I. CONSIDERAÇÕES GERAIS
1. Os filhos de Abraão. Nem todos os árabes são muçulmanos, e nem todos os muçulmanos são árabes. Há uma grande disputa, desde a antiguidade, pois é desejo dos árabes serem filhos de Abraão, mas nem todos o são. Deus dá, ainda hoje, a oportunidade para qualquer pessoa, independentemente de sua nação ou origem, de tornar-se descendente de Abraão, mediante a fé em Jesus (Rm 4.11; Gl 3.7).
2. O mundo árabe. Os povos do sul da Península Arábica descendem de Qahtan, Joctã (Gn 10.25), cujos descendentes povoaram o sul dessa península. Os povos do norte da Arábia Saudita são descendentes de Adnam, que é ismaelita. Havilá (Gn 25.18) era uma região da costa oriental da Península Arábica, no Golfo Pérsico; Sur é na região do Sinai.
3. Origem do islamismo. O nome da religião vem da palavra árabe islam, “submissão”, mas os críticos afirmam que significava: “desafio à morte, heroísmo, morrer na batalha” no mundo pré-islâmico. Foi fundado por Maomé na Arábia Saudita, em 610 d.C, e, logo, expandiu-se por todo o Oriente Médio, sul da Ásia, norte da África e Península Ibérica, pela força da espada.
II. FONTE DE AUTORIDADE
O islamismo rejeita a Bíblia. A fonte principal de autoridade na fé islâmica é o Alcorão, mas há outras fontes, a Sunnah ou Tradição Viva, registro de tudo que Maomé teria feito e dito, classificado em volumes e chamados de Hadith. Baseados no Hadith e no Alcorão, elaboraram a lei islâmica chamada Shaaria.
1. Origem e história do Alcorão ( Corão ). A palavra vem do árabe quran, “recitação”, e al é o artigo definido. Os muçulmanos acreditam que o anjo Gabriel recitou sua mensagem a Maomé durante 23 anos, e cujo conteúdo está numa tábua no céu. Eles acreditam que o Alcorão é a inspirada Palavra de Deus (Alá). Mas, estudos críticos nele e na sua história tornam inconsistente esse conceito.
2. Origem humana do Alcorão. Havia muitos textos discrepantes do Alcorão. Por isso, Otmã, terceiro sucessor de Maomé (644-656), padronizou seu texto conforme suas conveniências, e mandou destruir as demais cópias sob pena de morte. Um dos discípulos de Maomé, chamado Abdollah Sarh, dava sugestões sobre o que deveria ser cortado ou acrescentado no Alcorão. Deixou o islamismo, alegando que se o Alcorão fosse a revelação de Deus, não poderia ser alterado por sugestão de um escriba. Quando Maomé conquistou Meca, matou seu ex-discípulo, visto que sabia demais para continuar vivo.
3. Problema do islamismo com a Bíblia. O problema é que os teólogos islâmicos logo descobriram que o Alá do Alcorão não é o mesmo Jeová do Antigo Testamento, e que o Jesus do Alcorão não é o mesmo do Novo Testamento. A mensagem da Bíblia é uma, e a do Alcorão é outra. Não podendo aceitar o equívoco do seu profeta, resolveram ensinar que a Bíblia foi falsificada por judeus e cristãos.
4. A verdade sobre a Bíblia. Deus prometeu preservar a sua Palavra (Jr 1.12). A integridade do texto bíblico é fato verificado cientificamente — os manuscritos do mar Morto confirmam a autenticidade do texto bíblico. Outra prova irrefutável, contra o argumento islâmico, é o grande número de manuscritos antigos tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. A autoridade da Bíblia e sua inspiração são suas características sui generis (Is 34.16; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20,21). Os muçulmanos contradizem-se, pois o próprio Corão (Alcorão) declara-se como continuação das Escrituras Sagradas.
CURIOSIDADES
- O Alcorão está organizado em 114 capítulos, denominados suras (surahs) (suratas), divididas em livros, seções, partes e versículos (6236 ayats 'versos').
