“Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia” Lc 17.24
A nação brasileira nunca esteve
mergulhada num vale de corrupção como se encontra hoje. As manchetes são
vastas. A corrupção está entranhada nas esferas pública e privada. E as
notícias do aumento da violência?! E o confronto entre as pessoas, o desejo de
fazer “justiçamento” com as próprias mãos?! De um lado, um poder público
acuado, atordoado; do outro, menores e adultos, agentes do crime galgando os
“louros” para suas próprias vantagens. A sensação é de total insegurança: a
polícia prende, mas a justiça solta.
Há a agenda do doutrinamento do
homossexualismo na tentativa de promovê-lo à normalidade, como se a
heterossexualidade fosse exceção. Igualmente, a agenda da Ideologia de Gênero
empurrada à força para dentro das escolas pelos intelectuais das secretarias
estaduais e municipais de educação — e claro, sob a tutela do Ministério da
Educação, o MEC.
O mundo está perplexo com a crise
dos refugiados na Síria, o avanço do Estado Islâmico e os desentendimentos
diplomáticos entre EUA, Rússia, Irã e Israel, as ditaduras na América Latina,
as ameaças de invasão da Venezuela à Guiana e a busca do confronto com a
Colômbia. Cada vez mais os acordos diplomáticos são ignorados e o respeito aos
pactos internacionais são completamente ignorados. Este é o quadro nada
positivo do mundo hoje.
A Bíblia relata que nos dias de Ló
e de Noé os acontecimentos estavam assim. Índices altíssimos de corrupção, a
violência praticada em números desproporcionais, as ameaças contra os mais fracos
e o predomínio da imoralidade daquelas sociedades. Como elemento surpresa,
ambas as sociedades foram julgadas e destruídas pelos juízos de Deus.
O Altíssimo é justo e o ato da sua
justiça se mostra contra toda a injustiça. A primeira vinda de Jesus Cristo foi
um “brado” da justiça de Deus contra a injustiça dos homens (Jo 1.4,5). Desde
muito tempo, o ser humano se aprofunda em suas mazelas e pecados (Rm 1.18-32).
A condenação injusta da pessoa de Jesus de Nazaré demonstra o quanto o ser
humano é mau e capaz de cometer as maiores atrocidades — principalmente em nome
de Deus.
Portanto, haverá um dia em que o
nosso Senhor julgará grandes e pequenos, ricos e pobres (Mt 25.31-46). O Filho
retribuirá cada um conforme a verdade das suas ações. A Segunda Vinda de Jesus
Cristo demonstrará a sua grandiosa justiça. Embora, ninguém saiba dia e hora! - Revista Ensinador Cristão nº65-pg.38
O Sermão Profético de Jesus, de caráter
escatológico, é encontrado nos escritos de três evangelistas: Mateus 24, Marcos
13 e Lucas 17 e 21. Nesses três Evangelhos, Jesus alerta para a o caráter
repentino de sua vinda. Será numa rapidez tão fulminante que Ele compara ao
relâmpago que fuzila de um lado para outro. E também alerta para o fato de que,
por ser súbita, será inesperada, de tal forma que, antes da sua ressurreição,
nem os anjos nem Ele próprio sabiam, mas tão somente o Pai (Mt 24.36).
Evidentemente, após a ressurreição, Jesus retomou toda a sua glória e o
exercício pleno de seus atributos divinos, e passou a ter domínio de todos os
fatos, eventos e aspectos relativos à sua pessoa. Após a ressurreição, Ele
demonstrou essa condição: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: E-me dado
todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18).
I - A Vinda de Jesus será Repentina
1. Como um Relâmpago
Jesus prometeu a seus discípulos que haveria de
voltar para levá-los para onde Ele estivesse (Jo 14.3). Ele declarou: “E
dir-vos-ão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Não vades, nem os sigais, porque, como o
relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra
extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia” (Lc 17.23,24; Mt
24.27). Jesus advertiu contra os falsos cristos e falsos profetas: “porque
surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e
prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).
Todos têm informação de quão grande é a velocidade de um relâmpago. Não dá para
ficar observando. É muito rápido, como numa explosão. Diante dessa grande
advertência, só nos resta orar a Deus e vigiar, para que não fiquemos para trás
na volta de Jesus.
