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sábado, 26 de agosto de 2017

A necessidade de termos uma vida santa

Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” 1Pe 1.15

A necessidade e a possibilidade de termos uma vida santa

Santidade é para mostrar superioridade espiritual em relação ao outro? É mostrar que você tem o controle da própria natureza nas mãos? É se mostrar orgulhoso da “autoridade espiritual” que possui? Essas perguntas, prezado professor, prezada professora, são boas sugestões para iniciar a lição desta semana.
É preciso desenvolver a perspectiva bíblica de que a santidade nada tem a ver com superioridade espiritual em relação ao outros; muito menos a sensação de que se tem o controle da própria natureza humana; tão pouco é se apresentar uma pessoa orgulhosa como portadora de determinada “autoridade espiritual”. É preciso salientar que a Bíblia mostra a santidade como uma atitude de quem, sendo alcançado pela graça de Deus, devolve-Lhe o amor que o Pai depositou em sua vida. Então, essa pessoa tem a plena consciência que não pertence ao mundo, muito menos a si própria, mas somente a Deus. E consagrada, separada, escolhida por Deus como propriedade exclusiva dEle.

Por que fomos chamados para ser santos?
Logo, somos santos porque Deus nos separou para isso, por intermédio de sua graça manifesta no sacrifício de Jesus, pois assim, a santidade não passa por mera ambição de seguir uma carreira espiritual ou eclesiástica, mas pela forte convicção de que Deus nos chamou e separou para trilhar o mesmo caminho de Jesus neste mundo. Por isso, somos os seus discípulos!

Distinguindo “mundo” da “terra”
É preciso deixar claro para classe, que biblicamente, neste mundo, os crentes são considerados forasteiros, peregrinos e, por isso, não devem se conformar com ele, pois não pertencemos mais ao sistema filosófico de vida do mundo (Rm 12.2; cf. Jo 15.9; Hb 11.13; 1Pe 2.11). Aqui, é importante destacar que quando falamos que não pertencem os a este mundo, partimos do pressuposto da distinção entre as palavras “mundo” e “terra”. Não por acaso nos referimos a “mundo” como um sistema filosófico de vida para o indivíduo, e não como a terra, isto é, a beleza da Criação, criada por Deus, para glorificar o seu nome e ser bênção em nossas vidas. Ora, Deus não proíbe a contemplação da natureza criada como obras de suas mãos, como as montanhas, as florestas, os mares, enfim, a terra toda criada, pois “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1).

Que Deus nos molde e ajude a sermos santos em toda a nossa maneira de viver! (1Pe 1.15)

Cremos na necessidade e na possibilidade de termos uma vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo.

Texto Bíblico: 1 Pedro 1.13-22

Justificação, regeneração e santificação são obras que o Senhor Jesus realiza na vida do pecador que se arrepende. Nesse aspecto, a santificação, o tema desta lição, tem duas perspectivas em sua natureza. A primeira é instantânea, pois no exato momento em que o pecador se arrepende de seus pecados, Cristo Jesus o justifica e regenera, tornando-o santo, isto é, essa pessoa passa a pertencer exclusivamente a Cristo. A segunda perspectiva é progressiva, pois enquanto vivemos neste mundo, o nosso corpo mortal não foi redimido, transformado e glorificado e, por isso, precisamos dia após dia estar diante de Jesus, buscando a Deus e consagrando a nossa vida para o Espírito Santo sobrepujar a natureza má da nossa “carne”. A Palavra de Deus nos mostra que fomos chamados para sermos santos em toda a esfera da vida (1Pe 1.15,16).

INTRODUÇÃO

Quando o pecador se arrepende e aceita Jesus como seu Salvador pessoal, ele é justificado, regenerado, santificado e adotado na família de Deus. A santificação é especialidade do Espírito Santo; é instantânea, mas ao mesmo tempo progressiva, pois esse processo continua na vida do crente. O presente estudo pretende explicar a necessidade e a possibilidade de uma vida santa.

O nosso chamado para ser santo, isto é, afastar-se de tudo aquilo que é pecaminoso, está baseado na santidade de Deus.


