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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A Poesia no Antigo e no Novo Testamento

"Andai em sabedoria para com os que estão de fora, usando bem cada oportunidade."

Aqui eu Aprendi!
Momento do Pregador!
Espaço especial para você que gosta de Pregar a Palavra de Deus (Jesus)
Estamos abrindo um espaço para o crescimento e conhecimento espiritual àqueles que desejam saber mais sobre alguns temas Teológicos.
Muitos Pregadores utilizam termos e palavras difíceis e isso, às vezes, assusta o ouvinte, mas muitas e muitas das vezes, as explicações esclarecem bastante o entendimento e ajuda muitíssimo.
Então estaremos nesse espaço, passando algumas informações que, espero muito, possa ajudar aos Pregadores da Palavra.
Certamente que não dará para expor todos os assuntos que são abordados em um Estudo Teológico, mas comentaremos alguns que, a meu ver, ajudaram muito a todos os que gostam do “saber”.

Estaremos abordando sobre os Livros Poéticos e iniciaremos com Jó (um grande abraço ao meu amigo em Cristo irmão Tony Oliveira de BH, que carinhosamente nos sugeriu esta abordagem. Um forte abraço aos amigos do Estado de Minas Gerais)

Mas, antes de entrarmos no Livro de Jó, vamos ver um pouco sobre a Poesia no Antigo Testamento e no Novo Testamento

Uma pequena Introdução aos Livros Poéticos
Poema é uma composição literária, geralmente em forma de versos, que expressa uma ideia ou um sentimento.

Os hebreus identificavam três grandes livros poéticos: Jó, Salmos e Provérbios.
Na Vulgata* estão também incluídos os livros didáticos, Eclesiastes e Cantares, perfazendo um total de cinco livros denominados poéticos.
Esses cinco foram mais tarde divididos em dois grupos denominados livros “de Sabedoria” e “Hinos”
- Três livros de sabedoria: Jó, Provérbios e Eclesiastes.
- Dois livros hínicos: Salmos e Cantares de Salomão

Características da Poesia
  • Rima: é o dispositivo literário de sons harmoniosos, desenvolvendo o ritmo pela ocorrência regular de terminações sonoras semelhantes.
  • Ritmo: é a regularidade do movimento em composição literária, desenvolvida pela recorrência da batida, pausa ou acento.
  • Expressão figurativa: faz analogias ou comparações por figuras de pensamentos.

A Poesia no Antigo e no Novo Testamento

Antigo Testamento
Em tempos muito antigos, a poesia tornou-se parte da literatura escrita dos Hebreus.
Muitos estudiosos acreditam que a Canção de Moises e a de Miriã (Êxodo 15.1-21), celebrando a destruição dos exercito de faraó no mar, é o hino ou obra poética mais antiga, datando talvez do século XII A.C.
Três das maiores obras primas poéticas do Antigo Testamento são:
- A Canção de Débora (Juízes 5);
- Hino ao Arco – lamentos de Davi sobre a morte de Saul e de Jônatas (2Samuel 1.17-27);
- e o Refrão de Nínive (Naum 1.10 - 3.19)

Cerca de 40% do Antigo Testamento é escrito em forma de poesia, incluindo livros inteiros (exceto seções curtas de prosa), tais como o livro de Jó, Salmos, Provérbios, Cantares de Salomão e Lamentações. Grande parte do livro de Isaias, Jeremias e dos Profetas Menores também é poética na forma e no conteúdo. Muitos pesquisadores consideram o livro de Jó não apenas como o maior poema no Antigo Testamento, mas também como um dos maiores em toda a literatura. As três principais divisões do Antigo Testamento –a Lei, os Profetas e os Escritos – contem sucessivamente poesia na sua maior parte.
Apenas sete livros do Antigo Testamento – Levítico, Rute, Esdras, Neemias, Ester, Ageu e Malaquias – parecem não ter estilo poético.

