“E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” Ap 20.11
Chegará o dia em que os homens da Terra
comparecerão diante do Trono Branco. Cristo se assentará como o supremo juiz e,
junto à igreja, julgará a humanidade. É importante realçar a figura do Trono
Branco como o símbolo da justiça e da santidade do Altíssimo. Enquanto os
salvos se deleitarão no Senhor e reinarão com Cristo, aqueles que não foram
achados seus nomes no Livro da Vida, atormentar-se-ão eternamente.
Vivemos num tempo que as pessoas não creem
mais na prestação de contas que um dia os seres humanos farão a Deus. Talvez,
devido ao predomínio das cosmovisões que colocam o ser humano como
essencialmente bom em nossa cultura ocidental, é que a crença no Céu como um
lugar preparado por Deus para os seus filhos, e no Inferno, como um lugar
eterno de perdição, não sejam levados a sério. Por isso, prezado professor,
nesta lição, apresente o céu como um estado (consciência) e lugar, e o inferno
também em sua dimensão sensorial da eternidade.
Pontue algumas informações necessárias que
foram destacadas para você nortear a aula desta semana:
1. O
julgamento que o Altíssimo conduzirá no final dos tempos consoante às obras dos
homens chama-se Juízo Final.
2. Antes
de instaurar o Juízo Final, o Senhor julgará antecipadamente a Besta, o Falso
Profeta e o Dragão.
3. Na
instauração do Juízo Final teremos os seguintes símbolos: o Trono Branco, os
tronos dos justos, o Supremo Juiz e os livros do Juízo.
4. No
Juízo Final, os mortos, sejam grandes ou pequenos, estarão diante do Trono
Branco.
5. Embora
não sejam pessoas, a morte e o inferno serão finalmente julgados. Eles
simbolizam os dois grandes castigos perpetuados na humanidade.
Caro professor, você sabe o que significa a
palavra inferno? No exercício de tradução da Bíblia, da língua original para a
portuguesa, há limites de caráter semântico imposto pelo idioma original a ser
traduzido. Nem sempre encontramos palavras da língua nativa que expresse a
plenitude semântica do termo original. A palavra inferno é um exemplo dessa
complexidade. É importante explicar aos alunos que as Escrituras, na língua
original, apresentam quatro termos cuja versão da língua portuguesa os traduziu
para “Inferno”: Sheol, Hades, Tártaro e Geena. Na verdade, o inferno que será
lançado no Lago de Fogo é o Hades, isto é, a morada dos mortos. (Revista Ensinador Cristão nº65-pg.41)
“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte” Ap 21.8
O inferno, no sentido de um lugar para futuro
castigo, certamente é ensinado de uma maneira distinta na Bíblia. Embora a
doutrina não seja tão claramente expressa no Antigo Testamento quanto o é no
Novo Testamento [...]. [Há nas Escrituras] [...] quatro palavras traduzidas
como ‘inferno’ são [elas]:
1. Sheol. [...] No Antigo Testamento, sheol é
usada para a sepultura (Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10) e para o lugar dos
mortos, tantos bons (Gn 37.35; Jó 14.13; Sl 6.5; Ec 9.10) quanto os maus (Sl
55.15; Pv 9.18).
2. Hades. [É] a palavra grega que mais
se aproxima de sheol e o nome do deus grego do submundo. [...] Hades
[...] é o lugar dos maus (Lc 16.23). [...] Hades é a tradução de Sheol em
Salmos 16.10 e refere-se simplesmente ao sepulcro ou à morte. Nas passagens de
Apocalipse, Hades parece estar personificado como um sinônimo da morte em
relação ou seu poder sobre os homens, provavelmente seguindo a metáfora de
Mateus 16.18.
3. Geena. [Refere-se a] um lugar onde
havia fogo constante, um símbolo dos espíritos perdidos atormentados [...] (Mt
5.22; 29.30; 10.28; Mc 9.43,45,47; Lc 12.5; Tg 3.6).
4. Tartaro. Um verbo grego que
significa ‘enviar Tártaro’, encontrada somente em 2 Pedro 2.4. Os gregos viam
Tártaro como um lugar subterrâneo, inferior ao Hades, onde a punição divina era
infligida” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed., RJ: CPAD, 2009,
pp.968,69).
Juízo: Ato, processo ou efeito de
julgar.
Embora fosse o responsável direto pelo
assassinato de seis milhões de judeus, Adolf Hitler não foi levado a
julgamento. Ele preferiu suicidar-se a comparecer ante o tribunal internacional
de justiça, que seria instalado na cidade de Nuremberg, em 20 de novembro de
1945. A esse julgamento, que durou até o dia primeiro de outubro de 1946, foram
submetidos seus principais assessores. Uns foram enforcados, outros condenados
à prisão perpétua e ainda outros tiveram de amargar várias décadas em
penitenciárias especiais.