A Doutrina da Santificação pertence em parte à doutrina de Deus e em parte à doutrina da salvação, a soteriologia; é a santidade como atributo divino e a santidade como elemento constituinte da salvação. Deus é absolutamente santo, sua santidade é infinita e inigualável, Ele é santo em Si mesmo, em sua essência e natureza; no entanto, está escrito: “Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Essa passagem é citada no Novo Testamento (1 Pe 1.16). Deus exige santidade de seu povo porque Ele é santo. Temos aqui a santidade em Deus e nas pessoas; isso explica a dúbia classificação, apesar de haver enorme e incomparável diferença entre a santidade de Deus e a santidade do ser humano.

SANTIDADE COMO ATRIBUTO DIVINO

A santidade é uma das perfeições de Deus conhecidas como atributos morais ou transitivos, pois há nos humanos alguma ressonância. Ele é absolutamente santo em natureza e conduta; sua santidade é sui generis e se distingue de tudo o que há no universo, porque lhe é próprio, é uma característica inerente ao seu Ser, absoluta e perfeita. É o atributo mais solenizado nas Escrituras. Sua Pessoa é santa: “o nosso Deus é santo” (Sl 99.9); seu nome é santo: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo” (Is 57.15); sua morada é santa: “Olha desde a tua santa habitação, desde o céu” (Dt 26.15); Cale-se, toda a carne, diante do SENHOR, porque ele despertou na sua santa morada” (Zc 2.13); santo é o seu templo: “Mas o SENHOR está no seu santo templo” (Hc 2.20); sua promessa é santa: “Porque se lembrou da sua santa palavra” (Sl 105.42).

A conclusão de tudo isso é: “Não há santo como é o SENHOR” (1 Sm 2.2); “Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em louvores” (Êx 15.11); “E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6.3); “E os quatro animais tinham, cada um, respectivamente, seis asas e, ao redor e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, que era, e que é, e que há de vir” (Ap 4.8); “Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso, todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos” (Ap 15.4). Isso é ensinado ao longo das páginas da Bíblia; não se trata apenas de um dos seus atributos comunicáveis, mas de algo fundamental a tudo o que se refere a Deus. Sua santidade é em majestade e transcendência; Ele é separado e acima de todos os povos e muito distante de tudo o que é pecaminoso.

DEFININDO OS TERMOS

A raiz do verbo hebraico qādash e seus termos derivados como substantivo e adjetivo têm um significado amplo, e não é possível descrevê-los por causa da escassez do espaço. Os dicionários e léxicos da língua hebraica ocupam muitas páginas para descrever e explicar esses termos. O significado básico de qādash é “ser santo, ser santificado, santificar, ser posto à parte” (Êx 29.21). O adjetivo qādôsh, “santo”, designa o próprio Deus: “Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos” (Is 6.3). Isso diz respeito à santidade como pureza ética. O equivalente grego é hágios“Quem não te temerá, Senhor, e quem não glorificará o teu nome? pois só tu és santo” (Ap 15.4). Deus é santo em si mesmo completamente separado de tudo o que comum e impuro ou pecaminoso: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Em um alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos” (Is 57.15). A revelação aqui mostra um Deus transcendente e imanente. Ele é exaltado e elevado das nações e habita na eternidade do tempo e do espaço, e seu nome, natureza e caráter é Santo [qādôsh]. Isso é transcendência. Mas habita também com o contrito e abatido para vivificar o pecador abatido de espírito e contrito de coração. É a graça salvadora de Deus para todas as pessoas (Tt 2.11).

A etimologia da raiz de qādash é ainda incerta; parece ser uma combinação que indica “queimar no fogo”, uma referência à oferta queimada, ou “brilho, brilhante”, especificamente divino, como no substantivo “santidade”, qōdesh: “Quem é semelhante a ti, glorioso em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas? (Êx 15.11 – TB), mas a ideia básica é de “separar, retirar do uso comum”. A natureza essencial do substantivo qōdesh pertence ao domínio do sagrado; a ideia é de santidade, que distingue daquilo que é comum ou profano: “para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo” (Lv 10.10); “e profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano não fazem diferença, nem discernem o impuro do puro” (Ez 22.26); “E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano e o farão discernir entre o impuro e o puro” (Ez 44.23).

