"E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e via as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos." Apocalipse 20.4
“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos” Apocalipse 20.6
O livro do Apocalipse, no capítulo 20, mostra
a condenação de Satanás e a sua prisão no abismo durante mil anos, onde Satanás
não mais terá quaisquer atividades durante o tempo de mil anos. Assim,
inicia-se o período do Milênio. Um período cuja melhor palavra da atualidade
para descrevê-lo é Utopia.
Quem hoje não sonha em ver o mundo dominado
pela paz?
A violência zerada. A injustiça social liquidada. As doenças não mais
presente com o seu poder mortífero.
Quem não sonha com o mundo, onde quem morre
aos 100 anos será considerado jovem?
É sobre este tempo que as Escrituras dão
conta e demonstram com riquezas de detalhes de que será literal e verdadeiro,
conforme a tabela abaixo — no Milênio, muitas profecias do Antigo Testamento
serão cumpridas fielmente:
Obs: Há outras referências bíblicas acerca do
Reino Milenar que o prezado professor poderá consultá-las para melhor
fundamentar a sua aula:
Salmos 24.7,8;
Isaías 9.7; 11.6-10; 61.3;
Jeremias
23.5,6;
Ezequiel 40-48;
Daniel 2.44;
Oseias 1.10; 3.5;
Amós 9.11-15;
Miqueias
4.1-8;
Apocalipse 11.15.
Ainda, à luz de Apocalipse 20, podemos
vislumbrar quem estará no Milênio para reinar com Cristo. O texto bíblico diz
que João viu “almas”, isto é, pessoas que foram martirizadas durante a Grande
Tribulação (Ap 6.9-11; 12.15) e os crentes que venceram ao longo da Era da
Igreja. São esses dois grupos que reinarão com Cristo no Milênio. A partir
deste reinado, onde Cristo é a cabeça, um período de paz e bênçãos será
inaugurado na Terra. Onde a justiça prevalecerá (Zc 9.10), o Espírito Santo
restaurará todas as coisas, o mundo refletirá a ordem e a beleza de Deus,
originariamente planejada por Ele no Éden, e o mundo animal será completamente
transformado (Is 11.6-8; Ez 34.25). De fato, é um Reino como nunca houve no
mundo! (Revista Ensinador Cristão ed.nº65-pg.41)
O mundo conhecerá o reinado de Jesus durante o Milênio. Será um tempo de paz e harmonia jamais visto.
A tragédia do
pecado transtornou toda a ordem que reinava no planeta. O homem, criado à
“imagem de Deus”, perdeu a glória que o Criador imprimiu em sua estrutura
espiritual, emocional e física. O resultado foi a doença, o envelhecimento e a
morte, no aspecto físico (Gn 3.19).
O homem conheceu a
morte espiritual, ou seja, a separação de Deus, e se torna morto “em ofensas e
pecados” (Ef 2.5; Gn 2.17). E conheceu o mais terrível inimigo, depois de
Satanás - a morte física (1 Co 15.26; Rm 5.12). Suas estruturas, seus nervos,
suas células, seus tecidos, seu corpo todo e sua mente sofreram o impacto
violento de mudanças radicais. Sua energia vital foi reduzida a um nível tão
baixo, que, hoje, um vírus ou um micróbio pode levá-lo à morte física. Basta
que o cérebro fique privado de oxigênio durante dois ou três minutos para que
sobrevenha a morte, ou, no mínimo, lesões irreparáveis. A morte física,
conseqüência do pecado, foi um preço alto demais pelo conhecimento do pecado.
Doenças, dor, separação, lágrimas, tristezas, angústias, tudo por causa de um
gesto, um ato, uma ação de desobediência ao Criador, que avisou ao homem que
não comesse da árvore proibida: “Certamente morrerás”.
O planeta Terra,
que seria um “paraíso global” para o habitat do homem, sofreu a maldição de
Deus. A ecologia foi mudada. As condições ambientais foram transformadas.