Hitler escapou à justiça humana. Mas não
haverá de fugir ao Juízo Final. Tanto ele, quanto o mais anônimo dos ímpios,
comparecerão ante o Trono Branco, para serem julgados por um tribunal isento de
casuísmos. Quanto à Igreja, estará ao lado de Cristo, para administrar a
justiça divina, inclusive aos anjos caídos. (As Sete Cartas do Apocalipse-2º trim.2012)
"E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." Ap 20.12
Em todos os
tempos, os ímpios sempre fizeram suas maldades, seus crimes, e praticaram
corrupção e ignomínia. E há até quem pense que Deus não está vendo, ou que não
queira fazer nada, diante de tantos pecados e injustiças, violência, crueldade
e todos os tipos de crimes. O salmista, refletindo sobre a situação dos ímpios,
ficou bastante perturbado, a ponto de quase perder a visão da realidade
espiritual, chegando perto de desviar-se de Deus (SI 73.3,13). Mas a Palavra de
Deus assegura que Deus não é injusto para deixar impune os que praticam a
iniqüidade; “o culpado não tem por inocente” (Nm 14.18). A aparente demora de
Deus em castigar os ímpios não é sua leniência ou condescendência com os maus.
É sua longanimidade, esperando que os homens reconheçam sua soberania e se
arrependam de seus pecados. “Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e
grande em benignidade” (Salmo 103.8). Quando o homem não entende isso, enfrenta
conflitos espirituais de grande perturbação, ou murmuram contra Deus,
aumentando sua culpa diante do Todo-Poderoso. O destino dos ímpios, que não se
arrependerem, já está definido: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as
nações que se esquecem de Deus” (SI 9.17). Seu fim é a condenação eterna.
Além de se
tornarem prósperos materialmente, e distanciarem-se de Deus, confiados em suas
riquezas (SI 49.6-9), os ímpios se voltam contra Deus de modo arrogante.
Afrontam a Deus e expressam completa rebelião contra o Juiz do universo. “Por
causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não
há Deus (SI 10.4). Cientistas,
intelectuais, estudiosos, pesquisadores, professores, catedráticos, e também
alunos e aprendizes, dominados pelo materialismos, não percebem que a
própria ciência revela um planejamento acurado em toda a Criação, e que
esse planejamento exige a existência indispensável de um Planejador
Sobrenatural. Eles vão prosperando em seu caminho de incredulidade. “Disseram
os néscios no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis
em suas obras, não há ninguém que faça o bem” (SI 14.1). Além de incrédulos, os
ímpios se corrompem e se tornam “abomináveis em suas obras”. Aborto, crime
hediondo, homossexualismo, “abominação ao Senhor” (Lv 18.22; 20.13), “paixões
infames”, “torpeza”, ato “contrário à natureza”, “imundície” (Rm 1.24-27), toda
essa iniqüidade terá a sentença última e definitiva no Juízo Final.
O julgamento que o Altíssimo conduzirá no final dos tempos consoante às obras dos homens chama-se Juízo Final.
I - Eventos
que Antecedem ao Juízo Final
1. A Última
Revolta de Satanás
Certamente, parece
estranho o fato de Satanás ter sido preso, no final da Grande Tribulação, e a
Bíblia afirmar que o mesmo será solto, no final do Milênio. Diz o texto
sagrado: “E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá
a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue,
cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre
a largura da terra e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu
fogo do céu e os devorou” (Ap 20.7-9). Mas Deus não faz nada sem propósito. A
soltura de Satanás tem motivos a serem alcançados.
a) Solto por um pouco de tempo. Para Satanás, não há mais jeito. Os
universalistas acreditam que, no final de tudo, “todos serão salvos , inclusive
Satanás e seus demônios! Mas essa falsa “doutrina” não tem o menor fundamento
bíblico. Após mil anos, Deus vai soltar o Diabo. Para quê? Certamente, para
provar os que nascerão no Milênio, e não terão tido oportunidade de ter sua fé
provada diante das tentações malignas. E Deus quer que só estejam em sua
presença os vencedores, os que passam pelas tribulações e confiam nEle de todo
o coração. Os crentes passam por provações nesta vida “para que a prova da
vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo,
se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1.7).
b) Para enganar as nações - Gogue e Magogue. Esses nomes são
simbólicos; representam o ajuntamento de todas as nações do mundo, enganadas
por Satanás, para se rebelarem contra Cristo, após terem experimentado uma
“ordem mundial” de prosperidade jamais vista na história da Terra. Um mundo sem
doenças, desfrutando plena paz, sem guerras, conflitos ou violência. Mas, mesmo
assim, os pecadores que nascerem durante o Milênio darão lugar ao engano do
Diabo, numa prova de que o pecado passou a todos os homens (Rm 5.12). Será um
levante mundial contra Cristo, pelo poder persuasivo do Maligno. Isso mostra
que o homem, em sua natureza carnal, não muda sem que se torne nova criatura (2Co 5.17). Mesmo diante do Reino Milenial de Cristo, pleno de prosperidade e
paz, ao serem confrontados com as tentações, desprezarão Jesus e aceitarão
Satanás. O mesmo que fez a multidão que escolheu Barrabás e condenou Jesus (Mt
27.17-21).