Mas “qādôsh, que significa santo, era uma palavra cananeia antes de se tornar uma palavra hebraica. Na religião cananeia essa palavra não tinha um sentido ético especial. Os sacerdotes e sacerdotisas eram chamados de qādôsh no sentido de serem devotados a um deus ou deusa, mas não no sentido de pureza ética. Eles, na verdade, eram impuros, como as deidades. A prostituição sagrada fazia parte de suas práticas religiosas” (CULVER, 2012, p. 146). Isso esclarece o uso do termo qādēsh e do feminino qedēshâ, “consagrado a/consagrada a”, que se aplicava a homens e mulheres consagrados aos santuários pagãos e se traduz também como “prostituto/prostituta cultual, sodomita, rameira” devido à licenciosidade da adoração aos deuses cananeus. Era o culto à fertilidade. Na cultura pagã, não havia aí conotação moral, nem bom nem mal, apesar de se tratar de uma prática repugnante aos olhos de Deus.

A palavra qedēshâ e o termo masculino qādēsh são traduzidos por “rameira” e “sodomita”, respectivamente: “Não haverá rameira dentre as filhas de Israel; nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel” (Dt 23.17). Dizem respeito à chamada “prostituição sagrada” ou “cultual”. Aqui se refere à proibição de os filhos de Israel participarem dos rituais de fertilização prática dedicada a certos deuses dos cananeus (Jz 8.33). A palavra qādēsh é também traduzida por “rapazes escandalosos” (1Rs 14.24; 15.12) ou “sodomitas” (TB), ou ainda “prostitutos-cultuais” (ARA) e também por “prostituto sagrado” (NVI).

O verbo hebraico zānāh, “cometer fornicação, praticar prostituição”, designa primariamente um relacionamento sexual fora de uma união formal, uma relação sexual irregular e ilegal entre um homem e uma mulher. O particípio do verbo zānāh é zonāh, “prostituta, meretriz”, e se refere à mulher que se entrega a tal prática, à mulher que recebe pagamento por favores sexuais (Pv 6.26; Ez 16.31, 33, 34). Essa palavra se aplica à Raabe (Jo 2.1; 6.17) e à mãe de Jefté (Jz 11.1), entre outras. Esse mesmo termo é usado para a nora de Judá (Gn 38.15), mas, logo adiante, ela é identificada como qedēshâ (Gn 38.21, 22). A Septuaginta traduziu zonāh (Gn 38.15) e qedēshâ em Gênesis 38.21, 22, por pornē, “prostituta, meretriz”, a mesma palavra usada para Raabe no Novo Testamento (Hb 11.31; Tg 2.25). A referência à rameira e ao sodomita é no sentido cultual; a raiz da palavra hebraica é a mesma, mas esses pagãos eram consagrados ou dedicados à imundícia, à prostituição cúltica e à idolatria, e não à santidade.

A Septuaginta emprega os vocábulos hagiazō, “santificar”, hagiasmós, “santificação”, e hágios, “santo”, que são os termos mais usados no Novo Testamento com o mesmo sentido. A influência da Septuaginta nos escritores do Novo Testamento foi determinante, servindo de ponte linguística e teológica entre o hebraico do Antigo Testamento e o grego do Novo. Os apóstolos encontraram nela uma fonte de conceitos e termos teológicos para expressar o conteúdo e o pensamento cristão.

A NECESSIDADE DE UMA VIDA SANTA

Os deuses da mitologia greco-romana apresentavam os mesmos vícios e as mesmas características dos homens – ódio, inveja, ciúme, imperfeições – e além disso cometem prostituição, comem, bebem etc. Os deuses do paganismo antigo eram tão imorais quanto os seus adoradores. O caráter e a atividade das pessoas eram iguais aos dos deuses que eles serviam. Elas se comportavam como seus deuses sem temê-los. De modo, que é dedicado a eles, pois que praticam as mesmas coisas. Isso transmite a ideia de legitimidade às pessoas sobre as mesmas práticas dos deuses. Resumindo, as pessoas têm o direito de fazer tudo os que os deuses fazem. É exatamente isso o que se vê na sociedade greco-romana.