2. Como um Ladrão
No mesmo sermão, Jesus chamou a atenção dos
discípulos para o inesperado de sua vinda, comparando-a com a chegada de um
ladrão para arrombar uma residência. Desde que o homem se rebelou contra Deus,
e deu lugar ao pecado e ao Diabo, a prática criminosa do roubo, do assalto e
dos furtos tem lugar no meio da sociedade. Os discípulos conheciam diversos
casos de arrombamento de casas. E sabiam que, em todos os casos, as vítimas
foram apanhadas de surpresa. Com o realismo dos fatos, Jesus valeu-se da figura
da vinda de um marginal para roubar uma família. “Mas considerai isto: se o pai
de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e
não deixaria que fosse arrombada a sua casa” (Mt 24.43).
E um alerta sobre a surpresa da vinda de Jesus,
para estarmos preparados para sua volta a qualquer instante. E também um alerta
para termos cuidado para nossa casa espiritual, ou nossa vida, não ser
assaltada pelo “ladrão”, que só vem para destruir tudo o que temos da parte de
Deus: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir” (Jo 10.10a).
Infelizmente, há tantos que dão mais lugar aos interesses do ladrão destruidor
do que àquEle que veio para que tenhamos vida e vida com abundância” (Jo
10.10b). Mas Deus está sempre avisando: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando
virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se
pela manhã (Mc 13.35). O “ladrão” está rondando nossas vidas, nossos lares,
nossos casamentos, nossas famílias, de maneira sorrateira e sutil. Muitos de
nós colocam equipamentos de segurança nas residências, prevenindo-se contra o
ladrão, o marginal que arromba casas. Mas grande parte não coloca a sua vida em
segurança, no lado espiritual, para esperar Jesus, que vem como um ladrão.
Quando muitos acordarem, já será tarde demais.
3. Ninguém Sabe a Hora
Logo a seguir, em seu sermão profético, Jesus
ressaltou, em sua condição de Filho do Homem, que “o dia e hora” nem Ele sabia,
mas unicamente seu Pai (Mt 24.36). “Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem
os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai” (Mt 24.36). Essas
figuras, usadas por Cristo para comparar a surpresa de sua volta, certamente
são por demais suficientes para alertar os crentes quanto à necessidade
imperiosa de estar vigiando e orando para não serem apanhados de surpresa.
Mesmo que depois de sua ressurreição, quando Ele retomou a sua glória, e tudo
pode, tudo sabe e está em todo o lugar, pois todo o poder lhe foi dado no céu e
na terra (Mt 28.18), Jesus fez questão de acentuar esse aspecto de sua vinda,
para que os discípulos e seguidores que haveriam de crer nEle não se
descuidassem. Pois, na realidade, no mundo, ninguém, em qualquer tempo e lugar,
jamais sabe ou saberá a hora e o dia da volta de Jesus.
O evangelista Marcos também escreveu sobre o que
Jesus ensinou quanto à necessidade da vigilância. Num texto pequeno de seu
Evangelho, vemos várias vezes a ênfase na vigilância necessária para esperar a
volta de Jesus. Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão
no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis
quando chegará o tempo” (Mc 13.32,33). Nesse texto, Jesus usa três verbos de
forma bem enfática quanto à maneira de esperar sua volta inesperada: “olhai”,
quer dizer que o crente fiel deve estar atento ao que se passa a seu redor, em
termos de acontecimentos, eventos, comportamento humano e práticas que estão
ocorrendo a seu redor; “vigiai”, quer dizer estar alerta, não apenas olhando os
acontecimentos, mas em atitude de quem está percebendo o que se passa. Por
exemplo: quando a maior nação do mundo, os Estados Unidos, aprova o chamado
“casamento gay”, e igrejas ditas evangélicas concordam e dão total apoio a esse
tipo de união que é considerada “abominação ao Senhor” (Lv 18.22; 2013), não
será um sinal de alerta para os fins dos tempos? Certamente sim.
O terceiro verbo é “orai”. Sem dúvida alguma, a
oração é uma pratica que o cristão sincero não deve deixar de lado nem um dia
em sua vida. Sem oração é impossível estar preparado para a vinda de Jesus.