c) Satanás ajuntará as nações. Para combater a Cristo e os povos que
entrarão no Milênio, e cercarão Jerusalém (cidade eterna), para a última
tentativa de destruir Israel. Serão inumeráveis as hostes, representadas por
“Gogue e Magogue”, em número “como a areia do mar”. As nações serão enganadas e
se voltarão contra Israel e contra Deus, sob a liderança satânica. Mas seu fim
já está decretado em última instância, no Tribunal de Deus. Será preso para
sempre, no Inferno.
2. A Prisão
Eterna de Satanás
Pela segunda vez,
Deus vai mandar seus mensageiros poderosos para prender “o Dragão”, “a antiga
serpente” (Ap 20.2), que estava no “abismo” (Ap 20.3), lançando-o na
prisão eterna para todo o sempre. “E o diabo, que os enganava, foi lançado
no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de
noite serão atormentados para todo o sempre” (Ap 20.10). Só depois da última
rebelião do Maligno e de sua prisão para sempre, é que será estabelecido o
Juízo Final.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO - GOGUE e MAGOGUE
GOGUE
1.Um rubenita, filho de Semaías (1Cr 5.4),
2.Príncipe de Meseque e Tubal (Musliku e
Tabali nas inscrições assírias, Ez 38.3). Os termos “Terra de Magogue”, de
Ezequiel 38.2, e “Magogue”, de Ezequiel 39.6, são discutíveis, pois o primeiro
não encontra paralelo em 38.3 e o último é único, entre diversas referências a
Gogue. Em Génesis 10.2, Magogue era o segundo filho de Jafé, e aqui o lugar é
substituído pelo nome próprio Gogue.
Localizada entre Gomer (em assírio Gimirrai;
D. D. Luckenbill, Ancient Records of Assyria and Babylonia, II, 298, 352) e os
cimerianos, a terra de Gogue parece ter sido localizada no norte da Arménia, a
oeste do mar Cáspio.
Gogue, como um poderoso comandante de muitas
pessoas, virá do norte contra Israel “dentre muitos povos”, “e todos eles
habitarão seguramente” (Ez 38.8) em cidades sem fortificações, onde Gogue os
atacará (w. 1 1 ,12). Ele vem com muitos povos (v. 16), remanescentes dos citas
(Asquenaz, Gn 10.3) que invadiram a Asia Menor por volta de 630 a.C. O Senhor
julgará Gogue com pestes poderosas e o destruirá por meio das calamidades da
natureza (Ez 38.22,23), Os seus exércitos serão sepultados em uma quantidade
incalculável de sepulcros (Ez 39.5-16).
“E sucederá que, naquele dia, darei ali a
Gogue um lugar de sepultura em Israel, o vale dos que passam ao oriente do mar;
e pararão os que por ele passarem; e ali sepultarão a Gogue, e a toda a sua
multidão, e lhe chamarão o vale da multidão de Gogue. E a casa de Israel os
enterrará durante sete meses, para purificar a terra.” Ezequiel 39:11,12
O texto em Apocalipse 20.8-15 coloca a
invasão desse povo no futuro; assim, Gogue não poderia ter sido Gyges, rei da
Lídia na Asia Menor (morto em 662 a.C.). Como o último chamado de Israel do
exílio será aquele pouco antes do Milénio, e uma vez que Satanás será libertado
depois dessa ocasião para um último ataque contra Deus, alguns estudiosos
acreditam que esta invasão vinda do norte ocorrerá depois do Milénio.
As multidões seriam os milenários não
convertidos descendentes dos habitantes da área norte da Turquia oriental.
Outros sustentam que haverá uma invasão da atual Rússia liderada por Gogue
antes da volta de Cristo (Ez 38-39), e outra liderada por Satanás, semelhante à
de Gogue, depois do reinado de mil anos de Cristo (Ap 20.7-9).
MAGOGUE - neto de Noé
Um descendente de Jafé (Gn 10.2; 1Cr 1.5). De
acordo com Ezequiel 38,2, um povo cujo território será futuramente governado
por Gogue. Em 38.2, lê-se literalmente: “Firma bem a tua face contra Gogue,
contra a terra de Magogue...” Josefo (Ant. i.6.1) comparou Magogue aos citas,
um povo bárbaro peregrino, que Heródoto mencionou como vivendo ao norte da
Criméia. Gogue liderará uma horda do norte em uma invasão contra Israel (Ez
38.8-12), mas o Senhor fará com que os seus exércitos retrocedam, e enviará uma
saraiva de fogo na terra de Magogue e nas áreas ao redor dela (39.6).