Mas com o verdadeiro Deus revelado nas Escrituras as coisas são diferentes. O seu caráter é puro e santo por natureza, completamente isento de pecado, portanto, e todos os que pertencem a ele precisam igualmente de pureza e santidade: “Os deuses do paganismo antigo eram tão imorais quanto os seus adoradores” (Lv 19.2); “Santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus” (Lv 20.7). Essa exortação não se restringe aos filhos de Israel, pois ela reaparece no Novo Testamento ensinando aos cristãos a necessidade de uma vida santa: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pe 1.15, 16).

Quando Deus introduz os dez mandamentos com as palavras “Eu sou o SENHOR, teu Deus” (Êx 20.2), está se referindo ao resgate dos israelitas da terra do Egito, à grande libertação das garras de Faraó. Esta redenção é o tema do livro de Êxodo. A “casa da servidão” é o símbolo da opressão social. Quem paga o preço do resgate tem o direito legal de posse. A santificação dos filhos de Israel era uma exigência porque eles pertencem a um Deus que é santo em Si mesmo e também porque Ele os resgatou.

A Igreja é agraciada com a mesma bênção e herança de Israel. Dentre todos os povos da terra, Deus separou os israelitas para serem nação santa: “E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26); “Porque povo santo és ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há” (Dt 7.6); “Porque és povo santo ao SENHOR, teu Deus, e o SENHOR te escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe seres o seu povo próprio” (Dt 14.2). Esse chamado à santidade se fundamentava no fato de agora ter se tornado possessão de Deus, que é santo, e por isso os israelitas deviam estar separados de tudo aquilo que é profano ou comum, tudo o que contamina; Ele exige santidade do seu povo (Lv 11.44, 45).

A Bíblia ensina que as bênçãos de Israel são equivalentes às da Igreja. Há certa correspondência entre o chamado de Israel e o da Igreja, pois os mesmos três privilégios de Israel – “propriedade peculiar”, “reino sacerdotal e povo santo” (Êx 19. 5, 6) – são também concedidos à Igreja: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9). O compromisso de santidade dos israelitas é o mesmo dos cristãos, pois Israel foi resgatado do Egito, da casa da servidão, e nós fomos libertados do poder das trevas. É assim que pertencemos a Cristo e devemos viver em santidade.

Há certa correspondência entre o padrão das antigas nações cananeias e também dos diversos povos pagãos da Antiguidade com a sociedade atual. O estilo de vida da Antiguidade e o de hoje mantêm os mesmos princípios, como o desprezo pelos valores cristãos. A idolatria é a manifestação pública da infidelidade a Deus, comparada ao adultério e a diversas formas de prostituição (Ap 2.20). O povo de Deus em todas as épocas precisa se afastar dessas coisas, e não somente isso, mas também combater essas práticas com a pregação do evangelho. Aí estava a diferença entre as nações cananeias e a nação de Israel (Lv 11.44) e entre os cristãos e o mundo (Rm 12.1, 2; Fp 2.15). E isso vale para os nossos dias.

MODOS DE SANTIFICAÇÃO

A santificação apresenta três estágios ou aspectos na vida do cristão: começo, desenvolvimento e conclusão; passado, presente e futuro; instantânea, progressiva e completa. O pecador é santificado no ato de sua conversão a Cristo; ela é imediata e coloca o convertido na posição de filho de Deus (Hb 3.1) e de posicionalmente santo: “mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Co 6.11). Essa santificação é chamada de passada ou posicional e foi realizada por Cristo (Jo 17.17; Hb 10.10). É posicional por causa da mudança de pecador para santo ou santificado (At 26.18; 1 Co 1.2). Essa mudança moral coincide com a regeneração (Tt 3.5). É a santificação definitiva em que o pecador rompe de uma vez por todas o seu relacionamento com o pecado e assume um novo relacionamento com o Senhor Jesus (Rm 6.1, 2, 18; 1 Pe 2.24). É uma santificação que não se baseia no que fazemos ou no que devemos fazer, mas tem consequência na nossa vida; é uma ação do Deus trino (1 Pe 1.2).

