“Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando” Mt 23.13
O homem
é, essencialmente, um ser religioso. Jesus também viveu dentro de um contexto
social de diversidade religiosa, e com Ele aprendemos como nos posicionar
frente às seitas religiosas, com respeito, mas defendendo a verdade do
Evangelho.
No contexto do Novo Testamento, a nação
judaica não era homogênea. Ao contrário disso, ela estava dividida em vários
grupos e partidos com doutrinas, ideologias e tradições distintas, movidos ora
por motivações políticas, ora religiosas. Nesse sentido, saduceus, fariseus,
essênios, zelotes e herodianos formavam os principais partidos políticos e
seitas religiosas daquela época.
Nesta lição, veremos as características desses
grupos, e como Jesus, com sua sabedoria e coragem, conviveu e reagiu a eles,
nos deixando o exemplo de como viver dentro de um ambiente de pluralismo
religioso como o presenciado nos dias atuais, com respeito e defesa da verdade.
Embora tenha convivido com os grupos religiosos de sua época, Jesus apontou seus erros e hipocrisia.
1. Saduceus.
Apesar da pequena quantidade, os saduceus representavam a
aristocracia dominante do judaísmo nos tempos do Novo Testamento. O nome desse
grupo, segundo Merrill Tenney, originou-se provavelmente de Zadoque, o pai da
linhagem de sumo sacerdotes durante o reinado de Salomão (1Rs 1.32,34,38,45).
Eles formavam o escalão superior dos sacerdotes e parte do Sinédrio, exercendo,
por isso, grande influência política. Ao contrário dos fariseus, que
reconheciam a importância da tradição oral, os saduceus aceitavam somente a Lei
escrita (Torá). Por influência do helenismo e da cultura pagã, era uma religião
materialista e secularizada, que negava a existência do mundo espiritual (At
23.8) e não cria na ressurreição dos mortos (Mc 12.18) nem na vida futura. A
vida para eles, portanto, se resumia ao aqui e agora, sobre a qual Deus não
tinha nenhuma interferência. Quanto a esse grupo, Jesus disse aos seus
discípulos para tomarem cuidado com o seu “fermento” (Mt 16.6), símbolo do mal
e da corrupção.
2. Fariseus.
Em maior número que os saduceus, os fariseus (hb. parash: “separar”) representavam o núcleo mais rígido
do judaísmo, formado basicamente por pessoas da classe média e com grande
influência entre o povo (Jo 12.42,43). Eram meticulosos quanto ao cumprimento
da Lei mosaica e, por isso, a maioria dos escribas (Mt 15.1; 23.2) pertencia a
esse grupo. Enfatizavam mais a tradição oral do que a literalidade da lei. Além
de dar grande valor às tradições religiosas, como a lavagem das mãos antes das
refeições (Mc 7.3) e ao recolhimento do dízimo (Mt 23.23), os fariseus jejuavam
regularmente (Mt 9.14) e enfatizavam a observância do sábado (Mt 12.1-8).
Entretanto, eram avarentos (Lc 16.14) e, em suas orações, gostavam de se
vangloriar de seus atributos morais (Lc 18.11,12).
Em razão do seu legalismo, Jesus os
repreendeu de forma corajosa (cf. Mt 23), chamando-os de amantes dos primeiros
lugares, hipócritas e condutores cegos, pois a religiosidade deles estava
baseada no exterior, nos rituais e na justiça própria, em desprezo à parte mais
importante da Lei: o juízo, a misericórdia e a fé (v.23). Um dos exemplos era a
invocação da tradição de Corbã (Mc 7.11) como subterfúgio para não cuidar de
seus pais na velhice, dizendo que seus bens haviam sido consagrados como oferta
a Deus e ao Templo e, por isso, não poderiam ser utilizados. Jesus disse que
eles haviam invalidado a lei pela tradição (Mc 7.13). Eis o motivo pelo qual
Jesus declarou aos seus discípulos: “[...] se a vossa justiça não exceder a dos
escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” (Mt 5.20).
A conduta dos fariseus nos faz lembrar que a
verdadeira santidade não se alcança através do legalismo e do esforço pessoal,
mas pela fé em Cristo (Gl 2.16) e através da sua maravilhosa graça (Hb 4.16).
3. Essênios.
Embora a Bíblia não mencione diretamente esse
grupo religioso, os essênios formavam uma pequena seita judaica na época do
Novo Testamento, que vivia de forma reclusa no deserto da Judeia, às margens do
Mar Morto. Merrill Tenney diz que no ato da admissão à seita, todas as pessoas
entregavam suas propriedades a um fundo que era igualmente disponível a todos.
