“[...] e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” Jo 6.37
A evangelização dos grupos desafiadores
No mundo inteiro, uma agenda progressista e
revolucionária nos costumes invade a cultura ocidental, de modo a causar graves
confrontos de ideias, até mesmo físicos. Todo estudioso sério sobre a cultura
mundial sabe que a partir de Antonio Gramsci, sobretudo, da queda do Muro de
Berlim, em 1989, há uma proposta hegemônica em curso para fazer uma revolução,
não mais por intermédio das armas ou da violência física, mas pela via
cultural. Uma revolução que ganhe a consciência, o sentimento e a alma do
indivíduo ao ponto de ele começar a pensar sem discernir a origem daquele
pensamento, onde sua individualidade e consciência fossem dissolvidas no “mar
das lutas coletivas”. Por isso assistimos a intensificação da agenda ideológica
da defesa do aborto, da ideologia de gênero, do homossexualismo como
doutrinação, da legalização e naturalização da prostituição, do controle do
Estado sobre o indivíduo, do enfraquecimento do conceito de propriedade
privada, etc. Tudo isso faz parte de uma grande agenda contra a herança civilizatória
ocidental. Esta é resulta da simbiose entre a filosofia grega, o direito romano
e o cristianismo bíblico. Por isso se pode dizer que o tripé do Ocidente está
constituído em três grandes cidades: Atenas, Roma e Jerusalém. A proposta dessa
agenda é implodir esse tripé.
O que isso tem a ver com a evangelização da
Igreja?
Para quem não tem a esperança em Cristo, o
quadro é de caos no mundo. Por isso, uma vez portadora dessa consciência
histórica, a Igreja deve exercer um papel profético, se dirigindo aos meandros
de uma sociedade sem Deus, mas não se envolvendo em guerras abertas sobre temas
periféricos em que em nada contribui para a ação evangelizadora.
A Igreja, sob o ponto de vista moral, deve se
declarar a favor da vida, do modelo de família estabelecido por Deus, da
dignidade da pessoa humana, se posicionando claramente contra a ideia da
prostituição, etc. Mas por outro lado, ela deve ter o cuidado de não
transformar isso numa guerra contra pessoas por intermédio da política
partidária, pois a natureza primária da evangelização é alcançar todos os povos
e, principalmente, as pessoas mais excluídas da sociedade (Lc 4.18-19). Devemos
reconhecer que há prejuízo para a prática da evangelização quando os confrontos
são radicalizados. Neste sentido, devemos amar os grupos desafiadores por
intermédio do amor do Pai derramado em nossos corações. (Revista ensinador Cristão nº67 pg.39)
Falar de Cristo aos grupos desafiadores também faz parte da missão evangelizadora da igreja.
O Evangelho de Jesus Cristo é inclusivo. O Salvador veio para todos. Jesus pregou para as mulheres em uma cultura onde elas não eram valorizadas. Ele evangelizou senhoras de bem, mas também evangelizou algumas, como a samaritana, cuja reputação não era boa. Ele acolheu os cegos, os aleijados, os publicanos e os pobres. Sua atitude de amor foi duramente criticada pelos líderes religiosos de sua época. Ele foi chamado de amigo de pecadores: “Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores [...]” (Mt 11.19). Jesus não aprovou o pecado, mas sempre se mostrou acessível ao pecador e as suas necessidades. O Salvador não excluiu ninguém. Seu convite generoso ainda está aberto para todos que se sentem rejeitados, cansados e oprimidos (Mt 11.28). Sigamos o exemplo do Mestre alcançando os grupos desafiadores do nosso tempo.
INTRODUÇÃO
A igreja do século 21 tem um grande trabalho
pela frente: evangelizar os grupos desafiadores, dentre os quais destacamos as
prostitutas, os homossexuais, os criminosos e os viciados. Tais pessoas não
podem ser ignoradas em nossas ações evangelísticas.
Diante desse desafio, que exige uma ação
concentrada de toda a igreja, saiamos a ganhar, para Cristo, os que se acham
nos becos, sarjetas, prostíbulos, presídios e cracolândias. Jesus nunca deixou
um marginalizado sem consolo e alívio. Ele disse: “Vinde a mim, todos os que
estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
Dentre seus muitos efeitos, a evangelização
tem a prioridade de constranger-nos. Afinal, ela é o nosso maior compromisso
com Deus, a principal das nossas obrigações, o mais elevado dos nossos deveres.
