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sábado, 5 de maio de 2018

Vivendo Amorosa e Honestamente

“Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros” 1Ts 4.9

“(1Ts 4.9). Paulo agora faz a mudança dos discursos específicos nos quais considerou a pureza sexual, para a chamada geral ao exercício e ao crescimento no ‘amor [ou caridade] fraternal’. [...] O ponto principal da mensagem do apóstolo, é que a comunidade cristã deve ser caracterizada pela lealdade e pelo profundo cuidado que imita o nível do comprometimento de Deus para com eles (Jo 13.34,35). A extensão da discórdia ou da divisão que existiu na igreja em Tessalônica não foi em grande escala. Alguns, mais provavelmente uma pequena minoria, estavam ameaçando a harmonia por serem preguiçosos (1Ts 4.11,12; 5.14; 2Ts 3.10) e intrometidos (2Tm 3.11). Porém, a igreja como um todo foi caracterizada pelo amor. Paulo conhece a dinâmica dos relacionamentos, e sabe que a menos que se prestasse uma cuidadosa atenção à harmonia, a igreja estaria a um passo de um conflito generalizado. Coerentemente, incentiva os santos a se dedicarem intensamente à instrução em que foram encaminhados, na qual estavam bastante adiantados.
Paulo diz não haver necessidade de escrever aos tessalonicenses sobre a importância do amor fraterno e está confiante de que pode manter a discussão em um nível mínimo” (ARRINGTON, F.L. e STRONSTAD, Roger (Ed). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, pp.1390,1391).

Não existe adoração num coração dominado pelo ódio, muito menos espiritualidade sadia numa vida envolvida com desonestidade.

Texto Bíblico - 1 Tessalonicenses 4.9-12

INTRODUÇÃO

Nunca foi tão urgente a presença de uma comunidade de pessoas que espelhe o caráter de Deus como nos dias atuais.

Nacionalmente vivemos em tempos de muita violência. No campo sócio-político, nunca a corrupção esteve em tamanha evidência; e não são apenas as figuras públicas que se revelam decadentemente desonestas, mas em cada segmento social nos vemos decepcionados por escândalos. Em Tessalônica, guardadas as devidas proporções, não era muito diferente; por isso Paulo preocupa-se em orientar amorosamente aquela comunidade. Aprendamos com o apóstolo e seu cuidado pastoral.

I. QUANTO AO AMOR FRATERNAL

1. É o Senhor quem nos ensina a amar.
Há em 1 Tessalonicenses, uma elogiosa menção de Paulo à postura amorosa daqueles irmãos. Se havia uma série de prescrições, observações, recomendações que deveriam ser feitas, em torno de várias áreas a respeito do amor fraternal, todavia, os crentes em Tessalônica não necessitavam de orientação alguma (1Ts 4.9). Amar não é algo que aprendemos por meio de métodos humanos, cursos de cura interior ou livros. O amor para com o próximo desenvolve-se em nós a partir do momento em que mantemos uma relação de adoração com o Pai. É impossível amar a Deus e odiar qualquer pessoa que seja, especialmente um irmão (1Jo 4.20). Não amamos os outros por seus atos de bondade ou por aquilo que merecem, mas porque usufruímos do amor do Pai, podemos transmiti-lo a todos os que precisam (Lc 6.27-36). É com o SENHOR que aprendemos a amar (Jo 15.12-17).

2. O poder de expansão do amor.
Aquilo que as pessoas denominam como amor, mas não consegue ser expandido, compartilhado, transmitido a outros, não é amor. Na verdade não passa de narcisismo, ou como a Bíblia chama, “amor a si mesmo” (2Tm 3.2); este sentimento é perigosíssimo e capaz de destruir não apenas a espiritualidade do indivíduo narcisista, mas também daqueles que estão em seu convívio (1Co 12.25-27). A vivência do amor é contagiante; aquele que foi alcançado pela boa semente do Evangelho não consegue esconder sua alegria, nem os frutos dessa transformadora experiência, há vários exemplos bíblicos: a Samaritana (Jo 4.28-30), Levi (Lc 5.27-32) e Paulo (At 9.19-31). Numa sociedade dominada por todos os tipos e níveis de ódio (discurso de ódio, ódio étnico-cultural, ódio religioso), cabe-nos acreditar que somente por meio de uma vivência inspiradora de amor podemos colaborar para a mudança de nossa sociedade (Tt 3.3-5).

3. O amor: uma medida que sempre deve aumentar.
A medida do amor nunca deve ser para menos, sempre para mais. O amor é uma dívida impagável que não temos apenas para com Deus, mas também com o próximo (Rm 13.8). Fica bem claro na parábola do credor incompassivo que o benefício do perdão e do amor incondicional que nos alcança nos torna, de igual modo, misericordiosos e perdoadores (Mt 18.23-35). Não devemos ter medo de perder o amor de Deus; na verdade, quem não ama seu irmão, de fato nunca vivenciou o privilégio de ser amado pelo Senhor (1Jo 2.9-11).

Ponto Importante
Amar é uma atitude que deve transcender o indivíduo e impulsioná-lo para um relacionamento de comunhão com o Pai e com o outro.

II. VIVENDO POR FÉ, TRABALHANDO COM HONRA

1. Um estilo de vida modesto.
Há em nossa sociedade um conjunto de ideais “adoecedores”: sucesso financeiro a todo custo, reconhecimento público ainda que por meio de escândalos ou vida promíscua, ambição desmedida pelo poder, etc. Infelizmente as pessoas desejam o padrão de vida das celebridades (festas glamorosas, holofotes, likes, views), isto é, uma existência de exterioridades, futilidades e banalidades. Sobre isso, a partir das características daquele contexto histórico, Paulo exorta os irmãos em Tessalônica a viverem uma vida simples, desapegada de desejos não edificantes, de modo “quieto” (1Ts 4.11), o que significa focar no que é essencial, sem preocupar-se com as novidades e tendências da sociedade à nossa volta. Nós temos um padrão diferente daquele implementado pelos conceitos mundanos (Fp 2.15). Não vivemos para nós mesmos, mas para Deus (Rm 14.8).