Banhavam-se antes das refeições e vestiam-se de branco. Além disso,
consideravam a si mesmos “os filhos da luz”, e viviam completamente separados
do judaísmo de Jerusalém, o qual consideravam apóstata.
As práticas místicas dos essênios destoam dos
ensinamentos de Jesus, que não impôs nenhum ritual de purificação, a não ser a
purificação pela Palavra (Jo 13.10; 15.3). Além disso, os cristãos foram
chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14), o que implica viver
e influenciar a sociedade e a cultura, e não viver em reclusão.
Dentre as comunidades, tornou-se conhecida a de Qumram, pelos manuscritos em pergaminhos que levam seu nome, também chamados Pergaminhos do Mar Morto ou Manuscritos do Mar Morto.
Segundo Christian Ginsburg (historiador orientalista), os Essênios foram os precursores do Cristianismo, pois a maior parte dos ensinamentos de Jesus, o idealismo ético, a pureza espiritual, remetem ao ideal Essênio de vida espiritual. A prática de banhar-se com frequência, segundo alguns historiadores, estaria na origem do ritual cristão do batismo, que era ministrado por João Batista, ás margens do Rio Jordão, próximo a Qumram.
4. Zelotes.
Os zelotes formavam um grupo extremista que
usava a rebelião e a violência contra a dominação dos romanos, pois acreditavam
que tal submissão era uma traição a Deus. De acordo com o Dicionário
Wycliffe, “alguns sugeriram que o Senhor Jesus favoreceu os Zelotes, e escolheu
Simão, o Zelote (Lc 6.15) para expressar sua aprovação em relação às suas
táticas. Nada poderia ser tão oposto à verdade, uma vez que todo ministério de
Jesus era baseado em meios pacíficos, e Simão provavelmente experimentou uma
mudança de coração em relação a toda atividade dos Zelotes”.
Zelotes, um grupo que se destaca como sendo o mais radical do Judaísmo. Foram os principais responsáveis por produzirem os levantes contra Roma, provocando a Guerra Judia (66-7- d.C.), culminando na destruição de Jerusalém e do templo. Os Zelotes tornaram-se sinônimos de 'fervorosos', e foram os que uniram o fervor religioso com o compromisso social, assim como os Sicários.
Ao passo que os Zelotes eram fervorosos defensores de uma rebelião, os Herodianos se tornaram então seus opositores.
5. Herodianos.
Os evangelhos também mencionam os chamados
herodianos (Mc 3.6; 12.13; Mt 22.16). Tinham características de agremiação
partidária, apoiando a dinastia dos Herodes, que deviam seu poder às forças
romanas de ocupação. Os herodianos se opunham a Jesus por receio que Ele
pudesse promover perturbações públicas por meio de seus ensinamentos morais.
Eram movidos mais por interesses políticos do que religiosos, tanto que não
tinham uma ortodoxia clara. Ainda hoje, alguns grupos religiosos são mais
movidos por interesses políticos do que pelas convicções bíblicas.
SUBSÍDIOS
conheça mais...
Os Publicanos
Cobrador de rendimentos públicos entre os
romanos. Havia duas espécies de recebedores de tributos: os recebedores gerais,
e os seus delegados em cada província, sendo os primeiros responsáveis para com
o imperador pelas rendas do império. Eram os principais recebedores homens de
grande importância no governo, sendo geralmente membros de famílias ilustres -
mas os seus delegados, homens das classes inferiores, eram tidos, pelas suas
rapinas e extorsões, como ladrões e gatunos. As obrigações dos cobradores eram
muito mais amplas do que acontece entre nós, porque eles tributavam todos os
artigos de mercadoria que passavam pela estrada. (*veja Mateus.) Entre os
judeus era odiosa a profissão de um publicano. os galileus, principalmente,
submetiam-se a esses cobradores com a maior repugnância, indo até ao ponto de
considerarem ilegítimo o pagamento do tributo (*veja Mt 22.17). E quanto
àqueles publicanos da sua própria nação, quase eram considerados como pagãos
(Mt 18.17). Os publicanos de que fala o N.T. eram olhados como traidores e
apóstatas, instrumentos do opressor, e classificados como pessoas do mais vil
caráter (Mt 9.11 - 11.19 - 18.17 - 21.31,32), sendo os seus únicos amigos os
desterrados. Não admira, pois, que Aquele que comia e bebia com publicanos
fosse tratado com desprezo pelos seus conterrâneos (Mt 9.11 - Lc 15.1 - 19.2).
