Jovens cultos para o Palácio...
Subsídio Bibliológico I
“Que tivessem habilidade para viver no palácio do rei
Quando Deus permitiu a Nabucodonosor a vitória sobre Jeoaquim em 605 a.C., o monarca babilônico levou alguns vasos do templo e também alguns escolhidos dentre os príncipes e nobres. Depois da destruição de Nínive, sete anos antes, o império babilônico começou a crescer tão rapidamente que não dispunha de números suficientes de babilônios cultos para a cúpula governamental. Por isso, Nabucodonosor levou para a Babilônia jovens saudáveis de boa aparência e de alto nível cultural a fim de ensinar-lhes a cultura e a língua dos caldeus e, assim, torná-los úteis no serviço real. Entre eles estavam Daniel e seus três amigos”
A firmeza do caráter moral e espiritual de Daniel
Quem era o jovem Daniel? Quem eram Hananias, Misael e Azarias, seus amigos?
O livro de Daniel inicia a história desses jovens situando-os no processo de deportação de Jerusalém para a Babilônia de Nabudonosor. A respeito desses quatro jovens, a Bíblia descreve cinco características importantes: eram “de linhagem real, dos nobres”; “sem defeito algum”; “formosos de aparência”; “instruídos em toda a sabedoria”; “sábios em ciência”.
A identidade dos quatro jovens
Flávio Josefo, historiador judeu de linhagem sacerdotal (37-103 d.C), em sua célebre obra, História dos Hebreus, editada pela CPAD, confirma a linhagem real e nobre de Daniel e dos seus três amigos: “Dentre todos os filhos da nação judaica, parentes do rei Zedequias e outros de origem mais ilustre, Nabucodonosor escolheu os que eram mais perfeitos e competentes”. Outro apontamento de Josefo chama-nos a atenção: “Dentre os moços que eram parentes de Zedequias, havia quatro perfeitamente honestos e inteligentes: Daniel, Hananias, Misael e Azarias”. Tanto pela Bíblia quanto por fonte extra, está claro que esses jovens pertenciam à realeza e à nobreza de Israel. Ambos eram parentes do rei Zedequias. Entretanto, as características mais importantes destacadas pela Bíblia e, igualmente por Josefo, eram a honestidade, firmeza e integridade no caráter.
Educados na Lei de Deus, os jovens levavam a sério a ética social da Torá na cultura paganizada da Babilônia. Prova disso foi a tentativa de Nabudonosor em apagar a identidade social e religiosa deles. Ele trocou os nomes dos rapazes para nomenclaturas pagãs: a Daniel deu o nome de Beltessazar; Hananias o chamou Sadraque; a Misael, Mesaque; a Azarias, Abede-Nego.
A firmeza do caráter
Frequentemente, o termo caráter é conceituado como um tipo ou sinal convencionado numa sociedade. Refere-se à índole, ao temperamento e a forma moral. A família, a escola e a religião de um grupo social contribuem para formar o caráter de uma pessoa.
Ao impor a troca dos nomes de Daniel e os seus três amigos o rei Nabucodonosor estava “mudando” a identidade deles, tanto cultural quanto religiosa, advinda da Lei de Deus. Mas o que fizeram os jovens rapazes? Resistiram sabiamente, propondo outra estratégia para viverem no palácio da Babilônia sem desonrar a Deus e conservando a integridade de caráter herdado do seu povo.
Subsídio Bibliológico II
“Jovens de Caráter (1.6-16)
Os quatro heróis de Daniel se sobressaíram entre todos os vencedores do rigoroso exame. Esses pertenciam aos filhos de Judá e tinham a reputação de serem da linhagem de Davi. Eles eram Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Esses quatro jovens de Judá, por intermédio dos seus nomes, testemunhavam do único e verdadeiro Deus. Quaisquer que tivessem sido as limitações do seu ambiente religioso em Judá, seus pais lhe deram nomes que serviam de testemunho ao Deus que serviam: Daniel significava: ‘Deus é meu juiz’; Hananias significava: ‘O Senhor tem sido gracioso ou bondoso’; Misael significava: ‘Ele é alguém que vem de Deus’ e Azarias declarava: ‘O Senhor é meu Ajudador’. A continuação da história claramente indica que, embora outros pais em Judá pudessem ter falhado em relação à educação dos seus filhos, os pais desses meninos tinham dado a eles uma base sólida em relação às convicções e responsabilidades dignas dos seus nomes. Seu treinamento piedoso havia cultivado profundas raízes de caráter”
Daniel e os seus amigos foram colocados à prova em uma cultura diferente de uma terra igualmente estranha. A formação desses jovens chocava-se com a cultura babilônica. Em outras palavras, eles eram firmes em seu caráter! Em especial, no caso de Daniel, o seu caráter íntegro tinha a ver com a sua personalidade. Ele assentara em seu coração não se contaminar com as iguarias do rei que, como se sabe, eram oferecidas aos deuses de Babilônia. Porém, cuidadosa e inteligentemente, Daniel propôs ao chefe dos eunucos Aspenaz, outra dieta e o convenceu.
Daniel e os seus companheiros, apesar de serem bem jovens, demonstraram maturidade suficiente para reconhecer que o exílio babilônico era fruto do pecado cometido pelo povo de Judá e seus governantes.
O mundo hoje oferece um banquete vistoso para contaminar os discípulos de Cristo. Entretanto, devemos nos ater ao exemplo de Daniel e dos seus amigos. Aprendamos com eles, pois as suas vidas não consistiam em meras tradições religiosas, mas em uma profunda comunhão com Deus. Eles eram fiéis ao Deus de Israel e guardavam a sua Palavra no coração para não pecar contra Ele (Sl 119.11).
Fonte: Lições Biblica CPAD - 4ºtrimestre-O legado do Livro de Daniel para os dias de hoje
Bíblia de Estudo Pentecostal . CPAD, 1995, p.1244
Comentário Bíblico Beacon. volume 4 1ª Edição. RJ. CPAD, 2005, p.503
Gostei...mais gostaria de saber mais sobre o assunto.
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