- Considera-se que 92 capítulos foram revelados ao profeta Maomé em Meca, e 22 em Medina.
- Os muçulmanos só tocam no Corão após um ritual de purificação que inclui a lavagem das mãos até o cotovelo.
- Por tradição, o livro é dado.
- É pecado gravíssimo jogar exemplares velhos no lixo. É preciso queimá-los ou enterrá-los com respeito.
- No calendário islâmico, atualmente (2014) é o ano de 1435/1436. A contagem do tempo deste calendário começa com a Hégira (Hijra) - a fuga de Maomé de Meca para Medina, em 16 de julho de 622.
- para fazer um calculo aproximado do ano da "Hijra" correspondente a um determinado ano gregoriano:
- O calendário Islâmico é baseado em um ciclo de 12 meses lunares. Eles alteram os meses de 29 ou 30 dias para formar um 354-ano, ou 355 dias.
1. O Deus dos muçulmanos. A história registra que existiram na antiguidade muitas religiões monoteístas, mas que eram pagãs. Seus adeptos adoravam a um único ídolo. É um monoteísmo falso. Alá, divindade dos muçulmanos, era uma das divindades da Arábia pré-islâmica, adorada pela tribo dos coraixitas, de onde veio Maomé. Há inúmeras evidências irrefutáveis na história e na arqueologia de que Alá não veio nem dos judeus e nem dos cristãos. Alá e Jeová não são nomes distintos de um mesmo Deus. Jeová é o Deus único e verdadeiro, ao passo que Alá não passa de um arremedo do verdadeiro Deus.
2. O conceito de Trindade no Alcorão. O islamismo considera a crença na Trindade um pecado imperdoável e define-a como três deuses: Alá, Jesus e Maria. Há dois erros crassos nesse conceito. O primeiro, refere-se à terceira Pessoa da Trindade, que é o Espírito Santo, e não, Maria. O segundo, a respeito do conceito do termo, que não quer dizer três deuses, mas um só Deus em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito (Dt 6.4; Mt 28.19).
3. O Senhor Jesus Cristo no Alcorão. O Jesus do Alcorão é um mero mensageiro. Não é reconhecido como Deus, nem como Filho de Deus e Salvador da humanidade. O Alcorão não reconhece a morte e a ressurreição de Cristo. Assim, consideram Maomé como superior a Jesus e “o selo dos profetas”. O Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que Jesus é o Filho de Deus, pois implicaria numa relação íntima e conjugal de Maria com Deus. O mais grave é que seus líderes afirmam que os cristãos pregam tal absurdo! (Jd 10).
4. A cristologia bíblica. A expressão “Filho de Deus” mostra a origem e a identidade de Jesus (Jo 8.42), e não segue o mesmo padrão de reprodução humana. Eternamente gerado por Deus, o Senhor Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Mt 1.18,20; Lc 1.35; Hb 1.5). Há inúmeras passagens bíblicas provando que Jesus é Deus igual ao Pai (Jo 1.1). Durante o Seu ministério terreno, fez o bem a todos (At 10.38), proporcionando não somente a vida física (Jo 11.43,44), mas também a espiritual (Jo 10.10).
5. O sacrifício de Jesus. A cruz de Cristo sempre foi escândalo para os que perecem (1 Co 1.23). A morte e a ressurreição de Jesus estavam previstas no Antigo Testamento (Is 53.8-10; Sl 16.10) e cumpriu-se em o Novo (Lc 24.44-46) para a nossa salvação (1 Co 15.3,4). O sacrifício de Jesus Cristo na cruz mostra que o homem é completamente incapaz de salvar-se por sua própria bondade e força. Negar o sacrifício de Jesus na cruz, ou fazê-lo parecer desnecessário, é uma forma de invalidar a única maneira de o homem ser salvo.
IV. OS CINCO PILARES DO ISLAMISMO
O credo islâmico, composto de cinco pilares, é o orgulho dos muçulmanos. Entretanto, Deus não está preocupado com ritos ou regras (Is 28.10). Ele busca a comunhão com o homem que criou (Mq 6.6-8).