Antes, a terra só produzia para benefício do homem. Depois passou a germinar
cardos e espinhos.
Isso, sem dúvida,
refere-se a tudo que, na natureza, prejudica o homem. Este se serve da terra,
mas com dor, com sofrimento. Mesmo que use a inteligência e consiga utilizar os
instrumentos materiais para o cultivo da terra, isso tem um custo muito alto. E
os frutos da produção não são acessíveis a todos.
Mas Deus, em seu
amor e misericórdia para com o ser criado, realizou o seu plano de redenção da
humanidade, enviando Jesus Cristo para morrer em seu lugar e salvar a todo que
nEle crê (Jo 3.16). O plano de salvação é da parte de Deus, mas precisa da
aceitação do homem, dotado de livre-arbítrio; e o pecado continua a dominar a
mente humana. Deus tem um plano glorioso para o planeta Terra, que inclui a
restauração espiritual, moral, social, ecológica, ambiental e institucional.
Porém, para que esse plano global de restauração possa ser implementado, as
estruturas espirituais e humanas precisam ser transformadas. E essa
transformação se dará quando Cristo puser seus pés sobre o Monte das Oliveiras,
e destruir todos os poderes espirituais, satânicos e humanos da face da terra.
Já vimos que, em sua vinda em glória, Jesus vai prender o Diabo no abismo (Ap
20.1), durante mil anos, e o falso profeta e o Anticristo serão lançados no
“lago de fogo e enxofre” (Ao 19.20). Neste estudo, veremos o que a Bíblia nos
revela sobre o Milênio, que trará um período sem precedentes na História do
homem e do planeta Terra.
1 - O Reino
Milenial
1. A Restauração
do Planeta
O Milênio será um
período literal de mil anos, e não uma utopia, como ensinam certos teólogos
revisionistas da Palavra de Deus. No período milenial, Jesus governará a Terra,
juntamente com sua Igreja glorificada, preparando-a para ingressar no “perfeito
estado eterno”. Nos sete primeiros versículos do capítulo 20 de Apocalipse,
aparece a expressão “mil anos” seis vezes. O planeta foi dado por Deus “aos
filhos dos homens” (SI 115.16). “E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no
jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15). Além de cuidar do planeta,
o homem teria o domínio da Terra, com autoridade delegada pelo Criador sobre
todos os reinos naturais (Gn 1.28). Mas, usando mal o seu livre-arbítrio, o
homem fracassou em cuidar de si mesmo e do planeta.
Era o plano
original de Deus que o homem, feito à sua imagem e semelhança, o representasse,
cuidando do planeta. Porém, com a entrada do pecado no mundo e a Queda do
homem, toda a natureza foi perturbada e atingida pelos nefastos efeitos do
rompimento da comunhão do homem com o Criador. Diz Paulo: “Porque a criação
ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou,
na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da
corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que
toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm
8.20-22). A Terra ou a criação aguarda a gloriosa redenção do homem e da
própria natureza, quando Cristo assumir o Reino Milenial (Rm 8.23).
2. Jesus Governará
a Terra
As profecias
asseguram isso. O anjo da anunciação disse a Maria, acerca de Jesus: “Este será
grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de
Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá
fim (Lc 1.32,33). Para que Jesus possa reinar soberanamente sobre a Terra,
todos os governos e reinos terão que se submeter à sua vontade. “Porque eu sou
contigo, diz o Senhor, para te salvar, porquanto darei fim a todas as nações
entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com
medida e, de todo, não te terei por inocente” (Jr 30.11 - grifo nosso). “E o Senhor
será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu
nome” (Zc 14.9; Ap 11.15,16).
Na revelação que
Deus deu a Nabucodonosor, ele viu todos os impérios mundiais, um após outro, em
sucessão do poder humano e político. No resumo a seguir, do teor da visão de
Nabucodonosor, vemos a seqüência histórica dos reinos do mundo, todos entrando
em decadência, até serem substituídos pelo Reino que não terá fim, o Reino de
Cristo, no Milênio. Cada parte da estátua representava impérios e reinos com
domínio sobre o mundo.