Lamentavelmente, o que mais está faltando nas igrejas, nos dias presentes, é a
vida de oração. Os cultos de oração, via de regra, são pouco frequentados. Há
igrejas cheias de bancos vazios quando a reunião é de oração. Enquanto isso,
quando há “um cantor de fora”, cobrando o que um obreiro não recebe durante o
ano, o templo fica pequeno. É sinal de que o principal, na vida do crente, está
sendo desprezado. Mas a Bíblia alerta: “Orai sem cessar” (1 Ts 5.17).
A volta de Jesus será tão repentina que não haverá chance para arrependimento e preparo de última hora.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"O Reino e a Vinda do Filho do Homem (Lc 17.20-30)
O Jesus inspirado pelo Espírito fala profeticamente sobre a vinda do Reino de Deus, incluindo sua própria vinda e o julgamento final. Lucas registra dois dos maiores discursos de Jesus sobre os acontecimentos do tempo do fim (Lc 17. 20-37). O Reino, o governo de Deus, é uma realidade presente. A vida e ministério de Jesus declaram de modo veemente e novo a presença do reinado régio de Deus. Mas a vinda desse Reino também é um acontecimento futuro. Jesus se refere a ambos os lados do reinado soberano de Deus aqui. Nos versículos 20 e 21, em resposta a uma pergunta feita pelos fariseus, Ele explica a natureza futura do Reino. Depois, nos versículos 22 a 37, Ele explica aos discípulos a futura vinda do Reino.
Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando Deus vai estabelecer o seu Reino na terra. Não há que duvidar que eles ficaram impressionados com os dons proféticos de Jesus, então agora eles desejam saber o momento quando Deus começará a exercer seu governo sobre a humanidade. Eles querem um horário e presumem que sinais visíveis precederão a vinda do Reino. Jesus explica que o Reino de Deus é distinto dos reinos com os quais os fariseus estão familiarizados. Sua vinda não corresponderá com sinais visíveis para que ninguém possa predizer o tempo exato de sua chegada. As pessoas entendem mal o caráter do Reino de Deus, quando dizem 'Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!' Tais predições são arrogantes e mostram-se falsas e decepcionantes a pessoas persuadidas por elas (cf. At 1.6,7)" (Comentário Bíblico Pentecostal. 4.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2009,p.432).
CONHEÇA MAIS
"Daquele Dia e hora ninguém sabe (Mt 24.36)
Como somos tolos em nos importarmos com datas quando o próprio Cristo não se mostrou preocupado com a data específica! Fomos chamados para confiar na bondade de Deus e nos concentrarmos na obediência de seus desejos.
Ele revelou isso de maneira muito clara na Palavra." Guia do Leitor da Bíblia,CPAD,p.626
II - Como Foi nos Dias de Noé
Num dos seus discursos de caráter profético sobre a
sua vinda para arrebatar sua Igreja, Jesus tomou como exemplo para alertar seus
discípulos, o que se passou nos dias do patriarca Noé. “E, como aconteceu nos
dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do Homem. Comiam, bebiam,
casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o
dilúvio e consumiu a todos” (Lc 17.26,27). Podemos perguntar: Haveria alguma
coisa errada em comer, beber e casar? De forma alguma. Sempre foram atividades
normais, na vida cotidiana de todas as pessoas, em todos os lugares.
1. Comiam e Bebiam
Comer e beber são fatos normais e legítimos,
concedidos por Deus aos homens. Diz o sábio em Eclesiastes: “Eis aqui o que eu
vi, uma boa e bela coisa: comer, e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, em que trabalhou debaixo do sol,
todos os dias da sua vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção” (Ec
5.18). Esse sinal da volta de Jesus é muito mais evidente nos dias de hoje.
Nunca, em qualquer época da História, os setores de vendas e fornecimento de alimentos
e refeições foi tão produtivo. A gastronomia é uma das atividades mais
rentáveis e florescentes, principalmente nas grande cidades. Existe até o
“turismo gastronômico”, que explora os setores de serviços das comidas típicas
de muitas cidades no Brasil e no mundo. Certo pastor dizia que “os crentes não
bebem, mas comem demais”.