1. Fé em Deus. O primeiro pilar é crer em Alá como único Deus e em Maomé como seu mensageiro. Afirmar com sinceridade essa declaração três vezes, em árabe, diante de duas testemunhas, torna a pessoa muçulmana. Isso é recitado nos ouvidos do recém nascido e nos do muçulmano, quando está morrendo. Eles buscam assemelhar-se ao cristianismo. Todavia, o seu deus e mensageiro não são os mesmos da Bíblia (Jo 17.3).
2. Oração. O segundo são as orações rituais, realizadas cinco vezes ao dia: de manhã, ao meio dia, à tarde, ao pôr do sol e à noite. Os judeus oram três vezes ao dia, desde os tempos bíblicos (Sl 55.17; Dn 6.10). Há uma passagem no Alcorão onde parece afirmar que Maomé copiou essa prática dos judeus e aumentou para cinco vezes. Nós, cristãos, oramos continuamente (Cl 4.2; 1 Ts 5.17), não como obrigação; mas com o desejo de manter a comunhão com Cristo (Mt 6.5; Gl 2.20).
3. Esmolas. O terceiro é dar esmolas aos mais necessitados ou fazer atos de caridade. Prática copiada dos judeus e cristãos. A diferença é que não precisamos tocar trombetas (Mt 6.2). Não o fazemos para sermos salvos, mas porque já o somos e temos o fruto do Espírito (Gl 5.22).
4. Jejum. O quarto é jejuar 30 dias no mês de Ramadã; o jejum feito apenas durante o dia. Pesquisas comprovaram que esse é o mês de maior consumo nos países islâmicos. À luz da Bíblia, isso não é jejum. O jejum cristão é como a oração: não é mandamento; é prática natural e voluntária do cristão (Mt 6.16).
5. Peregrinação. O último pilar é a peregrinação à Meca pelo menos uma vez na vida, se as condições financeiras e de saúde o permitirem. É a cópia das peregrinações judaicas e cristãs (Sl 122). Maomé substituiu Jerusalém por Meca.
CONCLUSÃO
O islamismo é inimigo da cruz de Cristo. Em muitos países islâmicos é crime um muçulmano se converter à fé cristã. Seus líderes fazem propaganda falsa contra o cristianismo e escondem as fraquezas de sua religião. Nenhum deles fala ao povo que a Trindade bíblica não é a mesma descrita no Alcorão e nem explica o conceito de “Filho de Deus” em o Novo Testamento. É o maior desafio da igreja nos dias atuais.
Vocabulário
Crasso: Grosseiro; estúpido; erro crasso.
Monoteísmo: Crença judaica, cristã e islâmica na existência de apenas um Deus.
Sui generis: Inigualável; que não apresenta comparação; inimitável.
Subsídio Teológico
Locais sagrados
Para os muçulmanos, existem três locais sagrados: A cidade de Meca, onde fica a pedra negra, também conhecida como Caaba. A cidade de Medina, local onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo religioso dos muçulmanos). A cidade de Jerusalém, cidade onde o profeta subiu ao céu e foi ao paraíso para encontrar com Moises e Jesus.
Divisões do Islamismo
Os seguidores da religião muçulmana se dividem em dois grupos principais : sunitas e xiitas. Aproximadamente 85% dos muçulmanos do mundo fazem parte do grupo sunita. De acordo com os sunitas, a autoridade espiritual pertence a toda comunidade. Os xiitas também possuem sua própria interpretação da Shaaria.
(falaremos mais sobre este assunto; acesse Xiitas vs Sunitas - Islamismo )
Subsídio Apologético
“Doutrina número 1: Deus.