1) A cabeça de
ouro: Representava o Império Babilônico (Dn 2.32,37,38). Foi o primeiro império
mundial (gentio), entre os anos 604-561 a.C; em 586 a.C., foi destruído o
Templo de Salomão em Jerusalém;31 O rei era obcecado pelo espírito de grandeza
do seu reino: foi um grande administrador; construiu os famosos “jardins
suspensos ; Deus lhe falou em sonhos, e mostrou o fim de seu reino.
2) O peito de
prata: Representava o Império Medo-Persa (2.32); vê-se a confirmação nos capítulos
7 e 8. A História Geral mostra isso. A Babilônia, no tempo de Hamurábi,
construiu um canal que ia até o Golfo Pérsico, paralelo ao Eufrates; no 2º
Império, cresceu muito, e corrompeu-se, enfraquecendo-se; os medos e persas,
coligados, invadiram de noite; o povo recebeu-os com festas (556 a.C.). Segundo
a História, os invasores desviaram o rio por baixo das muralhas.
3) O ventre de
bronze: Representa o Império Grego (2.32). Dario foi enfrentado pelos gregos,
durante meio século (492-449 a.C.). Alexandre da Macedônia foi quem o derrotou
em 330 a.C. Dario foi assassinado por um sátrapa, enquanto caía nas mãos dos
gregos (História Geral Armando Souto Maior). Alexandre dominou o mundo de
então. Estendeu seu império até à índia, Babilônia, Egito. Em Babilônia, foi
recebido com festas. No Egito, aceitou o título de “Filho de Amom”. Começou a
reinar com 20 anos. Aos 33 anos, morreu embriagado, com febre. Seu império foi
esfacelado (Dn 8.21,22), dividido entre seus quatro generais: Lisímaco,
Cassandro, Seleuco e Ptolomeu, conforme a História Geral, para cumprir-se a
profecia.
4) As pernas de
ferro, pés em parte de ferro e em parte de barro. Representam o Império Romano.
Nos meados de 300 a.C., Roma dominou a Grécia e dominou o mundo. O Império
estendeu-se por toda a parte. Em 395, d.C., dividiu-se em duas partes (as duas
pernas): Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.
O primeiro, com
sede em Constantinopla; o segundo, com sede em Roma. Historicamente, foi o
cumprimento perfeito da profecia. Deus vela pela sua Palavra para a cumprir (Jr
1.12).
5) Dez dedos -
barro misturado com ferro (2.41,42). São dez reinos, resultantes do antigo
Império Romano, que estarão em evidência nos fins dos tempos (v. 44);
correspondem aos 10 chifres do 4° animal de Daniel 7.24 e aos 10 chifres da
Besta de Apocalipse 13.1 e 17.3. Refere-se a um poder que “existiu, e que no
momento não existe, mas que voltará a existir” (Ap 17.8). Trata-se de uma
confederação de nações, que se unirão no território do antigo Império Romano.
Hoje, é identificado como a União Européia, que já tem um parlamento, e uma
moeda única, o Euro. Corresponde aos tempos atuais, em que as nações, em geral,
são governadas por democracias que são, ao mesmo tempo, fortes (ferro) e fracas
(barro). Não há verdadeira união. O número 10, na Bíblia, dá ideia de
globalização.
Notemos que a
Europa, que foi o “berço das missões mundiais , é atualmente o lugar mais
avesso ao evangelho de Cristo. Ali, o cenário espiritual está sendo preparado
pelo Diabo para dar lugar ao Anticristo. Igrejas estão sendo fechadas aos
milhares ao longo dos últimos anos. O movimento islâmico radical está se
impondo como força política e religiosa, com o intuito de dominar o mundo. O
ódio a Israel é evidenciado de forma clara e aberta, e os governos silenciam.
