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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

As Bodas do Cordeiro - Escatologia - parte I

Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” Ap 19.7

“A esperança da Igreja é o aparecimento do Noivo e estar com Ele para sempre. E no quadro da Igreja como a Noiva de Cristo que encontramos o conceito da firme esperança dos salvos (At 23.6; Rm 8.20-25; 1Co 15.19).

“A Igreja Primitiva vivia em meio à expectação do retorno de seu amado Senhor. Esperança esta que só começou a diminuir no século III d.C.. Apesar dos séculos de negligência em torno do assunto, o século XIX foi reavivado para se voltar a esta realidade da Palavra de Deus.

“Entre os evangélicos, hoje, há um consenso generalizado sobre o fato de que Jesus Cristo realmente está prestes a voltar. Até mesmo entre os teólogos modernos, aquela conversa sobre a morte de Deus já é coisa passada. Hoje, eles já se voltam à doutrina das últimas coisas. Entretanto, a despeito dos modismos teológicos, precisamos estabelecer nossas convicções sobre a verdade revelada na Palavra de Deus. Afinal, o próprio Jesus, durante o seu ministério terreno, já afirmara categoricamente: ‘Eu voltarei’.

“Por que esta doutrina é tão estratégica e importante?
Por um grande motivo: é a chave para a história da humanidade. Estamos nos movendo inexoravelmente para a consumação de todas as coisas. A maioria das religiões e filosofias não-cristãs têm um ponto de vista cíclico da história. Os hindus, por exemplo, vêem-na como se fora uma roda da vida, girando sem parar, sem começo nem fim. Mas a visão bíblica da história é linear.

“Houve um começo, um evento central — a cruz. Quando Jesus bradou: ‘Está consumado!’ (Jo 19.30), assegurava-nos Ele, por intermédio de Sua paixão e morte, a nossa redenção. Mas ainda não possuímos a plenitude de nossa salvação e da herança que Cristo nos conquistou. Estas tornar-se-ão plenas quando Ele retomar para levar a sua Igreja (Rm 13.11; 8.23; Hb 9.28). Não obstante, já estamos usufruindo de muitas bênçãos provenientes da cruz.” - (Doutrinas Bíblicas-CPAD)

A Igreja, glorificada e coroada no céu, será definitivamente desposada pelo glorioso esposo, Jesus, o Cordeiro.

Leitura Bíblica: Mateus 25.1-12
1 — Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
2 — E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
3 — As loucas, tomando as suas lâmpadas não levaram azeite consigo.
4 — Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
5 — E, tardando o esposo, tosquenejaram todas e adormeceram.
6 — Mas, à meia-noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!
7 — Então, todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas.
8 — E as loucas disseram às prudentes: dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.
9 — Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós.
10 — E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
11 — E, depois, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos a porta!
12 — E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.

Usando um princípio pedagógico, que recomenda “partir do conhecido para o desconhecido”, Jesus utiliza a analogia do casamento para apresentar o ensino sobre a iminente vinda de Cristo a fim de buscar a Sua Igreja. Não podemos esquecer que o casamento do Oriente nos tempos bíblicos acontecia sob padrões e costumes culturais bastante diferentes dos que conhecemos na atualidade.

A Igreja é a esposa de Cristo porque está comprometida com Ele.

INTRODUÇÃO
A ceia das bodas do Cordeiro é a expressão máxima da relação entre Cristo e Sua Igreja. E a figura do casamento, do esposo e a esposa, que aparece na Bíblia em várias passagens (Jo 3.29; 2Co 11.2; Ef 5.25-33; Ap 19.7,8; 21.1 — 22.7). O texto de Mateus 25 apresenta uma parábola de Jesus que retrata a história de um casamento, e que oferece dupla interpretação: uma sobre Israel e outra a respeito da Igreja.


I. ANALOGIA CORRETA DA PARÁBOLA
1. Fundo histórico.
Jesus ilustrou Seu ensino utilizando-se do costume oriental para o casamento. Depois de feitas as cerimônias religiosas, começava-se a celebração festiva do casamento. A festa podia prolongar-se por vários dias, dependendo das possibilidades do pai da noiva. Nos festejos noturnos, os convidados deviam sempre ter lâmpadas acesas. No caso da história de Jesus, o noivo atrasou. Os convidados deveriam estar devidamente preparados com azeite em suas vasilhas e nas lâmpadas. Qualquer convidado sem lâmpada era considerado um estranho e não podia entrar na festa.

2. Correntes de interpretação.
A primeira interpretação diz que as virgens representam o remanescente judeu (144 mil) salvo no período da Grande Tribulação. A segunda distingue os dois grupos como uma representação dos crentes salvos e dos crentes apenas nominais no seio da Igreja, quando da vinda de Cristo. A terceira interpreta as dez virgens como um todo e, também, cada crente individualmente.

3. Quem são as dez virgens? (Mt 25.1)
Não são dez pretendentes do esposo. Nem são dez igrejas cristãs que competem pelo mesmo esposo. São, na verdade, os crentes individualmente que compõem o corpo da Igreja (a esposa do Cordeiro). O número dez não tem um significado dogmático ou doutrinário e, sim, um sentido de inteireza. Representa a noiva na sua inteireza. Jesus via a Igreja como um todo, o corpo invisível em toda a Terra (1Co 12.12,14,27). Ele via, também, a igreja local e visível, isto é, os membros em particular.

4. Por que as palavras “esposo” e “esposa”?
No Oriente, o noivado é tão sério quanto o casamento. Na história bíblica a mulher comprometida em noivado era chamada esposa e, apesar de não estar unida fisicamente ao noivo, ela estava obrigada à mesma fidelidade como se estivesse casada (Gn 29.21; Dt 22.23,24; Mt 1.18,19). A Igreja é a esposa de Cristo porque está comprometida com Ele (Ap 19.7; 21.9; 22.17).

"Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias." Isaías 61:10

II. AS CONDIÇÕES ESPIRITUAIS DA ESPOSA. (Mt 25.2-5)
1. Duas classes de crentes: os insensatos e os cautelosos.
Essas duas classes são uma realidade espiritual na Igreja de Cristo. São identificadas por Jesus como loucas e prudentes. As loucas representam os cristãos insensatos e alienados espiritualmente. São aqueles cristãos que não agem racionalmente na sua vida de fé, por isso, não sabem o que estão fazendo.
As prudentes representam os cristãos cautelosos e previdentes, que mantêm uma vida de vigilância e espiritualidade.

2. Ingredientes indispensáveis para estar nas bodas.
Aquelas virgens tinham vasilhas e lâmpadas (Mt 25.7-9). Mas precisavam, na verdade, ter o principal elemento: o azeite. As loucas não levaram azeite em suas vasilhas, mas as prudentes sim. Estavam devidamente preparadas. Aquelas virgens tinham que ter vestidos brancos de linho fino (Ap 19.8), lavados no precioso sangue do Cordeiro (Ap 7.14). Precisavam de calçados do Evangelho da Paz (Is 52.7; Ef 6.15). Tinham que ter com elas vasilhas para o azeite (Mt 25.4: Ef 5.18) e o próprio azeite (Mt 25.3,4), que é símbolo do Espírito Santo.

"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;" Efésios 5:18

III. O TEMPO DAS BODAS (Mt 25.6)
1. O sentido do clamor da meia-noite.
O texto diz: “Mas à meia-noite, ouviu-se um clamor” (Mt 25.6).
Que representa a meia-noite?
É o tempo do clímax da esperança da Igreja. É o fim e o princípio de um tempo (dia, dispensação, era). É a hora do silêncio total, quando todos dormem. Pode ser a consumação ou princípio de um novo dia ou tempo. Não é difícil de estabelecer o tempo desse evento. Ele acontecerá entre o arrebatamento da Igreja e a segunda fase da volta de Cristo à Terra. Ocorrerá, precisamente, logo após o julgamento das obras dos crentes no tribunal de Cristo, visto que em Ap 19.8, a esposa aparece vestida de linho fino que “são as justiças dos santos”.

2. O Dia de Cristo (Fp 1.10).
Na linguagem escatológica a palavra “dia” é interpretada, literal ou figuradamente, dependendo do seu contexto. Dia pode, então, representar ano, ou seja, um dia igual a um ano, conforme se percebe na profecia de Daniel capítulo 9. Destacamos no contexto bíblico quatro dias (anos, tempos) históricos para a humanidade: o “dia do homem” (1Co 4.3), que compreende o tempo da história da humanidade; o Dia de Cristo (Fp 1.10), que diz respeito, especialmente, ao tempo de sete anos, nos quais a Igreja estará no céu e, simultaneamente, ocorrerá na Terra a Grande Tribulação; o Dia do Senhor (1Ts 5.2), a manifestação pessoal e visível de Cristo no final da Grande Tribulação, e durará mil anos (Milênio); e, finalmente, o Dia de Deus (2Pe 3.12,13), que é o tempo do Juízo Final e da restauração de todas as coisas, o começo do Reino eterno.
Neste estudo, o Dia de Cristo abrange três fatos escatológicos especiais, os quais são:
- o encontro da Igreja com Cristo nas nuvens (1Co 15.51,52; 1Ts 4.14-17);
- o tribunal de Cristo (2Co 5.10; Fp 1.10; 2Co 1.14; Ef 5.27);
- e, as bodas do Cordeiro (Ap 19.7).


IV. CARACTERÍSTICAS DAS BODAS
1. Lugar das bodas (Ap 19.1; 21.9).
Pela ordem normal dos acontecimentos escatológicos, esse evento acontecerá no céu. Quando João declarou “ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão que dizia: Aleluia!”, ele identificou naturalmente o lugar. Alegria e triunfo pelas vitórias do Cordeiro são demonstradas e, a seguir, surge a noiva do Cordeiro já glorificada, coroada e preparada para o glorioso casamento. Entendemos, então, que o céu é o lugar mais adequado para esse acontecimento extraordinário.

2. Participantes das bodas.
O casamento é de Cristo e a Igreja, mas os convidados são muitos. De acordo com Dn 12.1-3 e Is 26.19-21, o Israel salvo da Grande Tribulação e os santos do Antigo Testamento são os convidados especiais. Devemos ter cuidado na interpretação desse evento para não confundirmos nem misturarmos os fatos que envolvem as bodas no céu e as bodas na Terra.

No céu, as bodas são da Igreja e o Cordeiro (Ap 19.7-9). Na Terra, as bodas envolvem Israel e o Cordeiro (Mt 22.1-14; Lc 14.16-24; Mt 25.1-13).

A cena das bodas no céu difere das bodas na Terra. No céu, somente a Igreja e seus convidados participarão. Na Terra, Israel estará esperando que o esposo venha convidá-lo a conhecer a esposa (a Igreja), que estará reinando com Ele no período milenial.


CONCLUSÃO
No céu, os salvos receberão as recompensas (coroas) por suas obras feitas na Terra, e as bodas do Cordeiro coroará a Igreja pela sua fidelidade a Cristo.

"E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus." Apocalipse 19:6-9


SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O conceito da ceia das bodas é mais bem compreendido à luz dos costumes de casamento no tempo de Cristo.

Esses costumes de casamento tinham três partes principais.


