“E
nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, glória e poder para todo
o sempre. Amém!” Ap 1.6
O
exercício do ministério na igreja do Senhor é muito mais do que apenas possuir
um cargo na igreja. É preciso entender que o serviço ministerial possui um
significado muito especial que norteia e dá sentido ao que fazemos na obra de
Deus.
Ministrar está intrinsecamente ligado a nossa identidade cristã. Somos chamados por Deus para exercer o sacerdócio real, cujo objetivo é trazer aos homens as verdades do evangelho eterno de nosso Senhor Jesus Cristo.
Ministrar está intrinsecamente ligado a nossa identidade cristã. Somos chamados por Deus para exercer o sacerdócio real, cujo objetivo é trazer aos homens as verdades do evangelho eterno de nosso Senhor Jesus Cristo.
O
exercício do ministério cristão requer santidade, conhecimento e obediência aos
valores e princípios da Palavra de Deus.
“No
Antigo testamento, o sacerdócio era restrito a uma minoria qualificada. Sua
atividade distintiva era oferecer sacrifícios a Deus, em prol do seu povo e
comunicar-se diretamente com Deus (Êx 19.6; 28.1; 2Cr 29.11). Agora, por meio
de Jesus Cristo, todo crente é constituído sacerdote para o serviço de Deus (Ap
1.6; 5.10; 20.6). Esse sacerdócio de todos os crentes abrange o seguinte:
(1) Todos
os crentes têm acesso direto a Deus, através de Cristo (1Pe 3.18; Jo 14.6; At
4.12; Ef 2.18).
(2) Todos
os crentes têm a obrigação de viver uma vida santa (1Pe 2.5,9; 1.14-17).
(3) Todos
os crentes devem oferecer ‘sacrifícios espirituais’ a Deus, inclusive:
(a)
viver em obediência a Deus, sem conformar-se com o mundo (Rm 12.1,2);
(b)
orar a Deus e louvá-lo (Sl 50.14; Hb 13.15);
(c)
servir com o coração íntegro e mente disposta (1Cr 28.9; Fp 2.17; Ef 5.1,2);
(d)
praticar boas ações (Hb 13.16);
(e)
contribuir com nossas posses materiais (Rm 12.13; Fp 4.18) e
(f)
apresentar nossos corpos a Deus como instrumentos de justiça (Rm 6.13,19).
(4) Todos
os crentes devem interceder e orar uns pelos outros e por todos (Cl 4.12; 1Tm
2.1; Ap 8.3).
(5)
Todos os crentes devem proclamar a Palavra e orar pelo sucesso dela (1Pe 2.9;
3.15; At 4.31; 1Co 14.26; 2Ts 3.1; Hb 13.15)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ:
CPAD, 1995, p.1940).
O
ministério da Igreja é um lugar para os servos de Deus, visando o
aperfeiçoamento dos santos.
Leitura
Bíblica: 1 Pedro 2.1-10
INTRODUÇÃO
Muitas
pessoas dizem que desejam ter um ministério. E o que é, essencialmente,
ministrar? É dar ordens, ter prerrogativas de privilégio, ou estar em uma
plataforma falando às pessoas? Não.
Ministrar
é servir.
Aquele
que ministra o faz porque é servo de Deus em primeiro lugar, e servo de seus
irmãos, pois assim foi comissionado por Deus.
Nesta
lição, trataremos da importância do ministério na Igreja e do ministério de
todos os crentes diante de Deus e dos homens.
1.
Ministério é uma forma de adorar a Deus.
Adorar é uma manifestação de fé,
uma forma de aproximar a criatura de seu Criador. Por meio da adoração,
demonstramos nosso apreço e afeição pelo nosso Deus, sem precisar pedir nada em
troca. Nossas petições ficam na esfera de nossas orações, ao passo que, na
adoração, simplesmente nos regozijamos na presença de Deus e agradecemos a Ele
por sua presença entre nós, por suas bênçãos e pela salvação manifesta ao seu
povo.
2.
Ministério, adoração e fé.