Os judeus estão migrando para sua pátria em grande número, pois a perseguição
está se intensificando contra descendentes de Abraão.
6) O Reino que não
terá fim-a pedra cortada sem mãos. Diz o livro de Daniel: “Mas, nos dias desses
reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse
reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será
estabelecido para sempre. Da maneira como viste que do monte foi cortada uma
pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a prata e o ouro, o
Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disso; e certo é o sonho, e
fiel a sua interpretação” (Dn 2.44,45). Será o Reino de Cristo, implantado no
Milênio. (Ver comentário na segunda parte deste estudo.)
Na seqüência
acima, vemos que cada reino do mundo, nos tempos dos gentios”, que começaram
com Jerusalém sendo pisada pelos babilônios (Lc 21.24), é temporário e inferior
ao seu antecessor. Esses “tempos” terminarão quando Cristo destruir todos os
impérios gentios do mundo, como descrito na visão da estátua misteriosa. Isso
prova que a humanidade não tem evoluído espiritual nem moralmente. Caminha para
a destruição de suas estruturas políticas, econômicas, sociais, morais e
espirituais. Começa com ouro e termina com barro. (ver Rm 1.18) A visão é
espiritual. A Bíblia mostra o “fim da história”. E revela que a imagem
representativa dos reinos do mundo começou grande e terminou em pó! A Pedra,
que é Cristo, começou pequena, numa manjedoura, sem parecer nem formosura (Is
53.2), mas cresceu, tornou-se grande, gloriosa e encheu o mundo inteiro!
veja também:
3. Jerusalém Será
a Capital do Mundo
No Reino Milenial,
Jerusalém será a capital espiritual e política do mundo. Em julho de 2015, os
Estados Unidos deixaram de reconhecer Jerusalém como capital de Israel (um
grande erro), para satisfazer os interesses dos inimigos de Israel. No entanto,
no Milênio, ela será, de fato, não só a capital de Israel, mas a capital do
mundo! 'Visão que teve Isaías, filho de Amoz, a respeito de Judá e de
Jerusalém. E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do
Senhor no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a
ele todas as nações. E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor,
à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e
andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra
do Senhor” (Is 2.1-3 - grifo nosso; Is 60.3).
Os Estados Unidos,
a Inglaterra, a França, a Alemanha, o Japão, o Brasil e todos os povos, para
sobreviverem, terão que dar valor a Jerusalém: E acontecerá que todos os que
restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano
para adorarem o Rei, o Senhor dos
Exércitos, e para celebrarem a Festa das Cabanas. E acontecerá que, se alguma
das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos
Exércitos, não virá sobre ela a chuva” (Zc 14.16,17 - grifo nosso).
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
"A palavra 'milênio' vem dos termos latinos mille ('mil') e annum ('ano'). A palavra grega Chilias, que também significa 'mil', aparece por seis vezes em Apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da destruição do velho céu e da velha terra. O Milênio, portanto, refere-se aos mil anos do futuro Reino de Cristo sobre a terra que virá imediatamente antes da eternidade. Durante o Milênio, Cristo reinará no tempo e no espaço" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.316).
II - Como Será o
Governo de Cristo
1. Jesus Governará
com seus Servos
No Milênio, o
governo de Cristo representará o último reino mundial (e universal). Não será
democrático, nem comunista, nem capitalista; será teocrático; virá do céu,
implantado sem a mão do homem, que é sempre corruptível. Diz o livro de Daniel:
“Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será
jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá
todos esses reinos e será estabelecido para sempre. Da maneira como viste que
do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o
barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois
disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação” (Dn 2.44,45 - grifo
nosso).
