“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” 1Pe 2.9
“É a igreja de Jesus Cristo (histórica). Só
a igreja, ao longo dos séculos, experimenta a presença de Jesus Cristo em sua
membresia. Isso acontece porque é a igreja de Cristo comprada por Ele mesmo com
seu sangue e é cuidada como o marido cuida da esposa. Jesus declarou que onde
dois ou três indivíduos se reúnem sua presença prometida é vivenciada.
Independentemente de o grupo ser pequeno — ali está uma igreja.
É a congregação de todos os crentes
(universal). Essa é uma igreja de períodos distintos: passado, presente e
futuro — juntas elas formam a igreja. É uma igreja de diferentes culturas
encontrada nos países espalhados pela terra, mas unida em seu Senhor em comum.
É uma igreja de características, temperamentos e habilidades distintos, além de
ser uma igreja apresentando diferentes planos de experiência, dos cristãos mais
antigos aos discípulos mais novos — contudo, uma igreja.
É a unidade do Espírito (espiritual). A
unidade do Espírito, a respeito da qual o apóstolo Paulo escreve, é mais
importante que as diferenças entre os grupos e as denominações. A igreja só é
realmente uma por causa do único Espírito que a une. Embora todos os cristãos
tenham de trabalhar pela unidade e devam consertar as divisões, eles não têm de
buscar a uniformidade. Antes, ela é o reconhecimento de todos que apresentam
semelhança com a família” (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1ª Edição.
RJ: CPAD, 2013, p.506).
Somos chamados para adorar ao nosso Criador,
assim como trabalhar para a edificação dos nossos irmãos em Cristo e também
alcançar aqueles que estão distantes do caminho da salvação.
Texto Bíblico: Romanos 12 1-8
É comum encontrarmos na igreja pessoas que alegam não terem o dom de
evangelizar. Isso é mais comum do que podemos imaginar. Entretanto, não podemos
nos esquivar da responsabilidade que nos foi outorgada pelo nosso Senhor, de
levar a mensagem do evangelho a todas as pessoas.
INTRODUÇÃO
Toda instituição precisa ter propósitos bem
definidos. Uma empresa deve oferecer emprego e dar lucro a seus acionistas ou
proprietários. Uma escola tem como objetivos principais educar e formar
cidadãos. As forças armadas e policiais têm como alvos zelar pela segurança
nacional e pública. A Igreja, como instituição fundada por Deus, tem dentre
outros desígnios a adoração, a edificação dos crentes e a evangelização.
Trataremos desses três objetivos nesta lição.
1. O que é adorar.
A adoração sem dúvida
tem sido um dos assuntos mais comentados de nossos dias. De forma positiva, tem
se buscado um modelo de culto que respeite a santidade e a presença de Deus
entre aqueles que se dizem seus filhos, e, ao mesmo tempo, permita que esses
filhos de Deus participem do culto com ordem e decência. Por outro lado, têm
sido abundantes os cultos marcados por excessos de manifestações artísticas,
músicas cujo conteúdo mexe mais com o corpo do que falam ao coração, e pouca
primazia se dá à pregação bíblica e ao ensino. Adorar envolve mais do que
cânticos e louvores. Envolve ter uma vida que agrade a Deus e que seja um
exemplo de serviço a Ele e aos membros do Corpo de Cristo. Quando entendemos
que servir faz parte do ministério de Cristo (Mc 10.45), entendemos também que
nossa adoração a Deus, no “aspecto vertical”, deve ser desenvolvida igualmente
no “aspecto horizontal”, quando nos dispomos a ser servos uns dos outros.
2. A diversidade da adoração.
O culto ao
Senhor pode variar de acordo com o lugar e a época. Quem trabalha no campo
missionário tem muitas histórias sobre a diversidade cultural e a adoração a
Deus. Há diversos modelos de cultos em nossos dias, e esses estão mais afeitos
a lugares, com regionalismos próprios. Nem sempre um modelo adotado em um país
será necessariamente aceito em outra cultura. O que não se pode esquecer é que
o nosso culto deve ser racional, e feito com ordem e decência: “Rogo-vos, pois,
irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).
A adoração
ao Senhor não pode ser transformada em um espetáculo, onde as pessoas se
dirigem ao santuário para serem entretidas, para passar tempo, esquecendo-se de
que estão ali para adorar, orar e ouvir a Palavra de Deus.