2. Casavam e Davam-se em Casamento
Casar e dar-se em casamento também são decisões
humanas do maior significado, quando realizadas de acordo com a vontade de
Deus. O Criador deseja que cada homem, ao chegar à idade própria, procure
casar-se, ter um lar e uma família, ao lado de sua esposa. No seu plano para o
ser humano na terra, após criar o homem e a mulher, Ele disse: “Portanto,
deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão
ambos uma carne” (Gn 2.24). Ele deseja o bem-estar do homem, e o casamento
contribui para isso. “Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de vida
da tua vaidade; os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade;
porque esta é a tua porção nesta vida e do teu trabalho que tu fizeste debaixo
do sol” (Ec 9.9). Com base nesses textos, podemos dizer que nada havia de
errado em si quanto a essas práticas tão normais na vida dos povos e das
pessoas em geral.
Notemos que Deus diz que o homem deve gozar a vida
com a mulher que ama. O movimento gay quer impor o famigerado arranjo do "casamento gay”, afrontando a Deus para sua própria condenação, numa total e
absoluta afronta ao plano divino para o casamento e para a sexualidade (Gn
2.24). Mas Deus deseja que haja casamentos, famílias e uniões duradouras entre
casais, conforme o seu plano. No entanto, quando o casamento e a família tomam
o primeiro lugar na vida das pessoas, então há uma distorção no relacionamento
do homem com seu Criador. Era o que acontecia nos dias de Noé. E, nos dias de
hoje, é o que acontece de forma mais acentuada. Muitos homens colocam na sua
vida conjugal a razão de ser de suas vidas, e esquecem-se de Deus. Há ótimos
pais de família no mundo, que não deixam faltar nada para seus filhos e seu
lar. No entanto, em suas casas, há lugar para tudo e para todos, mas não há
lugar para Deus. Principalmente entre os lares abastados, de pessoas ricas, há
de tudo o que se pode pensar em termos de conforto e satisfação: veículos,
equipamentos de informática e de comunicação, televisores, internet, home
theaters e outros itens sofisticados. Mas não existe lugar para Deus. Casar,
ter família, cuidar dos filhos é da vontade de Deus. Mas desprezá-lo é atitude
perigosa que levará muitos, inclusive crentes, a ficarem na volta de Jesus.
3. A Corrupção Era Geral na Terra
Além da corrupção moral e espiritual, nos dias de
Noé, “encheu- se a terra de violência” (Gn 6.11). Sem submeterem-se à Lei de
Deus, entregue a Moisés no Sinai, os povos do tempo de Noé viviam num clima de
barbaridade total. Nenhum tipo de lei podia frear suas inclinações violentas. A
criminalidade atingia níveis assustadores. A violência e a corrupção formavam
um quadro tenebroso e insuportável para se manter por mais tempo. A corrupção
não era regionalizada nem chamava a atenção para um determinado lugar, como
ocorre hoje, em algumas nações. Era generalizada. “E viu Deus a terra, e eis
que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a
terra” (Gn 6.12). A situação moral da humanidade chegou a um nível tão baixo e
tão terrível, que Deus resolveu tomar a decisão radical de destruir toda a
humanidade. O Dilúvio foi a resposta drástica de Deus à corrupção geral que
dominou o mundo dos tempos de Noé. Por sua misericórdia, como parte de seu
plano para a terra e o homem, Deus preservou Noé e sua família, e os animais,
salvando-os na arca.
A corrupção mundial que antecede a volta de Jesus
tem alcançado níveis extraordinariamente elevados. A violência, de igual modo,
tem aumentado ao longo dos anos. De acordo com o Instituto para a Economia e a
Paz, com sede na Austrália, o índice da Paz Global (GPI) indica acentuado
aumento na violência mundial, na ordem de 5%, de 2008 a 2013. Segundo esse
órgão, mesmo não havendo conflitos globais, como guerras mundiais, “aumentaram
os homicídios, as mortes causadas por conflitos civis, as despesas militares e
a instabilidade política. O país que mais chama a atenção é a Síria, que teve a
maior deterioração na história do GPI por causa da guerra civil em curso. A
seguir vem o México, onde as ferozes lutas entre os cartéis da droga provocaram
no ano passado o dobro do número de mortes violentas que aconteceram no Iraque
e no Afeganistão. Mas também a primavera árabe, os conflitos internos no
Paquistão e no Afeganistão, os protestos antiausteridade ocorridos na Europa
são alguns dos outros exemplos evidentes dessa tendência. Observando-se os
indicadores do GPI, verifica-se que em cerca de 110 países, do total de 162
aferidos, a paz foi virando fumaça nos últimos seis anos”.13
Segundo esses órgãos, “em melhor situação
encontra-se o Brasil, ocupando o 81° lugar da lista. Nosso país encontra-se
exatamente no meio da classificação da violência no mundo. Os brasileiros
vivem, portanto, uma situação intermediária em relação às outras nações do
mundo. Se não é possível andar nas ruas com a mesma segurança que Islândia ou
Dinamarca - que ocupam o topo da lista - tampouco vive-se num estado de guerra
civil e medo como Somália e Afeganistão, nas últimas posições”.