Primeiro, um contrato de casamento era assinado pelos pais da noiva e do noivo, e os pais da noiva pagavam um dote ao noivo ou seus pais. Esse passo dava início ao período de noivado. José e Maria estavam nesse período quando ela engravidou do Espírito Santo (Mateus 1:18, Lucas 2:5).
O segundo passo no processo geralmente ocorria um ano depois, quando o noivo, acompanhado por seus amigos, ia à casa da noiva à meia-noite, criando um desfile com tochas pelas ruas. A noiva sabia de antemão que isso ia acontecer, assim se preparando com suas servas, e todos participariam do desfile e iam à casa do noivo. Este costume é a base da parábola das dez virgens em Mateus 25:1-13. A terceira fase era a ceia das bodas em si, a qual podia durar dias, assim como ilustrada pelo casamento em Caná em João 2:1-2.

O que a visão de João em Apocalipse retrata é a festa das bodas do Cordeiro (Jesus Cristo) e Sua noiva (a Igreja) em sua terceira fase. A implicação é que as duas primeiras fases já ocorreram. A primeira fase foi concluída na terra quando cada crente colocou a sua fé em Cristo como Salvador. O dote pago aos Pais do Noivo (Deus Pai) seria o sangue de Cristo derramado a favor da Noiva. A Igreja na terra hoje, então, é a "noiva" de Cristo e, como as virgens prudentes da parábola, todos os crentes devem estar observando e esperando o aparecimento do Noivo (a Segunda Vinda). A segunda fase simboliza o Arrebatamento da igreja, quando Cristo vier para reivindicar a Sua noiva e levá-la para a casa do Pai. A ceia das bodas então segue como o terceiro e último passo.
Não só a Igreja vai participar da festa de casamento como a noiva de Cristo, mas outras pessoas também. Essas "outras pessoas" incluem os santos do Antigo Testamento que serão ressuscitados na Segunda Vinda, bem como os mortos martirizados da Tribulação. Assim como o anjo disse a João para escrever: "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. Disse-me ainda: Estas são as verdadeiras palavras de Deus" (Apocalipse 19:9). A ceia das bodas do Cordeiro é uma celebração gloriosa de todos os que estão em Cristo! 
As bodas do Cordeiro referem-se particularmente à Igreja e ocorrem no céu. A ceia de casamento inclui Israel e ocorre na terra. (PENTECOSTS, J.Dwight. Manual de Escatologia, uma análise detalhada dos eventos futuros.SP.Editora Vida,pg.(5-6-7-8) pg.248,249)


...Subsídio Teológico
“Quando Jesus aparecer para destruir o Anticristo e as suas tropas, os exércitos dos céus seguirão a Jesus, montados em cavalos brancos (que simbolizam o triunfo) ‘e vestidos de linho fino, branco e puro’ (Ap 19.14). Esse fato identifica-os com a noiva do Cordeiro (a Igreja) que participa das bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). Isto significa que já estiveram no céu, e já estão plenamente vestidos da ‘justiça dos santos’ (v.8). Esse fato também deixa subentendido que aqueles atos de justiça já estão completos, e que os crentes foram ressuscitados, transformados e levados ao céu. Ficaria subentendido, também, que já tinham comparecido diante do tribunal de Cristo (2Co 5.10). Que tempo de alegria e deleite aquelas bodas serão!” (Teologia Sistemática, CPAD)


SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
O comentário sobre o capítulo 19 de Apocalipse no livro Daniel e Apocalipse (CPAD) apresenta o seguinte cenário, mostrando a Igreja ao lado de Jesus, na Glória, antes dEle aparecer em glória e poder:

Versículos 1-9. Uma imensurável multidão regozija-se no Céu, juntamente com os vinte e quatro anciãos e os seres viventes. É um coral gigantesco. Eles intercalam quatro grandes aleluias no seu cântico (vv.1,3,4,6).

“‘bodas do Cordeiro’ (v.7). Esse glorioso evento tem lugar no Céu após o arrebatamento da Igreja. E o encontro, que durará para sempre, da Igreja com o seu Senhor, que a resgatou com o Seu precioso sangue e a conduziu a salvo ao lar celestial, apesar das tempestades da vida. E o encontro que não terá jamais separação.

“O ‘linho fino’ do vestido da Igreja (vv.7,8) são os ‘atos de justiça dos santos’, indicando, portanto, resultado de julgamento do tribunal de Cristo. Para que isso aconteça aqui, a Igreja terá subido antes.

“ ‘ceia das bodas do Cordeiro’ (v.9). Deve ser a participação da Igreja na destruição do poder gentílico mundial sob a Besta, a partir do instante em que Jesus tocar a Terra. As bodas do Cordeiro têm lugar no Céu, ao passo que ‘a ceia do grande Deus’ (v.17), tem lugar na Terra, sendo, pois, dois fatos totalmente distintos quanto à sua natureza”.

Fonte:
Escatologia - Doutrina das últimas coisas - Severino Pedro da Silva (CPAD)
Escatologia- o estudo das últimas coisas - Comentarista: Elienai Cabral - 3ºtrim/1998
Stanley Horton - Doutrinas Bíblicas-CPAD

O Calendário da Profecia - CPAD
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia Defesa da Fé


Leia também: 
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Debaixo das Tuas asas...

"Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades." 
Salmo 57:1

Um exército de homens armados cercava a caverna de Adulão, lugares estratégicos de Mizpá e Judá a fim de capturar Davi. O ódio e a inveja de Saul provocava toda esta situação de calamidade. E é nesse contexto que o Salmo 57 é criado, como um uma oração de socorro na providência Divina. À sombra das asas de Deus era o único lugar, o mais seguro lugar, inacessível para os inimigos e absolutamente disponível para o Davi aflito e confiante. Deus, portanto, é invocado em oração, como um pássaro cuidadoso e amoroso abrigando seu filhote embaixo de Suas asas.