A santificação presente é progressiva, também conhecida como santificação real, (Pv 4.18) e continua em desenvolvimento (Hb 12.14). Apesar do seu caráter instantâneo, não significa que seja estagnada; ela se desenvolve na vida cristã: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Co 3.18). Gradualmente o cristão vai se tornando cada vez mais semelhante a Cristo (Fp 3.13, 14; Cl 3.10). À medida que o crente em Jesus se afasta do pecado, mais ele se aproxima de Deus: “Deixemos todo o embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé” (Hb 12.1, 2). A expectativa revelada no Novo Testamento é no sentido de que cada crente aumente a santificação durante o curso da vida.

A santificação presente não é ainda completa e perfeita porque o cristão não está totalmente isento do pecado: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós” (1 Jo 1.8). Por maior que seja o grau de santidade, ela nunca será plena enquanto estivermos neste corpo mortal (Rm 6.12, 13). Mas o terceiro estágio da santificação, a santificação futura e completa (1 Co 15.49; 2 Co 7.1; 1 Ts 5.23), será quando Senhor vier; Ele mesmo “transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3.21). É a glorificação dos salvos (Rm 8.30), uma promessa de transformação futura de nosso corpo mortal (1 Co 15.43).


SUBSÍDIO
Santo” conceito exegético desse termo:

“Santo (Antigo Testamento): qõdesh: ‘santidade, coisa santa, santuário’. Este substantivo ocorre 469 vezes com os significados de: ‘santidade’ (Êx 15.11), ‘coisas santas’ (Nm 4.15 — ARA) e ‘santuário’ (Êx 36.4).

Santo (Novo Testamento): hagiasmos, é traduzido em Rm 6.19,22; 1Ts 4.7; 1Tm 2.15; Hb 12.14 por ‘santificação’. Significa:
(a) separação para Deus (1Co 1.30; 2Ts 2.13; 1Pe 1.2);

(b) o estado resultante, a conduta que convém àqueles que são separados (1Ts 4.3,4,7; e os quatro primeiros textos citados acima).

A ‘santificação’ é, pois, o estado predeterminado por Deus para os crentes, no qual Ele pela graça os chama, e no qual eles começam o curso cristão e assim o buscam. Por conseguinte, eles são chamados ‘santos’ (hagioi)" (VINE, W. E.; UNGER, Merril F. (et all). Dicionário Vine: O Significado Exegético e Expositivos das Palavras do Antigo e do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.281,970).

"Santificação"
“A Santificação precisa ser distinguida da justificação. Na justificação, Deus atribui ao crente, no momento em que recebe a Cristo, a própria justiça de Cristo, e a partir de então vê esta pessoa como se ela tivesse morrido, sido sepultada e ressuscitada em novidade de vida em Cristo (Rm 6.4-10). É uma mudança que ocorre ‘de uma vez por todas’ na condição legal ou judicial da pessoa diante de Deus. A santificação, em contraste, é um processo progressivo que ocorre na vida do pecador regenerado, momento a momento”. Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1762.


É POSSÍVEL SER SANTO?   SIM! É POSSÍVEL.  E deve ser o desejo de todo cristão se parecer com Jesus e ter uma vida santa, assim como o Mestre teve. Pela sua infinita graça, Deus concede vida santa a todos os pecadores, desde que eles se arrependam e confessem o nome de Jesus (Rm 10.9,10). Assim, Deus disponibilizou três meios para a santificação: o sangue de Jesus: “E, por isso, também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta” (Hb 13.12); o Espírito Santo (2Ts 2.13); e a própria Palavra de Deus (Jo 17.17; Ef 5.26). O Senhor nos forneceu todos os recursos necessários para uma vida santa e separada do mundanismo (Rm 12.1,2).


CONCLUSÃO
O nosso dever não consiste apenas em nos afastar do pecado e de toda a forma de paganismo, mas também de combatê-los com a pregação do evangelho e com nossa maneira de viver, assim como fizeram os primeiros cristãos. O cristianismo é a única religião do planeta que tem o Espírito Santo (Jo 14.16,17). É Ele quem nos capacita a viver em santidade e a vencer as tentações. Somos privilegiados porque temos Jesus e o Espírito Santo.


Fonte: Lições Bíblicas CPAD Adultos - 3º Trimestre de 2017 - Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Livro de Apoio - Comentarista: Esequias Soares
Revista Adultos 3ºTrim.2017 - A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista: Esequias Soares

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