3. A adoração que Deus recebe.
Ter uma
liturgia adequada para nos portarmos no culto ao Senhor é correto, pois isso
nos ajuda a lembrar de que estamos na presença do Senhor, e o nosso culto deve
ser racional (Rm 12.1). Entretanto, ainda mais importante é lembrar que “Deus é
Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo
4.24). Deus não recebe uma adoração forçada, falsificada, mas uma adoração que
brota verdadeiramente de uma pessoa com um espírito agradecido, e que reconhece
a grandiosidade de Deus não apenas no momento do culto, mas igualmente fora do
ambiente do santuário, pois somos adoradores em tempo integral, dentro da
igreja e fora dela.
Pense!
A adoração faz parte do culto, tanto quanto o
faz a contribuição e o ouvir a Palavra de Deus, que também são adoração.
Ponto Importante!
Adorar a Deus é uma das maiores oportunidades
que o ser humano tem de reconhecer o senhorio do seu Criador e Senhor.
1. Edificando por meio da comunhão.
Um
dos fatores mais importantes na edificação do Corpo de Cristo é a comunhão. Ela
não nos permite ficar isolados uns dos outros, mas nos incentiva à interação e
ao fortalecimento por meio da oração, ações de graças, atos de generosidade e
socorros. Pela comunhão, crescemos juntos, exercemos misericórdia e podemos,
como corpo de Cristo, apresentar “todo homem perfeito em Jesus Cristo” (Cl
1.28).
2. Edificando por meio dos dons.
Os dons
dados por Deus são meios pelos quais a Igreja é edificada. Os dons espirituais
são dados de forma individual, mas sua utilização é manifesta na coletividade,
na igreja local. Os dons de Deus não são um atestado de superioridade
espiritual, mas instrumentos pelos quais Deus usa homens e mulheres com poder,
apesar de suas limitações pessoais, em prol do crescimento e aperfeiçoamento
dos santos.
Lembremo-nos de que os dons são concedidos
pelo Espírito Santo. Não são aprendidos academicamente ou por técnica alguma.
Com o passar do tempo, aqueles que os recebem devem primar em fazer com que os
dons sejam exercidos com ordem no culto, e isso pode e deve ser ensinado. Esses
aspectos, sim, podem ser aprendidos, de tal forma que possamos ver os dons do
Espírito sendo usados de forma edificante e ordeira no santuário.
3. Edificando por meio do ensino.
Por
meio do ensino bíblico, apresentamos assuntos teológicos e outros relacionados
à vida cristã de forma sistematizada ao Corpo de Cristo, e todas as faixas
etárias da igreja podem ser contempladas, cada uma com suas características e
necessidades. É um momento em que há uma interação entre professor e aluno, o
que não ocorre por ocasião da pregação expositiva da Palavra de Deus. E quando
aprendemos realmente a Palavra de Deus, podemos usá-la de forma adequada tanto
na Igreja quanto fora dela.
Jesus dedicou grande parte de seu ministério ao
ensino. Ele sabia que para dar prosseguimento à divulgação do Evangelho, seus
sucessores deveriam ser ensinados sobre os princípios e verdades do Reino de
Deus, e que pelo poder do Espírito, seriam lembrados dos ensinos de Jesus e os
fariam conhecidos: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará
em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos
tenho dito” (Jo 14.26). O Espírito de Deus nos lembra o que aprendemos, ou
seja, Ele se utiliza do que já recebemos para nos relembrar do que precisamos
fazer.
1. A necessidade de se falar de Jesus às
pessoas.
Uma das missões mais importantes da Igreja é falar de Jesus às
pessoas que ainda não o conhecem. A essência de se evangelizar é fazer com que
Jesus esteja vivo em cada pessoa, e o ato de falar de Jesus a uma pessoa é o
evangelismo.
A Igreja Primitiva não cessava de anunciar a Jesus, mesmo sob
perseguição. Eles sabiam que Jesus fazia tanta diferença em suas vidas que não
poderiam privar outras pessoas de poderem experimentar uma relação sólida com
Deus por meio do perdão dos pecados e da comunhão com Deus.