Em vários outros lugares da Bíblia a fraternal imagem do Pai Pássaro é invocada para transmitir a atuação de Deus em relação aos homens. No livro do profeta Sofonias, por exemplo, as asas de Deus estão estendidas sobre o remanescente humilde de Israel:

"Mas deixarei no meio de ti um povo humilde e pobre; e eles confiarão no Nome  do Senhor." Sofonias 3:12. Confiar aqui se traduz em chasah (dicionário Strong 02620) = abrigar em Deus, acolhido em Deus, sob a proteção de Deus da mesma forma que um filhote pássaro está protegido sob as asas de seus pais.

Em outra passagem, Deus também é citado como um abrigo com asas resguardando a jovem Rute, uma mulher sem posses e sem herdeiros que teve sua vida transformada através da fé em um Deus que não apenas abriga filhos, mas preserva sonhos fazendo-os florescer na sombra do Seu tempo:

O Senhor retribua a você o que você tem feito! Que seja ricamente recompensada pelo Senhor, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio!" Rute 2:12

É revigorante abrigar-se em Deus todos os dias e voltar a abrigar-se nas calamidades. Neste tempo as asas de Deus nos aquecem enquanto o mundo é um lugar gélido e cruel.

As asas de um pássaro se oferecem como abrigo de forma totalmente voluntária, por bondade, cuidado. É sob as asas que os filhotes estão salvos de predadores, do mau tempo. E aquilo que estaria destinado aos filhotes, recae sobre o pássaro de asas abertas (ou fechadas) que abriga filhotes. E essa situação é tão parecida com o amor de Cristo que abriu seus braços em uma cruz para abrigar o mundo, para salvar pecadores. Tudo recaiu sobre Ele: nossas dores, enfermidades, maldades (Isaías 53:4). E na cruz nos abrigamos, no calvário, à sombra de Cristo nos refazemos, até que este mundo passe, que tudo passe e tudo haverá de passar, somente o amor de Cristo triunfará (I coríntios 13:10).

Abriguemos-nos em Deus que por meio de Cristo estende Suas asas sobre nós. E neste lugar estamos salvos. Calamidades existem, elas nos alcançam sem permissão nossa. Porque é curso da vida a incerteza dos dias. Mas, sob as asas de Deus somos transportados para um lugar de paz, uma paz que o mundo jamais poderá dar (João 14:27).

Deus o abençoe.

Texto postado por WilmaRejane - via A Tenda na Rocha

"Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel. [...]" Salmos 91:1-4

Aqui eu Aprendi!

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Eis que o Semeador saiu a semear...

O Semeador, a Semente e os Solos

Jesus contou freqüentemente, por parábolas, histórias sobre os acontecimentos do dia a dia que ele usava para ilustrar verdades espirituais. 

Uma das mais importantes destas parábolas é aquela registrada em Mateus 13:1-23, Marcos 4:1-20 e Lucas 8:4-15. Esta história fala de um fazendeiro que lançou sementes em vários lugares com diferentes resultados, dependendo do tipo do solo. 

A importância desta parábola é salientada por Jesus em Marcos 4:13: "Não entendeis esta parábola e como compreendereis todas as parábolas?" Jesus está dizendo que esta parábola é fundamental para o entendimento das outras. Esta é uma das três únicas parábolas registradas em mais do que dois evangelhos, e também é uma das únicas que Jesus explicou especificamente. Precisamos meditar cuidadosamente nesta história.

A história em si é simples: "Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de umidade. Outra caiu no meio dos espinhos; e, estes, ao crescerem com ela, a sufocaram. Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cento por um" (Lucas 8:5-8).

A explicação de Jesus é também fácil de entender: "A semente é a palavra de Deus. A que caiu à beira do caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos. A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam. A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer. A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração retêm a palavra; estes frutificam com perseverança" (Lucas 8:11-15).

Alguém ensina as Escrituras a várias pessoas; a resposta dessas pessoas depende do estado do coração delas, isto é, de sua atitude. Consideremos o semeador, a semente e o solo.

O Semeador
O trabalho do semeador é colocar a semente no solo. Uma vez que a semente for deixada no celeiro, nunca produzirá uma safra, por isso seu trabalho é importante. Mas a identidade pessoal do semeador não é. O semeador nunca é chamado pelo nome nesta história. Nada nos é dito sobre sua aparência, sua capacidade, sua personalidade ou suas realizações. Ele simplesmente põe a semente em contato com o solo. A colheita depende da combinação do solo com a semente.

Aplicando-se espiritualmente, os seguidores de Cristo devem estar ensinando a palavra. Quanto mais ela é plantada nos corações dos homens, maior será a colheita. Mas a identidade pessoal do professor não tem importância.

"Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma cousa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento" (1 Coríntios 3:6-7).

Em nossos dias, o semeador tornou-se a figura principal e a semente é bastante esquecida. A propaganda das campanhas religiosas freqüentemente contém uma grande fotografia do orador e dá grande ênfase ao seu nível escolar, sua capacidade pessoal e o desenvolvimento de sua carreira; o evangelho de Cristo que ele supõe-se estar pregando é mencionado apenas naquelas letrinhas, lá no canto. 

Não devemos exaltar os homens, mas fixarmo-nos completamente no Senhor. (Mt 13:37)

A Semente
A semente é a Palavra de Deus. Cada conversão é o resultado do assentamento do evangelho dentro de um coração puro.

A palavra gera (Tiago 1:18), salva (Tiago 1:21), regenera (1Pedro 1:23), liberta (João 8:32), produz fé (Romanos 10:17), santifica (João 17:17) e nos atrai a Deus (João 6:44-45).