Após o reino milenial de Cristo, Satanás será
libertado de seu aprisionamento no abismo. A mudança da rápida reunião dos
exércitos ao cerco à "cidade amada”, e a consequente destruição
sobrenatural pelo fogo, são um retrato do episódio de Gogue e Magogue (Ap
20.7-9). (Dicionário Wycliffe-CPAD)
Gogue e Magogue são descritos em Ezequiel 38-39 e em Apocalipse 20.7-8.
Na profecia de Ezequiel, Gogue seria um líder
de um grande exército que ataca a terra de Israel. Gogue é descrito
como "da terra de Magogue, príncipe de Meseque e Tubal" (Ezequiel
38:2-3). Em Ezequiel, a batalha de Gogue e Magogue ocorre no período da
tribulação. A evidência mais forte nesse conceito é que o ataque pode ter
acontecido quando Israel estava em paz (Ez 38:8, 11). De acordo com
Ezequiel, essa era uma nação que tinha segurança e pôs à prova suas defesas.
Quando Israel pactuou com a Besta ou Anticristo, em efeito do
começo da Profecia das 70 Semanas (também conhecido com 7 anos,
Daniel 9:27), Israel poderia estar em paz. Possivelmente a batalha ocorreria na
metade do período de sete anos. De acordo com Ezequiel, Gogue foi derrotado
por Deus nas montanhas de Israel (Ez 39.4). O abate seria tão grande que
levaria sete meses para enterrar todos os mortos (Ez 39:11-12). Gogue e
Magogue são mencionados novamente em Apocalipse 20:7-8. O uso duplicado dos
nomes Gogue e Magogue em Apocalipse é para mostrar que aquelas pessoas
demonstraram a mesma rebelião contra Deus e antagonismo para com Ele assim como
em Ezequiel 38-39. O livro de Apocalipse usa a profecia de Ezequiel sobre
Magogue para mostrar os últimos tempos, o ataque final à nação de Israel
(Apocalipse 20:8-9). O resultado final dessa batalha é que tudo será destruído,
e Satanás será lançado no lago
de fogo e enxofre (Apocalipse 20:10). (Wikipédia)
As Batalhas
Armagedom –
acontece no fim da Grande Tribulação e antes do inicio do Milênio.
Jesus lançará o Anticristo e o Falso Profeta "no ardente lado de fogo e de enxofre" (Ap 19.20; Mt 25.41); seus seguidores irão para o Hades, onde aguardarão o Juízo Final e Satanás será preso no Abismo por mil anos (Ap 20.1-3)
Gogue e Magogue - acontece no final do Milênio (...E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. Ap20.3), antes do julgamento do Grande Trono Branco.
II - O
Juízo Final e suas Características
1. Quem
Será o Juiz?
1) Jesus, o
Supremo Juiz. Paulo afirma que Deus “há de julgar o mundo,
por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a
todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17.31 - grifo nosso; Hb 12.23). Ou
seja: por meio de Jesus será exercido o julgamento, pois ele será o supremo
Juiz, assentado no Trono Branco, no Juízo Final (Jo 5.22,27).
E vi um grande
trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra
e o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11)
A cor do trono indica que
será um julgamento santo e puro, sem parcialidade. Jesus “há de julgar os vivos
e os mortos, na sua vinda e no seu Reino (2Tm 4.1b; SI 9.8). Nos julgamentos
da terra, há sempre o magistrado, que julga as causas levadas ao Tribunal,
advogados de acusação, ou promotores, bem como advogados de defesa dos réus. No
entanto, no Juízo Final, perante o “grande trono branco’ (Ap 20.11), não haverá
advogado de defesa. Se alguém quer ser defendido da condenação eterna, tem que
ser aqui, na terra, nos dias em que vivemos. Depois será impossível. Tarde demais.
2) Hoje,
Advogado.
No Juízo Final, o Promotor.
No tempo presente, na
dispensação da graça, o pecador tem em Cristo o Advogado santo, onipotente, que
nunca perdeu uma questão, e está à disposição dos crentes e também de todas as
pessoas que a Ele recorrerem. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para
que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus
Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos
nossos, mas também pelos de todo o mundo (1 Jo 2.1,2). Hoje, Jesus é Advogado
de defesa. No Juízo Final, será Promotor e Juiz implacável, na última e
absoluta instância da justiça divina, sem a menor possibilidade de revisão da
pena dos condenados.
3) Todo
joelho se dobrará diante de Jesus.