Sigamos o exemplo
dos crentes do primeiro século, que testemunhavam de Jesus sempre, mesmo sob
perseguição, perda de bens e familiares. Todos temos a oportunidade de tornar
Jesus conhecido de nossos parentes, familiares, amigos e mesmo daqueles com
quem não temos qualquer tipo de relacionamento. Conhecer Jesus faz a diferença
em nossas vidas, e o mesmo fará na vida de outras pessoas. Há pessoas que
“conhecem” Jesus como um grande profeta, sacerdote ou pessoa que lutou por uma
boa causa. Mas essas pessoas precisam saber que Jesus é o Filho de Deus, que
está vivo, que veio para salvar os pecadores. Sem isso, Jesus permanecerá para
tais pessoas uma figura histórica.
2. A salvação é oferecida a todos.
Deus,
em Cristo, oferece gratuitamente a salvação dos pecados e da morte eterna por
intermédio do sacrifício de seu Filho, Jesus Cristo. Devemos, conforme Cristo
ordenou, fazer discípulos em todas as nações, sem distinção (Mt 28.19), pois a
salvação não é privilégio de alguns poucos escolhidos aleatoriamente, mas de
todo aquele que crê em Jesus Cristo, como falou o próprio Jesus: “Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
Jesus deve ser anunciado
por todos os meios lícitos e para todas as pessoas. Quando dizemos que a
salvação é para todos, entendemos que o ato de Jesus, de morrer por nossos
pecados, abrange todos aqueles que creem na mensagem do Evangelho. Isso não
significa que mesmo aqueles que rejeitaram a Jesus, no final das contas, terão
uma oportunidade de se arrepender e ser salvos, pois a hora de decidir aceitar
a Jesus é agora, e não depois da morte. Portanto, faça o nome de Jesus ser
conhecido do maior número de pessoas que você conhece.
3. A presciência divina.
Deus
evidentemente sabe, pela sua presciência, quem vai ou não rejeitar a mensagem
da salvação, mas isso não significa que Ele predeterminou quem será salvo e
quem não vai, e não podemos confundir a presciência divina com determinismo. O
importante é anunciar a Cristo em todos os momentos e fazer o seu nome
conhecido em todos os lugares.
Nossa missão é tornar Jesus conhecido não
apenas com nossas palavras, mas principalmente com a nossa vida.
Somos chamados a servir na igreja local com
propósitos bem definidos. Portanto, não podemos enterrar nossas vocações e
talentos, e sim observar esses três propósitos — adoração, edificação e
evangelização — de forma equilibrada, como também deve ser equilibrada a nossa
vida cristã.
SUBSÍDIO II
“O que significa ser um crente-sacerdote?
Antes de mais nada, significa que nós servimos a Deus pessoalmente. E o
louvamos por meio de palavras e obras. Significa que nós temos acesso direto a
Deus. Significa que ministramos aos outros, levando a eles a Palavra de Deus e
ao Senhor as suas necessidades. Significa que cada um de nós somos chamados
para servir, para ser servido, da mesma maneira com que Cristo se deu por nós.
Uma das maiores tragédias da história da igreja é que a doutrina do sacerdócio
de todos os crentes, redescoberta durante a Reforma, nunca foi plenamente
interpretada. Pois o ‘mistério’ abrange muito mais do que pregar e ensinar. Ele
deve inspirar os nossos relacionamentos com o outros, e também o nosso
relacionamento com o Senhor” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2007, p.522).
Fonte:
Lições Bíblicas - 1º trim.2017 - A Igreja de Jesus Cristo - Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno - Comentarista: Alexandre Coelho - CPAD
Leia também:
Aqui eu Aprendi!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O comentário será postado assim que o autor der a aprovação.
Respeitando a liberdade de expressão e a valorização de quem expressa o seu pensamento, todas as participações no espaço reservado aos comentários deverão conter a identificação do autor do comentário.
Não serão liberados comentários, mesmo identificados, que contenham palavrões, calunias, digitações ofensivas e pejorativas, com falsidade ideológica e os que agridam a privacidade familiar.
Comentários anônimos:
Embora haja a aceitação de digitação do comentário anônimo, isso não significa que será publicado.
O administrador do blog prioriza os comentários identificados.
Os comentários anônimos passarão por criteriosa analise e, poderão ou não serem publicados.
Comentários suspeitos e/ou "spam" serão excluídos automaticamente.
Obrigado!
" Aqui eu Aprendi! "