2. Trabalhar nunca deve ser um fardo.
Paulo é o mais enfático, entre os escritores sagrados sobre a necessidade de reconhecer o ofício humano como uma atividade, muitas vezes, imprescindível àquele que trabalha na obra de Deus (2Co 12.13-18; 2Ts 3.8-12). Trabalhar não deve ser algo pesaroso a ninguém. Deus fez-nos para o cumprimento de responsabilidades (Gn 1.26), ou seja, para através do nosso trabalho glorificar o seu santo nome. Não fomos criados para a preguiça (Pv 13.4; 21.25). Desta forma, é espantoso pensar na quantidade de indivíduos que, sob a desculpa de estar “trabalhando para Deus”, não se ocupam de coisa alguma na verdade, senão de explorar financeiramente a fé alheia (At 20.29,30; 1Tm 6.10). Foi para um ministério de vida íntegra que Deus nos vocacionou. É claro que o próprio Paulo precisou de apoio financeiro em determinado momento de sua trajetória, mas isso foi a exceção do caso, nunca a regra.

3. O jovem, a vocação e a profissão.
Não devemos analisar a relação entre vocação e profissão como algo dicotômico, mas como sincrônico. Não existe oposição entre chamada ministerial e desenvolvimento profissional; o Deus que vocaciona missionários é o mesmo que abre a porta da universidade para que a missão seja sempre integral, nunca parcial. O cuidado com a formação de novos obreiros não nos isenta da responsabilidade de ajudar tais pessoas a serem capazes de realizarem-se profissionalmente. Tudo o que há em nossa vida, analisado em conjunto, deve ser para a glória de Deus. Enquanto você não consegue discernir seu ministério, continue estudando e trabalhando; se suas dúvidas são quanto ao que fazer no mercado de trabalho, continue orando e servindo no Reino. E se você já faz as duas coisas, não se preocupe, Deus está contigo, por isso, o trabalho não vai roubar tempo da obra, nem a obra de Deus do trabalho.

III. SOBRE O CRISTÃO E SEUS NEGÓCIOS

1. Honestidade como referencial de testemunho.
O cuidado de Paulo para com os irmãos em Tessalônica o leva a exortá-los a terem uma vida honesta entre os que ainda não professavam a fé (1Ts 4.12). De nada adianta um comportamento religioso exemplar dentro da igreja, se na vida cotidiana a luz de Cristo não brilha em nossos relacionamentos.

2. Colaboradores e não parasitas sociais.
O final do versículo 12 termina com uma advertência a respeito da necessidade de viver a partir do fruto do próprio trabalho, nunca em virtude da exploração da caridade de um outro. Em um país como o nosso, de enormes abismos sociais, políticas para efetivação de direitos básicos são necessárias; contudo, ninguém deve tornar-se uma sanguessuga social. Somos chamados para fazer a diferença nessa sociedade.

3. O jovem cristão e a geração “nem-nem”.
A sociedade brasileira passa por uma profunda crise, a ponto de aparecerem na atualidade, sintomas novos da velha doença que é o pecado estrutural, que se engendra em nossa nação. O novo sintoma da falência da sociedade brasileira tem repercussão entre os jovens, é exagerado o número de pessoas entre 18 e 25 anos que nem trabalham, nem estudam. É nessa ambiência conturbada que o jovem cristão deve lançar suas ansiedades sobre o Senhor (1Pe 5.7) e procurar fazer o seu melhor, nunca acomodando-se, especialmente em situações adversas.


CONCLUSÃO

Nossa vocação é para uma vida piedosa, fundamentada em amor e buscando os ideais de justiça e paz. O zelo pastoral de Paulo com os tessalonicenses o levou a um conjunto de orientações que são preciosas ainda hoje para nós, igreja contemporânea. Não nos acomodemos com o mal que se desenvolve em nossa sociedade, sejamos dedicados na promoção do bem.


SUBSÍDIO
“O conteúdo da ética cristã está na vontade de Deus, que deve ser feita com amor, ou seja, ‘a fé que opera por caridade [ou amor]’ (G1 5.6). Todo o comportamento de Cristo estava centrado em seu objetivo de servir e de dar sua vida como um resgate (Mt 20.28). Este era seu padrão para os seus seguidores (20.25-27). Paulo o aceitou. Também o fizeram os cristãos tessalonicenses. Eles tinham visto em Paulo o exemplo (‘selo’) de Cristo que lhes deu significado e entendimento. Eles tomaram esse exemplo para suas próprias vidas, incluindo a aflição (thlipsis, ‘pressão, tribulação’). Nesse contexto da ética cristã, em meio ao sofrimento, imitando a vida de Jesus e a conduta de Paulo, aqueles crentes coletivamente e espontaneamente compartilharam um testemunho dinamicamente significativo de Cristo pela Macedônia e pela Acaia. O exemplo cristão, encontrado primeiramente em Jesus e em Paulo resulta no tipo de conduta fiel que efetivamente dá testemunho por meio do corpo combinado da igreja em qualquer outra área, fortalece o testemunho dos cristãos e possibilita que o comportamento dos obreiros (pastores e outros) inspire o rebanho a segui-los. O testemunho cristão bem-sucedido está centrado no exemplo” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007. pp.729, 730).

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 2º Trimestre de 2018 - Título: A Igreja do Arrebatamento — O padrão dos Tessalonicenses para estes últimos dias - Comentarista: Thiago Brazil

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