A “pedra”, cortada
“sem mãos”, representa Cristo (At 4.11;1 Co 10.4; 1 Pe 2.4); Jesus, o Rei,
nasceu sem intervenção humana (Is 53.3; Dn 8.25). A pedra, que é Cristo,
esmiúça a imagem simbólica, batendo nos pés (o que resta dos reinos mundiais);
destrói o que resta do “Império Romano”; hoje, o Direito é romano, a filosofia
vem dos gregos, a arrogância vem dos babilônios, a riqueza e a energia vêm dos
petrodólares. Haverá um juízo repentino e catastrófico sobre toda a humanidade,
como vimos no estudo sobre a Grande Tribulação. Tudo o que resta dos impérios,
reinos, governos, sistemas políticos, econômicos e sociais será aniquilado e
substituído pelo Reino de Cristo. O poder dos gentios começa e termina com uma
grande imagem. Em Daniel, começa com a “cabeça de ouro” - Babilônia (Dn 2.31);
em Apocalipse, termina com a imagem da Besta, o Anticristo (Ap 13.14,15).
Jesus reinará com
poder pleno sobre a Terra. Em sua Carta a Timóteo, Paulo anteviu a glória do
reino milenial: Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja
honra e glória para todo o sempre. Amém!” (1 Tm 1.17). Como a capital do mundo
será Jerusalém, no aspecto político-administrativo, o governo do mundo terá a
preeminência do povo de Israel. Não quer dizer que Israel vai dominar o mundo.
Mas Cristo, em Jerusalém, dominará o mundo. Os líderes de Israel, no Milênio,
seguirão as ordens legais do “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”. O líder
universal será Cristo Jesus.
2. A Igreja
Reinará com Cristo
Os salvos em
Cristo haverão de participar da primeira ressurreição, como parte integrante da
sua Igreja. Eles reinarão com Cristo no Milênio: “Bem-aventurado e santo aquele
que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda
morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos (Ap
20.6; 1.6; 5.10 - grifo nosso). No toque da sétima trombeta, na Grande
Tribulação, já haverá a proclamação do reinado universal de Cristo: “E tocou o
sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do
mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o
sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seu trono, diante
de Deus, prostraram-se sobre seu rosto e adoraram a Deus” (Ap 11.15,16). Os
salvos serão reis e sacerdotes e reinarão com Cristo com poder e autoridade
sobre as nações: "E ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe
darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá; e serão quebradas
como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai", (Ap 2.26,27; 2 Tm 2.12a).
Na verdade, além de julgar o mundo, os salvos da Igreja hão de julgar os anjos!
(1 Co 6.3).
Daniel viu o reino
de Cristo no plano universal “E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos
debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino
será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn
7.27).
3. A Nova
Jerusalém
Acima da Jerusalém
terrestre, em Israel, haverá a Jerusalém Celeste, ou a nova Jerusalém”. (ler Ap
21.1-26) Os salvos, em corpos glorificados, não precisarão das estruturas de
moradia terrestre, nem dos suprimentos produzidos pelo homem, na agricultura,
na indústria e no comércio. Os glorificados terão “metabolismo” espiritual.
Seus corpos, semelhantes ao de Jesus ressuscitado (Fp 3.21), poderão
deslocar-se no espaço sem auxílio de transportes aéreos, atravessar portas
fechadas, como o fez Jesus após ressuscitar (Jo 20.26). Por isso, habitarão na
nova Jerusalém, que será uma cidade preparada nos céus. Jesus prometeu aos seus
discípulos que iria prepara lugar no céu para eles (Jo 14.2,3). A nova Jerusalém
está nos céus (Gl 4.26), mas, quando Jesus vier com sua Igreja, ela descerá para
as regiões siderais e pairará como um satélite sobre o mundo. Pr. Cohen diz que
“Essa maravilhosa cidade-noiva ficará pairada sobre a terra, durante todo o
Milênio, como uma bela estrela, representando a glória de Deus” (Ap 21.23-27).
“E as nações andarão à sua luz, e os reis da terra trarão para ela a sua glória
e honra” (Ap 21.24 - grifo nosso). Certamente, os salvos glorificados
transitarão entre a nova Jerusalém (nos céus) e a Jerusalém terrestre, num
intercâmbio promovido pelos interesses do Reino Milenial.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
"O Milênio será um tempo de controle tanto político como espiritual. Politicamente, ele será universal (Dn 2.35), discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela retidão e justiça. Será zeloso para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e juízo para quem transgredir as ordenanças do Messias (Sl 2.10-12).