As próprias esmolas dessa gente não eram aceitas para a caixa dos pobres da
sinagoga. Uma virtude, pelo menos, eles possuíam: a de não serem hipócritas. o
publicano que no templo clamou: ‘Ó Deus, sê propício a mim, pecador!’ (Lc
18.13), mostrava que alguns da sua desprezada classe tinham sido tocados pela
pregação de João Batista (Mt 21.32). o publicano Mateus foi escolhido para o
número dos doze discípulos pelo Divino Mestre. (Dicionário Bíblico Universal Buckland pg.364)
Os Samaritanos
Seita antiga, e ainda hoje existente entre os
judeus, derivando o seu nome de Samaria, a cidade capital dos seus domínios.
(*veja Israel, israelitas.) Depois da queda de Samaria e do reino de Israel, o
conquistador Sargom levou a massa dos seus habitantes para a Assíria, sendo
depois repovoados, em parte, os territórios dos israelitas por estrangeiros,
vindos das regiões vizinhas do Tigre e do Eufrates (2 Rs 17). Estes e os
israelitas, que tinham ficado na terra de Israel, aliaram-se por casamentos
recíprocos, tomando mais tarde o nome de samaritanos. o despovoado país tinha
sido invadido por animais ferozes, tirando os idólatras desse fato a conclusão
de que o ‘Deus do pais’ estava encolerizado. E, aterrorizados com essa idéia,
mandaram pedir ao imperador da Assíria que lhes fosse mandado um sacerdote do
Senhor, a fim de instruí-los sobre a maneira de prestar culto ao Deus de israel.
Ao princípio a sua religião era de diferentes cores: ‘temiam o Senhor e ao
mesmo tempo serviam aos seus próprios deuses’. Mas, depois das reformas
introduzidas por Josias, reformas que se estenderam até Betel e aos distritos
do norte (2 Rs 23.15 - 2 Cr 34.6,7), parece que o povo cedeu à destruição dos
seus ídolos, aceitando nominalmente a religião israelita. Todavia, embora
tivessem a mesma religião que os judeus, não tinham destes a sua estima, visto
como eles se tinham servido de calúnias e de vários estratagemas para impedir a
reedificação do templo de Jerusalém (2 Rs 17 - Ed 4.5,6). Depois do cativeiro,
tendo principiado Neemias uma reforma na Judéia, deu-se o caso de alguns dos
judeus, que tinham casado com mulheres pagãs, preferirem passar para os samaritanos
a terem de repudiá-las. Um destes foi Manassés, filho do sumo sacerdote, o qual
conseguiu que os samaritanos renunciassem a muitas das suas idolatrias,
edificando sobre o monte Gerizim um templo, onde o culto se assemelhava ao de
Jerusalém. (*veja Manassés, Neemias, Sambalá.) Mais tarde, quando o pais fazia
parte do império grego, revoltaram-se os samaritanos contra o poder de
Alexandre. Este expulsou-os de Samaria, reuniu-os com os macedônios, sendo dada
a província aos judeus. Contribuiu esta circunstância em não pequeno grau para
aumentar a animosidade entre os dois povos. Samaria tornou-se lugar de refúgio
para os transgressores da lei judaica, que iam depois prestar culto ao Senhor
no monte Gerizim. Quando prosperavam os negócios do povo judeu, nunca os
samaritanos perdiam a ocasião de se chamarem hebreus, pertencentes à raça de
Abraão. Mas quando os judeus eram atormentados com perseguições já os
samaritanos não os reconheciam como sendo seus irmãos, declarando, então, que
eram da raça fenícia, ou descendentes de José, ou de seu filho Manassés. os
samaritanos mostravam ter interesse pela antiga aliança mosaica. A sua fé e
práticas religiosas eram somente baseadas no Pentateuco, sendo inteiramente
rejeitados os outros livros do cânon judaico. o seu templo, edificado no monte
Gerizim, ali permaneceu até ao ano 109 a.C. Jesus distinguia os samaritanos das
ovelhas perdidas da casa de israel, e dos gentios (Mt 10.5,6). Neste tempo o
ódio entre eles e os judeus estava no seu auge (Lc 9.52,53 - Jo 4.9) - e até ao
próprio Salvador chamavam samaritano, significando esta palavra tudo quanto era
mau (Jo 8.48). (Dicionário Bíblico Universal Buckland pgs.395-396)
A QUESTÃO DO PLURALISMO RELIGIOSO
1. Jesus e as religiões do seu tempo.
Como podemos observar,
Jesus viveu dentro de um contexto de pluralidade religiosa, com a existência de
diversas teologias e concepções sobre Deus e espiritualidade. Embora
respeitasse a crença de cada grupo e tivesse dialogado com muitos deles (Lc.
7.36), Ele não deixou de apontar os seus erros e de lhes falar a verdade. Jesus
não se apresentou como mais uma opção religiosa entre tantas, mas como o
próprio Filho de Deus (Jo 6.57), afirmando a sua exclusividade ao dizer: “Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo
14.6).