III - Como Foi nos Dias de Ló
1. Dias de Intensa Corrupção
Os “dias de Ló” eram semelhantes aos “dias de Noé”,
em termos de visão materialista. A preocupação dos moradores de Sodoma,
Gomorra, Adama e Zeboim era: “Como também da mesma maneira aconteceu nos dias
de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam” (Lc 17.28).
Mas, no texto, podemos perceber algo que é omitido em relação aos dias de Noé.
Nestes, há a constatação de que, além de comerem e beberem, os contemporâneos
de Noé “casavam e davam-se em casamento” (Lc 16.27). Nos dias de Ló, não se diz
que eles “casavam”, mas que “comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e
edificavam”. A preocupação era semelhante com as coisas materiais, acrescidas
da intensa busca pelas riquezas, através das compras e vendas, ou de atividades
econômicas, agrícolas e também da construção civil.
Mas é notório que o casamento e a família não eram
valorizados. Sodoma e Gomorra são conhecidas, na literatura, mesmo na área
secular, como cidades-símbolo do homossexualismo exacerbado. Quando Ló, o
patriarca, sobrinho de Abraão foi morar em Sodoma, pôde perceber que a
corrupção era terrível naquele lugar. Pedro diz que Deus “condenou à subversão
as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza e pondo-as para exemplo
aos que vivessem impiamente; e livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos
homens abomináveis” (2Pe 2.6,7). Era tão agressiva a prática da
homossexualidade, que os moradores de Sodoma não podiam saber que homens de
fora estavam visitando a cidade. Sem saber, eles quiseram atacar a casa de Ló,
para terem relações sexuais com os anjos, imaginando que seriam dois rapazes de
boa aparência. “E chamaram Ló e disseram-lhe: Onde estão os varões que a ti
vieram nesta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos” (Gn 19.5 -
grifo nosso). O verbo “conhecer”, no caso, refere-se a ter relações sexuais.
Ao que tudo indica, Sodoma era a principal cidade
da região, e liderava a corrupção contra Deus, competindo com Gomorra: “Ora,
eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o Senhor” (Gn 13.13).
Quando Deus resolveu destruir aquelas cidades malditas, três anjos foram
enviados a Abraão, que habitava próximo dali.
2. Os Dias Atuais Superam em Corrupção e Violência
Os “dias de Ló” são emblemáticos e sinal para os
dias em que vivemos. O movimento homossexual, ou LGBT, ganha espaço na mídia
como nunca; em países do “primeiro mundo”, como Estados Unidos, Holanda,
Dinamarca, Suécia, Finlândia, Inglaterra, França, Portugal, Espanha e em
outros, de outras nações, o apoio e a aprovação da “união civil de pessoas do
mesmo sexo”, ou do “casamento igualitário”, ou “homoafetivo”, tem tido o respaldo dos governos e dos judiciários. Em nosso Brasil, nunca houve tanta
visibilidade quanto ao apoio oficial à união homossexual, condenada pela
Palavra de Deus de forma clara e institucionalizada.
Em nosso país, a iniquidade não só está sendo
praticada pelos pecadores. Está institucionalizada, em planos do governo. No
Brasil, depois do governo, que se inspira nos ideais comunistas,
marxistas-leninistas, já houve 12 milhões de abortos, em 12 anos! O Plano Nacional
de Direitos Humanos (PNDH 3), comprova que a iniquidade é oficializada e tem total
apoio dos governos. Só para que se tenha ideia da corrupção moral, esse plano
oficial diz, em seu “Objetivo Estratégico VI:... n) Garantir os direitos
trabalhistas e previdenciários de profissionais do sexo por meio da
regulamentação de sua profissão”. Isso significa que, no programa oficial, o
governo considera a prostituição masculina ou feminina, como “profissão”. Desse
modo, uma prostituta ou um prostituto é visto como no mesmo nível de um médico,
um advogado, um professor, um comerciante, um vendedor, etc.