Este reino literal de Cristo sobre a terra também terá características espirituais. Acima de tudo, será um reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 23.1). Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a santidade de Deus (Is 11.2-5)" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.318).
III -
Características Especiais do Milênio
1. Quem
Participará do Milênio
Dois grupos de
pessoas entrarão no Milênio. Um grupo será constituído dos salvos, com corpos
glorificados, que incluem a Igreja, os salvos do Antigo Testamento e os salvos
na Grande Tribulação (Ap 7.14) e “o remanescente” dos israelitas, salvos por
Cristo, na Batalha do Armagedom (Rm 9.27). O outro grupo será o do restante dos
povos, em corpos humanos naturais, que escaparem da Grande Tribulação, em um
número bem reduzido, face os que forem exterminados nas catástrofes que
desabarão sobre o mundo; e também as pessoas que forem nascendo durante o
Milênio. Os povos que escaparem da Grande Tribulação entrarão no Milênio, e se
organizarão como nações, alinhadas e adaptadas à Nova Ordem Divina sobre a
Terra. Tendo em vista a ausência do Diabo, o mal, como existe hoje, não terá
lugar na mente das pessoas, nem na natureza e nas relações entre as nações.
2. Sete Aspectos
Relevantes do Milênio
1) Haverá um
conhecimento universal de Deus. “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte
da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como
as águas cobrem o mar” (Is 11.9 - grifo nosso; Is 54.13) Haverá um derramamento
pleno do Espírito Santo (Is 32.15). Nos tempos presentes, a maior parte dos
meios de comunicação, de ensino, de pesquisas e informações privilegiam o
conhecimento humano, notadamente de origem materialista, humanista e
evolucionista. Mas, no Milênio, a mídia e todos os meios de comunicação de
massa ou especializado divulgarão os benefícios e as características
extraordinárias do Reino Milenial.
A pregação da
Palavra de Deus será plenamente livre e os mensageiros de Deus terão acesso a
todos os meios de comunicação para divulgarem as leis e os ensinos de Cristo
(Mt 24.14). Será um verdadeiro avivamento mundial em busca do conhecimento de
Deus. Jerusalém será o centro da evangelização mundial no Milênio: “E irão
muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à Casa do Deus de
Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas veredas;
porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém” (Mq 4.2 -
grifo nosso). O pecado, a rebelião e a incredulidade não serão tolerados (SI
2.10-12).
2) Haverá paz
perfeita na Terra. Haverá um mundo sem doenças, sem violências e mortes e
completa harmonia entre as nações. Por isso, Jesus é “o Desejado de todas as
nações [...] diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.7). Jesus é o “Príncipe da Paz”
(Is 9.6). O homem desfrutará da mais completa paz, em todo o planeta. As
famílias viverão em completa união. Os filhos terão plena harmonia com os pais
(Is 65.23). Não haverá mais guerras ou conflitos bélicos durante os mil anos de
paz sobre a Terra. E ele exercerá o seu juízo sobre as nações e repreenderá a
muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças,
em foices; não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a
guerrear” (Is 2.4). Esse clima de paz perfeita perdurará até o final do
Milênio, quando haverá a “última Guerra Mundial”, a batalha de “Gogue e
Magogue”, quando Satanás, solto por um pouco de tempo, levantará as nações
contra Deus. (Ler os capítulos 38 e 39 de Ezequiel.)
3) A justiça e a
verdade serão plenas. “Mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com
equidade os mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o
sopro dos seus lábios matará o ímpio. E a justiça será o cinto dos seus lombos,
e a verdade, o cinto dos seus rins” (Is 11.4,5). No Milênio, a justiça terá o
padrão divino. Não haverá julgamentos injustos ou tendenciosos; não haverá
justiça venal, nem venda de sentenças em julgamentos. “Ele mesmo julgará o
mundo com justiça; julgará os povos com retidão” (SI 9.8; 50.6; 89.14; 96.13).