Como o evangelho se espalhava no primeiro século, foi-nos dito muito pouco sobre os homens que o divulgaram, porém muito nos foi dito sobre a mensagem que eles disseminaram (estude o livro de Atos e note que em cada cidade para onde os apóstolos viajaram, os homens eram convertidos como resultado da palavra que era ensinada). A importância das Escrituras deve ser ressaltada ao máximo.

Isto significa que o professor tem que ensinar a palavra. Não há substitutos permitidos.

Freqüentemente, pessoas raciocinam que haveria uma colheita maior se alguma outra coisa fosse plantada. Então, igrejas começam a experimentar outros meios, de modo a conseguir mais adeptos. Elas recorrem a divertimentos, festas, esportes, aulas de Inglês, bandas, eventos sociais e muitas outras coisas para tentar atrair as pessoas que não estariam interessadas, se pregassem somente o evangelho.

Considere esta ilustração: Imagine que meu pai me mandou plantar milho, pois ele estaria ausente da fazenda por alguns meses. Depois que ele saiu, eu decidi experimentar o solo e descobri que não era bom para o plantio do milho, mas daria um estouro de safra de melancias. Então resolvi plantar melancias. Imagine a reação de meu pai quando ele voltar para casa, esperando receber milho, e eu lhe mostrar um caminhão de melancias, em vez disso. Nosso Pai celestial nos disse qual semente plantar: a palavra de Deus. Não é nosso trabalho analisar o solo e decidir plantar alguma outra coisa, esperando receber melhores resultados. A colheita do evangelho pode ser pequena (se o solo for pobre), mas Deus só nos deu permissão para plantar a palavra. Somente plantando a Palavra de Deus nos corações dos homens o Senhor receberá o fruto que ele espera. Ou, usando uma figura diferente: as Escrituras são a isca de Deus para atrair o peixe que ele quer salvar. Precisamos aprender a ficar satisfeitos com seu plano.

Aqui há uma lição para o ouvinte também. O fruto produzido depende da resposta à Palavra. É decisivamente importante ler, estudar e meditar sobre as Escrituras. A palavra tem que vir habitar em nós (Colossenses 3:16), para ser implantada em nosso coração (Tiago 1:21). Temos que permitir que nossas ações, nossas palavras e nossas próprias vidas sejam formadas e moldadas pela palavra de Deus.

Uma safra sempre depende da natureza da semente, não do tipo da pessoa que a plantou. Um pássaro pode plantar uma castanha: a árvore que nascer será um castanheiro, e não um pássaro. Isto significa que não é necessário tentar traçar uma linhagem ininterrupta de fiéis cristãos, recuando até o primeiro século. Há força e autoridade próprias da palavra para produzir cristãos como aqueles do tempo dos apóstolos. A palavra de Deus contém força vivificante. O que é necessário é homens e mulheres que permitam que a palavra cresça e produza frutos em suas vidas; pessoas com coragem para quebrar as tradições e os padrões religiosos em volta deles, para simplesmente seguir o ensinamento da Palavra de Deus. Hoje em dia, a palavra de Deus tem sido freqüentemente misturada com tanta tradição, doutrina e opinião que é quase irreconhecível. Mas se pusermos de lado todas as inovações dos homens e permitirmos que a palavra trabalhe, podemos tornar-nos fiéis discípulos de Cristo justamente como aqueles que seguiram Jesus 2000 anos atrás. A continuidade depende da semente.

Os Solos
É perturbador notar que a mesma semente foi plantada em cada tipo de solo, mas os resultados foram muito diferentes. A mesma palavra de Deus pode ser plantada em nossos dias; mas os resultados serão determinados pelo coração daquele que ouve.

Alguns são solo de beira de estrada, duro, impermeável. Eles não têm uma mente aberta e receptiva para permitir que a palavra de Deus os transforme. O evangelho nunca transformará corações como estes porque eles não lhe permitem entrar.

As raízes das plantas, no solo pedregoso, nunca se aprofundam. Durante os tempos fáceis, os brotos podem parecer interessantes, mas abaixo da superfície do terreno, as raízes não estão se desenvolvendo. Como resultado, se vem uma pequena temporada seca ou um vento forte, a planta murcha e morre. Os cristãos precisam desenvolver suas raízes por meio de fé em Cristo e de estudo da Palavra cada vez mais profundo. Tempos difíceis virão, e somente aqueles que tiverem desenvolvido suas raízes abaixo da superfície sobreviverão.

Quando se permite que ervas daninhas cresçam junto com a semente pura, nenhum fruto pode ser produzido. As ervas disputam a água, a luz solar e os nutrientes e, como resultado, sufocam a boa planta. Existe uma grande tentação a permitir que interesses mundanos dominem tanto nossa vida que não nos resta energia para devotar ao crescimento do evangelho em nossas vidas.

Então, há o bom solo que produz fruto.

A conclusão desta parábola é deixada para cada um escrever.

Que espécie de solo você é? 
(deixe seu comentário. Seu testemunho será muito importante) 

Texto: por Gary Fisher - via Estudos da Bíblia 
Aqui eu Aprendi!

sábado, 6 de fevereiro de 2016

18ª Consciência Crista - Campina Grande (PB)

Consciência Cristã

O 18º Encontro para a Consciência Cristã acontece de 04 a 09 de fevereiro, no Complexo do Parque do Povo, em Campina Grande (PB). 

No total, 32 preletores estarão no evento, entre eles, Hernandes Dias Lopes, Augustus Nicodemus, Russell Shedd, Heber Campos Jr., Jonas Madureira, Aurivan Marinho, Renato Vargens, Sillas Campos, Ciro Sanches Zibordi e Conrad Mbewe, pastor africano que estará no evento pela primeira vez. 