Diante do
Supremo Juiz do universo, os ressuscitados para o Julgamento Final estarão de
pé, diante do trono (Ap 20.12). Mas todos se ajoelharão perante Jesus Cristo,
queiram ou não. Ditadores, governantes, juízes, juristas, políticos,
cientistas, militares de todas as patentes, milionários em sua soberba,
arrogância e prepotência; também os pobres, analfabetos e miseráveis, se não
tiverem aceitado a Cristo como Salvador, estarão no Juízo Final, e terão que
dobrar seus joelhos perante o Trono Branco. Diz a Bíblia: “Porque está escrito:
Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda
língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo
a Deus” (Rm 14.11,12 - grifo nosso). Onde se instalará o Trono Branco? Segundo
Bergstén,36 “o trono não poderá ser construído na terra (Ap 20.11)”, e que será
provavelmente instalado “nalgum lugar do espaço celestial [...] Que seriedade:
O Supremo Juiz, assentado sobre o trono, a sua Igreja glorificada e vestida de
branco, pronta para atender às suas ordens; e, perante o trono, bilhões e
bilhões de homens e de anjos, para serem julgados!”. Mesmo que não haja certeza
sobre a localização do Trono, deverá ser num lugar que permita que todos os
julgados tenham acesso, inclusive os que estiverem vivos por ocasião do Juízo
Final.
2. Quando
Será o Juízo Final?
De acordo com a
Bíblia, o Juízo Final (do Trono Branco) ocorrerá logo após a segunda prisão de
Satanás, nos eventos finais após o Milênio (Ap 20.7,10), depois que enganar
mais uma vez as nações. Será, sem dúvida, um espetáculo de dimensões cósmicas.
Todo o universo, terra e céu, presenciará o juízo divino sobre todos os ímpios,
desde que existe o ser humano sobre a terra. Será a resposta de Deus a todas as
graves questões que tanto atormentam os povos: Até quando o mal prevalece? Até
quando os ímpios têm permissão para agir, muitas vezes impunemente? Por que
Deus, que é Onipotente, permite tantas misérias? Onde estava Deus, que não
evitou isso ou aquilo? “Por que razão vivem os ímpios, envelhecem, e ainda se
esforçam em poder? (Jó 21.7). No juízo do Trono Branco, serão dadas as
respostas finais, cabais, convincentes e definitivas pelo Supremo Juiz do
universo.
Lockyer,
descrevendo o Trono Branco, diz: “Neste trono, a posição do dia de Pilatos será
invertida; então o Criador foi julgado pela criatura, mas agora a criatura
aparece perante o Criador a fim de receber a sentença. Na sala de Pilatos, Deus
ficou mudo perante um homem, mas aqui o homem está mudo na presença de Deus. O
que foi condenado perante o tribunal terreno, agora decidirá os destinos da
raça humana e revelará os princípios do governo divino”.37
3. Quem
Comparecerá Diante do Juízo Final?
1) Os que
participarem da segunda ressurreição.
De acordo
com a Palavra de Deus, comparecerão ao Juízo Final todos os que não
participarem da primeira ressurreição”. “Mas os outros mortos não reviveram,
até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado
e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem
poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com
ele mil anos” (Ap 20.5,6).
Os ímpios serão ressuscitados para prestarem contas
de suas obras, cometidas em suas vidas, em desobediência a Deus, por sua
incredulidade e desprezo ao Senhor. Se não se arrependerem, já estão
condenados, como disse Jesus (Jo 3.18). Mas morrem sem terem conhecimento da
terrível condição que escolherem para suas vidas, longe de Deus. Enganados por
Satanás, através das seitas e falsas religiões, iludidos pelos professores a
serviço do Diabo, nas escolas, nas faculdades e universidades, portadores dos
ensinos materialistas, no Juízo Final, ao lado dos enganadores, tomarão
conhecimento da sentença de Deus sobre seus pecados, e serão enviados para o
inferno (SI 9.17).
Daniel viu as duas
ressurreições. A primeira, para os salvos, que terão a vida eterna, em Cristo
Jesus. A segunda, para a condenação eterna, prevista para os ímpios que não
querem saber de Deus. “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão,
uns para a vida eterna [primeira ressurreição], e outros para vergonha e
desprezo eterno [segunda ressurreição] (Dn 12.2). Jesus Cristo demonstrou as
duas ressurreições, dizendo: Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em
que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem
sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição
da condenação” (Jo 5.28,29 - grifo nosso).
2) Os
ímpios de todos os tempos.
Responde a Bíblia:
“E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja
presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos,
grandes e pequenos, que estavam diante do trono [...]” (Ap 20.11,12a - grifo
nosso). Não importa o status social daqueles mortos que haverão de ressuscitar
para o julgamento final; “grandes” (ricos, magnatas, poderosos, mestres,
doutores) ou pequenos” (pobres, analfabetos, miseráveis, desvalidos), todos os
que não houverem tomado parte na primeira ressurreição (Ap 20.4), por não terem
crido em Deus, ou dado as costas para Ele, terão que ressuscitar (na segunda
ressurreição) para comparecerem diante do trono branco, para serem julgados.