Em seu Objetivo Estratégico V, o Plano Nacional de
Direitos Humanos prevê “Garantia do respeito à livre orientação sexual e
identidade de gênero [...] a) Desenvolver políticas afirmativas e de promoção
de cultura de respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero,
favorecendo a visibilidade e o reconhecimento social, d) Reconhecer e incluir
nos temas de informação do serviço público todas as configurações familiares
constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base
na desconstrução da heteronormatividade”. E uma aberração inominável. Esse
objetivo maligno tem por meta destruir a família tradicional, constituída de
pai, mãe e filhos, como Deus instituiu. “E criou Deus o homem à sua imagem; à
imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. [...] Portanto, deixará o varão
o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn
1.27; 2.24).
Além disso, o governo criou outro documento
oficial: “Plano Nacional de Educação”, que não foi aprovado no Congresso, mas
foi encaminhado para ser apresentado para discussão, em audiências públicas,
nos municípios, por todo o país. Nesse documento também há proposta satânica, que
reflete a iniquidade que domina o homem pós- moderno, por influência ou
determinação governamental. Esse plano é tão perigoso que, com a tal “ideologia
de gênero”, afirma que nenhum ser humano nasce com sexo. Nasce “assexuado”! Ou
seja: ninguém nasce homem ou mulher. Não tem sexo, mas o “gênero é neutro”!
Quando nasce um bebê, segundo esse famigerado plano, ele não tem sexo, não é
menino ou menina. Deve ser chamado apenas de “criança”.
É um plano de educação tão diabólico, que despreza
a anatomia do corpo humano. No menino, há os órgãos genitais masculinos, como
pênis, testículos, próstata, etc.; na menina, há os órgãos genitais femininos,
como vagina, vulva, ovários, trompas, etc. O plano de educação despreza tais
componentes da anatomia do corpo; também despreza a genética, que demonstra que
o homem tem cromossomos masculinos (XY) e que a mulher tem cromossomos
femininos (XX). Nesse plano iníquo, toda essa informação científica é
desprezada sem o menor pudor! Os ideólogos desse plano maligno dizem que “o gênero
é neutro” quando se nasce, e a pessoa “escolhe o gênero que deseja ter”. E uma
prova inequívoca de que a iniquidade está se multiplicando de forma
avassaladora, para ser imposta nas escolas, a ideia diabólica, até a crianças
de 3 anos de idade, que precisam ser doutrinadas no ensino de que ninguém tem
sexo.
Como se percebe, o governo prevê, nesse projeto
monstruoso, que a família não deve ser vista apenas como pai, mãe e filhos, mas
dois homens ou duas mulheres, homossexuais, com adoção de filhos, se torne uma
família, mesmo sem a identidade do pai ou da mãe, conforme o caso. E isso que o
governo quer ver continuar - verdadeira abominação aos olhos de Deus. Dentro
dessa ideia satânica, até os nomes de “pai” e “mãe” estão sendo eliminados dos
documentos oficiais.
3. A Destruição Súbita dos que Praticam Abominações
Nos dias de Noé, a depravação humana era global.
Nos dias de Ló, certamente a corrupção aumentava, mas, de modo localizado,
Sodoma, Gomorra e cidades vizinhas ultrapassaram os limites da longanimidade de
Deus. Os ímpios daquelas cidades jamais imaginavam que seriam aniquilados por
uma catástrofe de tamanha letalidade. Na verdade, quando Deus mandou fogo dos
céus, eles não tiveram como escapar. Todos foram mortos. “Mas, no dia em que Ló
saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, consumindo a todos. Assim será no
dia em que o Filho do Homem se há de manifestar” (Lc 17.29,30). A saída de Ló
da área que seria devastada pelo cataclismo é uma figura do arrebatamento da
Igreja. Enquanto Ló estava na cidade, os anjos não puderam dar início à
catástrofe mortal. Mas quando ele e sua família já estavam em segurança,
“choveu do céu fogo e enxofre” e todos os habitantes daquelas cidades foram
destruídos. Ló escapou com sua família, mas sua mulher teve saudade de Sodoma,
olhou para trás e foi petrificada diante dos olhos do esposo e das filhas (Gn
19.26). No seu sermão profético, Jesus tomou o exemplo da esposa do patriarca,
e concluiu, dizendo: “Lembrai-vos da mulher de Ló” (Lc 17.32).