A Consciência Cristã 2016 terá ainda as participações musicais do Grupo Vencedores por Cristo, do Ministério Sal da Terra e do cantor Carlinhos Félix.


O QUE É ESSE EVENTO?
Consciência Cristã é um encontro teológico organizado pela VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã) realizado todos os anos na cidade de Campina Grande na Paraíba. O presidente da organização é o pastor Euder Faber (há 17 anos na diretoria do ministério).


ACONTECE
A noite desta quinta-feira (04) marcou a abertura oficial do 18º Encontro para a Consciência Cristã. Milhares de pessoas prestigiaram a plenária, que foi realizada no Pavilhão Consciência Cristã, montado na parte superior do Parque do Povo.

A abertura foi prestigiada por autoridades civis e militares, tais como o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues; o vice-prefeito, Ronaldo Cunha Lima Filho; os deputados estaduais Tovar Correia Lima e Bruno Cunha Lima; Maj. Gilberto Felipe, comandante do 2º BPM; Antônio Jatobá, presidente do Convention Bureau; os vereadores Saulo Noronha, Lafite e Alexandre Pereira da Silva.

A plenária foi marcada pela participação de Hernandes Dias Lopes, que ministrou um sermão intitulado “Proclamando o Deus verdadeiro na terra dos deuses”, baseado em Atos 17.

Durante sua fala, Hernandes ressaltou que o ser humano precisa se arrepender e crer em Cristo para ser salvo da condenação eterna, independente de sua origem, posição social ou proeminência entre os homens.

Além da mensagem, a plenária de abertura também teve participações musicais de Carlinhos Félix, AD Souto e Cristiano Borges, Orquestra Átrios de Louvor e Coral Silvino Sylvestre.

A primeira noite da 18ª Consciência Cristã também contou com programação especial para as crianças, no 14º Consciência Cristã Kids, e com a 4ª Feira do Livro da Consciência Cristã, que atraiu milhares de pessoas à Pirâmide do Parque do Povo.

A programação da 18ª Consciência Cristã continua nesta sexta-feira (05). À noite, a plenária terá mensagem ministrada por Augustus Nicodemus, e participação musical de Carlinhos Félix. A entrada é franca.

FELICC - 4ª Feira do Livro da Consciência Cristã
Com preços especiais, a feira terá milhares de títulos de algumas das principais editoras evangélicas do Brasil: Sociedade Bíblica do Brasil, CPAD, Fiel, Vida, Hagnos, Vida Nova, Cultura Cristã, PES, Mundo Cristão, Pão Diário, Esperança, AD Santos, Nustra e Visão Cristã, o selo editorial oficial do evento. Os títulos serão vendidos com preços e condições especiais de pagamento.

Visite site oficial: www.conscienciacrista.org.br.

Fonte: GospelPrime - Notícias
com informações de Consciência Cristã - conscienciacrista.org.br


"Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém."  Romanos 11:36

Aqui eu Aprendi!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A doutrina produz avivamento

Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” 
Hc 3.2

“Aviva, ó Senhor - O profeta sabia que o povo não sobreviveria se o Senhor não intervisse com uma nova manifestação do seu Espírito. Somente assim a vida espiritual dos fiéis seria preservada, por isso o clamor. Tal fato fica ainda mais evidente quando Habacuque diz para que Deus, na ira, em meio à aplicação do seu juízo, não se esqueça da misericórdia. Ele está querendo dizer com isso que só a misericórdia divina poderá preservar o justo em tempos de aflição e angústia. Sem a Sua misericórdia, o povo haveria de perecer.” [1]

O avivamento só é possível através do estudo amoroso, persistente e sistemático da Bíblia Sagrada.

A doutrina bíblica deve ser contemplada pelos fiéis (Sl 119.18); desejada piedosamente (Sl 119.29,174); amada (Sl 119.97); obedecida (Sl 119.34); e não deve ser esquecida no momento da perseguição (Sl 119.61).

O termo hebraico traduzido por “avivar” em Hc 3.2, aparece em diversos textos do Antigo Testamento com o sentido de “viver”, “ter vida”, “ser vivificado”, “restaurar”, “curar”, entre outros importantes sentidos — todos traduzem o verbo hāya, “viver” ou “ter vida”. Portanto, avivamento, no contexto de Habacuque, contempla tanto o sentido imediato de reviver, renovar; quanto o sentido escatológico de pôr em execução o programa salvífico de Deus (Hc 1.5-2; At 2.16-21).

introdução

Certa feita, declarou Charles Finney: “Todos os ministros devem ser ministros de avivamento, e toda pregação deve ser pregação de avivamento”. Um ministro de avivamento é um obreiro comprometido com o ensino sistemático da Bíblia.

I. O QUE É O AVIVAMENTO

O avivamento pode ser definido como o retorno aos princípios que caracterizavam a Igreja Primitiva. É o retorno à Bíblia como a nossa única regra de fé e prática. É a retomada da oração como a mais bela expressão do sacerdócio universal do crente. É o regresso à Grande Comissão, cujo lema continua a ser: Até aos confins da Terra.

II. HABACUQUE E O AVIVAMENTO (Hc 3.2)

O profeta roga ao Senhor que desperte os judeus a reerguerem-se como sua particular herança, a fim de que proclamem o seu conhecimento entre as nações.

III. O AVIVAMENTO E A PALAVRA DE DEUS
O avivamento promovido pelo bom rei Josias teve início com a descoberta do Livro da Lei na Casa do Senhor (2 Rs 22.8).

1. Um avivamento superficial (2 Rs 23.25). 
Infelizmente, não teve esse avivamento resultados permanentes; morrendo o rei, morreu o avivamento (2 Rs 23.31-37). Em menos de vinte anos, voltava Judá aos antigos pecados, forçando o Senhor a entregá-lo nas mãos dos babilônios (2 Rs 24.1-7).