Evangelizar é o chamado, a Grande Comissão
das nossas vidas. Falar de Jesus ao pecador é a tarefa pessoal e intransferível
que recebemos do próprio Cristo, e, se temos em nós o Espírito Santo, é o que
faremos incansavelmente, por maiores que sejam os desafios a vencer.
I - JESUS ANUNCIA O EVANGELHO DA INCLUSÃO
A narrativa da pecadora que, além de ungir
Jesus, lavou-lhe os pés com as lágrimas, enxugando-os com os próprios cabelos,
mostra a ação inclusiva do Evangelho de Cristo.
1. A reação do fariseu, o incluído.
Vendo
a pecadora adorando o Salvador, o fariseu pôs-se a murmurar contra o caráter e
a missão de Jesus (Lc 7.39). Ele julgava-se bom, justo e repleto de boas obras.
Aos próprios olhos, já estava incluso no Reino de Deus. Por esse motivo,
achava-se no direito de excluir aquela prostituta, condenando-a ao fogo do
inferno. Assim agiam os adeptos do farisaísmo (Lc 18.11).
Será que não estamos agindo de igual maneira
frente aos que necessitam ouvir o Evangelho amoroso e inclusivo de Cristo? Não
devemos excluir os que Deus quer incluir.
2. A reação da mulher, a excluída.
Àquela
pecadora não restava outra coisa senão chorar e adorar a Jesus com seu unguento
e lágrimas (Lc 7.38). Ela nada podia alegar em sua defesa, pois todos sabiam
quem era ela e o que fazia. Não podemos desprezar, pois, os que, ao nosso
redor, choram envergonhados de seus pecados.
3. Reação de Jesus, o amor inclusivo.
Diante
da insensibilidade do fariseu, o Senhor mostra a fé operosa daquela pecadora
(Lc 7.44-46). Em seguida, diante de todos, Jesus inclui a mulher no Reino de
Deus: “Os teus pecados te são perdoados. A tua fé te salvou; vai-te em paz” (Lc
7.48,50).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
"Embora Jesus seja amigo dos desterrados e pecadores, seu ministério às pessoas menosprezadas não exclui interesse nos membros respeitáveis da sociedade. Eles também precisam do Evangelho. Jesus quer compartilhá-lo com pessoas de todas as convicções.
O relato do jantar de Jesus na casa de Simão, o Fariseu, ilustra seu ensino sobre o pecado e a salvação. Uma mulher entra na casa de Simeão sem ser convidada. Lucas a chama de bamartolos, melhor entendido aqui por 'prostituta'. Ela sabe que Jesus está lá; a refeição de que Ele está participando não é particular. Como era comum naqueles dias, outros tinham acesso a uma refeição em honra de um mestre distinto, ainda que esta mulher nunca fosse bem-vinda na casa de um fariseu.
Obviamente esta mulher tem pouca ou nenhuma preocupação com a opinião pública. Ela esqueceu que uma mulher decente não solta os cabelos em público. Parece justo dizer que ela já conhece Jesus como seu Salvador. Ela pode ter estado entre as pessoas que ouviram os ensinos de Jesus e foram convencidas dos seus caminhos maus. Ela se arrependeu, e Ele mudou a vida dela e a pôs no caminho do autorrespeito. Como pecadora perdoada ela conhece o real significado da tristeza pelo pecado" (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4.ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 361).
*Lucas 7.39
"Nesse texto a mulher é identificada como uma 'pecadora' [hamartolos], significando que era uma prostituta, ou a esposa de um homem cujo trabalho era considerado desonrado. Como o versículo 47 relata que Jesus falou dos 'seus' muitos pecados, devemos aparentemente preferir a primeira possibilidade.
Ao se abaixar e se inclinar sobre os pés de Jesus, a mulher de repente se tornou o foco da atenção de todos. A maneira de cada um interpretar seu ato, e as conclusões a que chegaram, nos ensina mais sobre cada pessoa do que sobre esta mulher." Para conhecer mais, leia Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, CPAD, p. 159
II - O EVANGELHO ÀS PROSTITUTAS
O desconforto de falar de Cristo aos que se prostituem é patente e até compreensível, porque nem todos estão aptos a levar adiante tal ministério. Há, porém, várias associações dedicadas a evangelizar prostitutas e prostitutos. Os melhores exemplos vêm da Europa, onde, em alguns países, os que vivem da prostituição moram todos no mesmo setor da cidade. As organizações cristãs procuram marcar presença nessas localidades, com apoio médico, psicológico e, claro, espiritual. Trata-se de um trabalho evangelístico difícil e que exige amor e muita coragem. Boa parte desses obreiros é composta por homens e mulheres que já estiveram na prostituição e foram resgatados por Jesus.