Da mesma forma, após o arrebatamento da Igreja,
terá início, na terra, o período da Grande Tribulação. Haverá uma “falsa paz”,
tipificada no cavaleiro do cavalo branco (Ap 6.2), na abertura do primeiro
selo; seguido de uma grande guerra mundial, tipificada pelo cavalo vermelho (Ap
6.4), na abertura do segundo selo, que resultará numa escassez em nível global
(Ap 6.5,6) quando for aberto o terceiro selo. Em conseqüência, haverá uma
mortandade sem precedentes em toda a terra, tipificada no cavalo amarelo (Ap
6.7,8), ao abrir-se o quarto selo. No abrir do quinto selo, haverá um parêntese
sobre os mártires na Grande Tribulação (Ap 6.9-11), os quais serão salvos,
mediante sua morte pelos agentes do Anticristo (Ap 7.9-17). Quando o sexto selo
for aberto, a terra, que rejeitou a Cristo, experimentará o desencadeamento de
terríveis catástrofes, com terremotos, queda de meteoros, abalo no espaço
sideral, fenômenos no sol e na lua, e haverá grande desespero, a ponto de os
reis e os poderosos buscarem a morte apavorados (Ap 6.12-17).
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"A esposa de Ló serve de advertência contra apegar-se à busca de posses materiais. Ela quase escapou da cidade condenada de Sodoma; mas ela olhou para trás, desejando os deleites que ela estava deixando. Em consequência, ela foi pega no julgamento de Sodoma e pereceu (Gn 19.26). Hoje é o tempo de fixar nossos corações em Cristo e nos tesouros eternos. Corremos alto risco se esperamos até a última hora (cf. Lc 12.35-40). Tentar preservar a vida é perdê-la, mas perder a vida é ganhá-la. Em outras palavras, buscar a plenitude da vida em coisas terrenas tem consequências fatais. Devoção a Cristo e abnegação trazem a verdadeira felicidade e vida. Seguir a Cristo agora e perseverar na fé garantem-nos a vida no mais glorioso sentido da palavra. Na visão do mundo, estamos desperdiçando a vida, mas Deus vindicará seu povo. Na sua vinda, diz Jesus, haverá uma divisão entre os salvos e não salvos. Naquele dia, duas pessoas, o marido e a esposa, estarão na mesma cama. Uma será levada; outra ficará para trás. Novamente, duas mulheres estarão moendo grãos juntas; elas também serão separadas. Jesus não explica o que significa 'tomado', mas Noé foi salvo sendo levado na arca (v. 27). Evidentemente as pessoas deixadas para trás são incrédulas, que enfrentarão julgamento. Cristo levará os crentes da terra, a cena de julgamento, para estarem com Ele no céu" (Comentário Bíblico Pentecostal. 4.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2009,p. 434).
CONCLUSÃO
Nunca na História, a humanidade esteve tão longe de Deus. Mesmo com tantas religiões, a maioria dos sete bilhões de habitantes do mundo não apenas descreem de Deus, mas o afrontam em rebelião aberta contra sua Lei e seus princípios. A tendência não é melhorar, mas piorar, a ponto de superar em intensidade, a corrupção moral dos tempos de Noé e de Ló. Que Deus nos guarde debaixo de sua poderosa mão, preservando-nos em santidade para a vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Fonte:
O final de todas as coisas - Esperança e glória para os salvos - 1º trim.2016
O final de todas as coisas - Escatologia - Livro de Apoio - Elinaldo Renovato
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Excelente artigo, agora vou sempre passar por aqui, parabéns aos amados irmãos.
ResponderExcluirPJonathas Melo (Professor de escola dominical, Aracaju-Se)
Meu nobre irmão em Cristo, Jonathas Melo.
ExcluirObrigado pela participação, fico muito contente em ter este retorno seu.
Fique a vontade em comentar e sempre será um prazer tê-lo por aqui no blog.
abraço fraterno
Pastor Ismael