Eles ressuscitarão para a condenação: E deu o mar os mortos que nele havia; e a
morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um
segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo.
Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida
foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.13-15).
A palavra “morte”
refere-se a toda a forma pelas quais os ímpios morreram, de doença, de velhice,
de acidente, queimados, afogados, comidos pelos peixes, etc. Terão que
ressuscitar, em corpo real, visível, em “espírito, alma e corpo” (1Ts 5.23),
para receberem a sentença final, plenamente conscientes de sua realidade última
e eterna. O termo “inferno” se refere ao “Hades”, ou lugar intermediário, onde
estão todos os ímpios, de todos os tempos, aguardando o Juízo Final, para serem
lançados no inferno final, o destino que escolheram, quando em vida desprezaram
a Deus (SI 9.17).
Todos os ímpios,
de todos os tempos, ressuscitarão para comparecer perante o Trono Branco. Será
a resposta de Deus a todas as maldades, impiedades e iniquidades, cometidas
pelos ímpios, ao longo dos séculos. Eles morreram, sem arrepender-se, mas Deus
registrou todas as suas corrupções, atitudes, atos e até pensamentos, que
elaboraram e praticaram contra sua Lei. Os que estiverem vivos, após o Milênio,
e se aliarão a Satanás, terão que comparecer para o juízo. Certamente,
ressuscitarão num “corpo imperecível, mas carregado de pecado”.38 “Ali, estarão
Caim, Judas Iscariotes, Pôncio Pilatos, Herodes, e todos os pecadores que
morreram sem salvação desde o princípio do mundo. [Também estarão] aqueles que
durante a Grande Tribulação tomaram sobre si o sinal da Besta, e ainda os que
acompanharam Satanás na última revolta, no fim do Milênio; todos esses
ressuscitarão e comparecerão diante do Tribunal”.39
Os ímpios, que serão julgados no Juízo Final, não entrarão no céu, na
habitação eterna dos justos, onde Jesus está, “à destra de Deus” (Cl 3.1). Não
terão permissão para entrar na nova Jerusalém, a cidade santa, preparada por
Deus para a habitação dos salvos: “Bem -aventurados aqueles que lavam as suas
vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e
possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros,
e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete
a mentira” (Ap 22.14,15). As palavras “cães” e “tímidos”, no texto, são as
únicas que requerem explicação. A primeira refere-se, segundo estudiosos dos
termos originais, a maus obreiros (Fp 3.2), e também aos que vivem na
prática de imoralidades morais e sexuais.
No Antigo
Testamento, o termo alude aos homossexuais, ao lado do termo rameira, que se
refere a prostitutas, sendo ambos considerados abomináveis diante de Deus. A
segunda, “tímidos”, refere-se aos covardes, aos apóstatas, que abandonam a fé.
Não se refere a pessoas de temperamento introvertido, acanhadas. No mesmo
livro, outro versículo mostra a situação calamitosa dos ímpios, diante do Juízo
de Deus: “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos
homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os
mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a
segunda morte” (Ap 21.8).
3) Os
ímpios que estiverem vivos no Milênio.
As nações
que estiverem vivas, que escaparem da Grande Tribulação e entrarem no Milênio,
terão que encarar o Juízo do Trono Branco (Mt 25.31-46). Os pecadores que
morrerem no Milênio, sem conversão a Cristo, estarão ali. E os atuais ateus,
materialistas e rebelados contra Deus, se não acordarem de sua arrogância, se
não se arrependerem de suas investidas contra o Senhor, Criador dos céus e da
Terra, se estiverem vivos, irão direto para o juízo do Trono Branco. Se
estiverem mortos, terão que ressuscitar para serem julgados e receberem da boca
de Jesus, o Juiz divino, a sentença definitiva contra sua rebelião contra Deus.
Diante do Trono Branco, estarão presidentes de nações do primeiro mundo e
também governantes de países pobres, magistrados, juízes e políticos dos
parlamentos que desprezaram a Palavra de Deus, aprovando leis contra os
princípios divinos. Vivos ou mortos, não escaparão do tribunal divino. Não
haverá contemplação (SI 9.17).
4) Os anjos
caídos.