Na evangelização das prostitutas, há duas perguntas a responder.
Por que e como evangelizá-las?
1. Por que evangelizar as prostitutas.
A resposta a esta pergunta é mais do que óbvia. Devemos evangelizá-las porque Jesus morreu por elas também (Jo 3.14-16). Logo, como já deixamos claro no tópico anterior, estejamos aptos a falar-lhes de Cristo. Várias são as mulheres que, libertas de pecados sexuais, tornaram-se heroínas da fé, como Raabe e a mulher pecadora na casa de Simão (Hb 11.31; Lc 7).
2. Como evangelizar as prostitutas.
Embora nada impeça que um homem crente evangelize uma prostituta, recomenda-se, sempre que possível, que esse trabalho seja acompanhado por uma equipe feminina. Seja como for, que essas mulheres ouçam o Evangelho de Cristo. Todavia, acautelemo-nos daquelas que, embora aprendam sempre, jamais chegam ao conhecimento da verdade, em consequência de seu amor à vida pecaminosa (2 Tm 3.7).
Nos tempos bíblicos, o meretrício era praticado com finalidades mercenárias e religiosas. Esse fato deve ser observado no uso das várias palavras hebraicas que se referem a uma meretriz. A palavra hebraica zona normalmente se refere a uma mulher que se ocupa dessa prática com finalidades monetárias. A prostituta religiosa era normalmente chamada de g desha, palavra que designava uma mulher pertencente a uma classe especial de indivíduos religiosamente consagrados. Tanto na época do Antigo Testamento como do Novo Testamento, era muito comum que os sistemas religiosos pagãos empregassem regularmente prostitutas em seus rituais religiosos nos santuários de seus ídolos, e as religiões não faziam exceção a esse costume. Era um sistema que endeusava os órgãos e as forças reprodutoras na suposição de que a reprodução e a fertilidade da natureza eram controladas pelas relações sexuais entre deuses e deusas. Nesses santuários, os adoradores dessas seitas participavam de relações sexuais com prostitutas religiosas (do sexo masculino e feminino) do santuário acreditando que elas iriam induzir os deuses e as deusas a fazer o mesmo trazendo, dessa forma, fertilidade e produtividade, aos campos e aos rebanhos.
A Bíblia defende consistentemente a pureza moral e mantém uma posição firme contra a prostituição de qualquer tipo. Várias proibições podem ser encontradas na lei mosaica (Lv 19.29;21.7,14; Dt 22.2)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1254).
III - O EVANGELHO AOS HOMOSSEXUAIS
O Homossexualismo, que a pós-modernidade teima em taxar de homossexualidade, tem uma história tão longa quanto a queda do ser humano. Haja vista as cidades de Sodoma e Gomorra. Homossexuais são contados entre filósofos e soldados da civilização Greco-romana. Tal prática, porém, nunca foi considerada digna de ser equiparada ao matrimônio, pois ninguém jamais duvidou de que o casamento tem a ver com espécie, gênero e número. Só há casamento entre seres humanos (espécie). Bichos formam pares; seres humanos, casais. E só se forma casal com homem e mulher (gênero), pois é do que se precisa: um macho e uma fêmea. Exatamente dois; este é o número. Basta dizer "casal" para que, instintivamente, nosso cérebro visualize um homem e uma mulher. Portanto, a lógica gay é contrária ao casamento instituído pelo Criador.
O movimento gay assumiu uma tática que vai muito além da tradicional "luta pelos direitos dos homossexuais". Nessa guerra contra a família tradicional, eles querem homossexualizar a sociedade à força.
Um dos melhores trabalhos já escritos a respeito do assunto é o do pastor Louis Sheldon. No livro The Agenda, ele conta como os líderes gays têm atiçado suas hostes contra as famílias, as igrejas e as crianças (as vitimas mais vulneráveis dessa investida satânica). Em nosso país, o alvoroço homossexual é incontrolável. Vivemos o pior dos tempos, No entanto, a Igreja de Cristo não ficará impassível ante o desafio da evangelização dos homossexuais, porque Jesus também morreu por eles. Em vez de os olharmos com ódio e rancor, devemos expor-lhes o lano da salvação, porque eles não são piores nem melhores do que os demais pecadores. Deus os ama e quer trazê-los ao seu Reino, libertando-os do pecado e da escravidão do Diabo.
Ao contrário do que alguns supõem, Cristo também liberta e salva os homossexuais. Este grupo precisa ser incluído em nossas ações evangelísticas.