Elementos poéticos como assonância, aliteração, métrica e rima – tão comuns à poesia que conhecemos hoje – raramente ocorrem na poesia hebraica, pois não são elementos essências da poesia do A.T.  Em lugar disso, há o paralelismo, característica formal da poesia hebraica. É uma construção onde o conteúdo de uma linha é repetido, contrastado ou antecipado pelo conteúdo da próxima – um tipo de percepção rítmica caracterizada mais pela harmonia do pensamento do que pela ordem das palavras ou rima. Os três principais tipos de paralelismos encontrados na poesia bíblica são: o sinônimo, o antitético e o sintético.
  • Paralelismo Sinonímico: Segmento paralelo que repete uma ideia expressa no segmento anterior. Ocorre um tipo de paráfrase neste recurso: a segunda linha ratifica a mesma idéia da primeira, através do uso de expressões equivalentes. Exemplo: Salmos 51.2-3 “Lava-me completamente da minha iniqüidade/ e purifica-me do meu pecado./ Pois eu conheço as minhas transgressões,/ e o meu pecado está sempre diante de mim.” Veja também em Gênesis 4.23; Salmos 2.4; Salmos 24.1-3; Jeremias 17.10; Zacarias 9.9.
  • Paralelismo Antitético: Construção poética através da qual a ideia da primeira linha torna-se mais clara pelo contraste – pela oposição expressa na segunda linha. Exemplos dessa construção podem ser encontrados em Salmos 1.6 “Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos,/ mas o caminho dos ímpios perecerá” Veja também em Salmos 34.10; Provérbios 14.1;  Provérbios 14.20.
  • Paralelismo Sintético: Construção poética que amplifica a ideia da primeira linha na segunda. Conhecido também como paralelismo climático ou cumulativo. Neste tipo de paralelismo, contudo, há uma progressão ascendente (ou descendente), um desenvolvimento da ideia, onde cada linha seguinte amplia a primeira. Eis um bom exemplo desse recurso poético: “Ele é como árvore/ plantada junto a correntes de águas,/ que, no devido tempo, dá o seu fruto,/ e cuja folhagem não murcha;/ e tudo quanto ele faz será bem sucedido” Salmos 1.3
Outra forma poética encontrada no Antigo Testamento é o Acróstico alfabético, empregado comumente no livro de Salmos (Sl 9.10; 25; 34; 37; 111; 112; 119; 145). Nos Salmos alfabéticos, a primeira linha começa com a primeira letra do alfabeto hebraico, a seguinte com a segunda e assim por diante, até que todas as letras do alfabeto tenham sido usadas. Assim, o Salmo 119 consiste de 22 grupos de 8 versos cada um. O número de grupos iguala-se ao de letras no alfabeto hebraico.

A primeira letra de cada verso dentro de um determinado grupo é (no texto original hebraico) aquela letra do alfabeto que corresponde à sua posição no grupo.
Muitas das sutilezas da poesia hebraica, como os trocadilhos e os vários jogos de palavras são praticamente intraduzíveis no inglês e só podem ser apreciados na sua totalidade por um talentoso estudioso hebreu. Felizmente, há muito bons comentaristas à disposição para explicar ao leigo as riquezas do pensamento hebraico.

A Bíblia está repleta de figuras de linguagem, tais como as metáforas e as comparações. Por exemplo, o salmista descreveu Deus metaforicamente, dizendo: “O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte” Salmos 18.2 
Moises, descrevendo o cuidado de Deus por Israel no deserto, fez esta extraordinária comparação: “Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas, assim, só o SENHOR o guiou, e não havia com ele deus estranho” Deuteronômio 32.11-12. 
Tais figuras de linguagem não devem ser interpretadas literalmente, mas como um simbolismo poético para Deus. Ele é o firme fundamento da vida e proteção sólida contra o mal. Os adoradores cantam de alegria por Sua presença protetora e pelo sublime poder de Seu amoroso cuidado.

no Novo Testamento
Pouquíssima poesia é encontrada no Novo Testamento, exceto as citadas do Antigo Testamento ou os hinos que eram incluídos nos serviços de adoração da igreja primitiva. 
As Bem-aventuranças (Mt 5.3-10;  Lc 6.20-26) têm uma forma poética definida. O evangelho de Lucas contém vários poemas longos: A profecia de Zacarias (Lc 1.68-79), conhecida como Benedictus (Bendito); a Canção de Maria (Lc 1.46-55), conhecida como Magnificat (Engrandece); a Canção Celestial (Lc 2.14), conhecida como Glória in excelsis (Glória nas alturas); e a Benção de Simeão (Lc 2.29-32), conhecida como Nunc dimittis (Agora despedes).

Também podem ser encontrados exemplos de paralelismo no N.T.
Por exemplo, ocorre paralelismo sinônimo em Mateus 7.6: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas”.
O paralelismo antitético pode ser percebido em Mateus 8.20: “As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.
Já o paralelismo sintético ocorre no livro de João 6.32-33: “Não foi Moises quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá. Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo”.

Muitas passagens poéticas são encontradas nos escritos do Apostolo Paulo: sua celebração lírica do amor eterno de Deus (Rm 8.31-39); seus cânticos clássicos de amor (ICo 13); sua fé gloriosa no triunfo da ressurreição (ICo 15.51-58); e seus conceitos sobre o Cristo humilhado e exaltado (Fp 2.5-11). Quem pode negar o sentimento poético nas palavras de Paulo aos Coríntios? “Em tudo somos atribulados, porem não angustiados; perplexos, porem não desanimados; perseguidos, porem não desamparados; abatidos, porem não destruídos” (2Co 4.8-9)

Vulgata*
é a tradução para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século IV início do século V, por São Jerônimo, a pedido do bispo Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Cristã e ainda é muito respeitada.
A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta. 

"Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.
Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai." Fp 2. 5-11

Fonte: Dicionário Ilustrado da Bíblia-Vida Nova; Bíblia de Estudo Pentecostal; Bíblia de Estudo Defesa da Fé; Bíblia de Estudo Nova Versão Internacional; Wikipédia.

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