4) A natureza
animal será mudada. Animais perderão sua ferocidade e medo do ser humano. “E
morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o
bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino
pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e seus filhos juntos se
deitarão; e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre
a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco” (Is
11.6-8). Os animais voltarão a ser “vegetarianos”, como no início (Gn 1.30).
Para os materialistas e ateus, essas predições sobre o Milênio não passam de
utopia e mito. Também os teólogos materialistas, ou “ateólogos”32.
Certamente, responderão perante o autor da Bíblia. Diz ainda a Palavra de Deus: O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e o pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor” (Is 65.25).
5) O reino vegetal
será altamente produtivo. A maldição da terra por causa do pecado desaparecerá
(Gn 3.17,18). Não haverá necessidade de agrotóxicos, pois a bênção de Deus
estará sobre a produção de alimentos. Não haverá falta de alimentos (Jr 31.12;
SI 67.5,6). A produção agrícola será altamente eficaz (Jl 2.24). A oferta de
alimentos atenderá à procura e os preços serão equilibrados. “E edificarão
casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto” (Is 65.21). “Eis
que vêm dias, diz o Senhor, em que o que lavra alcançará ao que sega, e o que
pisa as uvas, ao que lança a semente; e os montes destilarão mosto, e todos os
outeiros se derreterão. E removerei o cativeiro do meu povo Israel, e
reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e
beberão o seu vinho, e farão pomares, e lhes comerão o fruto” (Am 9.13,14; ler
Is 30.23,25). Um rio sairá de Jerusalém e fertilizará as terras (Zc 14.8; Ez
47.1,12);
6) Haverá saúde e
prosperidade para todos. As condições ambientais serão altamente favoráveis à
melhoria da qualidade de vida no planeta. A longevidade surpreenderá a todos
pelas excelentes condições de saúde. “Não haverá mais nela criança de poucos
dias, nem velho que não cumpra os seus dias [...] E edificarão casas e as
habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. [...] não plantarão para que
outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os
meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice” (Is 65.20-22). Além
da saúde, as condições de moradia para todos serão as melhores jamais vistas.
Nenhum programa habitacional se compara ao que o Reino de Cristo concederá aos
homens.
7) O meio ambiente
será restaurado ao seu estado original. O meio ambiente será transformado e
altamente saudável. Não haverá secas, enchentes, terremotos ou qualquer
catástrofe natural. O deserto e os lugares secos se alegrarão com isso; e o
ermo exultará e florescerá como a rosa. Abundantemente florescerá e também
regurgitará de alegria e exultará; a glória do Líbano se lhe
deu, bem como a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do
Senhor, a excelência do nosso Deus. [...] porque águas arrebentarão no deserto,
e ribeiros, no ermo. E a terra seca se transformará em tanques, e a terra
sedenta, em mananciais de águas; e nas habitações em que jaziam os chacais
haverá erva com canas e juncos” (Is 35.1,2,6,7).
Utopia? Para os
incrédulos. Para os crentes, esperança para o mundo. Mesmo sendo referências às
bênçãos sobre Israel, tais benefícios se estenderão a todo o planeta. Nem os
mais fanáticos ecologistas imaginam tamanha harmonia na natureza. Na verdade, esses movimentos buscam lucro para seus integrantes à custa da falsa defesa do meio ambiente. Enquanto defendem os animais "em extinção", não dão uma palavra contra o crime hediondo do aborto. O meio ambiente e a ecologia serão
totalmente restabelecidos, não haverá mais secas, enchentes, furacões, tornados
e outras catástrofes naturais. Isso será coisa de um passado distante.
