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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Quem foram os Massoretas?

Você já ouviu falar nos massoretas? Quem foram eles?

Os massoretas são grupos de rabinos eruditos que se especializaram na tarefa de registrar, por escrito, a tradição exegética dos textos Sagrados.

Por vezes o termo também é usado para indicar comentadores hebraicos dos textos sagrados.

Os Massoretas substituíram os escribas (Sopherins) por volta do ano 500 até o ano 1000 d.C.

O termo MASSORETA originou-se do hebraico, MASSORAH, que tem o significado: Tradição. Literalmente significa transmissores.

Os Massoretas eram escribas judeus que se dedicaram a preservar e cuidar das escrituras que atualmente constituem o Antigo Testamento.

Papiro Nash (Século II a.C.) contém uma parcela do texto pré-Massorético,
especificamente os 
Dez Mandamentos e as práticas do Shemá Israel.

Texto Massorético (800 d.C.) é um texto em hebraico do Tanakh, usado no Judaísmo como leitura sagrada. Inclui a Torá e outros livros considerados de inspiração divina.

Conhecido como Bíblia Hebraica ou Tanakh, foi utilizado como base em várias traduções protestantes do Velho Testamento.

O cânone da Igreja Católica, fixado através do Concílio de Trento (1545-1563), utiliza para o Antigo Testamento ou Escrituras Hebraicas a versão conhecida como Septuaginta, que é a tradução do Antigo Testamento para o idioma grego, patrocinada pelo faraó Ptolomeu II (287 a.C.- 247 a.C.) do Egito. Escrito em hebraico antigo, com letra quadrada, os massoretas levantaram a pronúncia tradicional do texto de consoantes (o hebraico não tinha vogais), graças a um sistema de pontuação inventado para atender a acentuação vocálica. Com isso, eles padronizaram uma pronúncia das palavras do texto, tornando-o igual para qualquer pessoa que o lesse após a época em que iniciou-se a compilação.

Nessa época o hebraico já não era um idioma popular e havia, principalmente por parte da comunidade hebraica muita dificuldade em pronunciá-lo corretamente, conforme a pronúncia original. A metodologia utilizada era bastante rigorosa: ao final de cada cópia pronta, todas as letras eram contadas, e uma letra era estabelecida como letra central de referência. Assim, as letras do início da cópia até a letra central teriam de estar perfeitamente iguais às do documento original. Também eram contadas todas as letras desde a letra final até a letra central. Em caso de discordância, todo o trabalho era destruído e uma nova compilação realizada.

Por criarem uma base para a interpretação do texto hebraico, aperfeiçoando os símbolos da escrita, já que até então não havia um sistema definido de regras gramaticais por escrito, os massoretas são considerados os pais da gramática da língua hebraica atual.

A partir da invenção da Imprensa, no século XV, o Texto Massorético foi impresso por Daniel Bomberg, um abastado cristão veneziano originário da Antuérpia, em 1524 e utilizado posteriormente por Lutero em sua tradução para a língua alemã do Velho Testamento.

Codex AleppoBíblia hebraica do século X com pontuação massorética.

SUBSÍDIO
Os massoretas tinham publicado manuais que serviam de orientação para copiar o texto. Nestes manuais, chamados “massora” (termo hebraico técnico para a primitiva tradição quanto à forma correta do texto das Escrituras), se encontravam: a) normas orientadoras que os copistas deviam seguir enquanto estivessem copiando o texto sagrado; b) todas as regras gramaticais sobre a língua hebraica; c) os princípios sugeridos pelo Talmude na transmissão do texto.

O Tetragrama Sagrado para o Nome de Deus
Um dos casos mais famosos de “Qerê”, é o tetragrama usado para Deus. Deus é designado na Bíblia por vários nomes, porém o mais comum era aquele que O designava por quatro consoantes hebraicas, o “iod”, o “hê”, o “vau”, e novamente o “hê”, conhecidas como Y H W H, algumas vezes também transliteradas em J H V H.
Os judeus eram excessivamente respeitosos para com o nome da Divindade, assim para evitar que alguém o profanasse, pronunciando-o, usavam em seu lugar Adonai = o Senhor.
Os massoretas colocavam sob o tetragrama do texto hebraico consonantal as vogais a, o, â da palavra Adonai. Desde que este título era tão comum, pois aparece no Velho Testamento 6.823 vezes, os massoretas acharam desnecessários chamar a atenção para este “Qerê” = o que deve ser lido; recebendo até o nome de “Qerê Perpétuo”. Já no tempo da Reforma quando se incrementou o estudo das línguas bíblicas, ao lerem o Velho Testamento, por não compreenderem bem o problema de “Qerê e Kethibi” uniram as vogais da palavra Adonai com as consoantes do tetragrama, aparecendo a palavra hebraica Jeová, até aquele tempo inexistente. A pronúncia correta em português para este nome da Divindade deve ser Javé ou Jaweh.

Os livros que estudam o trabalho dos massoretas ainda nos dizem que havia:
1) A Massora Inicial – Um estudo da palavra inicial do livro, que sempre era usada como título para o livro.
2) A Massora Pequena – Eram os comentários que se encontravam nas margens laterais.
3) A Massora Grande – Comentários colocados nas partes posteriores e inferiores da página.
4) A Massora Final – como o nome indica, era posta no final do livro, contendo, especialmente, dados estatísticos para o copista, como número de letras e palavras daquele livro, a palavra medial, etc.
...ainda...
Os Massoretas receberam os textos SOFERINS (escribas). Textos Targuns (100 a.C.) – Tradução do texto hebraico para o aramaico. É uma paráfrase, isto é, apenas como comentário do texto.
Texto Pentateuco Samaritano (720 a 200 a.C.) – Foi escrito em hebraico. Só aceitavam o Pentateuco como inspirado.
Texto Síriaca – Feita em 100 antes de Cristo.
Texto Vulgata – Versão escrita em latim. Versão da Igreja Católica Romana escrita e traduzida pelo padre Jerônimo. Esta versão inclui os livros apócrifos.
Texto Septuaginta ou LXX – Tradução do Antigo Testamento para o grego. Foi feita por mais ou menos 72 judeus no Egito no terceiro século a.C. Esta versão era muito usada no primeiro século da era cristã. Foi usada por Cristo e pela Igreja Primitiva.

Os rolos do Mar Morto encontrados em 1947 por um jovem pastor árabe veio confirmar a sua fidedignidade devido às semelhanças com os textos massoréticos.


Fonte:
herancajudaica.wordpress.com/2012/08/20/manuscritos-da-biblia-hebraica/
ministrolacerda.xpg.uol.com.br/os-massoretas.html 
Wikipédia_Massoretas
imagens wikipédia
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2 comentários:

  1. Um excelente estudo que resume a complexidade da origem e da história dos Livros Sagrados (Cícero José Vieira). .

    ResponderExcluir
  2. Gostei do estudo porque sou iniciante no curso de Hebraico.
    Obrigado

    ResponderExcluir

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