1. Homossexuais em Corinto.
Entre os crentes de Corinto, havia também ex-homossexuais que, ao se arrependerem de seus pecados, deixaram as velhas práticas. E, agora, achavam-se entre os santos daquela igreja (1Co 6.10,11). Sua conversão não era propaganda enganosa, mas real e constatável. Basta esse único caso para comprovar o poder do Evangelho.
2. Como evangelizar os homossexuais.
Os homossexuais, tanto homens quanto mulheres, devem ser abordados direta, mas respeitosa e amorosamente. Devemos vê-los como as demais pessoas carentes da graça de Deus. Se crerem no Evangelho e arrependerem-se de seus pecados, certamente serão salvos.
Já convertido, o ex-homossexual será devidamente discipulado e integrado à igreja. E, bem orientado, começará uma vida nova que, em todas as coisas, glorificará o nome de Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"o ato sexual com alguém do mesmo sexo é 'abominação' ao Senhor. Isto é, tal ato é, sobretudo, detestável e repulsivo a Deus (Lv 18.22).
Em Romanos 1.27, o apóstolo Paulo, certamente, considerou a abominação homossexual do homem e da mulher como a evidência máxima da degeneração humana, resultante da imoralidade e do abandono da pessoa por Deus. Qualquer nação que justifica o homossexualismo ou o lesbianismo, como modo aceitável de vida, está nas etapas finais da corrupção moral" (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ed. RJaneiro: CPAD, 2009, pp.213,1697).
IV - O EVANGELHO AOS CRIMINOSOS
Nossas prisões acham-se abarrotadas de homens e mulheres que precisam ouvir a verdade libertadora do Evangelho
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8:32
Mas quem é a Verdade?
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6
1. A capelania de Paulo e Silas.
Os primeiros capelães carcerários da Igreja de Cristo foram Paulo e Silas. Presos como criminosos comuns, realizaram um trabalho incomum na penitenciária de Filipos. Ali, através de seu testemunho e proclamação, ganharam o carcereiro e sua família para Jesus, além de evangelizar os outros presos (At 16.19-34).
2. A capelania da igreja atual.
Num país como o Brasil, há um vasto campo no âmbito da capelania carcerária. A Igreja deve se esforçar para evangelizar os presídios e os menores que estão sofrendo medidas socioeducativas. Além disso, não deve se ausentar das áreas de risco, levando o Evangelho de Cristo às pessoas que traficam drogas e dependentes químicos.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
"Servir ao Senhor não é apenas um dever cristão, é também um privilégio. Deus podia usar outros meios para levar a mensagem de salvação ao pecador. Ele assim faz quando lhe apraz, mas isto não é regra geral; é exceção. Seu método é usar homens para falar a homens. O trabalho de ganhar almas para Deus é um privilégio que Ele nos concede para obtermos galardão no dia de Cristo (Fp 2.16).
Há, neste sentido, uma solene declaração da Bíblia em Provérbios 11.30. A salvação é dádiva de Deus, mas galardão é recompensa que o crente obtém sua atividade na obra do Senhor" (GILBERTO, Antônio. A Prática do Evangelismo Pessoal. 1ed. RJ: CPAD, p.23).
"O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio." Provérbios 11:30
V - O EVANGELHO AOS VICIADOS
Dizem que o número de viciados em crack, no Brasil, pode chegar à casa do milhão. Se isso for verdade, estamos diante de uma tragédia social.
1. Viciados libertos.
Na igreja em Corinto, havia também muitos irmãos libertos do álcool que, à semelhança de outras drogas, vinha minando as bases do Império Romano. Entretanto, os que dantes eram escravos do vício levavam, agora, uma vida produtiva e digna (1Co 6.10,11). O mesmo aplica-se aos que, hoje, vivem aprisionados à cocaína, ao crack, ao haxixe e outras substâncias nocivas.
2. Como evangelizar os viciados.
Não é fácil expor o Evangelho aos que vivem nas cracolândias. Muitos deles já não têm qualquer discernimento; comportam-se como mortos-vivos. Para alcançá-los, exige-se uma equipe evangelística especializada e assistida por profissionais competentes. As medidas de segurança não podem ser desprezadas.