Esses também serão julgados no Juízo Final. Segundo
Bergstén, “Os anjos caídos serão convocados para receber o seu julgamento. Uns
estiveram presos (Jd 6; 2Pe 2.4), outros soltos, servindo ao Diabo, mas todos
serão julgados”.40 O apóstolo Pedro diz que os anjos rebeldes foram lançados no
inferno, “a fim de serem reservados para o juízo” (2 Pedro 2.4), e Judas diz
que os anjos rebeldes foram guardados por Deus sob trevas “para o juízo do
grande Dia” (Jd 6). Isso significa que ao menos os anjos rebeldes ou demônios
também estarão sujeitos ao juízo no último dia. A Escritura Sagrada não indica
claramente se os anjos santos também estarão sob uma espécie de avaliação por
seus serviços, mas é possível que estejam incluídos na afirmação de Paulo: “Não
sabeis vós que havemos de julgar os anjos?” (1Co 6.3). É provável que isso
inclua anjos santos, porque não há nenhuma indicação no contexto de que Paulo
esteja falando de demônios ou anjos caídos, e a palavra anjos sem qualquer
qualificação adicional no Novo Testamento deve ser normalmente entendida como
referência aos anjos santos. Mas o texto não é explícito o suficiente para que
tenhamos certeza do que afirmamos.
Horton ressalta
que os salvos durante o Milênio não deverão passar pelo Juízo Final. Ele
entende que “parece provável que eles receberão a plenitude da salvação,
incluindo novos corpos, e se ajuntarão ao restante dos santos glorificados
assim que forem salvos e se comprometerem com Jesus”.41 Nem tudo está claro na
escatologia. Mas o que Deus, em sua bondade para conosco, quis revelar-nos,
abrindo o “véu da eternidade”, é suficiente para nos alertar para a realidade
dos acontecimentos que marcarão o fim da História, e da trajetória de pecado do
homem ao longo de sua existência, desde o Éden até o “perfeito estado eterno”.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
"as Escrituras descrevem diversos julgamentos escatológicos diferentes, incluindo o julgamento entre 'ovelhas e bodes', o Tribunal de Cristo e o julgamento diante do Grande Trono Branco. Estes julgamentos ocorrem em momentos diferentes e aplicam-se a diferentes grupos" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.293).
VEJA ILUSTRAÇÃO
III - As
Bases do Juízo Final
1. A
Palavra de Deus
Jesus declarou:
“Quem me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já tem quem o julgue;
a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último Dia” (Jo 12.48). O
Promotor, que será Jesus, usará a Palavra de Deus como base para embasar a
condenação dos ímpios.
2. Os
Livros Divinos
“E vi os mortos,
grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E
abriu-se outro livro, que é o da vida, e os mortos foram julgados pelas coisas
que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos
que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram
julgados cada um segundo as suas obras (Ap 20.12,13 - grifo nosso). Nos céus,
existem os registros divinos, chamados de “os livros”. Podem ser chamados de
“livros dos registros dos atos dos ímpios, em que estão anotados e devidamente
registrados todas as obras e até pensamentos deliberados dos ímpios contra Deus
e sua Palavra. As palavras são expressões do pensamento (Mt 15.19; Lc 6.45).
Todas as atitudes e ações dos homens começam no seu interior. Na lei de Cristo,
até em pensamento o homem pode adulterar (Mt 5.28). “Mas eu vos digo que de
toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo.
Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado”
(Mt 12.36,37).
3. Cada um
Será Julgado por suas Obras
Todas as obras dos
homens, bons ou maus, estão sendo registradas nos “livros”, ou seja, nos
registros divinos. A expressão “livros” é metafórica. Deus não precisa de
elementos materiais para se lembrar dos atos dos seres humanos. Por ocasião do
julgamento, sem dúvida, cada pessoa comparecerá diante de Jesus (o Juiz) e
tomará conhecimento de sua sentença, e será notificado dos motivos pelos quais
estará sendo condenada.
No Juízo
Final, além da abertura dos “livros”, será também aberto
o “Livro da Vida”. Neste livro, estão inscritos apenas os nomes dos salvos. Nos
“livros” das obras, estão inscritos todos os ímpios. O Livro da Vida será
aberto, segundo se pode entender, apenas para que o condenado saiba que seu
nome não está ali. No último Juízo, não será definido se o destino será o céu
ou o inferno. Não será um julgamento semelhante ao que ocorre nos tribunais
terrenos. Neste, há o promotor, que acusa o réu, há o advogado de defesa, os
jurados e o Juiz, que dá a sentença. No Juízo Final, não há advogado de defesa;
a acusação já terá sido realizada na terra (ver Jo 12.48). Somente o Juiz:
Jesus! O problema é que já houve um julgamento, e a condenação já estava
definida na terra.