Os mulçumanos acreditam na existência e preeminência de deus. Há apenas um deus, cujo nome é Alá. Ao pronunciar Allah akbar (Alá, o grande), em suas orações diárias, os mulçumanos reconhecem que ‘deus é maior do que tudo’. Eles sabem que ele é onisciente, onipotente e onipresente. Os poderes atribuídos a Alá são os mesmos atributos ‘oni’ do Deus do judaísmo e do cristianismo: Onisciente — que tudo sabe; Onipotente — que tem todo poder; Onipresente — que está em todos os lugares ao mesmo tempo. No entanto, qualquer semelhança com os postulados do judaísmo e do cristianismo, no que se refere a Deus, param exatamente aqui. Quanto mais examina-se a natureza de Alá, menos ele tem semelhança com o Deus dos judeus e dos cristãos.
a) Alá e o amor. Os mulçumanos têm ‘noventa e nove belas maneiras’ para referir-se a Ala (as quais eles memorizam), e cada uma delas descreve uma das características de Alá. Talvez você se surpreenda ao saber que o termo amor está ausente dessa longa lista das qualidades de seu caráter — o poder de Alá é mais ressaltado do que a misericórdia. Isso não que dizer, porém, que Alá não ama. Ele ama aqueles que fazem o bem — ou seja, os que praticam boas ações e aceitam as práticas diárias dos cinco pilares. Contudo, Alá não ama o indivíduo cujas más ações sobrepujam as boas.
b) Diferença entre Alá e o Deus do cristianismo. O atributo do amor é a grande diferença entre Alá e o Deus do cristianismo. Essa é a razão pela qual é incorreto acreditar que Alá e Deus são a mesma divindade, simplesmente conhecida por nomes distintos, dependendo se você está em uma mesquita ou em uma igreja. Mas isso não é o mesmo que chamar um divã por um nome alternativo, como sofá, canapé, otomana ou marquesa. O Alá do Alcorão ama apenas os indivíduos que considera bons; o Deus da Bíblia ama toda a humanidade, embora saiba que nenhum indivíduo é basicamente bom. Se alguém questionar se há uma diferença entre Alá e Deus, diga-lhe que o amor é a resposta.”
(BICKEL, B.; JANTZ, S. Guia de seitas e religiões: Uma visão panorâmica. RJ: CPAD, 2005, pp.79-81).
Fonte: portaldoprofessor.mec.gov.br; Centro Cultural Islâmico do brasil; Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos 2º trimestre 2006 - Heresias e Modismos - Esequias Soares; BICKEL, B.; JANTZ, S. Guia de seitas e religiões: Uma visão panorâmica. RJ: CPAD, 2005.; IRWIN, D. K. O que os cristãos precisam saber sobre os muçulmanos. RJ:CPAD, 2004.
Paz de Cristo! Muito bom esse estudo sobre o Islamismo. Acho de suma importância conhecer mais sobre essa religião visto ser ela a segunda maior do mundo e também por ser uma religião missionária que vem crescendo cada vez mais chegando a alcançar adeptos nos países ocidentais com muita rapidez.
ResponderExcluirDeus continue abençoando seu trabalho!
A Paz do Senhor Jesus irmã Fernanda Souza, que bom que gostou desta postagem, realmente também vejo como muito importante conhecer mais sobre este assunto. Obrigado pelo comentário.
ExcluirDeus abençoe
Pastor Ismael
Nossa Parabéns muito interessante e esclarecedor bacana mesmo... Não conhecia ainda a fundo assim essa religião islamismo.
ResponderExcluirQue bom que gostou meu amigo Danilo Santos.
ExcluirEstou para postar mais sobre este tema e em breve abordarei sobre os xiitas e sunitas, espero que também aprecie.
Aguardarei comentário seu, será muito importante para este trabalho.
Deus abençoe
Pastor Ismael
Muito bom trabalho. Parabéns pelo blog.
ResponderExcluirPastor Ismael gostaria de saber qual a esperança dos Islâmicos. Ou seja, eles esperam Jesus voltar também, visto este ser um profeta, ainda que menos importante que Maomé?
Obrigado pela participação Rogerio Freitas.
ExcluirOs muçulmanos (mais os xiitas) aguardam ansiosamente a vinda do 12º iman Mahdi.
Mahdi reaparecerá em Meca e formará um exército para derrotar os inimigos do Islã em uma série de batalhas apocalípticas, em que o Mahdi vencerá seu arqui-inimigo em Jerusalém...
(isso merece uma postagem, risos)
abraço fraterno
Pastor Ismael