Galhos secos à procura de vida
Nos anos 1970, ainda adolescentes,
os irmãos Osny (falecido em 2007) e Osvary Agreste compuseram uma canção
chamada “galhos secos”. Por algum motivo, o hino tornou-se o cântico das casas
evangélicas de drogados. De Norte a Sul, onde houver um centro cristão de
recuperação de viciados, a música é entoada pelos internos com a pouca força
que lhes restou após anos de destruição. Diz a inspirada e doce composição:
“Nos galhos secos de
uma árvore qualquer
Onde ninguém jamais
pudesse imaginar
O criador vê uma
flor a brotar
Olhai, olhai, olhai
Os lírios cresceram
no campo
E o Senhor, nosso
Deus, os tem alimentado
Para nossa “alegria”
Os irmãos Agreste não sabiam que a experimentação musical da sua puberdade era quase profética, pois descreve o sentimento de homens e mulheres que, num último ato de coragem e lucides, buscam reaver o que Satanás lhes roubou pelo vicio. Nas UTIs espirituais, que são as casas cristãs de reabilitação, os
dependentes passam os dias entre cultos, recreações e crises de abstinência,
sentindo-se lenhos secos, onde só o Criador consegue enxergar vida. Mas as
flores têm brotado, para nossa alegria. E, também, para nossa vergonha, pois as libertações ocorridas nesses lugares fazem lembrar algo que muitos crentes já esqueceram: a Palavra tem poder para transformar o pior dos pecadores, o mais destruído dos seres humanos.
É desafiador falar de Cristo aos drogados?
Sem dúvida. Mas é também surpreendentemente recompensador, porque onde o pecado abundou, a graça superabundou. Para nossa alegria.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
Há sempre uma porta aberta para se falar da
salvação. No caso da samaritana, o assunto do momento era água e sede, e logo
Jesus falou da água da vida que sacia a sede da alma. Vemos um caso idêntico em Atos,
capítulo 8. Aí o assunto era leitura e logo o servo de Deus iniciou a conversa
com uma pergunta também sobre leitura. Em João, capítulo 2, quando
Jesus conversava com Nicodemos, talvez soprasse uma brisa, e logo Ele usou o
vento como figura" (GILBERTO, Antônio. A Prática do Evangelismo
Pessoal. 1ed. RJ: CPAD, p.33).
CONCLUSÃO
Quando falamos na evangelização de grupos desafiadores, imaginamos que o desafio são os grupos. Não é verdade, o desafio está em nós e em nossa resistência em falar-lhes de Cristo. Nós os evitamos, mas nem sempre eles nos rejeitam. Fugimos dos drogados, desprezamos os gays e repudiamos os que se prostituem. Mas, por favor, não apequene meus argumentos concluindo que estou nos autoacusando de preconceito. Isso não é verdade, nem sobre o que digo e nem a respeito de nós. Não temos preconceito; temos, sim, um conceito muito bem estabelecido do que é certo e do que é errado. Do que é pecado e do que não é. Entretanto, ainda não dominamos a arte espiritual, na qual Cristo era Mestre: separar o pecado do pecador. E este nem é o maior dos desafios. Pios que este é a apatia em que vivemos.
Achamo-nos mergulhados na mesmice. Não nos esforçamos o bastante para fugir à rotina, a fim de ganhar uma pessoa para Cristo. A situação complica-se quando essa pessoa é drogada, homossexual ou vive da prostituição. Evangelizar tais grupos é um trabalho solitário e desafiador. Leva-nos às ruas vazias e aos becos assustadores. Não é tarefa que requeira igrejas suntuosas, mas demanda instalações adequadas e adaptadas. Definitivamente, tal missão não é para obreiros engravatados e com anéis de doutores; é obra para quem não se importa de sujar as roupas e as mãos com o pecador caído na sarjeta. O desafio de ganhar esses grupos para Cristo não será vencido por pregadores de multidões, mas por pescadores de homens.
Este é o nosso trabalho.
Encarando com amor esses Grupos - Clássicos como A Cruz e o Punhal, do saudoso evangelista David Wilkerson, ou Foge, Nick, foge, de Nick Cruz, deixam claro que somente a salvação em Cristo, incluindo a experiência pentecostal, possibilita uma vitória retumbante sobre o vício.
O momento atual exige uma ação prioritária e urgente da Igreja de Cristo. Nenhum segmento social pode ficar de fora de nossa ação evangelística.
Fonte:
Lições Bíblicas - O Desafio da Evangelização - 3º.trim_2016 CPAD - Comentarista Claudionor de Andrade
Livro de Apoio - O Desafio da Evangelização - Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda a criatura - Comentarista Claudionor de Andrade
Revista Ensinador Cristão-nº67
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia de Estudo Defesa da Fé
Dicionário Bíblico Wycliffe
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