2. Um avivamento mais duradouro. 
Depois de um exílio de setenta anos, voltaram os filhos de Judá à sua herdade (Ed 1.1-11). E sob a liderança de homens como Zorobabel e Neemias, começaram a ser instruídos por Esdras na Lei de Deus. Leia Neemias 8.
Revendo a História Sagrada, constatamos: o avivamento foi mais do que suficiente para conduzir os judeus por todos aqueles anos de silêncio profético até que, no deserto da Judéia, fosse ouvida a voz de João Batista, anunciando a chegada do Reino de Deus com a vinda de Jesus Cristo (Mt 3.1-11).

IV. O ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS

Do capítulo oito de Neemias, concluímos: o que se deu em Judá, após o cativeiro e depois de reconstruído o Santo Templo, foi um grande avivamento espiritual. Os judeus foram despertados pelo ensino amoroso e persistente da Palavra de Deus.

1. O anseio do povo pelo ensino da Palavra. 
O povo ansiava por ser instruído na Palavra de Deus (Ne 8.1).

2. O compromisso de Esdras com a Palavra. 
Se por um lado, ansiava a nação pelo ensino da Palavra de Deus; por outro, os seus líderes, tendo à frente Neemias, o governador, e Esdras, um sacerdote e escriba versado na Lei de Deus, achavam-se comprometidos com a Palavra. Observemos o compromisso de Esdras com o ensino das Sagradas Escrituras (Ne 8.2).

3. O ensino persistente da Palavra. 
A carência espiritual do povo era tão flagrante, que a instrução bíblica estendeu-se da alva ao meio dia (Ne 8.3).

4. A explicação da Palavra. 
Embora erudito, Esdras não se estendeu à erudição; através de sua didática magna, tornava o ensino da Palavra de Deus inteligível e claro para toda a nação (Ne 8.8).

5. O avivamento que vem do ensino da Palavra. 
Já devidamente instruído na Palavra de Deus, o povo pôs-se a chorar; a Palavra de Deus era irresistível; o avivamento havia chegado. Entretanto, o que era choro, converteu-se em júbilo (Ne 8.12).

CONCLUSÃO

De acordo com Arthur Wallis, o avivamento é a intervenção divina no curso normal das coisas.
No tempo de Esdras, o avivamento veio através do ensino das Sagradas Escrituras. Portanto, se quisermos igrejas avivadas, comecemos pela Palavra de Deus. Sem ela, não pode haver avivamento.

...mais sobre o HABACUQUE
profeta do Antigo Testamento
Seu nome - em sua tradução significa "abraço"; ou ainda "abraçado por Deus";
Seu Livro - escrito pelo próprio profeta, contém 3 capítulos - Um dos Profetas Menores;
Contemporâneo de Sofonias e Jeremias;
Data - provavelmente, tenha sido escrito durante o intercalo entre a queda de Nínive, em 612 a.C. e a queda de Jerusalém, em 586 a.C..
A declaração Hc 2:4 "...mas o justo pela sua fé viverá." inspiração para o Apostolo Paulo (Rm 1:17); inspiração para Martin Lutero - Reforma Protestante.

Subsídio Teológico
“O significado da fé em Habacuque
Além de estar dizendo claramente que os justos de Judá, apesar do sofrimento pelo qual passarão no ataque caldeu, serão poupados (como aconteceu com Jeremias, Daniel e tanto outros), o Senhor mostra ao profeta que sua compreensão concernente à vida espiritual ainda era superficial. Ainda faltava a Habacuque considerar alguns aspectos essenciais da vida com Deus. Sua Teologia ainda ignorava nuanças vitais, e que agora são sintetizadas para o profeta em uma única frase: ‘O justo viverá pela sua fé’.
O justo não vive pelo que vê, sente, percebe, imagina ou pensa, mas pela fé. ‘Porque andamos por fé e não por vista’ (2 Co 5.7). Não que essas coisas não sirvam, vez por outra, para alimentar a nossa fé, mas não podem ser considerados fundamentos para ela. Nossa fé está fundamentada no próprio Deus, em sua Palavra. O justo está baseado nela” (DANIEL, S. Habacuque: A vitória da fé em meio ao caos. 1 ed. RJ: CPAD, 2005, p.90).

"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas. (Para o cantor-mor sobre os meus instrumentos de corda)." Habacuque 3:17-19

Fonte:
Lições Bíblicas - As verdades centrais da Fé cristã - Claudionor Corrêa de Andrade-CPAD_4º_trim_2006
Zuck, R. B. Teologia do Antigo Testamento. CPAD-2009.
Dicionário Wycliffe - CPAD
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia de Estudo Plenitude
Bíblia Defesa da Fé

[1]Daniel, S. Habacuque. A vitória da fé em meio ao caos.  RJ:CPAD,2005, pag.143

Aqui eu Aprendi!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Doutrina, Teologia, Religião e Revelação

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." 
2Timóteo 3:16,17

Vamos, juntos, crescendo na Graça e no Conhecimento!

O que significa Doutrina
Doutrina significa "ensino” ou “instrução” (Didachê, grego).

"Doutrina cristã pode definir-se assim: as verdades fundamentais da Bíblia dispostas em forma sistemática. Este estudo chama-se comumente: “teologia”, ou seja, “um tratado ou discurso racional acerca de Deus. (Myer Pearlman)

O que é Teologia?
É a ciência que trata sobre Deus e as relações entre Deus e o Universo.

outra definição: É o estudo acerca de Deus baseado na experiência do homem com Ele e na revelação divina. 
THEOS (do grego): Deus
LOGIA (do grego): Estudo, tratado.