2. A exclusividade de Cristo hoje.
Nos dias atuais, como
discípulos de Jesus, devemos respeitar as demais confissões religiosas, sem
perder o senso crítico e a coragem de dizer o que convém à sã doutrina (Tt
2.1). Precisamos estar preparados (1Pe 3.15) para confrontar toda religião que
fuja dos princípios bíblicos, seja por legalismo, misticismo ou mundanismo,
enfatizando a superioridade de Cristo, o autor e consumador da nossa fé (Hb
12.2), e o fundamento da verdadeira espiritualidade.
CONCLUSÃO
Vivemos hoje em um contexto de grande
diversidade religiosa, no qual muitos escolhem suas religiões de forma
descompromissada e baseados em simples preferência pessoal ou agenda política.
Ainda assim, os princípios básicos dos ensinos do Mestre permanecem válidos,
servindo-nos de orientação para a defesa da verdade e da ortodoxia bíblica,
contra as religiões enganosas, heresias e falsas doutrinas.
SUBSÍDIOS - (Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD, pg.1380)
SEITAS JUDAICAS
OS FARISEUS
“Sucessores dos hassidim (‘os
piedosos’) do século II a.C., formavam um partido religioso puritano.
1. Seu principal interesse era a observância da
Lei de Moisés.
2. Conferiam igual valor às tradições dos
anciãos e às Escrituras Sagradas.
3. Criam na existência dos anjos e demônios.
4. Criam na vida após a morte.
5. Davam grande ênfase aos aspectos práticos de
seus ensinamentos, como a oração, o arrependimento e as obras assistenciais.
6. Embora poucos, em número, sua influência
social e política era considerável.
7. A maioria dos escribas pertencia a este
grupo.
8. Sua rigidez e separatismo degenerou-se em
mero legalismo, em arrogância e menosprezo pelos demais.
9. Jesus não criticou a ortodoxia dos seus
ensinamentos, mas a sua falta de amor e orgulho.
OS SADUCEUS
Em sua maioria, eram sacerdotes e ricos
aristocratas. É provável que tenham surgido no período macabeu.
1. Não reconheciam a autoridade da tradição
oral.
2. Negavam a existência do mundo espiritual.
3. Não criam na ressurreição dos mortos nem na
vida futura.
4. Aceitavam como canônicos apenas os livros de
Moisés.
5. Interpretavam a Lei de maneira literal.
6. Eram simpáticos à cultura helenista.
7. Contavam com pouco apoio popular.
8. Eram renhidos adversários dos fariseus”
ESTUDANDO
1. Quais as
características dos saduceus?
Era uma religião materialista e secularizada,
negavam a existência do mundo espiritual (At 23.8) e não criam na ressurreição
dos mortos (Mc 12.18) nem na vida futura.
2. Por que Jesus
repreendeu os fariseus?
Em razão do legalismo e da hipocrisia.
3. Por que os essênios
destoavam dos ensinamentos de Jesus?
Jesus não impôs nenhum ritual de purificação,
a não ser a purificação pela Palavra (Jo 13.10; 15.3). Além disso, os cristãos
foram chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.14), o que implica
viver e influenciar a sociedade e a cultura, e não viver em reclusão.
4. Por que os herodianos
se opunham à liderança de Jesus?
Por receio de que Ele pudesse promover perturbações
públicas por meio de seus ensinamentos morais, alterando o status quo* daquela
época.
5. Hoje, como os
cristãos devem se portar diante da diversidade religiosa?
Nos dias atuais, como discípulos de Jesus
devemos respeitar as demais confissões religiosas, sem perder o senso crítico e
a coragem de dizer o que convém à sã doutrina (Tt 2.1).
*O status quo está relacionado ao
estado dos fatos, das situações e das coisas, independente do momento. O
termo status
quo é geralmente acompanhado por outras palavras como manter,
defender, mudar e etc.
Neste sentido, quando se diz que “devemos manter o
status quo”, significa que a intenção é manter o atual cenário,
situação ou condição.
Por outro lado, quando se diz que “devemos mudar o
status quo”, significa que o estado atual deve ser alterado.
Fonte:
Lições Bíblicas - Jovens - Jesus e o seu tempo - Conhecendo o contexto da sociedade judaica nos tempos de Jesus - 2º trim.2015 - Comentarista Valmir Milomem
Dicionario Bíblico Wycliffe
Dicionario Bíblico Universal Buckland - Ed.Vida
Para saber mais sobre GRUPO RELIGIOSOS dos JUDEUS
- Período Interbíblico - Intertestamentário
Aqui eu Aprendi!
AMEI ESSA PAGINA DEUS ABENÇÕE
ResponderExcluirGostei muito
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