CONCLUSÃO
Deus tem um plano glorioso para o planeta Terra, que inclui a restauração espiritual, moral, social, ecológica e institucional. E essa realidade só se concretizará, no Milênio, quando Cristo implantar o seu reino na Terra. Jesus governará o mundo com poder e grande glória, após suplantar todos os reinos e governos do mundo.
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
O que será o Milênio?
O Milênio será um período literal de mil anos.
Quem governará a Terra durante o Milênio?
A Terra será governada por Jesus Cristo.
Durante o Reino Milenial, qual será a capital do mundo?
Jerusalém será a capital do mundo.
O que é a Nova Jerusalém?
É a cidade celeste e eterna, que será destinada a todos os salvos em Jesus Cristo.
Quem vai participar do Milênio?
Vão participar do Milênio todos os salvos em Jesus Cristo, "o remanescente" dos israelitas, salvos por Cristo, na batalha do Armagedom (Rm 9.27) e os que escaparem da Grande Tribulação.
Bibliografia
31 WALVOORD, John F. & WALVOORD, John E.
Armagedom, p.223.
32 Ateólogos. Neologismo
criado pelo autor deste texto para identificar os que se dizem teólogos e não
creem na Palavra de Deus como está na Bíblia Sagrada. A nosso ver, acabam sendo piores que os incrédulos e ateus, pois estes não conhecem a revelação de Deus para o homem, afirmam que tudo isso é simbólico,
não literal.
Fonte:
O final de todas as coisas - Esperança e glória para os salvos - 1º trim.2016
O final de todas as coisas - Escatologia - Livro de Apoio - Elinaldo Renovato
Guia do Leitor da Bíblia - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD - nº65
Enciclopédia Popular de Profecia Bíblia - CPAD
Dicionário de Profecia Bíblica
A Segunda vinda 4ªed.CPAD
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal 1ªed.CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia Defesa da Fé
Aqui eu Aprendi!
olá boa tarde,vai nascer crianças no milenio minha duvida.
ResponderExcluirA Paz do Senhor Família Cezario. Em relação a sua pergunta respondo que sim, nascerão.
ExcluirSugiro que os irmãos possam ler o artigo publicado neste Blog “O Juízo Final O Grande Trono Branco”, segue um trecho do texto:
“Após mil anos, Deus vai soltar o Diabo. Para quê? Certamente, para provar os que nascerão no Milênio, e não terão tido oportunidade de ter sua fé provada diante das tentações malignas. E Deus quer que só estejam em sua presença os vencedores, os que passam pelas tribulações e confiam nEle de todo o coração. Os crentes passam por provações nesta vida “para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1.7).
b) Para enganar as nações - Gogue e Magogue. Esses nomes são simbólicos; representam o ajuntamento de todas as nações do mundo, enganadas por Satanás, para se rebelarem contra Cristo, após terem experimentado uma “ordem mundial” de prosperidade jamais vista na história da Terra. Um mundo sem doenças, desfrutando plena paz, sem guerras, conflitos ou violência. Mas, mesmo assim, os pecadores que nascerem durante o Milênio darão lugar ao engano do Diabo, numa prova de que o pecado passou a todos os homens (Rm 5.12). Será um levante mundial contra Cristo, pelo poder persuasivo do Maligno. Isso mostra que o homem, em sua natureza carnal, não muda sem que se torne nova criatura (2Co 5.17). Mesmo diante do Reino Milenial de Cristo, pleno de prosperidade e paz, ao serem confrontados com as tentações, desprezarão Jesus e aceitarão Satanás. O mesmo que fez a multidão que escolheu Barrabás e condenou Jesus (Mt 27.17-21).”
Segue o link: http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2016/03/o-juizo-final-o-grande-trono-branco.html
Espero ter ajudado.
Abraço fraterno
Pastor Ismael
pelo que entendi. entrara . pessoas com vida .no milênio . e também procriarão . e. os que . nascerem no milênio . precisarão de salvação é ai que vem o tempo da dificuldade . para que . a fê . destes . seja provada . e possam alcança a salvação
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