Qual o objetivo da Teologia ou Teologia Sistemática?
O teólogo Langston reponde esta pergunta da seguinte forma: “Pretendemos, no estudo de teologia sistemática, selecionar fatos que nos façam conhecer melhor a pessoa de Deus, as Suas relações com o universo, e organizá-los num sistema racional. Não se encontra na Bíblia uma Teologia Sistemática já feita e ordenada, mas encontram-se os fatos com os quais podemos organizá-la, dar-lhe forma, sistematizá-la. O fim, portanto, da Teologia Sistemática, não é criar fatos, mas descobri-los num sistema... (Esboço de Teologia Sistemática. A.B. Langston - pág.16)

Qual a necessidade da teologia?
Podemos destacar cinco motivos que a tornam necessária:
a) O instinto organizador do intelecto: “O intelecto humano não se contenta com uma simples acumulação de fatos: Invariavelmente busca uma unificação e sistematização do seu conhecimento”.

b) A natureza difundida da descrença de nossos dias: “Os perigos que ameaçam a Igreja vêm, não da ciência, mas da filosofia. Nossas universidades, faculdades e seminários estão, na maioria, saturados de ateísmo, agnosticismo e panteísmo... O homem que não possui um sistema organizado de pensamento está à mercê daquele que o tem.”

c) A natureza das Escrituras: “A Bíblia é para o teólogo o que a natureza é para o cientista... Deus não achou necessário escrever a Bíblia na forma de Teologia Sistemática; é nossa tarefa, portanto, ajuntar os fatos dispersos e colocá-los sob a forma de um sistema lógico”.

d) O desenvolvimento de um caráter cristão inteligente: “A teologia não apenas nos ensina que tipo de vida deveríamos viver, mas nos inspira a viver dessa maneira. Em outras palavras, a teologia não apenas indica as normas de conduta, mas também nos fornece os motivos para tentarmos viver de acordo com essas normas”.

e) As condições para o serviço cristão eficaz: "Tem sido frequentemente demonstrado que é apenas na medida em que as pessoas forem completamente instruídas na Palavra de Deus que elas se tornarão cristãos firmes e trabalhadores eficazes por Cristo. Há, assim, uma relação definitiva entre a pregação doutrinária e o serviço cristão eficaz”. (Palestras em Teologia Sistemática. H. C. Thiessen - pág.7)

Resumindo: ”É necessária para a satisfação do intelecto do homem a respeito do cristianismo e necessária para definir, defender e propagar o cristianismo”.

Qual o significado de Religião?
“A Religião é a vida do homem nas suas relações sobre humanas, isto é, a vida do homem em relação ao poder que o criou, à Autoridade suprema acima dele e ao Ser invisível com Quem é capaz de ter comunhão” (Langston)

Religião (religare, latim) é resultado da busca do homem para ser religado ao Seu Criador. O cristianismo é a verdadeira religião, pois está fundamentado na revelação divina e prega a verdade acerca de Deus. Somente através do Filho de Deus, Jesus Cristo, o homem pode chegar a Deus (Jo 14:6; I Tm 2:5).

Qual a diferença entre religião e teologia?
Religião é vida, teologia é doutrina. A religião precede a teologia. Ambas são distintas embora estejam intimamente ligadas. 

“A teologia está relacionada com a religião, assim como a botânica com a vida das plantas.” (Langston)

Qual o significado de Revelação?
"É a revelação que Deus faz de Si mesmo... Na revelação Deus faz-se conhecido dos homens na sua personalidade e nas suas relações. Revelar é informar, e isto é justamente o que Deus tem feito".

“Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel.” (SI 103.7)
(Esboço de Teologia Sistemática, A.B. Langston - pág.15)

Revelar: Revelare (latim) significa “descobrir', “tirar o véu”, “fazer conhecer”, etc. Ação de Deus em comunicar ao homem os seus desígnios. Há várias fontes da revelação de Deus.

Quais as fontes da revelação de Deus?
a) Jesus Cristo: A principal fonte de revelação (Jo 1:14, 14:9, 17:6-8; Hb 1:1,2). 

“Mas as revelações mais ricas, e mais espirituais, e mais efetivas, e mais verdadeiras, são as que se realizaram em Cristo Jesus, no que Ele era, no que disse e no que fez.” (Langston)

b) As Escrituras Sagradas: Revelação escrita da sua Pessoa, caráter, propósitos e ações (Jo 5:39).

c) O Espírito Santo: Este comunica aos homens a sabedoria de Deus e seus desígnios (Jo 16:13,14; I Co 2:6-10; Ap 2:11 e 22:17).

d) O homem: Por sua natureza moral, sua semelhança com o Criador e por ser essencialmente religioso é fonte da teologia. Este encontra sua expressão maior no contexto da Igreja (Ef 3:8-12).

e) A natureza: O salmista e rei Davi viu na natureza uma revelação de Deus (SI 19:1).

f) História: A marcha dos eventos da história universal fornece evidências de um poder e de uma providência dominantes. "Os princípios do divino governo moral encontram-se na história das nações tanto quanto na experiência dos homens” (D. S. Clark)

A história bíblica foi escrita para revelar Deus na história, isto é, para ilustrar a obra de Deus nos negócios humanos (SI 75:7: Dn 2:21 e 5:21).

g) H. C. Thiessem relaciona as fontes da revelação da seguinte forma:
Revelação geral de Deus: Na natureza, história e na consciência do homem.

Revelação especial de Deus: Em milagres, profecia e Jesus Cristo. Esta última fonte, Cristo, como o centro da história e da revelação (Palestras em Teologia Sistemática, H. C. Thiessen páginas 10-18).

Fonte: Livro Teologia em Perguntas e Respostas - Pr.Geraldo Magela Campos.
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