A
adoração como manifestação da nossa fé, é um serviço, um ministério. A
expressão hebraica abad traz a ideia de “trabalhar, servir, adorar”.
A expressão grega latreuo traz a mesma ideia de serviço e adoração
(dessa expressão vem as palavras “idolatria”, adoração ou serviço a um ídolo).
Aquele que ministra a um ídolo, o idólatra, também o adora, ignorando o
verdadeiro Deus.
Nesse
contexto, precisamos entender que quando servimos ao Senhor, devemos igualmente
ter um comportamento que demonstra que o adoramos também.
3.
Ministério é serviço.
Quando
falamos que uma pessoa trabalha em um ministério dentro da igreja local,
estamos igualmente falando que essa pessoa está fazendo um trabalho específico
dentro daquela igreja. Os obreiros da igreja, por exemplo, exercem seu
ministério, seu serviço a Deus, servindo à igreja para a qual foram chamados a
pastorear. Pessoas que lidam com departamentos infantis também estão prestando
um serviço a Deus quando estão instruindo crianças em suas classes. Ministério,
nessa acepção, é serviço.
Há
três palavras gregas que designam o termo ministro: leitourgos, um
funcionário público que prestava um serviço ao Estado; hūperetes, a pessoa
que trabalhava em um navio de escravos, e diaconos, aqueles que serviam às
mesas. Por essas informações, podemos perceber que o ministro é um servo, uma
pessoa que, por força de suas atribuições, tem mais obrigações e deveres do que
necessariamente privilégios. Cremos, com isso, que devemos cuidar bem daqueles
que são chamados por Deus para servir aos seus irmãos e à Igreja, pois o serviço
cristão é mútuo, uns servindo aos outros.
Servir é uma forma de
demonstrar aos que nos cercam a nossa adoração a Deus. Quando amamos a Deus nos
tornamos servos dEle.
1.
Ministério no Antigo Testamento.
No
Antigo Testamento, o ministério era tido como uma atividade espiritual. Os
sacerdotes e levitas integravam o ministério religioso em Israel, e
posteriormente, Deus levantou profetas que também tinham um ministério.
Enquanto os levitas e sacerdotes oficiavam no sentido de intermediar a
aproximação do homem para com Deus, os profetas falavam em nome de Deus ao
povo.
2.
Ministério no Novo Testamento.
No
Novo Testamento, a palavra ministério traz a ideia de serviço, e de forma
peculiar, apresenta aqueles que são salvos em Cristo como pessoas que atuam em
um ministério como sacerdotes de Deus aos homens. Esse ministério é conhecido
como “sacerdócio universal dos crentes”.
3.
O cristão como um sacerdote.
Pela
ideia do sacerdócio universal dos crentes queremos dizer que todos aqueles que
já experimentaram a salvação são chamados a servir ao Senhor como sacerdotes,
como mediadores da mensagem da salvação. Essa premissa, baseada em 1 Pedro 2.9
foi criada na Reforma Protestante, e é atribuída a Lutero, para contrapor a
ideia de que apenas os sacerdotes da igreja romana eram detentores da salvação
e da autoridade divina. Por ocasião da Reforma, Lutero ensinou que Deus chama a
todos para que sejam sacerdotes do Deus Altíssimo.
"Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;"
Essa
definição não deve ser confundida com o ministério pastoral de nossas igrejas.
Lutero nunca disse que não poderia haver pastores, ou que todas as pessoas
seriam pastores na igreja, pois o ministério pastoral é para pessoas com
vocação e formação para ministrar ao rebanho de Cristo. Deus chama pastores
para que possam ser responsáveis pelo rebanho do Senhor, e eles são nossos
sacerdotes. Isso não significa que todos os crentes são pastores! Nem todos
possuímos a vocação ao ministério pastoral, de conduzir o rebanho do Senhor.
Esse ministério é reservado a pessoas que Deus chama com essa finalidade
específica. Entretanto, diante dos homens, somos sacerdotes, ou seja,
representamos a Deus neste mundo que carece da salvação. Por isso, pregamos e
oramos pelos que ainda não conhecem Jesus.
