todos possuímos a vocação ao ministério pastoral, de conduzir o rebanho do Senhor. Esse ministério é reservado a pessoas que Deus chama com essa finalidade específica. Entretanto, diante dos homens, somos sacerdotes, ou seja, representamos a Deus neste mundo que carece da salvação. Por isso, pregamos e oramos pelos que ainda não conhecem Jesus.

O sacerdócio de todos os crentes é uma premissa da Reforma Protestante.

III. O MINISTÉRIO DA COMUNHÃO E DA RECONCILIAÇÃO

1. A reconciliação.
Essa expressão retrata a união de duas ou mais pessoas depois que barreiras foram removidas. Quando vemos os efeitos do pecado na vida das pessoas, entendemos também a separação que há entre o homem e Deus.

2. A reconciliação é obra divina.
A reconciliação entre Deus e o homem foi iniciada por Deus, pois “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2Co 5.19). A Igreja tem a mensagem da reconciliação, e deve fazer dessa mensagem e de sua prática um ministério. O mesmo deve ser feito em relação aos que, em algum momento, tropeçaram na caminhada cristã e se afastaram do convívio dos santos. Enquanto não formos arrebatados e chamados para estar com o Senhor, vivemos sujeitos ao pecado e aos ataques deste mundo, que buscam a todo custo nos afastar da presença do Senhor. Nossa postura, como servos e servas de Deus, é fazer com que esses irmãos afastados sejam reconciliados com a igreja local e estejam na comunhão dos santos.

3. A comunhão.
A palavra comunhão traz a ideia de atos de fraternidade, de companheirismo. A Igreja de Cristo não pode ser marcada por partidarismo e dissensões, pois um reino dividido não subsiste (Mc 3.24). A comunhão é inspirada pelo amor, e este é o adesivo que une duas partes que de outra forma entrariam em atrito.

Reconciliação e comunhão costumam andar juntas na vida cristã. Primeiro partes opostas se reconciliam, para depois manterem a fraternidade da comunhão.

CONCLUSÃO
Em Cristo, vemos todos os exemplos de que a Igreja precisa para efetuar seu ministério. Ele foi servo, é nosso Sumo Sacerdote, busca a reconciliação e faz com que tenhamos comunhão com Deus. Que nossas vidas sejam pautadas no exemplo de Jesus.


SUBSÍDIO
O sumo sacerdote
“Dentro da divisão dos coatitas, a família de Arão passou a ser de sacerdotes. De um lado isso os tornou encarregados dos levitas. Itamar supervisionava os gersonitas (Nm 4.28) e os meraritas (v.33); Eleazar cuidava dos coatitas (v.16). Por outro lado os sacerdotes eram distintos dos levitas, porque só eles podiam tocar nas coisas santas — tudo que tivesse a ver com o altar, a lâmpada, ou a mesa da proposição (Nm 4.5-15).

O sacerdote nem sempre era quem fazia o sacrifício, mas era ele quem levava o sangue para o altar (por exemplo, Lv 3.2). O próprio Arão veio a ser sumo sacerdote (às vezes chamado de principal sacerdote). Ele usava roupas especiais (Lv 16.2), interpretava o lançamento das sortes sagradas que eram mantidas em seu peitoral.

Arão tinha quatro filhos. Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Nadabe e Abiú morreram por terem cometido sacrilégio em seus deveres religiosos como sacerdotes (Lv 10.1-3) e o sumo sacerdócio passou então a Eleazar e foi mantido em sua família (Nm 20.25-29).

Eli era um sacerdote da família de Eleazar. O sumo sacerdócio parece ter passado depois para a família de Itamar (veja 1Rs 2.27; cf. 1Cr 24.3). Foi Salomão quem fez retornar a linhagem de volta à família de Eleazar, colocando Zadoque na posição de sumo sacerdote. Essa posição foi mantida na família dele até que seu descendente veio a ser deposto por Antíoco Epifânio nos dias dos macabeus” (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.326,327).

Fonte:
Lições Bíblicas - 1º trim.2017 - A Igreja de Jesus Cristo - Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno - Comentarista: Alexandre Coelho - CPAD 

Sugestão de leitura:
Aqui eu Aprendi!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O comentário será postado assim que o autor der a aprovação.

Respeitando a liberdade de expressão e a valorização de quem expressa o seu pensamento, todas as participações no espaço reservado aos comentários deverão conter a identificação do autor do comentário.

Não serão liberados comentários, mesmo identificados, que contenham palavrões, calunias, digitações ofensivas e pejorativas, com falsidade ideológica e os que agridam a privacidade familiar.

Comentários anônimos:
Embora haja a aceitação de digitação do comentário anônimo, isso não significa que será publicado.
O administrador do blog prioriza os comentários identificados.
Os comentários anônimos passarão por criteriosa analise e, poderão ou não serem publicados.

Comentários suspeitos e/ou "spam" serão excluídos automaticamente.

Obrigado!
" Aqui eu Aprendi! "

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...