Diz a Bíblia: “Quem
crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não
crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio
ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras
eram más” (Jo 3.18,19 - grifo nosso). Esse texto nos mostra que os homens são
condenados não só pelo fato de cometerem suas más obras, mas por não crerem em
Jesus. Podemos dizer que, no Juízo Final, serão julgados os ímpios, e suas más
obras de perdidos, de pessoas que, além de pecarem, rejeitam a graça de Deus; e
será confirmada a sentença já dada na terra. A condenação atual, de ímpios,
pode ser anulada? A resposta é “sim”, desde que os pecadores se arrependam e
creiam no evangelho. Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que quem
ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não
entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Sim, é
possível passar “da morte” espiritual para “a vida” eterna com Cristo.
Poderá Deus
condenar alguém sem lhe dar direito a defesa? Certamente, não. O Advogado de defesa
está à disposição de todos os que nEle creem: “Meus filhinhos, estas coisas vos
escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o
Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2.1 - grifo nosso). Assim, a acusação é aqui
na terra; a defesa, também. Aqui, Jesus é o Advogado. Lá no céu, será apenas o
Juiz! Diante de Deus, o homem é quem escolhe o julgamento e a sentença; é quem
escolhe o seu destino eterno. “E aquele que não foi achado escrito no livro da
vida foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.15).
Após o Juízo
Final, “a morte e o inferno” serão “lançados no lago de fogo. Esta é a segunda
morte” (Ap 20.14). Segundo René Pache, a morte física e o “lugar dos mortos”
(sheol ou hades) são provisórios. Após o Juízo Final, não serão mais necessários.42
É por isso que o
crente em Jesus deve fazer tudo para permanecer fiel ao Senhor. Jesus disse:
“[...] alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus” (Lc 10.20).
O crente em Jesus tem sua salvação garantida, e jamais passará pelo Juízo
Final: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1). Vale a
pena fazer parte da “igreja que vai subir”.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
"O Tribunal de Cristo"
Algumas vezes, este julgamento é chamado de tribunal bema (grego). 'Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal' (2 Co 5.10). No bema, Deus julgará as obras dos crentes, e não seus pecados. Estes foram expiados completamente por Jesus e Deus não se lembra mais deles (Hb 10.17). No bema, todas as obras são avaliadas segundo suas intenções e resultados. Visto que Deus é justo, Ele não pode deixar de examinar as nossas obras, sejam boas ou más. O Tribunal de Cristo é muitas vezes tratado como parte das doutrinas sobre recompensas para os cristãos. Não se trata de um julgamento para determinar se os crentes entrarão no céu, mas para avaliar a quantidade e a qualidade dos serviços prestados na terra. Sendo fiéis a Cristo, os cristãos serão recompensados.
"O Julgamento das Nações Gentílicas"
Com a segunda vinda de Cristo, todas as nações do mundo comparecerão perante Ele para serem julgadas (Mt 25.32) - cena descrita na Bíblia como uma separação entre bodes e ovelhas. Este julgamento fundamenta-se no tratamento dispensado àqueles que Cristo identifica como 'um destes meus pequeninos irmãos' (Mt 25.40,45).
Estes podem ser (1) Israel, (2) a Igreja ou (3) os oprimidos."
(LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp. 300,01).
*A morte e o inferno
"Serão lançados no lago de fogo. O juízo de Deus chega ao fim. O lago de fogo é o destino derradeiro de tudo aquilo que nos é pernicioso - Satanás, o falso profeta, os demônios, a morte, o inferno e todos aqueles cujos nomes não foram registrados no Livro da Vida, porque não colocaram sua fé em Jesus Cristo. A visão de João não permite áreas duvidosas no julgamento divino. Se através da fé não nos identificamos com Cristo e não o confessamos como o Senhor, não haverá qualquer esperança, nenhuma segunda chance e nenhum outro apelo". Leia mais em Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p.1831.
Bibliografia
36 BERGSTÉN,
Eurico. Teologia sistemática — doutrina das últimas coisas, p.121.
37 LOCKYER,
Herbert, Sr. Apocalipse - O drama dos séculos, p.201.
38 BERGSTEN,
Eurico. Teologia sistemática - doutrina das últimas coisas, p.119.
39 Ibid., p.120.
40 Ibid., p.120.
41 HORTON, Stanley M. Nosso destino, p.204.
42 PACHE, René. L
'au dela, p.217.
Fonte:
O final de todas as coisas - Esperança e Glória para os salvos - 1º trim.2016- Elinaldo Renovato
O final de todas as coisas - Escatologia - Livro de Apoio - Elinaldo Renovato
As Sete Cartas do Apocalipse - A mensagem final de Cristo à Igreja - 2º trim.2012-Claudionor de Andrade
Guia do Leitor da Bíblia - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD - nº65
Enciclopédia Popular de Profecia Bíblia - CPAD
Dicionário Wycliffe - CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo Pentecostal
Veja também:
Aqui eu Aprendi!
Muito esclarecedor esse estudo, que o senhor continue te abençoando muito.
ResponderExcluirExcelente! Só não aprende mesmo os duros de coração!
ResponderExcluirMuito bom
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