O
sacerdócio de todos os crentes é uma premissa da Reforma Protestante.
1.
A reconciliação.
Essa
expressão retrata a união de duas ou mais pessoas depois que barreiras foram
removidas. Quando vemos os efeitos do pecado na vida das pessoas, entendemos
também a separação que há entre o homem e Deus.
2.
A reconciliação é obra divina.
A
reconciliação entre Deus e o homem foi iniciada por Deus, pois “Deus estava em
Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs
em nós a palavra da reconciliação” (2Co 5.19). A Igreja tem a mensagem da
reconciliação, e deve fazer dessa mensagem e de sua prática um ministério. O
mesmo deve ser feito em relação aos que, em algum momento, tropeçaram na
caminhada cristã e se afastaram do convívio dos santos. Enquanto não formos
arrebatados e chamados para estar com o Senhor, vivemos sujeitos ao pecado e
aos ataques deste mundo, que buscam a todo custo nos afastar da presença do
Senhor. Nossa postura, como servos e servas de Deus, é fazer com que esses
irmãos afastados sejam reconciliados com a igreja local e estejam na comunhão
dos santos.
3.
A comunhão.
A
palavra comunhão traz a ideia de atos de fraternidade, de companheirismo. A
Igreja de Cristo não pode ser marcada por partidarismo e dissensões, pois um
reino dividido não subsiste (Mc 3.24). A comunhão é inspirada pelo amor, e este
é o adesivo que une duas partes que de outra forma entrariam em atrito.
Reconciliação e comunhão
costumam andar juntas na vida cristã. Primeiro partes opostas se reconciliam,
para depois manterem a fraternidade da comunhão.
CONCLUSÃO
Em
Cristo, vemos todos os exemplos de que a Igreja precisa para efetuar seu
ministério. Ele foi servo, é nosso Sumo Sacerdote, busca a reconciliação e faz
com que tenhamos comunhão com Deus. Que nossas vidas sejam pautadas no exemplo
de Jesus.
O
sumo sacerdote
“Dentro
da divisão dos coatitas, a família de Arão passou a ser de sacerdotes. De um
lado isso os tornou encarregados dos levitas. Itamar supervisionava os
gersonitas (Nm 4.28) e os meraritas (v.33); Eleazar cuidava dos coatitas
(v.16). Por outro lado os sacerdotes eram distintos dos levitas, porque só eles
podiam tocar nas coisas santas — tudo que tivesse a ver com o altar, a lâmpada,
ou a mesa da proposição (Nm 4.5-15).
O
sacerdote nem sempre era quem fazia o sacrifício, mas era ele quem levava o
sangue para o altar (por exemplo, Lv 3.2). O próprio Arão veio a ser sumo
sacerdote (às vezes chamado de principal sacerdote). Ele usava roupas especiais
(Lv 16.2), interpretava o lançamento das sortes sagradas que eram mantidas em seu
peitoral.
Arão
tinha quatro filhos. Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Nadabe e Abiú morreram por
terem cometido sacrilégio em seus deveres religiosos como sacerdotes (Lv
10.1-3) e o sumo sacerdócio passou então a Eleazar e foi mantido em sua família
(Nm 20.25-29).
Eli era um sacerdote da família de Eleazar. O sumo sacerdócio
parece ter passado depois para a família de Itamar (veja 1Rs 2.27; cf. 1Cr
24.3). Foi Salomão quem fez retornar a linhagem de volta à família de Eleazar,
colocando Zadoque na posição de sumo sacerdote. Essa posição foi mantida na
família dele até que seu descendente veio a ser deposto por Antíoco Epifânio
nos dias dos macabeus” (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos e Costumes dos
Tempos Bíblicos. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.326,327).
Fonte:
Lições Bíblicas - 1º trim.2017 - A Igreja de Jesus Cristo - Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno - Comentarista: Alexandre Coelho - CPAD
Lições Bíblicas - 1º trim.2017 - A Igreja de Jesus Cristo - Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno - Comentarista: Alexandre Coelho - CPAD
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